Instinto Animal

Laércio José Pacola - 2018

INSTINTO ANIMAL

LAJOPA

INTERAÇÃO HOMEM E ANIMAL

2018

INSTINTO ANIMAL

LAÉRCIO JOSÉ PACOLA

LAJOPA

Médico Veterinário

Pesquisador aposentado do Instituto de Zootecnia

2018

Impressão: Grafmais Serviços e Cópias Ltda. ME

Telefone: 16 3942-9495

Sertãozinho, SP

Direito autoral- art. 184 e parágrafos. Lei nº 5.988 de 14/12/73.

Sumário

INTRODUÇÃO ................................................. 5

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CACHORRO VINAGRE E O COELHO NAPOLEÃO ............ 5

1 ..................................................................... 8

INSTINTO ANIMAL .......................................... 8

CONCEITOS BÁSICOS ..................................... 8

Etologia ..................................................... 8

Objetivo de estudo da etologia ................. 8

Inteligência ............................................... 9

INSTINTO ANIMAL ......................................... 9

O instinto é inato ...................................... 9

Instinto e aprendizado ............................ 10

Exemplos de instintos ............................. 10

Comportamento instintivo ...................... 10

Comportamento aprendido .................... 10

Consciência primitiva & Instinto animal . 11

Características do instinto ...................... 11

Desenvolvimento do instinto .................. 11

Interações genéticas ambientais ............ 12

COGNIÇAO................................................... 12

Meio Ambiente, Genética e Desenvolvimento Cognitivo .................... 12

COMUNICAÇÃO ENTRE OS ANIMAIS ........... 13

Feromônios ............................................. 13

Comunicação entre as abelhas ............... 14

Interação genótipo-ambiente ................. 14

Conclusão ................................................ 15

IMPRINTING ................................................ 15

Exemplo de imprinting ............................ 16

Quando a "transferência" do imprinting acontece ........................... 16

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CAMPEIRO E A VACA ....................................................... 17

COMPORTAMENTO DE APETÊNCIA ............. 18

A territorialidade dos animais domésticos ................................................................ 18

Preservação da prole .............................. 19

Docilidade/Agressividade ....................... 19

PRESERVAÇÃO DO INSTINTO ...................... 19

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O BEZERRO E A FORMIGA ................................................ 20

Instinto animal é sexto sentido? ............. 20

2 ................................................................... 22

INTERAÇÃO HOMEM & ANIMAL ................... 22

Percepção de sentimentos do homem pelos animais .......................................... 22

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CÃO RECONHECE QUEM TEM MEDO ............. 23

Medo de animais .................................... 24

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O GATO QUE SALVOU A MINHA VIDA .......................... 25

3 .................................................................. 27

INTELIGÊNCIA OU TREINAMENTO............... 27

Inteligência dos animais ......................... 27

Ovelhas treinadas ................................... 28

Macacos roubam só o que interessa ...... 28

Corvos inteligentes ................................. 28

Enganar os animais ................................ 29

4 ................................................................... 31

COMPORTAMENTO ANIMAL ........................ 31

Comportamento ..................................... 31

"Tipos" de comportamentos................... 31

O significado da pesquisa em Comportamento Animal ......................... 32

Aranhas identificam seus filhos .............. 32

Comportamento maternal...................... 32

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O BEZERRO SALTADOR .............................................. 33

Magneto recepção ................................. 33

Bússola humana ..................................... 34

Comportamentos circadianos................. 34

Comportamento e o campo magnético .. 35

Pombos-correios ..................................... 36

Aves migratórias ..................................... 36

Comportamento sexual .......................... 36

Posição de descanso dos animais ........... 37

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CAVALO NA FOSSA ...................................................... 37

Flamingo descansa só uma perna ........... 38

HISTÓRIAS DO LAJOPA- BUFALINHO AFOGADO ............................................... 38

5 ................................................................... 39

OLFATO EM CÃES .......................................... 39

Órgão Vomeronasal ................................ 39

Olfato nos bovinos .................................. 40

Olfato em cães- importância .................. 40

Câncer de ovário ..................................... 41

Compostos voláteis ................................. 42

Bactérias ................................................. 43

DVDs ....................................................... 43

Vítimas de afogamento .......................... 43

Diabetes .................................................. 44

Fezes de baleia ........................................ 44

Minérios .................................................. 45

LAMBIDA DE CÃO ............................................. 46

Principais enzimas salivares .................... 47

Vibrissas .................................................. 47

Cão .......................................................... 48

Gatos ....................................................... 48

Cavalo ..................................................... 49

Mamíferos marinhos............................... 49

Pássaros .................................................. 49

6 ................................................................... 50

SEXTO SENTIDO ............................................ 50

Sexto sentido ........................................... 50

Sexto sentido nos animais....................... 50

Órgãos especiais nos animais ................. 51

Pessoas com maior intuição ................... 52

Inteligência intuitiva ............................... 52

7 ................................................................... 54

SENTIDOS HUMANOS .................................. 54

1. Sensação de plenitude ........................ 54

2. Temperatura ....................................... 54

3. Níveis de oxigênio ............................... 55

4. Zona de disparo do quimiorreceptor emético ................................................... 55

5. Senso magnético ................................. 55

6. Senso vestibular .................................. 56

7. Coceira ............................................... 56

8. Nocicepção .......................................... 56

9. Passagem de tempo ............................ 56

10. Propriocepção ................................... 57

Cientistas afirmam que humanos têm sexto sentido magnético ........................ 57

Quantos sentidos tem o corpo humano? 58

Quebrando o mito .................................. 58

Os sentidos internos ............................... 59

Sinestesia ................................................ 59

Flavor ...................................................... 60

Sexto sentido não existe, diz estudo ....... 60

Pesquisas desvendam o sexto sentido .... 61

Sexto sentido guardado no subconsciente ................................................................ 61

Testes sobre o sexto sentido ................... 62

Mulheres possuem um sexto sentido mais apurado .................................................. 62

É possível despertar o sexto sentido? A ciência diz que sim .................................. 63

8 ................................................................... 65

PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL ..................... 65

Significados............................................. 65

Categorias da percepção extra-sensorial 66

" Percepção Extra-sensorial" e "Sexto Sentido " ................................................. 66

PARAPSICOLOGIA ....................................... 67

Entrevista com Padre Quevedo .............. 67

Trechos de entrevistas com Padre Quevedo ................................................. 68

Telergia ................................................... 72

Feitiços em plantas e animais pequenos (mau olhado) .......................................... 73

Cristianismo e Parapsicologia - Posicionamento Igreja Católica .............. 73

RADIESTESIA ................................................... 74

Estudos científicos .................................. 75

Outras possíveis explicações .................. 75

Efeito ideomotor ..................................... 76

Fenômenos ditos paranormais ............... 77

O que é considerado uma anomalia? ..... 78

Charlatanice ........................................... 79

Truque ou obra do acaso ........................ 79

10 ................................................................. 80

ENERGIA QUÂNTICA (OU BIOQUÂNTICA) ..... 80

INTRODUÇÃO ......................................... 80

A nossa energia ...................................... 81

Energia bioquântica ............................... 81

Consumo de energia pelos animais ........ 81

Explicações sobre energia ...................... 82

Medicina quântica .................................. 83

Análise De Medicina Quântica ................ 83

Medicinas alternativas............................ 83

Medicamento alopático .......................... 84

11 ................................................................. 86

TEORIA DA MORFOGÊNESE ........................... 86

Introdução .............................................. 86

Morfogênese- definição .......................... 86

Teoria dos campos mórficos ................... 87

Campos mórficos .................................... 88

Explicação da teoria- História fictícia ..... 88

Hipóteses do Sheldrake ........................... 88

Origem do campo mórfico ...................... 89

Outro exemplo ........................................ 89

Mistério que desafiam a ciência ............. 90

Utilização dos campos mórficos pelos animais ................................................... 90

"Cães Sabem Quando seus Donos Estão Chegando" .............................................. 91

Poderes extra-sensoriais ......................... 91

Senso de direção ..................................... 92

Telepatia ................................................. 92

Animais que curam ................................. 92

Amor incondicional ................................. 93

Os animais tratam doenças .................... 93

Experiências de Sheldrae ........................ 94

Críticas as teorias de Sheldrake .............. 94

12 ................................................................. 96

ISOTERISMO ................................................. 96

Definições................................................ 96

Poder Psíquico dos Animais .................... 97

Capacidade psíquica dos animais ........... 97

Gato prevê morte .................................... 97

Esoterismo .............................................. 98

Radiestesia .............................................. 98

Cães e gatos sabem onde existem correntes de água ................................... 99

Correntes de água podem causar doenças ................................................................ 99

Fatos inexplicáveis .................................. 99

Experimento .......................................... 100

Outro exemplo ...................................... 100

Sensibilidade psíquica dos animais ....... 100

Capacidade de voltar para casa............ 101

Telepatia entre animais e o homem ..... 101

A inteligência dos golfinhos .................. 102

História incrível ..................................... 102

Abate de golfinhos ................................ 103

Outro caso de telepatia ........................ 103

Falar com animais ................................ 104

Doutrina isotérica ................................. 104

Esoterismo para o prof. Aquino ............ 105

Conclusão ............................................. 105

13 ............................................................... 107

HISTÓRIAS INCRÍVEIS: (LAJOPA) .................. 107

Pessoas que expressam segurança....... 107

A doma de cavalos ............................... 107

Castração de porcos ............................. 108

O Porcão ............................................... 108

O bezerro e a mula ............................... 109

Sucuri hipnotiza? .................................. 110

Urutau .................................................. 110

Susto cura ............................................. 111

O gato que salvou a minha vida ........... 111

14 .............................................................. 113

ESTRUTURAS (ÓRGÃOS) VESTIGIAIS ......... 113

Introdução ............................................ 113

Histórico- Estruturas vestigiais ............. 113

Conceito- Estruturas vestigiais ............. 114

Exemplos de órgãos vestigiais nos animais .............................................................. 115

Estruturas vestigiais em Seres Humanos .............................................................. 117

Órgãos Vestigiais- citações ................... 120

Resumo- Órgãos (ou estruturas) Vestigiais .............................................................. 121

15 ............................................................... 123

MORTE DO CÃO .......................................... 123

Introdução ............................................ 123

Isolamento dos animais ........................ 123

Sintomas comuns antes da morte nos cães .............................................................. 125

Como os cachorros encaram a morte ... 126

Reconhecendo sinais de idade avançada dos cães ................................................ 126

Eutanásia .............................................. 127

Antes de decidir sobre a eutanásia....... 127

Justificativas para u uso da eutanásia .. 128

Sinais que podem indicar a eutanásia .. 128

Cães se isolam quando vão morrer?..... 129

É normal que um cão se afaste para morrer sozinho? .................................... 129

A teoria da mentalidade de matilha ..... 130

Teorias de psicologia canina ................ 130

Doenças crônicas .................................. 130

Exceções ................................................ 130

O que fazer com o corpo ....................... 131

Como lidar com a perda ........................ 131

Verdade que cães saem de casa para morrer? ................................................. 131

Fuga para morrer: proteção ao dono ... 132

A mentalidade de matilha .................... 132

Motivos que levam cães a fugir ............ 133

Como os cachorros encaram a morte? . 133

É verdade que quando o cachorro vai morrer ele foge/se esconde? ................ 134

Morte do Cão -Sinais ............................. 134

Isolamento é um instinto ...................... 134

Proteção para o dono que vai morrer ... 135

Isolamento para não incomodar ........... 135

Teorias de psicologia canina ................. 135

Doenças crônicas .................................. 136

Zona Rural ............................................. 136

Cães se escondem no quintal ................ 136

Fuga para morrer: proteção ao dono ... 137

A mentalidade de matilha .................... 137

Motivos que levam cães a fugir ............ 138

Cães apegados a família ....................... 138

NOVE ESPÉCIES DE ANIMAIS QUE COMETEM "SUICÍDIO" .......................... 138

Gatos se afastam dos donos ................. 140

Formigas se isolam ............................... 142

REFERÊNCIAS .............................................. 143

ALVAR NÚÑEZ CABEZA ......................... 143

AMA CARVALHO ................................... 143

CACHORROGATO .................................. 143

CT SNOWDON ....................................... 143

DE F GONZÁLEZ DEL PINO .................... 143

DE LM DE TOLEDO ................................ 143

DF PEREIRA, .......................................... 143

ETOLOGIA. ............................................ 143

G GENARO ............................................ 143

IMPRINTING.......................................... 143

INSTINTO .............................................. 143

J ALCOCK - 2016 - books.google.com -Comportamento animal: uma abordagem evolutiva ............................................... 143

JOSEPH LEDOUX ................................... 143

K DEL CLARO, F PREZOTO, J SABINO - CEP, 2003 - researchgate.net. As distintas faces do comportamento animal ................... 143

K DEL-CLARO, ........................................ 143

L AVANZI NUNES FARIA, O RUS BARBOSA .............................................................. 143

REVISTA. ............................................... 143

SC DA SILVA .......................................... 143

UFV ....................................................... 143

5

INTRODUÇÃO

Ao escrever o livro "Narrativas do Lajopa" (2013), no qual os animais foram os "protagonistas", tive dificuldades em explicar certas atitudes (comportamentos) tomadas por eles. Diante desta minha falta de conhecimentos científicos sobre os instintos dos animais resolvi estudar o assunto. Para tanto consultei inúmeros trabalhos, procurando de certa forma elucidar as minhas dúvidas. Para a leitura do livro ficar mais agradável procurei entremear algumas histórias. Como introdução vou contar uma. Com esta história pretendo despertar nos leitores curiosidades em conhecer um pouco melhor sobre este fascinante estudo do Instinto Animal.

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CACHORRO VINAGRE E O COELHO NAPOLEÃO

Um filhote macho, recém-nascido, de cachorro do mato (conhecido por vinagre, devido ao cheiro forte de sua urina), foi encontrado. Ele estava muito debilitado, provavelmente não conseguiu acompanhar a sua mãe. Com muita paciência começamos a alimentá-lo. Uma xuquinha de bebê foi improvisada. O leite de vaca era dado várias vezes ao dia. O vinagre foi crescendo e sendo, na medida do possível, "domesticado". Ele apresentava de forma inesperada instintos selvagens. Não fazia festa como os cachorros na presença do dono. No quintal da casa ficava sempre amarrado em uma corrente, presa em um arame de 20 metros de comprimento. Desta forma podia correr de um lado para outro. Tinha uma casinha, onde ficava dormindo, principalmente nas horas de sol mais quente. O seu pelo era oleoso e não suportava ficar no sol, mesmo porque a claridade o incomodava. Esta espécie de animal tem hábitos noturnos. Quando solto procurava entrar em buracos de tatu. Urinava nas pernas das pessoas que imediatamente tinham que tomar banho, o cheiro era insuportável. Ele não comia imediatamente os pedaços de carne, enterrava para comer posteriormente, já em estado de decomposição. Os ovos de galinha oferecidos eram cuidadosamente quebrados e através de um pequeno orifício lambia, deixando a casca intacta. Era extremamente habilidoso em caçar e comer gafanhotos, baratas, borboletas, ratos, lagartos, etc. Ao levar comida havia a necessidade de distraí-lo para que não urinasse nas pernas. Um coelho, chamado Napoleão, criado em um viveiro foi atacado pelo vinagre. Um dia ao abrir a porta do viveiro ele saltou e matou o coelho. Aproveitando-se de um descuido ele fugiu, o portão estava aberto. Foi procurado pelas redondezas, assobiando da forma como foi treinado. Já se tinha dado como perdido, pois em uma fazenda de mil alqueires seria muito difícil achá-lo. Qual não foi a surpresa quando, ao abrir o portão de casa, o vinagre apareceu de forma muito discreta. A domesticação total do vinagre não foi possível. Algumas soluções foram sugeridas: O

6

vinagre deveria ser levado e solto em seu habitat, doá-lo à Faculdade de Veterinária para estudos. Tentar tirar filhotes para tanto era necessária uma fêmea. Após um ano ele desapareceu, com a coleira. O que poderia ter acontecido? Fugiu para a mata? Foi roubado? Foi levado pelos protetores dos animais?

Os animais selvagens quando criados em cativeiro podem se desenvolver normalmente e com algumas vantagens sobre os que vivem na natureza. Pode-se amenizar alguns efeitos negativos como: adversidades relativas ao clima, dificuldade em encontrar alimentos e ataque de predadores. O cachorro vinagre em questão, apesar de ser domesticável, foi simplesmente criado em cativeiro. A domesticação é um processo evolutivo, muito trabalhoso, requer muito tempo e implica em uma adaptação genética ao convívio com o homem.

Cachorro-Vinagre ou Lobinhos são os cachorros selvagens mais baixos do América do Sul (uns trinta centímetros de altura). Também se chamam cachorros-do-mato-vinagre, por causa do pelo cor de vinagre escuro que têm nas costas (a barriga, as pernas e a cauda são escuras, quase pretas).

7

Os meus filhos: André com o cachorro vinagre e Raquel com o coelho napoleão.

8

1

INSTINTO ANIMAL

CONCEITOS BÁSICOS

Etologia

Em zoologia, a Etologia (do grego: ethos, "hábito" e -logia, "estudo") é a especialidade da biologia que estuda o comportamento animal. A vida dos animais é pesquisada nos hábitos alimentares, reprodutivos e no seu habitat. O modo de vida pode ser observado preferencialmente em liberdade no caso dos animais selvagens. Para os domésticos (cão e gato) o comportamento está muito compartilhado com o homem. Os animais produtores de alimentos (vaca, porco, galinha, abelhas, etc.) são pesquisados no sentido de aumentar as suas produções (carne, leite, ovos, mel, etc.). No caso dos equídeos são selecionadas as qualidades relacionadas com as capacidades de trabalho e esporte.

Objetivo de estudo da etologia

Obter informações sobre o comportamento dos animais, nos locais em que vivem. Com o conhecimento e a compreensão do modo de vida dos animais o homem pode oferecer a eles uma melhor vida. Com o conhecimento da melhor forma e confortável da vida dos animais o homem passa, também, ser o grande beneficiário. A etologia procura explicar como surgem ou são desenvolvidos os comportamentos dos animais.

9

Inteligência

"Por inteligência entendemos a capacidade de adaptar o comportamento às circunstâncias, utilizando a experiencia". Por exemplo um cão que associa o barulho do carro com a chegada do dono vai esperá-lo no portão, fazendo festa. Um cão pode associar o odor de uma droga com um agrado, por exemplo uma carícia ou petisco.

INSTINTO ANIMAL

O instinto tem o seguinte significado: Impulso interior que faz um animal executar inconscientemente atos adequados às necessidades de sobrevivência própria, da sua espécie ou da sua prole.

No dia a dia observamos, por exemplo, que os cães uivam durante a noite, quando saem vão urinado por onde passam ou enterram pedaços de carne. Todos estes comportamentos são instintos que até hoje persistem nos cães, que eram utilizados a milhares de anos. Nos humanos também existem instintos primitivos, que não mais usamos. Os instintos foram sendo desenvolvidos há milhões de anos, durante a evolução dos animais. Eles foram sendo desenvolvidos no sentido, principalmente, de sobrevivência e reprodução. Até hoje alguns instintos foram preservados e se manifestam, por exemplo os cães seguem as fêmeas em cio para a reprodução. No caso dos humanos os instintos são inibidos pelo modo de vida criado pela sociedade e pela inteligência do homem.

O instinto é inato

Inato quer dizer que nasceu com o indivíduo (congênito). Para vários autores, entre eles Oswaldo Frota-Pessoa, o ato instintivo é inato porque o indivíduo é capaz de executá-lo com eficiência desde a primeira vez, mesmo sem ter visto o ato ser executado por outro; ele é também inconsciente, porque não há um ensaio mental prévio ou um planejamento consciente que oriente a ação para a meta útil. Assim, alguns atos instintivos, bem típicos e automáticos (realizados sempre do mesmo jeito, embora sejam necessárias alterações para se atingir a meta útil), fazem parte do repertório do bebê - ele chora, mesmo sem ter visto ninguém chorar (Frota-Pessoa, 1987). Fonte Nature.

10

Instinto e aprendizado Todo comportamento animal é um misto de dois componentes: seu instinto geneticamente baseado e o aprendizado proporcionado pelo ambiente onde vive. Não faz sentido isolar os fatores ou dizer que um comportamento é mais instintivo ou mais aprendido. A genética pode até promover uma forte propensão a realizar um dado comportamento, mas ele só irá se manifestar se pressupostos à sua ocorrência forem cumpridos. Mesmo assim o comportamento mudará de acordo com experiências prévias e com as informações que o meio lhe oferecer para essa manifestação. Fonte Nature.

Exemplos de instintos

Exemplos de comportamento instintivo incluem padrões de comportamento simples, exibidos em resposta a um estímulo específico ou dentro de um contexto específico. Uma barata foge para a proteção de um recanto escuro quando a luz é ligada. Um cão pode circular em suas roupas de cama várias vezes, como se estivesse pisando vegetação, antes de se estabelecer para dormir. A cascavel vai atacar se fizer um movimento, um rato, ou qualquer objeto quente. Em nenhum desses casos é que o animal que se dedica a aprender ou pensar quando molda sua resposta. A melhor informação genética (inata) determina o comportamento quando o ambiente de uma espécie varia muito pouco de geração a geração, ou em comunicação quando as mensagens inequívocas precisam ser enviadas e recebidas. Fonte Nature.

Comportamento instintivo

Em outras palavras, o comportamento instintivo é fundamentalmente genético, isto é, depende mais dos genes que o indivíduo herda, do que das experiências por que passa. Mas isto, como bem ressaltou Frota-Pessoa (1987), não significa que muitos instintos não possam se aperfeiçoar ou mesmo se redirecionar ante circunstâncias novas do ambiente. Fonte Nature.

Comportamento aprendido

O comportamento aprendido, por outro lado, resulta da interação do indivíduo com o meio; esta interação cria experiências que se registram na memória e contribuem para o

11

aperfeiçoamento dos desempenhos subsequentes. Nota-se que, por resultar de uma interação do indivíduo com o meio, sua execução é possibilitada pela constituição genética do indivíduo. Fonte Nature.

Consciência primitiva & Instinto animal

Você já parou para reparar como os animais sabem exatamente o que fazer em cada fase da vida? Existem espécies que se isolam quando sentem que vão morrer, os cachorros sabem quando seus donos estão chegando, as tartarugas recém-nascidas sabem que precisam caminhar até o mar para garantir sua sobrevivência, entre tantos outros exemplos.

Para pesquisadores, o instinto animal é uma forma de consciência primitiva. Os homens também têm esse instinto, mas eles também contam com a inteligência para auxiliá-los na sobrevivência. Já as outras espécies animais só têm o instinto e fazem bom uso dele em todos os momentos. Estudos indicam que os animais e as plantas têm uma natureza muito mais complexa e interessante do que a ciência é capaz de explicar.

Os animais têm habilidades que os humanos perderam durante a evolução. Alguns pesquisadores acreditam que cães e gatos, por exemplo, contam com capacidades extra-sensoriais, assim como os papagaios, galinhas, gansos, répteis, peixes, macacos, cavalos e ovelhas.

Características do instinto

O que caracteriza o instinto animal são ações (comportamentos) feitas de forma espontânea. Os mecanismos que determinam os instintos ainda não são bem compreendidos, provavelmente de ordem genética. Exemplo: A territorialidade dos animais domésticos, por exemplo, é um resquício do instinto animal primitivo. Ela servia como meio de sobrevivência, reprodução e disputa de área quando os ancestrais desses animais estavam na natureza. Hoje em dia pode parecer até besteira o cão marcar toda a casa com a urina, mas, no entendimento dele como animal, aquilo é necessário para sua sobrevivência.

Desenvolvimento do instinto

O instinto em si é desencadeado através de um estímulo-chave, e, uma vez desencadeado, se desenvolve automaticamente, não podendo ser modificado por influência externa.

12

Um exemplo marcante deste instinto são os cães machos que acompanham as fêmeas em cio para acasalar, abandonam as casas e não obedecem ao chamado dos donos.

Interações genéticas ambientais

"Entre atos instintivos típicos e atos aprendidos típicos, existem todas as transições, conforme a influência relativa que têm, em cada caso, os genes e os fatores do meio sobre as variantes dos desempenhos" (Frota-Pessoa, 1987, p.48). Por isso, a distinção entre comportamento aprendido e instintivo é muitas vezes difícil e segundo vários autores (Gould e Marler, 1987), nem deve ser feita. Daí admitir-se que qualquer comportamento resulta de interações complexas entre predisposições genéticas e influências ambientais. Fonte Nature

COGNIÇAO

Meio Ambiente, Genética e Desenvolvimento Cognitivo

Cognitivo é uma expressão que está relacionada com o processo de aquisição de conhecimento (cognição). A cognição envolve fatores diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio etc., que fazem parte do desenvolvimento intelectual.

A cognição permite animais separar-se do imediatismo do seu ambiente e refletir sobre o passado, a fim de resolver problemas futuros.

Cognição envolve a capacidade de fazer novas associações. Cognição já foi pensado para definir a humanidade, ou para separar os humanos dos animais, mas os cientistas agora reconhecem que as habilidades cognitivas não se limitam apenas aos seres humanos. Aprender através da cognição pode ser removido das restrições genéticas e centrar-se em outras formas de aprendizagem, mas a habilidade cognitiva de resolver problemas pode variar substancialmente entre diferentes animais dentro de uma espécie. Variação da habilidade é herdada, portanto, no seu núcleo, existe um elemento genético subjacente as habilidades cognitivas. Cognição dá aos animais um alto nível de flexibilidade em seus ambientes sociais e físicos, mas mesmo a cognição é relacionada pelos limites genéticos.

Um aspecto interessante é que a cognição pode permitir que um animal se distinguir, como uma identidade diferente. Se um animal olha para sua própria imagem no espelho e reconhece o "eu" logo em seguida, em vez de identificar a imagem como um outro animal, alguns pesquisadores interpretam isso como evidência de cognição. Um teste comum é a de modificar a aparência visual de um animal (por exemplo, um tufo de cabelo) e em seguida observar a reação

13

do animal a sua imagem no espelho. Se ele tocar o anexo isto é tomado como evidência para o animal ter um conceito de "eu".

Símios, algumas espécies de macacos, elefantes e golfinhos, todos respondem positivamente nos testes de espelho, apoiando a ideia de que a cognição é importante no desenvolvimento comportamental através de uma ampla variedade de animais (Plotnik et al., 2006).

Cognição social, a capacidade de um animal para prever como suas próprias ações afetarão suas relações futuras dentro de um grupo social, existe em chimpanzés (embora seja mais limitada do que nos seres humanos) e pode estender-se a outras espécies. Em grupos sociais sem cognição, as interações comportamentais são muito "de momento", impulsionado por fatores como dominância e membros da família. Cognição social permite que os animais sejam mais calculistas e manipuladores em suas relações sociais. Os chimpanzés não parecem ser maus com outros membros de seu grupo social, sem justificação, mas podem, e fazem vingança contra os membros do grupo que exibem comportamento egoísta (Chamada 2001, Jensen et al., 2006).

COMUNICAÇÃO ENTRE OS ANIMAIS

A linguagem animal é inata, limitada, uma vez que se limita a sons articulados, não ultrapassa o nível do concreto e do imediato, apenas exprime as necessidades básicas da alimentação e da reprodução. Por muito inteligente que seja o animal para comunicar, apenas dispõem dos seus meios naturais e instintivos.

A comunicação das Abelhas pode ocorrer de diferentes formas, por meio de sons, substâncias químicas, tato, danças, transferência de alimentos ou estímulos eletromagnéticos.

Feromônios

Uma importante forma de comunicação entre os animais é feita através dos chamados feromônios, secretados por glândulas. Feromônios são substâncias químicas produzidas e secretadas por animais e insetos, e quando estas alcançam os órgãos olfativos de outros indivíduos da mesma espécie, desencadeiam uma série de reações.

A mensagem química transmitida pelos feromônios tem por objetivo estimular determinado comportamento, que pode ser de alarme, agregação, contribuição na produção de alimentos, defesa, ataque, acasalamento, etc.

14

Os insetos são os que mais liberam esse tipo de composto químico, mas eles não são os únicos; os mamíferos (como camundongos, preás, porcos, cães e até o ser humano) também realizam essa comunicação olfativa.

https://brasilescola.uol.com.br/quimica/feromonios.htm

Comunicação entre as abelhas

As abelhas são animais dotados de fantásticos meios de comunicação, dentre eles são os feromônios.

Feromônios produzidos pelas Abelhas: Feromônios produzidos pelas operárias Feromônio de trilha: Orienta as operárias na localização do ninho e de fontes de alimento. Feromônio de alarme: Alerta as operárias quanto à presença de inimigo próximo à colmeia. Feromônio de defesa: Liberado por operárias, durante a ferroada, atrai outras operárias para ferroarem o local. Feromônio de detenção: Repele as operárias de fontes sem disponibilidade de alimento. Feromônio da glândula de Nasonov: Liberado na entrada da colmeia, durante a enxameação e em fontes de água e alimento, ajuda na orientação e no agrupamento das abelhas. Feromônios produzidos pela rainha Feromônio da glândula mandibular: Atrai zangões para o acasalamento, mantém a unidade da colmeia, inibe o desenvolvimento dos ovários das operárias e a produção de outras rainhas. Feromônio das glândulas epidermais: Atrai as operárias. Age em sinergia com o feromônio da glândula mandibular. Feromônio de trilha: Ajuda a evitar a produção de novas rainhas. Feromônio produzido pelo zangão Feromônio da glândula mandibular do zangão: Atrai rainhas e outros zangões para a zona de congregação de zangões.

Interação genótipo-ambiente

"A existência da interação genótipo-ambiente adquire importância se há diferenças entre os ambientes de seleção e de produção, o que pode implicar em desempenho diferenciado e, por conseguinte, resposta à seleção significativamente inferior àquela esperada. No tocante ao processo de seleção, isto implica que os animais identificados como melhoradores em um determinado ambiente não serão necessariamente os de melhor

15

desempenho, se transferidos para um ambiente diferenciado ou se sua progênie for criada em condições diferentes do ambiente no qual esses animais foram selecionados, sobretudo se este ambiente for de pior qualidade ambiental ou condições significativamente adversas". Fonte- ALINE ZAMPAR, Zootecnista, Mestre em Zootecnia (FZEA/USP) e Doutora em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ/USP), na área de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite.

Conclusão

Como visto os animais utilizam de forma eficiente os feromônios para a comunicação, como por exemplo entre as abelhas. A inteligência humana consegue de certa forma explicar como foram surgindo estas comunicações, desenvolvidas durante os milhões de anos de evolução.

Segundo Eduardo Bessa (zoólogo na Universidade do Estado de Mato Grosso e especialista em comportamento) o "comportamento é melhor visto como o resultado de processos evolutivos que, por vezes, criam, através de codificação genética, instruções comportamentais dos animais, e em outras vezes criar mecanismos flexíveis para permitir que os animais resolver problemas específicos ao seu ambiente. A evolução tem atuado de forma que os genes e o ambiente atuem de tal forma a complementar-se em ceder a soluções comportamentais para os desafios de sobrevivência enfrentados pelos animais.

Inata ou instintiva, as respostas permitem que os animais se beneficiem o comportamento após gerações de seleção natural. Aprendizagem dá ferramentas aos animais para responder às condições locais e ambientes em mudança.

Compreender o papel relativo dos genes e do ambiente na determinação do comportamento humano continua a criar polêmica". Fonte: Nature.

IMPRINTING

"A palavra imprinting, traduzida do inglês para o português, pode ter o significado de impressão, marca, cunho, carimbo, sinal etc.". Todos animais apresentam ao nascer um instinto de sobrevivência. Os bezerros logo após o nascimento procuram ficar em pé e mamar. As vacas ao parir lambem energicamente seus filhos para limpá-los dos líquidos e estimular a respiração.

Para um melhor entendimento do que vem a ser imprinting foi consultado o site https://www.significados.com.br/imprinting/

16

"Imprinting foi pesquisado primeiramente nos animais através de estudos do cientista austríaco naturalista Konrad Lorenz sobre o processo pelo qual um animal recém-nascido reconhece sua mãe, este fenômeno é ainda mais lindo nos seres humanos.

O imprinting pode ser entendido como um instinto de sobrevivência nos animais recém-nascidos. A abertura para o aprendizado através de imprinting é restrita a um curto período de tempo, chamado de "período crítico". O imprinting é também objeto de estudo da etologia, porque está relacionado com o comportamento animal. Na etapa inicial da vida de um animal, o imprinting consiste em uma fase essencial e mais propícia para aprendizagem e consequente desenvolvimento. Os dois principais tipos de imprinting são o sexual e o filial. No imprinting sexual, um animal jovem aprende as características que procura em um/a companheiro/a. O imprinting filial consiste na aprendizagem de uma cria com o seu / sua progenitor/a. O imprinting genômico (também conhecido como imprinting parental) é um processo epigenético normal onde alguns genes se expressam em apenas um alelo, enquanto o outro é inativado (metilado). Consiste em uma forma reversível de ativação de um gene que segue um determinado padrão (paterno ou materno) durante a formação dos gametas"

Exemplo de imprinting

O exemplo mais famoso de imprinting vem de Konrad Lorenz e seus gansos. Ele descobriu que o ganso aprende a reconhecer a sua mãe (e para avisa-la sobre outros gansos) muito cedo na vida. Substituindo-se no lugar da gansa, ainda no estágio de desenvolvimento dos filhotes, ele poderia obter um imprinting dos gansinhos nele, que iriam segui-lo fielmente onde quer que ele fosse. A abertura do ganso para a aprendizagem de um líder, mesmo que não se assemelhe a um ganso, é intrigante. Imprinting demonstra como os genes podem, em grande parte formar um comportamento, mas que a evolução pode criar uma janela para o aprendizado de informações importantes sobre a variação no ambiente. Fonte Nature

Quando a "transferência" do imprinting acontece

O primeiro contato da mãe com seu filho se estabelece, criando um vínculo inseparável, através do odor, visão e sons, ambos fixam laços inseparáveis. O dono de um cão recém-nascido pode, através dos cuidados, proteção e alimentação pode se transformar como se fosse sua mãe, muitas vezes com reconhecimento para sempre. A forma como o animal é tratado no início da sua vida pode ser o fator determinante sobre o seu comportamento futuro, por exemplo ser dócil ou agressivo. Um fato evidente e real é que

17

certos comportamentos dependem da raça, um determinado cão selecionado para caça nunca vai ser agressivo. Alguns cães de guarda, geralmente agressivos podem se tornar dóceis,

O adestrador Andrei Kimura faz as seguintes observações sobre o imprinting: "Em se tratando de cães domésticos, o imprinting pode se prolongar e passar da mãe do cachorrinho para um ser humano, se esse o acolher dando-lhe afeto, alimento e o protegendo. "A situação fica tão intensa que, em comportamento de matilha, ao verem seus pais humanos em situação de agressividade por outros (humanos ou não), o cão pode passar a defender seu (s) tutor (es) e partir para o ataque", afirma Kimura.

Esta palavra também é usada para descrever conceitos e fenômenos relacionados à genética e à psicologia. Mas, o que nos interessa é em relação ao comportamento animal (de vertebrados superiores de sangue quente, incluindo os animais domésticos, selvagens e nós mesmos). Segundo Andrei, o primeiro objeto móvel que os neonatos visualizam ou sentem a presença gera o que pode ser chamado de apego ou imprinting. Eles passam a segui-lo, em busca de proteção e alimento, além de aprender com ele por meio da observação, da tentativa e erro - comportamento que não está somente ligado à herança genética".

Fonte meusanimais.com.br

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CAMPEIRO E A VACA

Esta narrativa é verdadeira e ocorreu em uma fazenda de criação de bovinos (EEZS). Um campeiro, de nome "Zico", muito competente no seu serviço, morava e trabalhava na lida de gado Nelore.

O dia a dia dos campeiros segue, normalmente, uma rotina: correr os pastos, observar a sanidade dos animais, contá-los, inspecionar as cercas, os bebedouros, os cochos de sal, etc. Em uma determinada época do ano, ocorrem os nascimentos dos bezerros.

Os campeiros, logo de manhã, têm como primeira tarefa a de "tirar os nascimentos". No momento da retirada dos bezerros as vacas avançam sobre os campeiros, montados em seus cavalos treinados que rapidamente se afastam do perigo. Nesta operação todos os bezerros nascidos naquele dia, na maternidade, são separados da mãe para receberem os cuidados de praxe: curativo do umbigo, identificação através de um número, pesados e devolvidos às respectivas mães.

Este manejo é muito trabalhoso e perigoso, devido à agressividade das vacas que procuram defender seus bezerros. O carinho das mães é normal, muito embora, algumas se tornam extremamente perigosas. A devolução das crias, em alguns casos, é feita levando-as carregadas no colo, colocadas por baixo da cerca, no piquete das vacas paridas.

Uma vaca, chamada Floema, da raça Nelore, dócil quando sem bezerro, mas parida era muito perigosa. Ela protegia o seu bezerro de forma violenta. Em uma das suas parições, um campeiro ao devolver o bezerro à mãe aconteceu um acidente. A vaca foi de encontro à cerca

18

arrebentando-a. No momento ele largou o bezerro no chão e saiu correndo. Por infelicidade a cria o acompanhou.

Os animais recém-nascidos, geralmente, acompanham qualquer vulto em movimento. A vaca furiosa foi de encontro ao campeiro. Uma violenta chifrada o atingiu por trás entre as nádegas e a coxa, pisoteando-o sobre o tórax. Ao escutarmos os gritos de socorro e o barulho, corremos em seu auxílio. A vaca havia "pegado" o seu bezerro e se afastou do local.

Ele foi levado imediatamente ao pronto-socorro, eu fiz questão de acompanhá-lo, pois verifiquei que as lesões eram graves. Após examinado pelo médico o caso foi encaminhado à ortopedia. Tratava-se de fraturas de fêmur e de duas costelas. (Vide item docilidade/agressividade).

COMPORTAMENTO DE APETÊNCIA

Já o comportamento de apetência (vontade) pode ser influenciado pelo aprendizado, por condições ambientais e, no ser humano, pela influência de processos cognitivos (ato de adquirir um conhecimento). Os animais têm habilidades que os humanos perderam durante a evolução. Alguns pesquisadores acreditam que cães e gatos, por exemplo, contam com capacidades extra-sensoriais, assim como os papagaios, galinhas, gansos, répteis, peixes, macacos, etc.

A territorialidade dos animais domésticos

"Ela servia como meio de sobrevivência, reprodução e disputa de área quando os ancestrais desses animais estavam na natureza. Hoje em dia pode parecer até besteira o cão marcar toda a casa com a urina, mas, no entendimento dele como animal, aquilo é necessário para sua sobrevivência.

Claro, os humanos já estão bastante distanciados de seus instintos, mas episódios como de medo de coisas desconhecidas - como barulhos à noite, ou até a necessidade de proteger os filhos, vão muito além de uma reação criada pelo convívio social. É também o nosso lado animal se manifestando".

https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/instinto-animal/

19

Preservação da prole

As mães podem dar a sua própria vida pelos filhos. Nos humanos esta premissa é verdadeira. Nos animais se verifica que há um limite na defesa dos filhos. Quando as mães percebem que elas estão correndo algum risco em perderem a sua própria vida elas abandonam o filho e ficam a distância. Este instinto permite que ela sobreviva e possa gerar outros filhos. Observa-se que após a morte do filho ela continua, em muitos casos, do lado do filho morto. Na selva quando ocorre um ataque todos os animais do grupo procuram proteger seus filhos.

Docilidade/Agressividade

A docilidade ou agressividade são características inatas dos animais por ocasião da parição. Eles nascem com este instinto, portanto é congênito, isto, é nasce com o animal. A característica docilidade é desejável e deve ser selecionada por ocasião da parição da vacada. As vacas muito agressivas por ocasião do parto devem ser descartadas do rebanho. A docilidade das vacas deve ser em relação aos campeiros, no sentido de facilitar e permitir um bom manejo e sem riscos de acidentes. As vacas zebuínas, à parição, apresentam de um modo geral um grau de agressividade normal, que deve ser preservado. Esta agressividade é importante para a proteção da cria contra predadores, principalmente os urubus. Nas criações nas quais se utilizam estações de monta reduzida (3 a 5 meses), a concentração de nascimentos é grande e as vacas muito agressivas, além de dificultarem a "tirada do nascimento", geralmente pisoteiam os bezerros.

PRESERVAÇÃO DO INSTINTO

Em muitos casos os instintos devem ser preservados pelo homem. Para tanto vou contar um fato ocorrido durante a minha vida profissional.

20

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O BEZERRO E A FORMIGA

Um bezerro da raça Nelore havia desaparecido de um lote de vacas paridas. Todos os campeiros saíram à sua procura. As buscas intensificaram-se por cinco dias, por toda a fazenda. A única hipótese viável era a de roubo. Não havia qualquer vestígio de morte. No sexto dia, após o seu desaparecimento, chegou um campeiro dizendo haver encontrado o animal. Ele se encontrava no interior de um grande buraco de formiga saúva. O formigueiro estava desativado ou extinto. Apresentava um pequeno buraco de mais ou menos 30 centímetros de diâmetro e um metro de profundidade, formando uma pequena sala em baixo da terra.

O bezerro escorregou pelo buraco e lá dentro ficou em perfeitas condições físicas, permanecendo vivo por seis dias. Ele estava muito sujo de lama, pois havia chovido. O campeiro o localizou porque a mãe estava de guarda, perto do buraco e afastada do lote. Somente a vaca sabia do paradeiro do filho. Ele foi retirado do buraco com auxílio de uma corda. Uma vez resgatado saiu em disparada em direção ao lote das vacas. Seu aspecto assustou as outras vacas, pois de branco ficou avermelhado pela terra. Sua mãe, porém, o reconheceu, protegendo-o dos outros animais. O bezerro mamou e após alguns minutos estava incorporado ao rebanho.

Pela atitude da mãe percebe-se que ocorreu a identificação e a proteção da cria. Isto caracteriza uma das qualidades inatas do gado zebu. Desta forma pode-se deduzir sobre a importância da preservação deste comportamento nas criações extensivas, através dos programas de melhoramento genético.

Instinto animal é sexto sentido?

Para mais detalhes sobre sexto sentido vide capítulo sexto sentido.

Muita dúvida ainda existe sobre certos comportamentos dos animais, não explicados a luz da ciência. Estas atitudes tomadas pelos animais em relação ao seu dono estão sendo atribuídas a um sexto sentido. Na literatura encontramos várias citações, exemplificando o possível sexto sentido. "Seu gatinho está sempre na janela quando você chega? Seu cão começa a latir dentro de casa e alguns segundos depois alguém aperta a campainha? Pode parecer um sexto sentido maluco, mas alguns pesquisadores afirmam que a explicação também está nas origens e na relação com outros animais que os bichinhos domésticos ainda carregam". "Várias histórias que tratam de cães que sentiram que alguma catástrofe iria acontecer, ou que reagiram de alguma maneira quando o dono estava em perigo, mesmo não estando ao lado deles". Os animais possuem alguns órgãos dos sentidos muito desenvolvidos, como o olfato, audição e visão. Provavelmente estas sensibilidades inatas dos animais explicam estes comportamentos. Os animais de um modo geral presentem algum perigo e demonstram esta preocupação, para a sua

21

própria sobrevivência. Por exemplo certos cães procuram se esconder quando ouvem bombas ou mesmo raios, alguns ficam latindo.

Cabe aqui fazer um parêntese e alertar para não confundir sexto sentido com percepção aguçada dos animais. Nós tínhamos um cãozinho que percebia quando eu chegava em casa pelo barulho do automóvel, a alguma distância. Os javalis possuem um olfato apuradíssimo, dependendo do vento podem sentir o cheiro do homem a 500 metros de distância.

22

2

INTERAÇÃO HOMEM & ANIMAL

Percepção de sentimentos do homem pelos animais

O artigo a seguir teve como fonte o site: www.adimaxpet.com.br/noticias/

A seguir, listamos três sentimentos principais que os cães conseguem perceber nos seus donos. Além disso, estes sentimentos influenciam o humor do animalzinho, que é companheiro de seu dono, literalmente, na alegria e na tristeza.

1- Humor (e variações atreladas a doenças):

Seu animal tem a incrível capacidade de perceber se você está de bom humor ou não. Normalmente o comportamento dele seguirá o seu estado de espírito: se estiver de bom humor ele ficará mais agitado e se estiver de mau humor, ele também se mostrará estressado.

O mesmo acontece quando o dono ou alguém bem próximo fica doente. O animal de estimação tende a apresentar comportamentos de inquietação e tristeza. Alguns mostram desejar permanecer sempre ao lado de quem está debilitado. Em alguns casos, podem ficar tão abatidos ao nível de adoecer também ou ficarem prostrados. Esses são reflexos do que ele sente por seus donos e sua forma de demonstrar carinho, afeto e companheirismo;

2. Confiança

O faro dos cães quase nunca se engana! Eles conseguem perceber quando alguém está mentindo ou quando uma pessoa não é merecidamente confiável. Na tentativa de alertar seus donos, ficam agitados, latem e não conseguem sossegar enquanto estiverem na presença do 'perigo'. Não devemos levar ao pé da letra, claro, a antipatia de um cão por determinada pessoa, pois o motivo pode ser o cheiro (de outro animal, como um gato, por exemplo) em suas roupas, alguma característica física, tom de voz, etc., porém, há casos em que os cães percebem o lado ruim da personalidade de alguém.

3. Falta de atenção

Os cachorros são animais capazes de tomar decisões e decidir ações em questão de segundos. Quem nunca se distraiu por rápidos 10 segundos e teve sua comida roubada pelo danadinho do cão?

23

Por esses motivos, os cachorros conseguem perceber qualquer distração ou falta de atenção em qualquer atividade que os donos estejam realizando. Também são capazes de identificar quando estão sendo tratados de maneira diferente em relação a outro cão ou animal de estimação.

E quando essas duas situações se tornam frequentes, seu pet pode se sentir diminuído e inferiorizado, podendo se tornar indiferente aos seus comandos.

Então, se você alguma vez já se questionou sobre a capacidade dos cães perceberem sentimentos nos homens, agora já sabe que eles realmente têm essa incrível capacidade.

A intuição dos cachorros é bem forte e eles podem sentir as emoções humanas sem que seja necessário dizer palavra alguma. Além disso, eles conseguem diferenciar expressões felizes ou furiosas em rostos dos seus donos.

E agora, está cada vez mais difícil dizer que o cachorro não é, de fato, o melhor amigo que um homem pode ter. Quem aí se atreve? Fonte-

ASPECTOS PSICOLÓGICOS NA INTERAÇÃO HOMEM - ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

PIBIC-UFU, CNPq & FAPEMIG

Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA

Maíra Lopes Almeida

Como foi dito os animais, principalmente o cão, são dotados de faro apuradíssimo, portanto podem detectar o odor de certas substâncias exaladas pela pele ou pelo ar expirado pelos pulmões, por pessoas portadoras de certas doenças.

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CÃO RECONHECE QUEM TEM MEDO

Conheci um morador na cidade de Sertãozinho que tinha um cão da raça fila brasileira. O cão foi criado preso em uma corrente e tornou-se uma fera. Era tratado com muito cuidado e só permitia a presença do dono na hora de levar a comida. Não deixava ninguém se aproximar da sua casinha, portanto, não recebia as vacinas obrigatórias. O dono do cão resolveu leva-lo para sua fazenda. Mas como colocá-lo em um engradado em cima da caminhonete? Quem iria fazer isto? Ficou sabendo que o irmão de um borracheiro sabia lidar com estes cães bravos. Foi falar com tal pessoa. Tudo foi preparado e marcado o dia. O tal homem chegou com a maior calma perto do cachorro, pegou-o pela corrente levando-o para dentro do engradado, já em cima da caminhonete.

Como explicar este fato?

24

O cão através do seu instinto percebeu que a tal pessoa era possuidora de uma superioridade e confiou nos seus atos, portanto o cão através do seu instinto notou que nada de mal lhe iria acontecer.

A pessoa é dotada de algum sentido? Como ela desenvolveu esta capacidade de transmitir ao cão tal segurança? São perguntas que a ciência ainda não consegue responder com segurança e detalhes. O cão percebe o homem como amigo, mais forte que ele e como um líder no qual ele pode confiar. Uma explicação por Maíra Lopes Almeida

"Nesses anos todos em que venho lidando com cães, o que percebo é que até mesmo filhotes de quatro ou cinco meses, ou mesmo cães medrosos reagem de forma hostil a pessoas que têm medo deles. Tal fato me leva a crer que de fato o cão sente - não o medo - mas sim a hostilidade de tais pessoas a eles, daí esta reação de rosnar. É como se ao exalar este cheiro nós humanos estejamos enviando a eles uma mensagem hostil, e eles reagem na mesma moeda. Aí a coisa piora ainda mais quando o cão rosna, pois acaba por produzir ainda mais medo nesta pessoa, que acredita piamente que tal reação se deva a uma demonstração de superioridade do cão sobre a pessoa, por fim isso tudo acaba por gerar uma inimizade eterna".

Medo de animais

O olfato é o sentido mais apurado nos cães e por isso eles se aproximam de nós com a intenção de conhecer o nosso cheiro, ao deixar que eles façam isso de forma natural, sem movimentos bruscos e sem medo, permitimos que eles nos conheçam e sejam totalmente amistosos.

O que se sabe, porém, é que os cães tendem a atacar quem se aproxima rapidamente ou faz movimentos bruscos, pois respondem ao ato de forma predatória natural. Por isso é comum e válido o conselho de permanecer calmo e com os braços abaixados diante do animal.

Além disso, a orientação de evitar contato visual com um cachorro também deve ser levada em consideração. Um cão mais agressivo ou confiante pode, de fato, atacar uma pessoa que olhe diretamente nos olhos dele.

É bastante comum você perceber que um cão muda de cheiro ao enfrentar alguma situação que lhe causa medo. Muitos cães ficam fedidos quando vão ao veterinário. Ou durante uma chuva de verão, por causa dos trovões, ou coisa no gênero.

Ora, não há porque duvidar que de fato nosso cheiro mude ao sentirmos medo. Todo o nosso metabolismo muda. Em alguns casos chegamos mesmo a suar, mesmo que esteja um frio intenso.

Um fato interessante, observado por todos nós, os cães de modo frequente latem energicamente para os lixeiros, quando passam apanhando os sacos de lixo. Tudo indica que eles imaginam que os lixeiros estão roubando alguma coisa da casa, pois saem correndo.

25

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O GATO QUE SALVOU A MINHA VIDA

Antes de iniciarmos a narrativa algumas considerações sobre o gato-caseiro são indispensáveis para que possamos entender o comportamento desta espécie animal. Eles evidenciam seu atavismo (instinto) nos seguintes comportamentos: gosta da liberdade, independência, individualidade, autonomia, desobediente, prudência, marca o seu território com urina, na reprodução emite gritos lancinantes, caça ratos e serpentes por esporte. As pessoas que não entendem o seu modo de ser julgam-no falso, hipócrita, ladrão, infiel e imprevisível. Atavismo- Reaparecimento, no ser animal ou vegetal, de caracteres genéticos (características naturais, físicas, psicológicas, intelectuais, comportamentais etc.) não presentes em seus ascendentes imediatos, mas sim em ascendentes remotos, e que haviam ficado latente ao longo de gerações (também denominado herança ou hereditariedade ancestral ou reversão). Com o atavismo, é como se nossos genomas servissem como arquivos do nosso passado evolutivo.

A história

A história que vou narrar é verdadeira. Nós morávamos na Fazenda Experimental, em Sertãozinho, SP. Uma gata rajada de orelhas bem pequenas, vivia na fazenda como se fosse selvagem, aparecendo em casa eventualmente. Ela vinha caçar ratos, durante a noite, no paiol. Como tínhamos interesse em sua presença, deixávamos restos de comida e leite para ela.

Após muito tempo conseguimos, gradativamente, conquistar a sua amizade. A minha mulher começou a chamá-la de Chana. Ela era muito fértil e criava os gatinhos com muita habilidade. Uma vez deu cria dentro da gaveta do guarda-roupa. Nesta ninhada havia um gatinho especial, era muito grande, idêntico à mãe e resolvemos adotá-lo. O nome que veio de imediato foi de Gatão, devido ao seu tamanho. A sua mãe o ensinou a caçar e a se defender de perigos de uma vida selvagem.

A Chana desapareceu, sem mais nem menos, ela era bem velha. O Gatão era um verdadeiro guardião da casa, rosnava para pessoas estranhas. Caçava e sempre trazia sua preza, colocando-a no tapete da porta de entrada, provavelmente era um presente para nós. Emitia diferentes sons expressando prazer, desprezo, medo e ameaça.

Um dia ao chegar para almoçar o Gatão pulou em minha frente, antes que eu entrasse na varanda. Ficou todo arrepiado e em posição de defesa. Parei imediatamente, não entendendo aquela atitude. Ao dar volta em uma jardineira, que havia na varanda, vi uma cobra enrolada, pronta para dar o bote.

26

O susto foi grande, o coração disparou, tratava-se de uma cascavel criada. Ele havia me salvo de uma picada que poderia ser fatal. Eu estava sozinho, não havia ninguém em casa e o socorro mais próximo ficava longe.

A partir deste fato, sempre que podia, demonstrava a minha gratidão ao Gatão, através de carinho e uma boa alimentação.

Os animais domésticos desenvolvem seu afeto pelo dono logo após o nascimento, sendo permanente e vai aumentando quando bem tratados. Pela postura do gato diante da cobra, nota-se que houve uma forma de comunicação, e isto mostra a importância do relacionamento com os animais. Dúvida: Será que o gato não estava simplesmente salvando a sua própria vida, portanto houve uma coincidência.

27

3

INTELIGÊNCIA OU TREINAMENTO

Inteligência dos animais

Todos animais possuem um grau de inteligência, mesmo dentro de uma mesma espécie pode-se observar estas diferenças. Alguns aprendem com facilidade e desenvolvem uma percepção aguçada nas ordens dos seus domadores.

Na literatura encontramos os animais com maiores inteligências:

1. O porco- é considerado o mais inteligente. 2. O polvo. 3. O corvo 4. O golfinho 5. O elefante

"Se formos analisar superficialmente, os cachorros parecem animais com pouca inteligência, principalmente quando começam a correr atrás de seus próprios rabos ou quando correm atrás de um objeto que você fingiu lançar. Mas na verdade, eles são pets dotados de muita inteligência e podem demonstrar, constantemente, sua esperteza.

Um dos exemplos de sua intelectualidade é que eles estão sempre atentos às movimentações que ocorrem a sua volta, tanto dos humanos como de outros cães, além de tomarem para si, sentimentos de seus donos ou pessoas muito próximas.

Essa forte ligação de amizade e sentimentos já é tema de diversos estudos que apontam que cachorros e homens podem ter mecanismos semelhantes para processar as informações emocionais, uma vez que o cérebro canino possui uma região em seu cérebro com muitas semelhanças a uma parte do cérebro humano.

Assim fica até fácil entender como eles conseguem nos desvendar com tanta facilidade! E também o porquê de eles agirem como se fossem parte das famílias com as quais convivem".

Acredite se quiser- Nós tínhamos um cãozinho que para comer precisávamos contar uma "historia", Aberdem era o nome dele. Aberdem venha comer se não o gatão vai comer tudo. Ele então começa a comer. Fica evidente que nada mais foi do que um treinamento.

28

Ovelhas treinadas

Em trabalho publicado neurocientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, analisaram o comportamento de ovelhas treinadas para identificar fotos. As fotos eram expostas as ovelhas várias vezes e recebiam um agrado (comida). Após o treinamento várias fotos eram expostas e as ovelhas chegavam perto das que reconheciam, claro para receber a recompensa.

"Esse condicionamento de estímulo e resposta, porém, não tira em nada o mérito dos animais. Afinal, o ser humano também só lembra do rosto de pessoas que já a viu em algum momento da vida - melhor ainda se elas forem importantes de alguma forma". (Por Bruno Vaiano, publicado em 8 nov. 2017).

Macacos roubam só o que interessa

Os macacos do Templo de Uluwatu, em Bali, são famosos por surrupiar comida e objetos de turistas. Só que a coisa não para aí.

Depois de passar vários meses observando quatro grupos de animais, cientistas belgas descobriram que eles também revendem coisas roubadas: quando percebem que um objeto não é comestível, alguns macacos levam o objeto de volta para as pessoas, e tentam trocá-lo por alimento. A prática é aprendida (não inata), e transmitida entre os animais: um quinto grupo de macacos, que não era do templo mas passou a viver lá, também aprendeu a revender coisas. (Fonte- Bruno Garattoni, nov 2017, 26 jul 2017).

Corvos inteligentes

Você, leitor da SUPER, talvez se recorde, por exemplo, que os corvos de fato conseguem lembrar o rosto de quem os enganou por até dois meses. E uma pesquisa recente demonstrou que eles também são capazes de entender relações de causa e consequência muito bem. Conforme descrito na revista Science, eles preferem abrir mão de uma recompensa favorável para esperar algo que seja ainda mais recompensador.

Cumprir tarefas para receber recompensas é algo que os corvos costumam tirar de letra. Outros experimentos já demonstraram que eles são craques em dar soluções inteligentes a

29

situações lógicas - como jogar pedras dentro de um reservatório fundo para que o nível da água suba e eles consigam saciar sua sede, ou entortar um arame para fazer um anzol e pescar algo boiando.

Tudo porque esse tipo de desafio é algo que eles costumam encarar na natureza. Para se alimentar de moluscos, por exemplo, os corvos pegam as conchas com o bico, voam até o alto e soltam os objetos lá de cima, em alguma área pedregosa. Com a queda, o casulo se rompe, e uma saborosa refeição gosmenta pode ser apreciada. O mesmo serve para áreas urbanas: eles terceirizam o serviço de quebrar nozes muito duras às rodas dos automóveis que passam pelas redondezas.

Para testar a mente brilhante dessas aves, os pesquisadores do estudo prepararam uma situação deste tipo - que obrigasse os corvos a agir para ganhar uma recompensa maior depois. Posicionadas frente a uma comida saborosa, eles tinham de fazer uma escolha difícil. Se optassem por não comer logo de cara o quitute, ganhariam uma ferramenta especial. O instrumento funcionava para abrir uma caixa, onde um alimento ainda mais saboroso os aguardava. Os corvos aprenderam que, quando optavam por não comer, os cientistas chegavam com a caixa ou ferramenta em até 15 minutos. Aí, era só desbloquear o prêmio.

O ato de barganhar com os cientistas, esperando o momento certo para usar a ferramenta, foi repetido por 86% das cobaias. De acordo com os pesquisadores, esse autocontrole para renunciar recompensas imediatas demonstra a capacidade que essas aves possuem de tomar decisões pensadas.

Ou seja: é como se os corvos efetivamente planejassem o futuro, como fazem os humanos. Preferir a ferramenta, para eles, seria como guardar aquele dinheirinho na poupança, e recuperar o montante daqui um tempo quando ele já tivesse rendido um pouco. A resposta dos corvos, segundo os cientistas, foi mais satisfatória do que seria a de espécies mais inteligentes de macacos.

(Fonte- Guilherme Eler,24 jul 2017)

Enganar os animais

"Em um experimento, pesquisadores testaram a capacidade dos pássaros de se lembrar de um trato descumprido - e marcar o rosto da pessoa que os enganou.

Você é do tipo vingativo? Daquelas pessoas que até perdoam, mas não esquecem? Em caso de duas respostas afirmativas, há boas chances de seu animal interior - no melhor estilo Clube da Luta - ser o corvo. Um estudo publicado no periódico Animal Behaviour descobriu que tentar se aproveitar desses pássaros pretos não é uma atitude lá muito esperta. Bom, você pode até se dar bem, mas isso não impedirá que eles te marquem e percam a confiança por um tempo - até meses, se você der azar e resolver folgar com algum mais rancoroso.

30

Para testar a memória e a capacidade desses animais de registrar comportamentos negativos - e se lembrar com detalhes dos vacilos por um bom tempo - os cientistas treinaram sete exemplares de corvos (Corvus corax) para participar de um experimento clássico de laboratório. A ideia é que eles fossem capazes de fazer trocas baseadas na confiança: os bichos entregariam um determinado objeto para um humano, para depois receber uma recompensa de valor maior.

No começo do teste, os pássaros ganhavam um apetitoso pedaço de pão, alimento que, se não tivessem sido previamente educados, abocanhariam sem nem olhar para trás. No entanto, eles sabiam que poderiam ganhar dos humanos algo bem melhor: um generoso pedaço de queijo, que agrada ainda mais seu paladar, era a moeda de troca. Eles aprenderem que seriam bem recompensados e passaram a fechar esse trato com os pesquisadores, repetindo o processo de dar o pão para receber o queijo por várias vezes.

(Fonte-Guilherme Eler- jun. 2017).

31

4

COMPORTAMENTO ANIMAL

Comportamento

O comportamento que o animal apresenta pode ser de forma espontânea, provavelmente de ordem genética, chamado instinto. Outro comportamento é aquele adquirido por aprendizagem. Os animais apresentam comportamentos inatos (instintos):

1- Sexual: 2- Ao parto: 3-Agressividade / docilidade 4- etc

As vacas paridas desenvolvem naturalmente o instinto de proteção da cria. A intensidade deste instinto é variável segundo a raça e o indivíduo. A proteção da cria contra predadores é muito importante, principalmente contra os urubus. As raças zebuínas apresentam esta característica bem desenvolvida, a tal ponto que muitas vacas se tornam perigosas para com os homens que trabalham no campo. Estas vacas bravas devem ser afastadas do rebanho, bem como as que são indiferentes para com o seu bezerro. (Vide histórias do Lajopa- O campeiro e a vaca, pg. 17).

"Tipos" de comportamentos

Os comportamentos dos animais podem ser de dois tipos: 1- Os natos, isto é, eles já nascem com instintos. 2- Os adquiridos através dos ensinamentos (aprendizagem, educação ou adestramento).

32

O significado da pesquisa em Comportamento Animal Charles T. Snowdon. Universidade de Wisconsin

"O estudo do Comportamento Animal é uma ponte entre os aspectos moleculares e fisiológicos da biologia e da ecologia. O comportamento é a ligação entre organismos e o ambiente, e entre o sistema nervoso e o ecossistema. O comportamento é uma das propriedades mais importantes da vida animal. O comportamento tem um papel fundamental nas adaptações das funções biológicas. O comportamento é como nós definimos nossas próprias vidas. O comportamento representa a parte de um organismo através da qual ele interage com o ambiente. O comportamento é parte de um organismo tanto quanto sua pele, suas asas etc. A beleza de um animal inclui seus atributos comportamentais".

Aranhas identificam seus filhos

"Há uma boa dose de verdade naquela história de que uma mãe sempre faz tudo por seu filho.

As aranhas-caranguejo, por exemplo, oferecem pedaços de seus próprios corpos para suas crias quando a falta de comida aperta. Acontece igualzinho com outra espécie, a Stegodyphus lineatus, que pratica um ritual ainda mais elaborado: dissolve seus órgãos internos para dar uma última refeição digna à prole - antes de partir desta para uma melhor".

"Quando investem nesses recém-nascidos, as aranhas estão investindo em seu próprio sucesso reprodutivo", explicou Trine Bilde, que liderou o estudo, em entrevista à New Scientist. "Quanto mais genes ela transmitir para próxima geração, melhor. Seguindo essa lógica, dar seu próprio corpo como alimento é uma solução evolutiva bastante sensível". Afinal, quer forma melhor de virar uma folhinha da árvore genealógica de alguém do que fornecer as proteínas que formarão seu DNA? (Fonte- Guilherme Eler set 2017).

Comportamento maternal

Algumas fêmeas paridas enquanto vão à procura de alimentos para seus filhotes os escondem, algumas diante de algum perigo mudam as suas crias de lugar. Para exemplificar este instinto maternal a história a seguir é sugestiva.

33

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O BEZERRO SALTADOR

Um bezerro Nelore, de quatro meses de idade, foi encontrado deitado no pasto. Os campeiros fizeram de tudo para que levantasse. Ele, aparentemente, não apresentava sinais de lesões graves ou de doenças.

Para que o bezerro fosse atendido convenientemente foi conduzido de caminhonete até a sede da fazenda. A condução parou no escritório para chamar o veterinário. Neste momento ouviu-se um barulho. O bezerro havia pulado por cima da cabine. Com muita destreza voltou para o pasto, ao encontro de sua mãe, atravessando várias cercas.

Como poderíamos explicar, à luz da ciência, tal atitude. Ele havia mamado bastante, sonolento deitou, diante da nossa presença resolveu ficar imóvel, na tentativa de não ser visto. Na prática observa-se que muitos bezerros ficam deitados, como se escondidos, enquanto sua mãe sai para pastar.

Em meu sítio presenciei uma situação semelhante. Um lagarto teiú ficou agachado e imóvel na presença do cachorro. Este em disparada passou do lado do teiú e não o viu, em seguida saiu correndo. Esta parecer ser a hipótese mais razoável para explicar a total indiferença do bezerro diante da presença dos campeiros.

A vaca deixa o seu bezerro, mas sabe perfeitamente o local onde está. Alguns animais ao serem surpreendidos por supostos predadores ficam imóveis, na tentativa de não serem vistos. Esta atitude da presa (imóveis) é notada nos pássaros ameaçados por cobras, ficando a falsa ideia de que elas têm o poder de hipnotizar.

Magneto recepção

Alguns animais têm um sentido adicional que os ajuda a detectar campos magnéticos, algo chamado de "magneto-recepção". E cientistas europeus descobriram que a molécula responsável por isto também pode ser encontrada nos olhos de cachorros e de alguns primatas, sugerindo que eles são capazes de ver campos magnéticos.

Existe um tipo especial de proteína que permite a certos animais - como aves, insetos, peixes e répteis - regular o "relógio biológico" (ritmo circadiano) e também detectar campos magnéticos, percebendo sua direção, altitude e localização. Essas moléculas sensíveis à luz se chamam "criptocromos". Uma proteína chamada criptocromo que é magneticamente sensível, medeia os ritmos circadianos em plantas e animais.

Os criptocromos nos neurônios fotorreceptores dos olhos das aves estão envolvidos na orientação magnética durante a migração. Criptocromos também são essenciais para as habilidades dependentes da luz na mosca da fruta Drosophila melanogaster para detectar campos magnéticos.

34

Bússola humana

As proteínas criptocromo estão presentes, em uma de suas duas variedades principais (criptocromo-1, a produzida pela Drosophila melanogaster, e criptocromo-2, encontrada nos humanos), em cada animal do planeta. Elas teriam ligação, por exemplo, com o chamado "relógio biológico" dos humanos e de outros animais.

Ainda que já se saiba que a proteína criptocromo está por trás do senso de orientação em animais, ainda não se conhece o seu mecanismo exato de funcionamento.

Comportamentos circadianos

Ritmo circadiano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A maioria dos organismos se adaptaram às mudanças diárias de iluminação, exceto os que vivem sem contato com a luz do Sol e influência das marés.

Ritmo circadiano ou ciclo circadiano (do latim circa cerca de + diem dia) designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.

O ritmo circadiano regula todos os ritmos materiais bem como muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono, a renovação das células e o controle da temperatura do organismo.

A melatonina inibe as funções das gônadas, e, visto que a luminosidade inibe a produção de melatonina., os dias longos favorecem a reprodução na maioria das espécies.

A influência reprodutiva ocorre devido ao aumento da produção e liberação da melatonina. Como este hormônio é sintetizado durante as horas de escuridão (noite), nos dias mais curtos observa-se suas maiores concentrações. A melatonina, por sua vez, tem efeito estimulatório sobre os hormônios reprodutivos (GnRH, FSH e LH), nos pequenos ruminantes. Dessa maneira, as funções ovarianas são estimuladas fazendo com que estes animais se reproduzam em dias curtos.

35

Comportamento e o campo magnético

Fazendeiros e pessoas atentas do interior sabem que a maioria do gado, quando pasta, volta-se para a mesma direção. Muitos se perguntam o que determina esse alinhamento. Agora, um estudo publicado no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences" parece responder, pelo menos em parte, a essa questão. Para pesquisadores alemães e tchecos, o campo magnético da Terra é um dos principais fatores determinantes.

De acordo com os cientistas, que analisaram fotos de satélite de milhares de bovinos ao redor do mundo e também fizeram estudos de campo, parece que o gado sabe como encontrar o norte e o sul. A maior parte dos animais observados que pastava ou descansava tendia a alinhar os seus corpos em uma direção norte-sul, afirmou o estudo, conduzido por Hynek Burda e Sabine Begall, da Faculdade de Biologia na Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha.

A constatação se mantém verdadeira independentemente do continente em que o rebanho se localize, segundo eles. "O campo magnético da Terra tem de ser considerado como um fator", declararam. O tema desafia os cientistas a descobrir por que e como estes animais alinham o corpo ao campo magnético, disse Begall. "Naturalmente, a questão levanta se os seres humanos também apresentam um comportamento espontâneo", afirmou. O estudo levou Tina Hinchley, que cuida com o marido de uma fazenda leiteira no Estado de Wisconsin, EUA, a ter um novo olhar para uma foto aérea tomada de sua fazenda há alguns anos atrás. "As vacas estavam espalhadas por todos os lados do pasto e cerca de dois terços estavam na direção norte-sul", disse Hinchley. Essa proporção é próxima da verificada pelos investigadores ao olhar para 8.510 bovinos em 308 pastagens. No estudo, entre 60% e 70% dos bovinos ficaram virados para a direção norte-sul, o que Begall chamou de "desvio altamente significativo de distribuição aleatória".

"Esta é uma descoberta surpreendente", disse Kenneth J. Lohmann, do Departamento de Biologia da Universidade da Carolina do Norte. Lohmann, que não fez parte do estudo, advertiu, porém, que a pesquisa "é inteiramente baseada em correlações". "Para demonstrar conclusivamente que os bovinos têm um senso magnético, algum tipo de manipulação experimental será eventualmente necessário", disse.

36

Pombos-correios

"Cientistas na Nova Zelândia descobriram que os pombos-correios possuem pequenas partículas de ferro no bico que funcionam como uma agulha de uma bússola. Essas "agulhas" apontam sempre para o norte geográfico, auxiliando na localização. Os pesquisadores realizaram experiências comprovando que essas aves são capazes de perceber variações do campo magnético e se orientar por elas. Quando ímãs foram colocados no bico superior das aves, elas ficaram desorientadas evidenciando a veracidade da hipótese inicial".

Aves migratórias

Uma molécula especial é encontrada na retina de aves migratórias e parece ser ativada quando as aves estão voando sob influência do campo magnético. As células contendo essa molécula se conectam com uma região do cérebro que, quando removida, impede a habilidade da ave navegar pelo campo. Os pássaros podem literalmente enxergar os efeitos da força magnética. Essa visão aumenta a capacidade de voar por grandes distâncias. No filme "O Núcleo", a instabilidade do campo eletromagnético afeta o sistema de navegação dos pombos, fazendo com que eles voem desordenadamente, provocando acidentes.

Comportamento sexual

"Os feromônios, ferormônios ou as feromonas (do grego φέρω phero "transmitir" e hormona, do grego ὁρμή "excitar") são substâncias químicas que, disseminadas entre seres de uma mesma espécie, promovem reações específicas em seus indivíduos.

Os feromônios secretados ou excretados são capazes de suscitar respostas de tipo fisiológico e/ou comportamental em outros membros que estejam num determinado raio do espaço ocupado pelo emissor. Existem vários tipos de feromônio, como os feromônios sexuais, de agregação, de alarme, entre outros.

A palavra pheromone foi criada pelos cientistas Peter Karlson e Adolf Butenandt, por volta de 1959, a partir do grego antigoϕέρω (pherein) "transportar" e ὁρμῶν (hormon), particípio presente de ὁρμάω (órmao) "excitar". Portanto, o termo já indica que se trata de substâncias que provocam excitação ou estímulo.

37

Na produção animal, os feromônios se tornam importantes, pois podem auxiliar no manejo reprodutivo de determinados rebanhos, como no rebanho ovino, no qual se pode, através da exposição de machos a fêmeas previamente separadas, sincronizar o cio dessas matrizes para que todas entrem em reprodução no mesmo momento. Isso só é possível porque feromônios masculinos detectados pelo olfato das fêmeas provocam alterações fisiológicas no ciclo reprodutivo das mesmas". Fonte- Wikipédia.

Posição de descanso dos animais

Como eles desenvolveram esta característica.

Um exemplo típico da posição que os animais tomam para descansar é a dos equídeos. O cavalo quando em repouso toma uma atitude tri pedal, que exige um esforço muscular reduzido. O membro em descanso, que é quase sempre um posterior, acha-se semi-flexionado, apoiando-se no solo com a pinça (ponta do casco). Esta disposição faz com que a garupa do lado do membro em repouso fique mais inclinada que a oposta. Os membros anteriores são mantidos em posição normal, pois os raios ósseos são mantidos em posição por órgãos passivos, sem auxílio dos músculos, sendo o peso do corpo suportado sem cansaço para os membros torácicos. Periodicamente o animal muda o membro posterior em apoio, a fim de repousá-lo, pois, nestes, a sustentação da coxa e, entre eles, em particular pelo glúteo médio, coadjuvado principalmente pelo parameral, semi-tendinoso e semi- membranoso. (PREZIUSO)

HISTÓRIAS DO LAJOPA- O CAVALO NA FOSSA

Nós morávamos em uma casa com um quintal enorme. Antigamente todas as casas de fazenda possuíam horta, pomar e galinheiro. Como era de meu costume ia todo dia ao quintal tratar das galinhas e aguar as verduras. Um dia, pela manhã, distraído nos meus afazeres, ouvi um barulho estranho. Um sopro abafado e intermitente. Este ruído era semelhante ao bufar (resfolegar) dos equinos, produzido pela expulsão vigorosa do ar pelas narinas. Olhei para todas as direções, seguramente não havia cavalo no quintal. Fiquei intrigado e perplexo de não ver o animal. Fui caminhando vagarosamente, orientando-me pelo bufar e constatei que vinha de um buraco.

Um cavalo havia caído em uma fossa abandonada. Ela tinha uma tampa de concreto recoberta de capim e um buraco lateral causado pelo peso do cavalo. A fossa era bem grande e o animal estava em pé, tranquilo e sem nenhuma possibilidade de sair. Com o auxílio de um trator, foi aberta uma rampa para que ele pudesse sair. Sem muito esforço o cavalo saiu andando perfeitamente, somente com algumas escoriações.

38

Com a domesticação dos animais, durante milênios, os tornaram dependentes do homem. Eles podem ficar na "fossa" quando atingidos por fatores estressantes como: fome, clima adverso, doenças, barulhos, ficar em lugares não apropriados e longe dos seus companheiros.

O "Comitê de Bem-estar de Animais," considera para que os animais tenham um bem-estar, cinco liberdades:

1- Liberdade Nutricional (estar livre de fome e sede).

2- Liberdade Sanitária (estar livre de doenças e ferimentos)

3- Liberdade Comportamental (deve ter liberdade para expressar o comportamento natural).

4- Liberdade Psicológica (estar livre de sensações de medo e de ansiedade).

5- Liberdade Ambiental (liberdade de movimentos em instalações adequadas).

O cavalo em questão era utilizado na lida do gado e estava acostumado em ficar preso na cocheira. Assim, ao ver-se no buraco, não ficou estressado. Com muita calma ficou esperando que alguém o retirasse de lá. Para tanto emitia sons- O ato de resfolegar, ou seja, inspirar e expirar rapidamente pelas narinas, é outra reação comum no cavalo, através da qual ele manifesta que se sente ameaçado por algum animal próximo a ele. O mesmo comportamento também pode indicar empolgação. Esteja ciente de que a respiração entrecortada aumenta o nervosismo do cavalo. Procure acalmá-lo se ele apresentar essa reação.

Flamingo descansa só uma perna

Aquela varetinha fina, que é a perna dos flamingos, não pode dar conta de manter o bicho em pé melhor do que uma postura bípede - você deve estar pensando. E, de fato, por si só, não é mesmo. A explicação está em uma característica biomecânica dos bichos.

Essa posição só é possível por conta da ossatura privilegiada do animal. Parados na mesma posição, é como se eles estivessem sempre de joelhos flexionados. Esse fato é que confere a estabilidade à postura. Sem estar com uma das pernas recolhidas, eles tinham de esticar ambas, perdendo a flexão dos joelhos que confere sua estabilidade. Se estiverem vivos para isso, conseguem compensar esse fator com a força dos músculos - mas seria um trabalho maior.

HISTÓRIAS DO LAJOPA- BUFALINHO AFOGADO

Um bezerro búfalo de uma semana de idade entrou no açude acompanhando sua mãe e estava se afogando, a vaca com muita calma empurrou-o até a margem, evitando a sua morte. Explicação proteção a cria, fica evidente neste comportamento instintivo da mãe.

39

5

OLFATO EM CÃES

São cinco os órgãos dos sentidos que a ciência explica e comprova como funcionam: Olfato, Visão, Audição, Tato e Paladar.

Enquanto um ser humano tem cinco milhões de receptores olfativos, os cães contam com centenas de milhões. Esses receptores olfativos enviam as informações a uma região específica do cérebro (também mais desenvolvida que a do ser humano), onde os odores são processados e memorizados.

Quando passeiam pela rua, o nariz dos cães age como uma antena que os conecta com o entorno: eles podem perceber o cheiro de alguém que passa rapidamente pela rua ao lado dentro de um carro; o conteúdo do lixo do vizinho e até cada tipo de árvore, com todos os pássaros e insetos que a habitam.

Por isso, costumam reagir com ansiedade e excitação na hora de sair para passear: são muitos estímulos de uma vez só. É como se você abrisse a porta de sua casa e escutasse a todo volume uma orquestra, uma banda de rock e vários filmes simultaneamente.

Com o nariz, os cães também conseguem identificar um companheiro, um inimigo, o ciclo de ovulação das fêmeas, e até o estado de ânimo e a saúde dos humanos.

Graças ao órgão vomeronasal, localizado no osso vômer, entre o nariz e boca, eles podem farejar e interpretar os hormônios que todos os seres vivos liberam naturalmente.

Órgão Vomeronasal

O órgão vomeronasal, também denominado órgão de Jacobson, consiste em um órgão olfativo auxiliar de alguns animais. Órgão vomeronasal refere-se ao osso vômer (facial) dos animais adultos, localizado entre o nariz e a boca. Nos animais, o órgão vomeronasal encontra-se conectado à cavidade bucal pelo ducto incisivo (com exceção dos equinos). A função desta estrutura é aumentar a sensibilidade de quimiorrecepção nas espécies domésticas e selvagens. Mais especificamente, componentes líquidos e aerossóides de baixa volatilidade, denominados feromônios, podem ser detectados, influenciando as funções hormonal e reprodutiva, assim como o comportamento sexual de machos e fêmeas.

Os feromônios podem adentrar no órgão em questão via lambedura, ingestão oral ou inalação direta. Os sinais concebidos pelo epitélio vomeronasal são enviados para um bulbo olfatório acessório, que na maior parte das espécies, age como o primeiro centro de integração

40

neural para o sistema sensorial vomeronasal. Apesar de o epitélio neurossensorial ser composto por células se sustentação, basais e olfatórias e apresentarem uma aparência de epitélio olfatório, há algumas distinções. Este epitélio não possui cílios, mas sim microvilosidades de bulbo dendrítico (com exceção dos cães). As microvilosidades e seus receptores possuem capacidade de detectar agentes químicos específicos e potenciais significativamente baixos.

Bem como na maior parte da região olfatória, o órgão vomeronasal apresenta as glândulas, localizadas sobre o tecido conjuntivo subjacente bem vascularizado. Suas secreções, que podem ser do tipo serosa, mucosa ou ambas, são depositadas no ducto vomeronasal. Fonte- https://pt.wikipedia.org/wiki/Órgão_de_Jacobson

Olfato nos bovinos

As células olfatórias são quimiorreceptores das moléculas transportadas pelo ar. Bovinos são capazes de distinguir vários odores através da depressão ou aumento de impulsos que chegam ao sistema nervoso central vindo dos receptores nasais e interpretado pelo centro olfatório no cérebro. Bovinos possuem senso olfativo mais aguçado do que ser humanos, conforme apresentado pela recepção da urina das fêmeas em estro. Os feromônios que são compostos quimicamente voláteis encontrados nos fluidos corporais, são estímulos sexuais quando cheirado pelo touro.

O reflexo de Flehmen é responsável para que o touro ponha o odor em contato direto com o órgão vomeronasal. Diferentemente de outras espécies, como os cães, os bovinos não necessitam de uma recepção distinta dos feromônios para detectar o estro.

Olfato em cães- importância

Os cães apresentam ao redor do focinho cerca de 220 milhões de células olfativas. Eles através do olfato são capazes de detectar odores imperceptíveis aos humanos. Cães são treinados para descobrir drogas, pessoas desaparecidas sob escombros e até pessoas portadoras de doenças, como por exemplo o câncer e diabetes. Em um artigo publicado por Ângela Zimm (2014), sob o título " Cachorros que farejam câncer oferecem novas opções de testes" , são apresentados vários testes com cães farejadores de câncer. https://exame.abril.com.br/.../cachorros-que-farejam-cancer-oferecem-novas-opcoes-d... A seguir os trabalhos desenvolvidos:

41

Câncer de ovário

Um labrador retriever costuma ter 90% de sucesso ao identificar o cheiro do câncer de ovário sobre amostras de tecido. Observe os talentos de Tsunami, um animal de aspecto régio, olhos atentos e um abano entusiasta do rabo para seus treinadores amigos.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia dizem que ela costuma ter 90 por cento de sucesso ao identificar o cheiro do câncer de ovário sobre amostras de tecido, doença que não possui testes efetivos para a detecção precoce e que mata 14.000 americanas por ano.

Se for detectado no início, a taxa de sobrevivência em cinco anos é de mais de 90 por cento.

Graças às 220 milhões células olfativas presentes num focinho canino, frente a 50 milhões nos humanos, há tempos os cachorros ajudam em tarefas de busca e resgate.

Agora, uma crescente quantidade de evidências apoia a possibilidade de usar cachorros na clínica.

O maior estudo sobre câncer de próstata já feito descobriu que os cães podem detectar a doença com uma precisão de 98 por cento sobre amostras de urina, e há pelo menos um pedido sendo processado nos EUA para obter a aprovação de um kit que usa amostras de hálitos para que cachorros cheirem no canil para detectar câncer de mama.

"O nosso estudo demonstra que o uso de cachorros poderia representar uma oportunidade clínica real a futuro se for usado junto com as ferramentas comuns de diagnóstico", disse Gian Luigi Taverna, autor da pesquisa sobre câncer de próstata, ontem na Associação Americana de Urologia em Boston.

"O nosso método padronizado é reproduzível, de baixo custo e não invasivo para os pacientes e para os cachorros", disse por e-mail Taverna, diretor de patologias urológicas do Istituto Clinico Humanitas em Rozzano, Itália.

Zaphiris não é a única que busca envolver cachorros na assistência médica. Na Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, pesquisadores estão estudando se cachorros podem identificar o câncer de ovário.

Caso positivo, seria um avanço para uma doença difícil, disse Cindy Otto, diretora do Penn Vet Working Dog Center.

O objetivo da pesquisa é algum dia produzir um novo sistema de varredura ou sensor eletrônico para detectar o odor distintivo do câncer de ovário, disse Otto.

42

A pesquisa é um esforço colaborativo entre químicos, médicos e físicos da universidade, com foco primário no desenvolvimento de um "nariz eletrônico" que replique a capacidade que um cachorro tem de farejar doenças.

Otto disse que não acha que o uso de cachorros em um cenário clínico possa ser prático.

Zaphiris disse que o sistema médico não deve esperar pelo desenvolvimento de uma tecnologia que possa detectar o câncer com a mesma exatidão que os cachorros.

O objetivo dela é abrir centros de detecção de odores com cachorros para que seus animais não estejam disponíveis apenas para a pesquisa.

"Se houver uma máquina tão precisa quanto um cachorro, eu digo que vá adiante", disse Zaphiris. "É muito

Compostos voláteis

Quando um cachorro fareja em busca de câncer, ele detecta químicos emitidos pelo tumor conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCs).

Os VOCs foram encontrados no hálito de pacientes de câncer de pulmão e de cólon e na urina de pacientes de câncer de próstata.

Essas descobertas recentes aumentaram o interesse pela pesquisa sobre detecção de câncer por cachorros, incluindo esforços para desenvolver dispositivos que possam imitar o primoroso sistema olfativo do animal.

Dina Zaphiris, treinadora de cachorros reconhecida nacionalmente que trabalha com cães em estudos com financiamento federal para a detecção precoce de câncer em humanos, está liderando o pedido para que a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) habilite um sistema que utilizaria os talentos olfativos únicos de cachorros na assistência médica.

Em 2009, Zaphiris, treinadora de cachorros com 25 anos de carreira e uma longa lista de clientes celebridades e formação em Biologia, fundou a Situ Foundation, organização sem fins lucrativos que treina cães farejadores de câncer e realiza pesquisas na área.

Sua organização está no processo de apresentação de um pedido à FDA para a aprovação de um kit de detecção médica de odores para cachorros.

No seu sistema, os pacientes exalam por um tubo a um pano, que captura moléculas, ou VOCs, de uma virulência. Depois, cães treinados farejam os panos para detectar sua presença.

Pouco prático esperar até as máquinas serem capazes de alcançar os cachorros".

43

Bactérias Desde os anos 1970, apicultores treinam cães para farejar colmeias doentes antes que elas consigam infectar enxames saudáveis. Os cães conseguem descobrir se uma colmeia está saudável ou não sentindo o cheiro das bactérias que causam uma doença conhecida como "Loque Americana" ou "Cria Podre". 100 colmeias podem ser inspecionadas em 45 minutos usando um cão, em vez dos dois dias que levaria para um humano fazer a mesma tarefa.

DVDs Cães podem ser treinados para detectar o policarbonato do qual são feitos os DVDs, o que os torna uma ferramenta preciosa para combater a pirataria e contrabando de DVDs. Na primeira vez que cães foram usados para isto, encontraram uma carga de DVDs piratas no valor de US$ 3 milhões (R$ 6 milhões). O sucesso dos cães foi tanto que os malásios responsáveis pela pirataria ofereceram um prêmio de US$ 30.000 (R$ 60.000) pela morte dos cães. Vítimas de afogamento A polícia dos EUA usa com frequência cães para localizar os corpos de vítimas de afogamentos. Mas como um cão consegue sentir o cheiro de um corpo debaixo de toda aquela água? O odor dos corpos é liberado na corrente aquática, e acaba escapando para o ar. Os cães, que podem trabalhar na margem, em um bote ou mesmo nadando, seguem este odor até o ponto em que ele é mais forte.

44

Emboscada e equipamentos dos vietcongues Durante a Guerra do Vietnã, os militares americanos usaram cães farejadores para encontrar soldados inimigos. Não parece grande coisa, já que é sabido que os cães podem farejar humanos. Mas os cães também foram treinados para detectar túneis, armas e armadilhas, salvando a vida de centenas de soldados americanos. O único problema é que, em um campo de guerra, latir é uma péssima ideia, já que dá ao inimigo a posição do cachorro. Os cães foram então treinados a sinalizar de forma alternativa o que eles encontravam. Alguns aprenderam a arrepiar os pelos da nuca, outros cruzavam as orelhas, e pelo menos um cão ficava em pé sobre as patas traseiras quando sentia o odor de algo. Diabetes Os cães podem ser treinados para alertar seus proprietários diabéticos quando os níveis de açúcar no seu sangue caem a níveis perigosos. Fezes de baleia Cientistas, para monitorar a saúde e compreender os hábitos alimentares das baleias, têm que, entre outras coisas, examinar as fezes das mesmas. Só que tem um problema: os excrementos flutuam só por cerca de meia hora depois da baleia eliminá-los, o que torna necessário que os cientistas coloquem suas mãos nas fezes o quanto antes possível. A solução foi treinar cães para detectá-las. E eles são bons: conseguem sentir o cheiro de fezes que estão a 1,6 km de distância, indicando aos cientistas para onde devem ir para achar seu tesouro. Para guiar os humanos interessados em fezes, o cão pode inclinar para a direita ou esquerda, ou então agitar sua orelha direita ou esquerda.

45

Percevejos Com a popularização das viagens aéreas, um aumento quase apocalíptico de casos de infestações de percevejos está acontecendo. Mas por uma taxa módica, empresas de controle de pragas podem investigar uma casa usando um cachorro, permitindo que você saiba que tipos de problemas pode vir a ter se comprar uma nova propriedade. E segundo estudo feito na Universidade da Flórida (EUA), eles conseguem detectar um único inseto ou ovo vivos com uma precisão de 96%. Minérios O governo da Finlândia financiou um programa para ensinar cães a detectar valiosas rochas contendo sulfureto. Quando são partidas, elas liberam um odor semelhante ao de ovos podres, que os cães conseguem detectar facilmente. Tão fácil que durante uma pesquisa um cão encontrou um depósito de "grande valor econômico". Ovulação de vacas Hoje em dia, as vacas são engravidadas usando inseminação artificial. O sêmen, no entanto, costuma não ser barato, de forma que a pior coisa para um fazendeiro é tentar inseminar uma vaca quando ela não está no cio. Para evitar o prejuízo e a conversa

46

constrangedora com o banco, alguns fazendeiros usam cães especialmente treinados para detectar quando uma vaca está no cio. Eles são tão bons nisto que conseguem distinguir o período antes mesmo dos touros. Câncer O olfato supersensível dos cães permite que eles sintam até mesmo o odor de células cancerígenas, que parecem ter um cheiro próprio. Em pacientes com câncer de pulmão ou de mamas, o odor do câncer aparece no hálito do paciente e pode ser detectado por cães treinados.

Lambida de cão

Apesar de que a saliva dos cães pode funcionar como bactericida as pessoas nunca devem deixar que eles os lambam, principalmente no rosto e boca. São inúmeras as doenças que eles podem transmitir ao homem.

Outros componentes de saliva, como a opiorfina, têm efeitos analgésicos. Além disso, este líquido bucal do cão contém ácido sórbico, que quando reage com os nitratos presentes na pele, faz com que o monóxido de nitrogênio se concentre, ajudando a curar e desinfetar as feridas.

É verdade que a saliva dos cães possui propriedades antibacterianas, no entanto, só observando as ações cotidianas que um cão realiza todos os dias, podemos concluir que também possui bactérias. Especificamente a saliva do cão, funciona como um bactericida contra Escherichia coli e Streptococcus canis. Portanto, os cães têm o hábito de lamber suas próprias feridas para acelerar a cicatrização.

Lamber excrementos, urina, lamber outros cães, cheirar o chão ou limpar seus próprios genitais com a boca são algumas destas ações que podem deixar um perigoso rastro de bactérias em sua língua e que, ao lamber uma ferida, podem infectar e conseguir o contrário do que se pretende.

47

Principais enzimas salivares

Lactoferrina

Trata-se de uma glicoproteína encontrada na superfície da mucosa. Considerada uma proteína multifuncional, apresenta atividades bactericida, fungicida, antiviral, antiparasítica, antinflamatória e imunomoduladora. A lactoferrina também age agregando bactérias, ativando células fagocíticas e inibindo diretamente a replicação de ampla variedade de vírus. Outro ponto importante sobre a lactoferrina é que ao ligar-se à aglutinina salivar, atua ainda mais eficazmente na eliminação de microrganismos.

Lisozima

Trata-se de enzima encontrada em vários fluidos do corpo além da saliva, como nas lágrimas, o muco brônquico e o suor. Tem atividade antimicrobiana e quando presente em altas concentrações tem a capacidade de desmontar as paredes das células bacterianas. A lisozima exibe atividade bactericida mesmo após inativação pelo calor, e assim como a lactoferrina, a lisozima atua inibindo o crescimento da população de espécies fúngica, como a Cândida, por exemplo. A lisozima também impede a ingestão de glicose pelas bactérias. A saliva do cão (e de todos os seres vivos) contém um fator (a enzima lisozima) que tem a propriedade de regeneração dos tecidos, promove a coagulação do sangue e previne infecções por ataques de bactérias.

Peroxidase

Trata-se de substância sintetizada e secretada pelas glândulas salivares de ação antimicrobiana. A peroxidase salivar também contribui para a diminuição do crescimento bacteriano, pois previne o acúmulo de lisina e ácido glutâmico, componentes essenciais ao crescimento de bactérias. Portanto tem ação bactericida extremamente eficaz.

Vibrissas

"vibrissas", que vem da palavra latina Vibrio, cujo significado é 'vibrar'

Os "bigodes" dos animais chamam-se vibrissas. As vibrissas são pelos fortes e compridos presentes nos mamíferos e funcionam como um órgão sensorial. Para além de estarem no focinho, as vibrissas também podem localizar-se nas orelhas ou sobre os olhos.

Na base destes pelos longos existem estruturas nervosas que permitem captar as características do ambiente e sentir as vibrações detectadas pelas vibrissas. Por exemplo, no escuro, os "bigodes" voltam-se para a frente, os nervos capturam as informações sobre a temperatura e levam-nas para o cérebro. Se captarem calor, é provável que haja outros animais por perto. Esta função é útil, sobretudo, na caça e na detecção de predadores, dependendo do animal.

48

Segundo estudos científicos, as vibrissas também funcionam debaixo de água e permitem as focas, por exemplo, nadar em águas escuras e sentir as vibrações provocadas pelas barbatanas dos peixes.

Cão

Através das vibrissas é possível perceber como o cão está se sentindo. Por exemplo, se eles estiver se sentindo ameaçado, automaticamente, os pelos do rosto vão ficar eriçados e apontados para frente, como se estivessem armados. É uma crueldade cortar os bigodes dos cães e de outros animais.

Gatos

Nos gatos, os "bigodes" servem para medir as distâncias e são um total de 24, agrupados de 4 em 4. Ao contrário do que se pensa, os "bigodes" não possuem função olfativa, nem estão ligados ao faro. Com ou sem "bigodes", o animal tem a mesma capacidade de farejar.

As vibrissas são órgãos sensoriais próprios de certos animais, principalmente dos mamíferos. São prolongamentos de pelos queratinosos entre os mamíferos e plumas dos pássaros que transmitem vibrações aos órgãos sensoriais situados na base. São encontrados em todos os mamíferos. Nos humanos são encontradas nas fossas nasais.

Para os gatos, assim como para grande parte dos felinos, as vibrissas lhe permitem avaliar variações do ar em um ambiente próximo. Assim, durante à noite, essas diferentes variações, permitem ao gato detectar qualquer objeto que passa próximo dele.

As vibrissas dão ao gato, e aos demais felinos, a capacidade de previsibilidade quase infalível. Elas são totalmente sensíveis ao ar, o que lhes permite sentir o tremular da terra, um temporal, a chegada de uma tempestade ou acontecimentos que provocam variações ínfimas, mesmo que tais eventos não aconteçam definitivamente.

Esta particularidade explica por qual motivo o gato ocasionalmente tende a correr como um louco quando não há razão aparente. Os bigodes do focinho têm em média o mesmo comprimento que a parte mais larga do corpo do gato, então eles o ajudam a descobrir se aquela frestinha da janela que você deixou aberta é larga o suficiente para permitir sua passagem.

49

Cavalo

No cavalo, esses longos pelos sãos encontrados em toda altura da boca. Elas são úteis ao cavalo quando ele não pode ver aquilo que lhe é dado e está próximo, mas que não pode perceber com segurança.

Mamíferos marinhos

Entre as numerosas espécies de mamíferos marinhos, as focas e certas baleias possuem vibrissas na idade adulta. Por outro lado, os golfinhos não têm vibrissas.

Pássaros

As vibrissas dos pássaros são feitas de plumas setiformes. Para aves que caçam à noite e tem parte da visão, essas plumas situadas na altura do bico auxiliam na captura de suas presas.

50

6

SEXTO SENTIDO

Sexto sentido

Ainda existem muitas controvérsias sobre a existência do sexto sentido. Cientificamente não foi comprovado como no caso dos cincos sentidos: olfato, paladar, audição, visão e tato. Em 1930, quando um jornalista perguntou para Albert Einstein se acreditava verdadeiramente na sua teoria da relatividade, ele respondeu que "a única coisa verdadeiramente valiosa é a intuição". Tinha plena certeza de que suas pesquisas eram verdadeiras, "intuía" isso.

Para quem se habituou a encarar a intuição - também chamada de sexto sentido ou feeling (sensação em inglês) - como algo inexplicável ou místico, pode parecer estranho que ela tenha se transformado em objeto de interesse de pesquisadores.

Para o psicólogo David Myers, professor da Hope College (EUA), pode-se utilizar bem o sexto sentido. Só que sem exageros. Um exemplo positivo de uso da intuição é o de Claudio Taffarel, ex-goleiro da Seleção Brasileira. Famoso por ser um exímio pegador de pênaltis, ele decidiu assim algumas das partidas mais importantes de sua carreira, como a final da Copa do Mundo dos EUA, em 1994. Há quem sustente que praticar esse tipo de defesa é questão de sorte. Outras, de um olhar treinado. Como Myers ressalta, porém, o background conta nesses momentos. "Na hora do pênalti, eu me posicionava logo para criar um quadro com informações que me ajudassem a decidir o que fazer", diz Taffarel. O detalhe é que frequentemente o sucesso depende do estado emocional. "Na final da Copa de 94, estava muito nervoso. No terceiro pênalti, fiquei mais tranquilo e consegui visualizar melhor a situação. E peguei o chute", lembra.

No caso do Taffarel ele além de ser um bom goleiro teve a capacidade de escolher um canto para pular e defender o pênalti, foi sorte, sua experiência valeu ou foi intuição.

Sexto sentido nos animais

Cães e gatos voltam para a casa, depois de dias desaparecidos. Aves migratórias, morcego voa com precisão a noite. São muitos os exemplos entre os animais com estes "poderes". Mas na verdade não se trata de sexto sentido, tudo é explicado pela pesquisa.

51

Na realidade não se sabe se os animais possuem habilidades especiais que os humanos não têm. Os especialistas em comportamento animal não aceitam a ideia de que os animais tenham percepção extra-sensorial (PES), visto que, seus órgãos dos sentidos são similares aos nossos.

Órgãos especiais nos animais

O que faz esses animais terem essas habilidades é a disposição de órgãos especiais de cada um em particular. A coruja, por exemplo, possui órgãos de visão especiais; O morcego tem o biosonar que é um sentido, uma sofisticada capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de obstáculos no meio ambiente ou animais através de emissão de ondas ultrassônicas;

A cascavel possui órgãos sensoriais (termo receptores) que lhe permite registrar o calor emitido pelas suas presas. Os elefantes têm o chamado infrassom que lhes permite captar sons a centenas de quilômetros, se comunicando com outros bandos a longa distância. Os ouvidos dos gatos e dos cães são receptivos aos inimigos ultrassom e conseguem detectar e localizar suas presas.

Vibrissas A maioria dos animais noturnos, principalmente os mamíferos, são guiados por vibrissas ou pelos sensoriais que reagem com grande sensibilidade ao toque ou às vibrações. As aves têm vibrissas nas penas que transmitem vibrações aos órgãos sensoriais situados no cérebro, informando sobre as correntes de ar. Isso direciona os movimentos de voo do animal adequadamente. Já os gatos têm as vibrissas em seus pelos queratinosos, que transmitem as vibrações aos órgãos sensoriais popularmente chamados de "bigodes". Os bagres de água doce podem detectar mudanças na pressão do ar, o que nos faz entender o motivo de sua agitação antes de uma tempestade. Os golfinhos e as baleias também possuem o biosonar que os permite a locomoção em águas escuras ou turvas, e para a captura de presas.

Diversos estudos científicos têm mostrado que os pombo-correio e outras aves migratórias conseguem registrar flutuações no campo magnético terrestre, que usam para avaliar suas posições. As abelhas também têm um sensor magnético que utilizam na construção das colmeias, para que os novos favos construídos sejam orientados e feitos iguais aos construídos anteriormente. Já os pinguins, durante suas migrações sazonais, se orientam pela posição das estrelas no céu noturno.

O certo é que cada espécie foi criada maravilhosamente por Deus, e tem sua própria amplitude de percepção usando informações obtidas com esses sentidos de acordo com suas

52

próprias necessidades e o meio em que vivem. Fonte-https://ideiasblogsite.wordpress.com/2017/11/20/os-animais-e-o-sexto-sentido/

Pessoas com maior intuição

Características destas pessoas:

Conectam-se com seu eu de forma frequente. Se deliciam com esses momentos.

São pessoas muito criativas.

Também costumam ser muito analíticas.

São também personalidades muito observadoras que praticam a atenção plena.

Ouvem seus corpos com uma finalidade muito precisa: para aprender a sintonizar seus corpos e assim prestar mais atenção em seus "palpites".

Levam seus sonhos em consideração.

Não gostam de regras.

Assumem riscos.

Cometem muitos erros e aprendem com eles.

São independentes.

Um economista com experiencia em bolsa de valores e mercado de ações geralmente indica qual melhor opção para investir, são muitas as variáveis imprevisíveis, as vezes eles erram.

Inteligência intuitiva

No livro, Inteligência Intuitiva (Taurus, 2005), Gladwell afirma que a intuição é, precisamente, essa capacidade de cognição (ato de adquirir um conhecimento) rápida que o cérebro tem para formar juízos instantâneos. Não é algo tão precipitado como se acredita.

Segundo Sadler-Smith, que lança nos próximos dias o livro Inside intuition (Por dentro da intuição, em tradução livre). Na obra, o especialista inglês enumera trabalhos da psicologia social, da psicologia cognitiva (que estuda o modo como as pessoas aprendem, recordam e percebem) e da neurociência.

Em sua visão, o feeling (sensação) tem dois lados: o positivo e o negativo. De acordo com ele, a mente opera em duas vias. Uma delas é o sistema lógico e racional que requer esforço para

53

ser empregado - o indivíduo precisa pensar, afinal. A outra é a trilha intuitiva, algo que ocorre nos "bastidores".

Ela é rápida e associativa. Significa que vem num lampejo a partir de informações e experiências já vividas pela pessoa. Os aspectos benéficos da segunda via são a de alimentar a criatividade e orientar a tomada de decisões quando o sistema analítico não tem meios de encontrar respostas. Um risco é gerar preconceitos, já que as experiências talvez não sejam adequadas nem salutares.

(Inside intuition- E Sadler-Smith - 2012 - books.google.com)

Com estas informações fico ainda com um pé atrás sobre a veracidade em termos científicos se a intuição existe.

54

7

SENTIDOS HUMANOS

Fonte- Rafael Miranda. Em Ciência e Tecnologia, 26/02/15

Olfato, paladar, visão, tato e audição. Para muitos, estes são os únicos cinco sentidos que possuímos. Mas, na realidade, estudos apontam que possuímos 21. Logo, quando alguém diz ter um "sexto sentido", não está de todo errado, embora não signifique que ela está "pressentindo" algo.

Nossa ampla gama de sentidos muitas vezes é bastante surpreendente para as pessoas, até que elas percebem que eles são utilizados todos os dias, naturalmente. Muitos dos sentidos humanos que nós esquecemos são extremamente importantes para a nossa vida cotidiana. Confira:

1. Sensação de plenitude

Sabe quando você sente que comeu e bebeu o suficiente e seu corpo está tentando avisá-lo sobre isso? A sensação de plenitude é um sentido separado do seu corpo, envolvendo o seu próprio conjunto de receptores sensoriais que informam quando você está satisfeito e precisa parar de comer. Fazem conjunto parte receptores deste de estiramento, que permitem que você saiba que o seu estômago está ficando cheio.

O estômago envia ao cérebro certos sinais de que o alimento foi digerido, o que significa que se você comer sua comida devagar, você vai se sentir mais "cheio" do que se você comer a mesma quantidade em um curto período de tempo. Seu cérebro basicamente precisa de tempo para acompanhar o que o seu corpo está fazendo.

2. Temperatura

Este pode não ser muito surpreendente, mas é importante notar que o seu senso de temperatura - do quente e do frio - não é apenas uma parte do seu sentido de tato, mas, na verdade, um sentido distinto. Nosso termo receptores detectam o quente e o frio, entre outras coisas, que auxiliam nossos corpos a ajustar a mudança de temperatura em nosso ambiente. Os sinais de termo receptores viajam através da medula espinhal e, finalmente, chegam ao tálamo, onde nos informam sobre o que precisamos saber: se estamos quentes e precisamos nos resfriar ou o contrário.

55

3. Níveis de oxigênio

O objetivo dos quimiorreceptores periféricos é estar atento ao sangue em suas artérias e monitorar o nível de oxigênio, bem como a quantidade de dióxido de carbono no corpo, entre outras coisas. Ele alerta seu corpo quando os níveis de dióxido de carbono estão muito altos, permitindo assim que você expire a taxa correta. Além disso, o seu corpo tem receptores que informam sobre o quão cheios seus pulmões estão, para que seu cérebro saiba a quantidade de ar que precisa colocar para dentro do corpo.

4. Zona de disparo do quimiorreceptor emético

Responsável por se comunicar com drogas ou hormônios transportados pelo corpo através da corrente sanguínea, este é o sentido que diz ao seu corpo quando algo não está bem e é necessário vomitar. Um dano nesta habilidade pode levar a incontroláveis vômitos, ou, por vezes, a uma perda completa da capacidade de vomitar. Tal dano geralmente ocorre como o resultado de um acidente vascular cerebral (derrame).

Alguns cães de rua ao encontrar comida as ingerem em demasia e logo em seguida vomitam uma parte. É comum os cães enterrarem uma parte da comida, para posteriormente comer.

5. Senso magnético

Você sabia que o seu corpo pode, potencialmente, descobrir a direção, com base em seu sentido de campos magnéticos da Terra? Embora ainda haja algum debate a respeito de como somos capazes de usar este senso corretamente, seria, obviamente, bastante útil para fins de navegação, se formos capazes de aproveitá-lo. Algumas pessoas parecem ter um senso de direção mais aguçado, como se o nível que receptores magnéticos fosse mais avançado. Estas pessoas localizam-se a norte ou sul instantaneamente, sem a necessidade do uso de bússola.

Este sentimento é mais comum e mais pronunciado entre outros animais, como abelhas, pássaros e até vacas.

56

6. Senso vestibular

É mais comumente conhecido como "senso de equilíbrio". É regulado pelo seu ouvido interno, que é a parte do sistema envolvido na audição, e considerado uma sensação completamente separada. Comumente, este senso pode ser impedido de funcionar se o corpo tiver ingerido uma grande quantidade de álcool.

7. Coceira

Embora possa parecer mais um incômodo do que uma ferramenta útil, uma coceira não deixa de ser importante, pois envia uma mensagem para o seu corpo de que algo não está totalmente certo com alguma parte de sua pele. Às vezes, pode ser apenas o fato de estar seca ou pode haver insetos microscópicos à espreita em seus folículos pilosos, que precisam ser removidos através da coceira. Uma coceira é, basicamente, um sinal do seu corpo para seu cérebro de que você precisa dar uma olhada na área afetada, e descobrir o que está acontecendo.

Cavalos e vacas apresentam um movimento contínuo (automático) do rabo, importante para espantar insetos.

8. Nocicepção

Nocicepção é o sentido que permite que você sinta dor. Alguns sugerem que ela deve ser considerada em conjunto com o tato - mas os dois muitas vezes são combinados, e a dor ainda é uma sensação completamente diferente. Não só isso, mas alguns pesquisadores acreditam que a dor deve ser dividida cientificamente em três sentidos distintos, cada um relacionado a um tipo diferente de dor: dor localizada na pele, dor envolvendo os ossos, e dor sentida nos próprios órgãos.

9. Passagem de tempo

A maioria de nós tem uma boa percepção do tempo, e as pessoas mais jovens são especialmente precisas nisso. Parte deste sentido é governado pelo núcleo supraquiasmático, o qual controla os ritmos circadianos. Embora a nossa capacidade de perceber a passagem do tempo seja muito útil, algumas vezes nos enganamos, como ocorre como todos os sentidos. Não houve

57

um dia em que você sentiu que o tempo passou mais devagar ou mais rápido do que ele realmente é?

10. Propriocepção

A propriocepção é essencialmente o sentido de localização corporal, de saber onde seus braços e pernas estão em relação ao resto do seu corpo. Isto é o que a polícia faz em testes de sobriedade, pedindo para você tentar fazer coisas como tocar o nariz com o dedo. Não são raros os casos, ainda em grande parte um mistério para os médicos, em que as pessoas perdem o seu sentido de propriocepção. Se isso acontecer, as mais simples e comuns tarefas, como abrir uma porta, pegar um copo ou usar um lápis tornam-se muito difíceis. Essas pessoas têm que observar cuidadosamente cada movimento de seus membros, a fim de usá-los com sucesso. Fonte- Ana Claudia Cichonem: 25.05.2013 | Em Principal, Super Listas | Tags: Corpo Humano, Senso, Sentidos

Como vimos nesta explanação dos sentidos, tudo tem uma explicação em termos citológicos e fisiológicos, comprovados pela pesquisa.

Cientistas afirmam que humanos têm sexto sentido magnético

Para pesquisador, nós teríamos a mesma habilidade que as aves têm de orientação

Cientistas afirmam que a habilidade de se orientar pelo magnetismo da Terra pode estar presente não só nas aves, mas nos seres humanos também. Essa capacidade, conhecida como magneto recepção, é a responsável por fazer com que os pássaros se alinhem ao campo magnético do planeta e não se percam por aí.

Este senso de orientação é observado em vários outros organismos, incluindo algumas formas básicas de bactérias. Os cachorros, por exemplo, alinham-se ao eixo norte-sul da Terra quando fazem cocô. A conclusão do geofísico Joe Kirschvink, do Instituto de Tecnologia da California, é que os humanos teriam "roubado" a habilidade dos nossos ancestrais primordiais. Para o cientista, nós nos esquecemos de tirar proveito da habilidade, porque não a usamos com frequência.

Mesmo assim, ele continua investigando. Em seus experimentos, o pesquisador constatou que quando o campo magnético é colocado no sentido anti-horário, alguns neurônios dos participantes reconhecem esta mudança, gerando um pico de atividade elétrica. Como a mudança do magnetismo foi a única alteração, Kirschvink está convencido de que só a capacidade de

58

magneto recepção explicaria a alteração. O problema é que os estudos ainda não são capazes de revelar onde estariam estes receptores.

A questão é que ninguém sabe ao certo como a magneto recepção funciona. Os pesquisadores que estudam este campo até tentaram, mas não conseguiram encontrar nenhum componente biológico que o explicasse - até mesmo nos animais que têm a habilidade comprovada. Logo, apesar de Kirschvink estar convencido de sua tese, ele não tem ideia do que seria responsável por isso. "Os receptores podem estar no dedão do pé esquerdo", explicou ao site IFLS.

Quantos sentidos tem o corpo humano?

Para dirimir alguma dúvida sobre a existência de outros sentidos no homem transcrevemos outros artigos sobre o assunto.

Por Nilton Kleina | @Niltonkleina-Em Ciência V30 No 2011 - 18h23

No começo, a pergunta do título parece boba: na escola, aprendemos que são apenas cinco - visão, audição, tato, olfato e paladar. Aí veio a ficção para expandir nossos horizontes - o filme "O Sexto Sentido" nos apresentou mais um, responsável por perceber experiências extra-sensoriais e sobrenaturais, enquanto no universo do desenho "Os Cavaleiros do Zodíaco" é possível alcançar até o oitavo sentido, que seria superior a todos os demais. Mas qual dessas suposições está certa?

A resposta pode parecer absurda, mas um pouco de pesquisa nos leva à resposta de que não estamos restritos aos sentidos "clássicos" - porém, a ficção também não acerta nas explicações. Os números variam de acordo com a pesquisa desenvolvida e vão de um mínimo de 9 para um máximo de 33 diferentes percepções.

Quebrando o mito

Os sentidos mais comuns que conhecemos e aprendemos são os chamados "sentidos fundamentais". A classificação é atribuída ao filósofo grego Aristóteles e leva em conta os métodos de percepção mais básicos do corpo humano, capazes de explicar nossa relação com os diferentes estímulos do ambiente. Ainda assim, isso não quer dizer que tal informação está errada, mas apenas incompleta.

(Fonte da imagem: Education World)

59

Tato, paladar, olfato, visão e audição fazem parte de uma resposta consensual - todos eles existem, mas podem ser expandidos para classificações mais complexas. O problema é que não há uma formulação oficial para quantos sentidos existiriam no corpo humano.

Como as ramificações mais complexas envolvem um conhecimento científico mais específico, vamos abordar o que seriam os quatro sentidos adicionais do nosso corpo.

Os sentidos internos

Mas nenhum desses sentidos funcionaria sem a atividade cerebral e nosso sistema nervoso. Além dos mecanismos já citados, o organismo é capaz de manifestar percepções que você nem percebe que estão em funcionamento, mas que são essenciais para nossa existência. Até o funcionamento dos órgãos podem ser considerados sentidos isolados, como a filtragem dos rins ou a liberação de secreções pelo fígado.

Sem entrar em assuntos mais complexos, é possível citar ainda percepções como fome, sede ou a passagem do tempo. Além disso, segundo alguns dos estudos que aumentam o número de sentidos humanos para 21 ou 33, partes bem mais específicas do corpo também entram na lista, como vários receptores sensoriais espalhados pelos pulmões, cérebro ou medula.

Sinestesia

Algumas pessoas dizem ser capazes de relacionar cores, cheiros, sons ou gostos entre si, mesmo que eles não estejam presentes no ambiente - como unir o verde a um gosto adocicado ou sentir imediatamente um cheiro de carne ao ver uma imagem de um churrasco sendo feito, por exemplo.

É a sinestesia, um fenômeno bastante curioso com relação aos sentidos. Quem a possui é capaz de misturar mais de um plano sensorial, causando efeitos como nos exemplos citados acima. Normalmente, essa atividade está relacionada ao uso de drogas alucinógenas, mas há quem desenvolva esse "superpoder" sem o auxílio de nenhuma substância.

Agora que você já sabe que o corpo humano tem mais de cinco sentidos, perceba durante o cotidiano quantas vezes você utiliza cada um dos sentidos complementares - e se assuste ao imaginar como seria viver sem um deles.

60

Flavor

Flavor é uma sensação fisiológica da interação do paladar e olfato. A sensação ao ingerir alimentos, muitas vezes chamada equivocadamente de "sabor" se refere ao flavor.

O chamado "sexto sentido" refere-se à percepção extra-sensorial, muitas vezes pautada na espiritualidade. Ademais, costuma-se dizer que as mulheres possuem o sexto sentido mais aguçado.

Já foi comprovado que pessoas que sofrem com alguma deficiência relacionada ao sistema sensorial, acabam desenvolvendo e aguçando mais outros sentidos, por exemplo, um cego que desenvolve mais sua capacidade de ouvir ou até mesmo de tatear, como os livros em língua braile para os deficientes visuais.

Sexto sentido não existe, diz estudo

Pesquisa afirma que a capacidade de perceber as mudanças ao redor, mesmo sem saber apontar quais são elas, não é fruto de habilidades extra-sensoriais, mas sim de informações captadas por sentidos como visão ou audição

Sexto sentido não existe (LuminaStock/Getty Images/VEJA)

O sexto sentido costuma ser associado a uma característica feminina. Cientificamente, porém, ele não existe. Um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, publicado no periódico Plos One nesta terça-feira, mostrou que as pessoas captam as mudanças ao redor, mesmo sem saber defini-las, por meio de sentidos como visão ou audição, e não de uma habilidade extra-sensorial.

Para provar que o sexto sentido é apenas o processamento de dados que não conseguimos verbalizar, o psicólogo Piers Howe, autor do estudo, mostrou pares de fotografias da mesma mulher a 48 pessoas. Em alguns casos, uma das imagens era ligeiramente diferente da outra: a mulher poderia estar com o cabelo mais curto ou usando óculos. As fotos eram visualizadas durante 1,5 segundo, com intervalo de 1 segundo. Após a última fotografia, as pessoas precisavam dizer se haviam visto alguma coisa diferente e, se sim, escolher qual foi a alteração em uma lista de nove possibilidades.

Os resultados mostraram que os participantes eram capazes de identificar se alguma mudança foi feita, mesmo que não conseguissem apontar qual foi ela. E, para isso, não precisavam de um sexto sentido - apenas confiaram nos cinco tradicionais.

Leia também:

Equipe de Nicolelis cria sexto sentido em ratos

Adeus à percepção extra-sensorial - O pesquisador começou seu experimento depois que uma de suas alunas disse ter sexto sentido. Para provar que ela não tinha percepção extra-sensorial

61

e estava apenas processando inconscientemente sinais que mostravam se algo ruim iria acontecer a outras pessoas, ele passou um ano desenvolvendo a pesquisa.

"Recebemos muitas informações que não conseguimos ou não podemos verbalizar. Isso acontece, por exemplo, quando algo desaparece. Se meus filhos estão sendo muito barulhentos na sala ao lado e, de repente, eles ficam quietos, não percebo que o que me causou surpresa foi a falta de barulho. Inconscientemente, recebo o alerta, vou à sala e descubro que eles estão quietos porque estão fazendo algo errado. Isso não é sexto sentido", explicou Howe, em entrevista ao jornal The Guardian.

Pesquisas desvendam o sexto sentido

Mas será que o sexto sentido efetivamente existe? É mera adivinhação ou algum processo que acontece dentro do nosso corpo que nos leva a essas conclusões? Algumas pesquisas já tentaram responder esse questionamento. Conheça um pouco delas, e entenda como alguns acreditam funcionar o sexto sentido.

Teorias indicam que mulheres têm um sexto sentido mais apurado que os homens. Foto: Shutterstock

Sexto sentido guardado no subconsciente

O sexto sentido não passa de informação captada pelos sentidos tradicionais e guardada no nosso subconsciente. Os sentidos tradicionais do corpo humano são cinco: o paladar, o olfato, o tato, a audição, e a visão. Cientistas acreditam que é deles que o sexto sentido seria originado. E como isso aconteceria?

É simples. Às vezes conseguimos, através dos sentidos ditos tradicionais, captar algumas informações que não verbalizamos, mas que deixamos armazenadas em nosso subconsciente. Então, quando estamos diante de determinada situação, temos essa sensação de que já sabíamos - e realmente já sabíamos, mas não por termos um sexto sentido, e sim porque, com os outros cinco sentidos, tínhamos captado a informação e deixado ela armazenada no nosso subconsciente.

Imagine, por exemplo, uma mulher que acordou com o pressentimento de que algo estava errado no seu relacionamento. Ela resolve conversar com seu companheiro, que disse estar tudo certo. Mas, alguns dias depois, o relacionamento terminou porque ela descobriu que estar sendo traída.

Alguns elogiariam o sexto sentido da mulher, mas, para os estudiosos, essa intuição teria ocorrido porque as informações que indicavam um problema no relacionamento foram processadas pelos outros sentidos.

62

Testes sobre o sexto sentido

Foi exatamente essa a conclusão a que chegaram alguns estudiosos da Universidade de Melbourne, na Austrália. Eles submeteram as pessoas a uma série de testes, apresentando sequências de fotos com pequenas mudanças - e fotos iguais, também, para garantir a lisura da pesquisa.

Ao final, todas foram questionadas se essas fotos mostradas eram iguais ou diferentes. E, surpreendentemente, muitos conseguiram apontar corretamente a existência de fotos diferentes, mas nenhuma soube dizer quais eram essas diferenças - ou seja, através da visão, um dos sentidos tradicionais, essa informação de mudança foi captada, e ficou simplesmente armazenada no subconsciente, sem que conseguissem verbalizá-la.

Não foi, portanto, obra do sexto sentido, que não passaria de um truque do nosso cérebro, mas sim os outros sentidos tradicionais que captaram a informação e guardaram-na no nosso subconsciente.

Mulheres possuem um sexto sentido mais apurado

Outros estudiosos, porém, não aceitam muito essas teorias científicas e, inclusive, afirmam que as mulheres possuem um sexto sentido mais apurado do que o dos homens. E isso acontece porque elas possuem uma maior sensibilidade para interpretar certos gestos, certos sinais corporais, certas imagens e, até mesmo, o estado de ânimo de outra pessoa.

Como as mulheres sentem mais frequentemente aquele "aperto no coração" diante de determinadas situações, muitos acreditam que seu cérebro tenha um sexto sentido mais apurado. De toda forma, de acordo com a teoria que falamos mais acima, esse "aperto no coração" seria simplesmente um sinal de alerta enviado pelo cérebro - em razão de uma informação que já temos armazenadas no nosso subconsciente.

Um recente estudo norte-americano vem revelar que o sexto sentido está, afinal, presente nos nossos genes, embora algumas pessoas não consigam "despertá-lo".

O sexto sentido é normalmente associado à intuição, a capacidade de "sentir" algo mesmo que não se saiba o que é ou porque o sentimos.

Um recente estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) vem revelar que o sexto sentido corresponde à propriocepção, ou cinestesia: a perceção ou sensibilidade da

63

posição, posicionamento, deslocamento, equilíbrio, peso e distribuição do próprio corpo e das próprias partes, sem recorrer à visão.

Esta característica está, afinal, presente nos genes humanos, embora algumas pessoas não consigam "despertá-la".

Para o estudo, revela o LiveScience, os investigadores norte-americanos analisaram o gene PIEZO2 (já anteriormente associado a esta capacidade de perceber onde está o corpo no espaço) e a forma como atua nas proteínas mecânico-sensíveis que determinam a capacidade de sentir.

O sexto sentido não é comprovado cientificamente, porém não há quem possa dizer que ele realmente não existe. Não como um sentido extra, além dos cinco, mas uma mistura deles que se mostra de forma não concreta e se manifesta por meio da certeza sem base.

Para tal, recorreram a um grupo de pacientes com ou sem uma mutação rara nesse gene e com problemas articulares e/ou escoliose, que tiveram que realizar uma série de testes de equilíbrio e movimento, alguns deles com os olhos tapados.

Após esta fase de análise, a equipa de investigadores do NIH concluiu que as pessoas que possuem uma mutação no gene PIEZO2 são "cegas ao toque", ou seja, "os seus neurónios não são capazes de detetar o toque ou movimentos dos membros", explicou Alexander Chesler, um dos mentores do estudo, publicado na semana passada no New England Journal of Medicine.

Para os investigadores, frisa o LiveScience, o gene em causa está relacionado com mutações musculo-esqueléticas, podendo, por isso, justificar o facto de as pessoas com a mutação não terem uma perceção real do corpo no espaço, mas conseguirem sentir dor, coceira e temperaturas.

É possível despertar o sexto sentido? A ciência diz que sim

Por Ultra Curioso Em Mistérios & Horror 20/07/15 Às 18H05

Você já ouviu falar no sexto sentido? É algo tão controverso e interessante que até um filme foi feito, e que inclusive assustou gente do mundo inteiro.

A produção de cinema 'O sexto sentido' conta a história de um garotinho que, através de uma percepção sensorial apurada - seu sexto sentido - conseguia enxergar almas e espíritos. Mas será que o sexto sentido é isso? Não exatamente, mas é algo que pode sim ser desenvolvido pelo ser humano e é explicado até por cientistas.

O sexto sentido é uma espécie de percepção extra-sensorial, um sentido especial que está além dos tradicionais paladar, olfato, tato, audição e visão. Este estranho sentido, que é mais uma 'intuição psíquica', nos permite ter sensações de "clarividência" e feelings de visões do futuro.

64

O termo é mais usado pela parapsicologia - a ciência que estuda eventos paranormais -, mas chamou a atenção da ciência natural com uma recente descoberta. É quando surge a pergunta: é possível despertar o sexto sentido? A ciência diz que sim!

O primeiro cientista sério e respeitável a estudar estes acontecimentos e a batizá-los de fenômenos extra-sensoriais foi Joseph Banks Rhine, em 1934. Mas recentemente um grupo de pesquisadores da Universidade de Massachusetts (EUA) mostrou que possuímos elementos que poderiam permitir o desenvolvimento de um 'sexto sentido', ou uma habilidade de perceber campos magnéticos. Segundo a pesquisa, uma proteína da retina humana pode funcionar como sensor magnético e ativar o desenvolvimento de capacidades especiais.

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature Communications, envolveu moscas do tipo Dhosophila nos experimentos. A proteína em questão é chamada de criptocromo (identificada, em inglês, pela sigla CRY) e tem, em muitos animais, papel importante na capacidade de sentir o campo magnético da Terra. Para testar se a versão humana dessa proteína, a criptocromo 2 (hCRY2), tem um efeito igual ao da proteína animal, a equipe criou uma mosca transgênica sem sua proteína natural substituindo a CRY pela hCRY2 (a substância humana).

O resultado provou que, sem sua proteína original e somente com a proteína humana, as Drosophilas também conseguiam sentir e reagir à presença de um campo magnético. Para os pesquisadores, o achado demonstra que a hCRY2 possui a capacidade molecular de funcionar como sensor magnético.

Ou seja, a descoberta provou que o ser humano tem predisposição natural para a percepção magnética, e que a comprovação desse conceito abre inúmeras portas, inclusive para aquelas envolvendo fenômenos sobrenaturais.

65

8

PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL

A percepção extra-sensorial está muito bem estudada no homem, mas nos animais falta ainda muitas informações. Para um melhor entendimento das percepções nos animais procurou-se verificar o que existe em alguns artigos básicos sobre a percepção extra-sensorial no homem.

Significados

A percepção extra-sensorial (ou PES), é conhecida como o ato de obter um certo tipo de conhecimento por meios que não são considerados "normais" ou que não são reconhecidos pela ciência. Alguns exemplos de percepção extra-sensorial são: Telepatia (quando há transferência de conteúdos ou pensamentos entre duas pessoas). Clarividência (ver claramente objetos ou eventos mesmo à distância). Premonição/precognição (conhecimento de um facto que vai ocorrer no futuro).

A percepção, por outro lado, é o julgamento dado pelo sujeito com base nas informações das sensações. É a interpretação por parte do indivíduo do que foi captado pelos sentidos. É um processo que pode ser influenciada por fatores fisiológicos e psicológicos, tanto quanto por questões externas como aspectos culturais e sociais.

Embora a percepção interpretação dos estímulos recebidos através dos sentidos e isto tem a ver sempre com a possibilidade de adaptação humana seja de mais desenvolvimento que a dos animais, eles também realizam um processo de que permite saber que tipo de comida comer, que tipo de proteção buscar, que comportamentos evitar, etc. ... Artigo https://queconceito.com.br/percepcao.

No meu entendimento concordo plenamente que a percepção nada mais é do que a interpretação por parte do indivíduo do que foi captado pelos sentidos.

Os animais também possuem as percepções, em muitos casos bem desenvolvidas.

66

Categorias da percepção extra-sensorial Fonte- Wikipédia

Percepção extra-sensorial (PES), também chamada Psi-Gamma (PG), em parapsicologia, é a suposta habilidade de certos indivíduos, chamados "sensitivos" ou "psíquicos", para perceber fenômenos e objetos independentemente de seus órgãos sensoriais. O termo foi cunhado por Joseph Banks Rhine.

Objeto de estudo da pseudociência da parapsicologia, o consenso científico atual não suporta as alegações deste e de outros supostos fenômenos paranormais.

Para fins de estudo e pesquisa, a percepção extra-sensorial-sensorial tem sido dividida nas seguintes categorias gerais: Clarividência - Conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais conhecidos.

Telepatia - A consciência dos pensamentos de outro ser, sem utilização de canais sensoriais conhecidos.

Precognição - Conhecimento sobre um futuro evento, ser ou objeto.

Simulcognição - A Simulcognição é o conhecimento da realidade presente.

Radiestesia - Radiestesia ou radioestesia é uma hipotética sensibilidade a determinadas radiações, como energias emitidas por seres vivos e elementos da natureza.

Psicometria (parapsicologia) - Capacidade de ler impressões e recordações pelo contato com objetos.

Retrocognição - Fenômeno para-psíquico espontâneo ou induzido no qual o indivíduo lembraria espontaneamente de lugares, fatos ou pessoas, relativos a experiências passadas, sejam elas vidas ou períodos entre vidas.

" Percepção Extra-sensorial" e "Sexto Sentido "

Trabalho de pesquisa psico-biológica sobre possíveis formas de percepção do Mundo.

Carleial.Bernardino Mendonça, 18 de julho de 2011

Ouvindo históricos de uma dezena de pessoas, verificamos que o fenômeno da "percepção extra-sensorial" encontra-se mais presente em Mães, nos acontecimentos relacionados com filhos ausentes, doentes, atravessando dificuldades ou passando por perigos iminentes.

67

Este sentimento, condição e pressentimentos maternos, devem-se à grande ligação física, emocional e mental existente, por ter sido ele, o fruto do seu ventre. Embora essa capacidade perceptiva seja mais natural e evidente na mente materna; ela, também está presente, em menor intensidade, nos pais, amigos, parentes e nos verdadeiros amantes, naqueles onde o Amor autêntico reside, de fato. A percepção extra-sensorial ou o sexto sentido é quase exclusivo nas mulheres, pelo motivo óbvio de que somente elas são capazes de gerar filhos (embora, não irá nos assustar se brevemente, alguns homens se engravidarem). Se, de fato, temos mais essa capacidade perceptiva, pouco ou nada explorada nas condições normais da nossa vida; então, descortina-se um rico potencial de novos conhecimentos ...e poderes.

Nos animais encontramos sentimentos maternos muito evidentes, como por exemplo os cuidados das mães para com os filhotes.

PARAPSICOLOGIA

Parapsicologia é uma pseudociência dedicada à investigação de supostos fenômenos paranormais e psíquicos. Seu propósito é a pesquisa científica: de telepatia, precognição, retrocognição, clarividência, telecinesia, da consciência, experiências de quase morte, reencarnação, mediunidade, e outras reivindicações paranormais e sobrenaturais.

A parapsicologia nos animais ainda é pouco estudada.

Entrevista com Padre Quevedo

A seguir transcrevemos trechos de uma entrevista feita com o padre Quevedo. O assunto parapsicologia não poderia ser aqui ser tratado sem as explicações da maior autoridade no assunto o Padre Quevedo.

Óscar González-Quevedo SJ, conhecido como Padre Quevedo, (Madri, 15 de dezembro de 1930) é um padre jesuíta espanhol naturalizado brasileiro desde a década de 1950. Professor universitário de parapsicologia na UNISAL e no Centro Latino-Americano de

68

Parapsicologia (CLAP) onde são realizados estudos, difusão e pesquisa sobre esse campo da psicologia. É considerado uma dos maiores expoentes do mundo nessa área, é formado na Faculdade de Comillas, na Espanha, doutor em Teologia formado na Faculdade de Nossa Senhora de Assunção, em São Paulo, e autor de diversos livros entre os mais famosos: A Face Oculta da Mente, As Forças Físicas da Mente e Antes que os Demônios Voltem. Além do espanhol e português, fala fluentemente latim, grego e hebraico.

Sempre polêmico, renega posicionamentos de religiosos e paranormais que afirmam que podem realizar milagres através de intervenção do além, considerando tais práticas como ilusionismo, charlatanismo e curam.

Quando chegou ao Brasil, surgiram dificuldades e mal-entendidos, e sofreu pressões por oito anos. Um de seus superiores achou que Parapsicologia era herética, o mandou ficar em silêncio e proibiu a venda de seu livro "Antes que os Demônios Voltem". Ficou em silêncio por seis anos até que fora chamado a Roma para se explicar, e no final foi compreendido, hoje tem apoio dos Jesuítas e também dos bispos. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) solicita-o ministrar anualmente curso de parapsicologia para sacerdotes e agentes de pastoral.

Trechos de entrevistas com Padre Quevedo

20 - Por que os psicólogos e psiquiatras criticam tanto a parapsicologia? Na sua opinião, é preconceito ou há mesmo uma polêmica científica?

A parapsicologia está muito bem estudada e os últimos a não aceitarem esta ciência são os psiquiatras e os psicólogos. Parapsicologia, psicologia, psiquiatria são palavras que sugerem a psique. Qualquer profissional de psicologia e psiquiatria considera que a psique é sua especialidade, mas, como não entende de parapsicologia, sai dizendo que "isso não é uma ciência". E se opõe automática e instintivamente. A parapsicologia nada tem a ver, propriamente com psicologia e psiquiatria. O psiquiatra estuda as manifestações anormais do psiquismo humano. O psicólogo estuda as manifestações normais.

A parapsicologia é o conjunto dos ramos das ciências (física, química, medicina, filosofia, teologia). É uma ciência que estuda o comportamento não frequente, à margem do normal, extraordinário, relacionado com o homem ou a outras forças da natureza. Qualquer manifestação da natureza, antes de ser negada, deve ser estudada. E é a parapsicologia que estuda os fenômenos incomuns.

Roger Bacon (monge britânico franciscano- 1212/1294 -, conhecido como Doutor Admirável, que preconizou a ciência experimental) reagiu numa época em que a religião se metia e dava palpite em tudo, e que logo atribuía ao demônio o que não entendia. Ele defendeu que as

69

manifestações desconhecidas deveriam ser estudadas em laboratórios e as análises repetidas à exaustão.

21 - O que o senhor acha da telepatia? Seria algo equivalente a televisão, uma transmissão de ondas?

A faculdade que permite as comunicações telepáticas, cientificamente chama-se faculdade PSI-GAMMA e esta faculdade nada tem a ver com ondas, por ser faculdade não material. Nos seus primórdios, a Ciência, que era exclusiva e aprioristicamente materialista, ao estudar esses fenômenos, pensou que deveriam ser sensoriais, como a HIP, isto é, Hiperestesia Indireta do Pensamento. Este sim, poderia se assemelhar ás ondas da televisão, onde há emissões que são emitidas e captadas pela pessoa; como os aparelhos de televisão captam as ondas emitidas pela central.

22 - Qual a utilidade da Parapsicologia? Além das contribuições valiosas já mencionadas?

É tão útil quanto ou mais que a Medicina, a Psicologia e outras ciências pois ela é essencialmente libertadora. O homem moderno vive cercado de medos de demônios, espíritos, de homens com poderes, extraterrestres, de forças secretas, de ameaças cósmicas, de fantasmas, de visões e de comunicações do além, etc. E mostrar a esse homem que tudo isso é proveniente do próprio homem, de suas energias psicofísicas, de suas faculdades espirituais, é libertá-lo de temores, é torná-lo consciente e senhor de si e de sua vida, que deverá ser mais feliz, e paralelamente, pela prova dos milagres, trazê-lo à verdadeira Religião Revelada.

O que é Parapsicologia?

É a Ciência que trata dos fenômenos misteriosos, a primeira vista inexplicáveis, porém relacionados com o homem. Já os povos antigos pretendiam invocar os mortos, faziam adivinhações e havia entre eles curandeiros. Já então eram conhecidas as "casas mal assombradas". Posteriormente surgiram na Inglaterra, os cavalos encantados, os fantasmas e os bruxos. Datam de milênios os casos de pessoas ignorantes e analfabetos que, de repente, começam a falar línguas desconhecidas, pessoas que se levitam, pessoas endemoninhadas, etc. Os fatos que ainda hoje se repetem, são iguais; interpretados, porém de modo diferente e com finalidades específicas. Uns atribuem-nos aos demônios, outros a gênios, a deuses, e hoje está em moda, principalmente no Brasil, atribuí-los aos mortos. Podemos dizer que a Parapsicologia é o conjunto de ramos da ciência que estuda e estabelece a diferença entre verdadeiros e falsos milagres; os fundamentos verdadeiros ou falsos das religiões.

27 - Que visa então a Parapsicologia?

Como ciência tem a finalidade de constatar e analisar esses fenômenos. Essa constatação científica nos permite fazer certas afirmações seguras; o que ra outrora atribuído a entidades do além, a Parapsicologia provou serem de origem humana, isto é, trata-se de faculdades ou "poderes" do próprio homem vivo. Menos os verdadeiros milagres, exclusivos de Deus. A ciência vê o ambiente do fenômeno supranormal (milagre), e constatou: só em ambiente religioso divino.

70

28 - O senhor costuma dizer que as manifestações parapsicológicas não devem ser fomentadas ou desenvolvidas, mas curadas.

Esse posicionamento não encontra respaldo em todas as teorias parapsicológicas já desenvolvidas. Existem linhas de estudo, que inclusive pensam o contrário: que as faculdades são uma evolução natural do ser humano e devem ser estimuladas. O senhor não acha perigoso tentar conter uma capacidade mental que pode ser inerente ao ser humano?

O Congresso Internacional de Parapsicologia, realizado na Europa em 1953, proibiu fomentar esses fenômenos. O Dr. Tart comprovou que as brincadeiras com o baralho Zener, que se faziam na Duke University, podem causar lesões cerebrais que não se curam nunca. Cada vez que se fala de uma casa mal-assombrada, de pirogênese, logo surge uma epidemia de casos. Faríamos um mundo de loucos, de hipernervosos, porque ninguém manifesta um fenômeno parapsicológico em estado normal, só em estado alterado de consciência. Telepatia, por exemplo, todo mundo tem alguma vez. Mas uma casa mal-assombrada, uma levitação, uma transfiguração, uma pirogênese, uma autocombustão, são desequilíbrios. Plenamente normal, equilibrado, ninguém manifesta sequer uma telepatia, que é o fenômeno mais vulgar. O estado alterado poderá ser uma emoção, um sonho, o barulho dos atabaques, que causa uma disritmia cerebral, ácido lisérgico, peyote mexicano, cânhamo índico, mescalina, contágio psíquico, morte aparente, uma febre alta. Por outro lado, isso surge do inconsciente e o consciente não reconhece como próprio. Assim, há a necessidade de atribuir algo a alguém, e a pessoa pensa que tem poderes divinos, de espíritos, exus, orixás, fadas, ondinas, salamandras, larvas astrais, gênios, mahatmas; interpretações delirantes que levam à dupla personalidade. Um instituto que promete fomentar os fenômenos parapsicológicos vai atrair muito, vai estar cheio de seguidores, mas não é científico. Os fenômenos devem ser curados.

35 - E os casos de Telepatia, com as experiências de transmissão de mensagens e imagens de um continente a outro?

Telepatia. Está provado que a Percepção extra-sensorial não tem tempo, não tem distância e não tem obstáculos. Então já está explicado. Por que vamos atribuir ao além, o que está sobejamente explicado por psi-gamma?? Só para argumentar, temos as experiências das senhas. Os espíritas que fundaram a SPR e muitos outros depois deles, deixaram antes de morrer, uma frase que só eles conheciam, fechada e lacrada. A ideia era que se, depois de mortos, eles pudessem se comunicar, a frase ou senha teria de aparecer. Não basta que imitem o estilo, pois isso qualquer falsário faz. Tem de ter a senha. Pois, desde que se iniciou a experiência da senha, jamais apareceu. NUNCA. Com Chico Xavier não apareceram as senhas deixadas por Monteiro Lobato- uma com Dona Ruth Fontoura, de São Paulo, outra com o Dr. Godofredo Rangel, diretor do jornal "O Dia" do Rio de Janeiro. Chico Xavier imitou seu estilo muito bem. Tem gente que faz melhor, tem mais cultura. Ele é sempre muito cordial, sempre aparece um "meus queridos", o que não aparece no autor que ele imita. Isso é do seu caráter. E também quando descreve outras épocas, aparece uma assexualidade, que é o problema dele. Tem um problema psicológico não superado e esse problema aparece. Outros imitariam muito bem, sem deixar aparecer tanto a personalidade. Mas as senhas não apareceram, então não é Monteiro Lobato e o mesmo digo de qualquer outro.

71

43 - Qual é a sua posição sobre telepatia?

O nome telepatia é popular, o nome internacional é psigama (psi=alma; gama = conhecimento). O nosso inconsciente conhece presente, passado e futuro de todo o nosso globo, numa margem de dois séculos entre eles. Tudo o que acontece é conhecido alguma vez, especialmente se é um fato emotivo. Mas ninguém domina a telepatia. Então, uma pessoa que abre um consultório de adivinhação, como se dominasse a faculdade é um charlatão. Os fenômenos existem, mas são parapsicológicos, isto é, à margem do comum, são espontâneos e incontroláveis.

45 - As pessoas que apresentam paranormalidade são de certo modo prejudicadas, ou é justamente o contrário?

Elas são prejudicadas porque indica um estado alterado de consciência mesmo que seja passageiro. O nome "paranormal" está errado. Os fenômenos extranormais são sensoriais, fenômenos paranormais são extra-sensoriais, e os fenômenos supranormais são os milagres. A pessoa que apresenta os fenômenos parapsicológicos não é paranormais, e sim psíquicos. Paranormal significa extra-sensorial, e ninguém é extra-sensorial. Portanto, não é um Dom, e sim um desequilíbrio. As faculdades, todo mundo tem: a manifestação é a margem do comum, parapsicológico. Não se deve desenvolver sim, curar.

49 - O que o senhor explica sobre objetos que somem de um lugar e aparecem em outro?

Isto se chama aporte, uma energia corporal dirigida pelo inconsciente, chamada de telergia, que age somente sobre animais pequenos (e os mata), plantas, objetos e sobre si mesmo. Entre tantos fenômenos que se devem à telergia, o aporte é desfazer uma matéria, convertê-la em energia e depois se materializar de novo. É um dos fenômenos mais frequentes. Como não sabiam interpretar, pensavam que eram demônios ou espíritos maus que vinham se vingar. Não tem nada a ver com o Além. Uma pessoa viva a menos de 50 metros que tenha uma descarga de energia, energia corporal, exteriorizada, dirigida pelo inconsciente. A mais de 50 metros, nunca acontece nada. Na verdade, menos: num momento talvez chegue a 10, 12 metros. Quando se juntam forças, quem sabe chega a 15, 17 metros... Bom, põe 50 que não tem perigo de perder a aposta.

Fonte- Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia

Pelas palavras do Padre Quevedo verifica-se que existe muita coisa que precisa de melhores esclarecimentos e também muita charlatanice. Muita coisa que acontece de forma aparentemente inexplicável com os animais tem fundamentos que a pesquisa explica com base na histologia e fisiologia, portanto nada mais é que os sentidos acurados que eles possuem.

72

Telergia

Os fenômenos extranormais de efeito físicos (fenômenos telérgicos), sejam quais forem, não são outra coisa que exteriorizações e transformações diversas do organismo dotado. Essa energia fisiológica exteriorizada e transformada para realizar fenômenos parapsicologicos é a que chamamos telergia.

Críticas à teoria do aporte

A "telergia" é apenas uma possibilidade interpretativa para a "ação da mente sobre a matéria". Se soubéssemos como essa ação sé dá, ganharíamos o Prêmio Nobel. Teoria: esse é o problema em PP. Ao considerar a telergia, há que se avaliar as suas bases empíricas/dados. Assim, quem propõe tal interpretação tem que demonstrar sua validade apresentando estudos que se valham de metodologia científica aceita; resultados que sejam suficientes para a criação e manutenção dessa interpretação; replicação dos estudos por terceiros; publicações idôneas em que tais estudos/dados tenham sido publicados.

A comunidade psi internacional não aceita a telergia/ou outra "substância física qualquer" para explicar a "ação da mente sobre a matéria" pela carência/insuficiência/falha nos dados apresentados.

A física moderna não oferece elementos teóricos para explicar o fenômeno. Existem interpretações pouco convincentes, a partir de fenômenos quânticos, mas que são francamente rejeitadas pela comunidade científica. A parapsicologia continua sendo exclusivamente um artigo de fé.

Aportar significa encaminhar ou levar a algum lugar.

Segundo esta nomenclatura a Parapsicologia estudaria os fenômenos parapsíquicos (efeitos psíquicos), parafísicos (efeitos físicos) e parabiológicos (efeitos mistos).

Fonte- Boletim de Parapsicologia - Padre Quevedo. CLAP- Centro Latino Americano de Parapsicologia. Diretor: Oscar G. Quevedo S.J.. TEMA: Fenômenos Parapsicológicos-- TÍTULO: Telergia.

73

Feitiços em plantas e animais pequenos (mau olhado)

São relativamente frequentes e popularmente conhecidos os casos de pessoas em cuja proximidade, às vezes, morrem avezinhas, pintinhos, e secam ou murcham as plantas. Quem nunca ouviu contar: "eu tinha um vaso tão lindo, de avenca, recebi a visita de uma amiga e a planta morreu"? A crença é que são passíveis de sofrer o "feitiço" de pessoas invejosas. É o famoso mau olhado, olho seca-pimenteira, ou olho gordo: tipo de feitiço, espontâneo, no qual o feiticeiro é feiticeiro sem o saber. Feitiço pelo olhar. Está sempre ligado à inveja, consciente ou inconsciente. Não exige técnica ou ritual; nem feiticeiro como tal. Neste caso mau-olhado nada mais é do que a telergia (energia física exteriorizada pelo homem). Influi em animais pequenos e plantas, até mesmo em animais microscópicos. A curta distância dos mesmos.

Os diversos "tipos" de energia estão sempre baseadas na forma como essa energia se manifesta, por exemplo existe a energia radiante emitida pelo sol (Energia solar) que age aquecendo (energia Térmica) e iluminando (energia luminosa) o nosso planeta. Também podemos citar a energia química que é proveniente dos alimentos e nutre todos os seres vivos; a energia elétrica, a energia mecânica, a energia eólica, a energia nuclear, etc.

Hoje se sabe que o organismo humano produz correntes elétricas, e consultando a Física, sabemos que onde existe corrente elétrica existe ali um campo magnético. Nas pessoas normais essa telergia é normalmente imperceptível, mas em pessoas dotadas para psicologicamente em estado de transe podem manifestar essa telergia acima do normal.

Estudos em laboratório realizados pelo russo Dr. Yourevitch constatou que a telergia é uma força material e com uma esplêndida capacidade de penetração na matéria. Os estudos mostraram que a telergia emanada do corpo de alguns dotados atravessava placas de chumbo de três centímetros de espessura, colocadas a distância de um metro do dotado em transe, constatando-se um poder de penetração superior aos dos raios-x tão bem utilizadas pela medicina. É importante lembrar que nesse mesmo experimento, quando colocadas placas de chumbo mais espessas, ou a uma maior distância do dotado, a telergia não foi capaz de atravessá-las.

Chegando-se a conclusão que a telergia é física e não tem nada de espiritual, pois provou-se que ela respeita "obstáculos " físicos.

Cristianismo e Parapsicologia - Posicionamento Igreja Católica

A Igreja Católica não tem posição oficial sobre a parapsicologia, isto porque ela se propõe a explicar fatos no plano 'natural ' ou no plano da ciência. Se o fenômeno for passível de explicação natural autêntica, a Igreja nada tem a opor; exceto se a explicação pretender negar a verdade de uma graça ou de um milagre, ou algum

74

outro princípio da doutrina revelada! Na perspectiva católica existem, portanto, os carismas, as graças atuais, as intervenções angélicas, as possessões demoníacas e os milagres. A parapsicologia entende que apenas os fatos supranormais são milagres (acima de determinado limite, mover objetos além de um limite) ou seja, intervenção direta da providência divina contrariando os determinismos naturais sem interferência humana!

O Cardeal Prospero Lambertini , futuro Papa Bento XIV , definiu os critérios para se considerar verdadeiramente milagrosa uma cura. Critérios para a aceitação de um milagre de cura: A doença deve ser grave e de cura impossível ou muito difícil. Que a doença não esteja numa fase que logo decline. Que o paciente esteja sem tomar medicamentos ou que os medicamentos não surtam efeitos Que a cura seja súbita. Que a cura perfeita. Que não haja uma crise precedendo a cura. Que a doença não volte mais. Portanto, para que uma cura venha a ser considerada milagrosa, a Igreja exige que ela seja imediata, completa e duradoura. Se não for imediata, se for incompleta, e se voltar a aparecer não é milagre!

Além, evidentemente, de não possuir rigorosamente nenhuma explicação científica. Um milagre é sempre um fato externo, visível e que altera as leis e os determinismos naturais, visando o bem do homem; jamais prejudicar, assustar, ferir e causar mal-estar físico. O autor do milagre é sempre Deus, que assim manifesta a Sua justiça e a Sua misericórdia infinitas.

Radiestesia

Radiestesia ou radioestesia: É uma sensibilidade a determinadas radiações, como energias emitidas por que podem encontrar alguém desaparecido com um pêndulo e um mapa. As aplicações são, por exemplo, feitas por pessoas que podem determinar o local exato onde há poços de água subterrâneos com apenas uma vareta de madeira.

75

A radioestesia é uma pseudociência. Seus defensores possuem a capacidade de captar radiações e energias emitidas por quaisquer objetos. Esta habilidade permitiria aos radiestesistas (geralmente com o auxílio de bastões, pêndulos e outros instrumentos) encontrar água e minerais, corpos enterrados, objetos perdidos, ou qual seria a melhor dieta para um determinado organismo.

Ainda segundo estes, não existem artigos publicados em periódicos científicos que corroborem tal hipótese (a sensibilidade às radiações).

Estudos científicos

A radioestesia não prova ser uma ciência no sentido estrito, pois não há dados que corroborem as hipóteses dos proponentes. Todos os experimentos conduzidos seguindo o método científico demonstraram que o uso de técnicas de radioestesia não aumenta a probabilidade de que seja encontrada água no solo estudado, por exemplo.

Porém, mesmo existindo divergências sobre sua eficácia a radioestesia conseguiu ser aceita pela Academia de Ciências de Cuba, e ser incluída em 2009 entre os temas debatidos no VIII Congresso Cubano de Geologia.

A radioestesia também foi por muitos anos aceita nos Estados Unidos como ciência; no entanto faltam estudos para comprovar o tema.

Outras possíveis explicações

Alega-se que o movimento dos bastões dos radiestesistas é causado pelo efeito ideomotor, que supostamente explicaria essa característica - além de outros supostos mistérios paranormais.

Alega-se também que a aparente taxa de acerto elevada é causada pelo viés de confirmação - quando lembram-se dos acertos como evidência de funcionamento de uma hipótese, e os erros não são mencionados. Essa supostamente seria uma tendência natural da mente humana e não necessariamente aplicada de má-fé pelos proponentes; contudo, a ciência prende-se pela objetividade e não pela intuição. Entretanto ela vem sendo usada há mais de 2 mil anos por diferentes povos em diferentes lugares.

76

Efeito ideomotor

Provavelmente o primeiro cientista a se deparar com o efeito ideomotor foi o químico francês Michel Chevreul.

Muitos anos depois, em 1853, Chevreul foi indicado pela Academia Francesa de Ciências para fazer parte de um comitê responsável por estudar certos fenômenos sobrenaturais, especialmente as "mesas girantes", que, como vimos, eram a grande coqueluche daquela época. As mesas girantes já vinham sendo estudadas por cientistas nos EUA e na Inglaterra e eles já tinham descoberto um bocado sobre elas. Por exemplo, eles sabiam que a mesa parava de se mover se a atenção dos participantes fosse desviada ou se o "clima" fosse quebrado durante a sessão. Sabiam que a mesa não se movia se os participantes não possuíssem alguma expectativa de como ela deveria se mover, e também não se movia se metade das pessoas ao redor da mesa acreditasse que ela deveria se mover para a direita e a outra metade acreditasse que ela deveria se mover para a esquerda. Por outro lado, a mesa começava a se mover bem rapidamente se a direção do movimento fosse definida de antemão. Por tudo isso, os cientistas desconfiavam que os participantes, por mais honestos e inteligentes que fossem, estavam movendo involuntariamente a mesa em resposta às suas próprias expectativas.

O psicólogo Willian Carpenter deu a esse efeito muscular involuntário o nome de efeito ideomotor. Coube ao físico Michael Faraday demonstrá-lo de forma espetacular, usando um aparato com folhas de papelão presos com elásticos à superfície da mesa. Pelo deslocamento relativo das folhas de papelão, Faraday mostrou como o movimento partia das mãos dos participantes, e não da própria mesa. Assim ele colocou um ponto final na discussão sobre a natureza espiritual do fenômeno. O efeito ideomotor é tão convicente para aqueles que o experimentam que a grande maioria das pessoas que se inscreve para o Desafio de Um Milhão de Dólares de James Randi é de radiestesistas (profissionais que usam pêndulos como os de Chevreul ou forquilhas para detectar água, petróleo, campos de energia, qualquer coisa). Segundo Randi, essas pessoas acreditam honestamente em seus "poderes" e ficam genuinamente desconcertadas quando falham num exame às cegas (e eles têm falhado). Entretanto, nenhuma dessas pessoas admite a explicação natural do efeito ideomotor, preferindo atribuir o fracasso a algum fator desconhecido.

77

Fenômenos ditos paranormais

O psicólogo Wellington Zangari diz que não se deve negar nem aceitar a existência de fenômenos ditos paranormais sem antes estudá-los e testá-los à luz da ciência

access_time31 out 2016, 18h51 - Publicado em 30 abr 2005, 22h00

chat_bubble_outlinemore_horiz

Carlos Chernij

Wellington Zangari, 40 anos, começou a se interessar pelo estudo de fenômenos paranormais ainda adolescente, aos 12 anos. Aos 15, já tinha devorado praticamente tudo o que havia de literatura sobre esse assunto em português. Hoje, é um dos maiores especialistas brasileiros em parapsicologia - ou estudos de psi, como prefere chamar. Psicólogo com mestrado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e com doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), Zangari coordena o Inter Psi - Grupo de Estudo de Semiótica, Interconectividade e Consciência da PUC-SP (www.pesquisapsi.com). Já participou de investigações sobre diversos fenômenos supostamente paranormais. Entre os casos mais conhecidos está o da "Virgem Maria da vidraça", em 2002. Na época, uma misteriosa mancha que surgiu na janela de uma casa na cidade de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, chamou a atenção de muitos curiosos. Para alguns, a mancha lembrava a silhueta da Virgem Maria, o que foi recebido como um milagre por vários católicos que foram visitar o local. Os laudos técnicos, no entanto, apontaram que tudo não passava de um defeito natural no vidro. Zangari também ajudou a investigar supostos poderes paranormais atribuídos ao "entortador de talheres" Thomaz Green Morton e ao cirurgião psíquico Maurício Magalhães. Nos dois casos, ele encontrou indícios de fraude.

Para Zangari, os fenômenos ditos paranormais nada têm de místico ou sobrenatural. São apenas eventos naturais que ainda não conhecemos direito e, na falta de explicação melhor, acabam caindo no terreno da religião e da superstição. Buscar essa explicação melhor e encaixá-la no resto da teoria científica é a essência da parapsicologia, afirma Zangari na entrevista a seguir:

Por que a parapsicologia, muitas vezes, é encarada com desconfiança pelos céticos?

Tradicionalmente, as pessoas relacionam parapsicologia a religião ou a terapias alternativas, embora não exista relação alguma. Isso acontece porque no Brasil há várias pessoas religiosas que se valem de conhecimentos parapsicológicos para fins como provar a ocorrência de milagres ou confirmar a existência dos espíritos. No entanto, essas duas coisas estão fora do campo de atuação da parapsicologia científica.

78

Qual é a ligação que existe entre a parapsicologia e a psicologia convencional?

É um ramo da psicologia como um todo, já que nós estudamos experiências humanas, como sonhar com o futuro ou ver quadros virarem nas paredes. Nós não assumimos antecipadamente a existência dessas anomalias, mas procuramos avaliar todas as experiências que apontam nessa direção.

O que é considerado uma anomalia?

É aquilo que não é totalmente conhecido ou explicável pela ciência num determinado momento histórico. Não tem nada a ver com ser sobrenatural. O objetivo do parapsicólogo é verificar até que ponto essas alegações de paranormalidade são verdadeiras e até onde elas podem ser explicadas por processos científicos.

Os que se auto intitulam céticos geralmente negam o fenômeno antes de estudá-lo. No Brasil e no resto do mundo, temos instituições de ceticismo que não fazem outra coisa a não ser negar, já de início, a existência de determinados fenômenos. Por outro lado, existem também parapsicólogos que assumem a existência do fenômeno antes de estudá-lo, o que também é errado.

A parapsicologia tem pouco mais de um século de existência. Nesse período, afinal, o que se produziu de sólido e incontestável?

Nada. Todos os resultados são frequentemente contestados pelos próprios pesquisadores da área. Mas muitos experimentos tiveram resultados consistentes e positivos em relação à existência da paranormalidade. Por exemplo: se não existe transmissão telepática, os sujeitos que passam por esse tipo de experimento deveriam ter um índice de acerto muito próximo de 25%. Mas a maior parte das meta-análises indica que, na média, eles são capazes de acertar 35% das vezes. Do ponto de vista estatístico, é uma diferença bastante significante. De maneira que algo além do acaso deve estar acontecendo entre a pessoa que emite e a que recebe essas informações.

Há pessoas que dizem ser capazes de desenvolver ou aprimorar habilidades paranormais em outras. Essas habilidades são adquiríveis?

Todas as pesquisas realizadas até o momento sobre aprendizagem demonstram que nenhuma técnica é eficaz para desenvolver ou mesmo para controlar essas habilidades. Isso significa que os fenômenos são espontâneos, involuntários e inconscientes, de forma que nenhuma técnica seria capaz de desenvolvê-los de maneira consistente. Não se pode afirmar que isso seja impossível, mas nenhum estudo realizado conseguiu resultados significativos.

79

Charlatanice

Por que há tanto espaço para a charlatanice nos assuntos que envolvem esses fenômenos?

Porque existem pessoas que são facilmente enganáveis, que não têm um senso crítico apurado e que querem acreditar no que é aparentemente sobrenatural. É obrigação do pesquisador dessa área mostrar para o público o risco que elas correm ao acreditar ou confiar em pessoas que dizem possuir esses "poderes". Tudo o que sabemos mostra que ninguém pode controlar essas habilidades. Então, quando alguém se diz capaz de fazê-lo quando e como quiser, é muito provável que seja uma fraude. Essa é uma dica para que as pessoas não caiam no conto-do-vigário. "Não vivemos no mundo dos "X-MENS" onde uns desenvolvem capacidades sobrenaturais superiores aos outros. É tempo de nos reconhecermos pela simplicidade da vida e da humildade do nosso campo de ação. Os misticismos do passado devem ser deixados de lado para que possamos evoluir como sociedade. As religiões que consagram o visivelmente irracional jamais evoluirão". Blog de Marcelo Castro

Truque ou obra do acaso

Como saber se um fenômeno é mesmo paranormal ou se é um simples truque ou obra do acaso?

A primeira hipótese a ser eliminada é a fraude. A segunda é que seja um problema perceptivo, no qual a pessoa interpreta equivocadamente aquilo que percebe. Podem ocorrer também problemas de transtornos mentais: a pessoa vê o que não existe, o que pode ser resultado de uma doença mental. A experiência humana sempre é subjetiva. Por trás dela, pode haver um fenômeno real, mas ele só pode ser definido cientificamente de maneira experimental.

Qualquer alegação de paranormalidade, por mais detalhada que seja, não dá garantia de que a possibilidade de coincidência foi eliminada. A pesquisa experimental procura produzir o fenômeno numa circunstância livre de fraudes e diminuir ao mínimo a chance de coincidências.

80

10

ENERGIA QUÂNTICA (OU BIOQUÂNTICA)

INTRODUÇÃO

Para um melhor entendimento deste capítulo, alguns conceitos são importantes:

Átomo:

Partículas básicas do átomo- Elétrons; Nêutrons; Prótons

Outras partículas. Os quarks eles são os tijolos que a natureza usa para construir prótons e nêutrons, as superpartículas que formam o núcleo atômico. Cada uma delas é feita de 3 quarks.

Os glúons são como estilistas de quark no desfile subatômico. Eles ficam circulando de um quark a outro dentro da panelinha e são os responsáveis pela troca da cor dos vestidos. Essas partículas funcionam como uma espécie de mola, que deixa os quarks livres quando estão próximos ao centro do grupo, mas os puxam de volta com muita força quando eles se afastam. A força formada pelo glúon é a mais poderosa do Universo, quase infinitamente mais forte do que a gravidade que nos une ao chão. Responde pelo nome de força nuclear forte e mantém o núcleo do átomo coeso.

Bósons da força fraca- Essas partículas são como valentões de colégio: grandes e pesadas, passam a vida tratando a cotoveladas os quarks, elétrons e neutrinos.

Fótons- O sinal da TV, do rádio, do celular, os raios X, a força que prende o ímã da pizzaria na sua geladeira. Tudo isso é composto de fótons. Eles são mais conhecidos como as partículas que formam a luz visível. Mas essa é só uma de suas atribuições. O que o fóton faz é carregar a 2ª força mais poderosa do Cosmos: a eletromagnética, bilhões e bilhões de vezes mais poderosa que a gravidade e apenas 100 vezes menos intensa que a nuclear forte.

Bóson de Higgs- É que só faltava provar a existência desta partícula para que o Modelo Padrão fosse totalmente comprovado, apesar da controvérsia do gráviton. Um grande salto para o homem, mas um passo minúsculo para o universo. A "descoberta" do bóson de Higgs explica 4,6% de tudo o que existe. Falta o resto. Com a descoberta, os físicos já podem dizer que compreendem coisa de 5% do Universo, faltam só os outros 95%. Fonte- Salvador Nogueira. access out 2016 - Publicado em 15 ago 2012.

81

A nossa energia

É a energia que todos nós, seres vivos, possuímos. É a energia que está presente nas menores partículas (átomos) das nossas células. É a energia que perdemos ao longo da vida, por isso nosso sistema imunológico, nossa pele, sistema nervoso e tudo mais que nos compõe, sentem os efeitos da idade.

Nossas células se reproduzem em outras células durante toda a nossa vida. Quanto mais envelhecemos, menos células saudáveis possuímos.

Energia bioquântica

A Energia Bioquântica, que é a menor fração da energia eletromagnética que circunda os átomos das nossas células, vai se reduzindo em nosso organismo à medida que a nossa idade avança. Para ilustrar esta explicação, sabemos que todos nós produzimos células cancerígenas todos os dias. Porém, o câncer não se forma por causa das nossas células de defesa. Quando somos jovens, a quantidade de células de defesa é extraordinariamente superior à de células cancerígenas. Porém, ao longo da vida vamos perdendo nossa capacidade de reproduzir células de defesa pois nosso organismo não tem mais a energia de quando éramos adolescentes. Nesse estágio, o câncer passa a se tornar uma ameaça. Restabelecer o nível de Energia Bioquântica é multiplicar por dezenas de vezes a capacidade de nosso organismo de ser bem-sucedido na busca e manutenção da saúde.

Consumo de energia pelos animais

O consumo de energia pelos animais está perfeitamente estabelecido e depende de vários fatores, como: idade, sexo, ganho em peso desejado, manutenção do peso, temperatura ambiental, raça do animal, trabalho, entre outros.

O consumo de energia vai ser determinado pela quantidade e qualidade dos alimentos, estabelecidos segundo as necessidades dos animais para as suas funções. Hoje programas computacionais estabelecem com precisão e facilidade as dietas que os animais devem receber. Tendo-se em vista que as células de todo organismo são em última análise são compostas

82

de átomos (dotados de energia bioquântica), ao alimentarmos adequadamente os animais vamos estar repondo estas energias.

Explicações sobre energia

Cabe aqui uma explicação científica sobre como os organismos utilizam a energia dos alimentos que ingerimos. As energias produzidas pelos seres estão perfeitamente elucidadas cientificamente.

As mitocôndrias são organelas celulares responsáveis pela produção de energia.

A principal função da mitocôndria é liberar energia gradualmente das moléculas de ácidos graxos e glicose, provenientes alimentos, produzindo calor e moléculas de ATP (Adenosina-trifosfato). A energia armazenada no ATP é usada pelas células para realizar suas diversas atividades, como movimentação, secreção e multiplicação. As mitocôndrias participam também de outros processos metabólicos.

ATP é apenas a abreviação do termo "trifosfato de adenosina", usado para dar nome a um nucleotídeo, uma molécula capaz de armazenar energia nas ligações químicas que a constituem. Daí a relação entre ATP e energia.

Mas o que é um nucleotídeo? De uma forma básica e clara, um nucleotídeo é uma molécula formada por uma base nitrogenada (nesse caso, a adenosina), ligada a uma pentose e um fosfato. Essa estrutura é capaz de armazenar uma grande quantidade de energia e, portanto, contribui muito com processos metabólicos.

Uma molécula de ATP é formada por um conjunto de adenina com ribose, que recebe o nome de adenosina e se liga com três radicais de fosfato. As ligações que fazem com que essas partes se unam em uma molécula possuem uma grande quantidade de energia, especialmente as que prendem o segundo e o terceiro fosfato ao ATP.

O ATP é popularmente conhecido como a "moeda energética" da célula, pois está disponível sempre que é necessário obter energia.

O ATP (Adenosina Trifosfato) é a molécula responsável pela captação e armazenamento de energia. Ela está envolvida nas reações energéticas que ocorrem nas células.

A principal forma de obter ATP é através da glicose. As células quebram moléculas de glicose para produzir energia na forma de ATP. Através da glicólise, a glicose é quebrada ao longo de dez reações químicas que geram duas moléculas de ATP como saldo.

83

Medicina quântica

Para demonstrar que não se trata de algo novo, leia a reportagem "Medicina Quântica já tem registro de curas, dizem médicos" feita pela TV Senado (Agência Senado) em 2001, ou seja, há 8 anos! Nesta matéria, dois médicos, entre eles um bioengenheiro, já comentavam os extraordinários efeitos do tratamento com a Medicina Quântica. Clique aqui e leia toda a reportagem. Atualmente, a Energia Quântica, assim como a ACUPUNTURA, é aceita mundialmente no meio científico como uma das ênfases da chamada MEDICINA ALTERNATIVA, inclusive sofrem das mesmas críticas de médicos céticos, eu também já estive cético, mas contra fatos (e muitos fatos) não há argumentos. Esteticistas se utilizam desta energia para rejuvenescer as células da pele, pois nossas células com a energia restabelecida deixam de reproduzir células velhas e passam a reproduzir células jovens, mais saudáveis.

Análise De Medicina Quântica

A análise feita ao seu organismo através do aparelho de Medicina Quântica, acontece de uma forma muito simples e indolor, através da conexão de bandas, aos seus pulsos, tornozelos e cabeça, para se proceder à medição das frequências eletromagnéticas que são emitidas pelos vários constituintes do organismo, tais como as células de todos os órgãos e tecidos, vitaminas, minerais, microrganismos patogênicos etc.

Estas terapias atuam a um nível vibracional, alterando de um modo indolor a frequência do órgão, sistema ou emoção em desequilíbrio, devolvendo ao organismo o seu correto funcionamento e promovendo uma sensação de harmonia e bem-estar.

Medicinas alternativas

Atualmente são vários os tipos de medicina, por exemplo:

Sistemas médicos alternativos

São terapias e práticas que estão presentes há muitos séculos, especialmente em países orientais. Há muito sabe sobre eles, e eles são amplamente e popularmente seguidos por muitas pessoas em redor do mundo. Aqui estão os mais usados sistemas médicos alternativos:

84

Homeopatia

Ayurveda

Acupuntura

Naturopatia

Medicina Tradicional Chinesa

Medicina Tibetana

Medicina indígena americana

Terapias de energia

Reiki

Toque terapêutico

Qi Gong

Terapias de base biológica- Esta forma de terapia normalmente envolve a utilização de artigos que são encontrados na natureza

Intervenções mente-corpo

Músico-terapia

Terapia da dança

A terapia do humor

Yoga

Meditação

Hipnoterapia

Terapia arte

Métodos de manipulação e baseadas no corpo

Massagem terapêutica

Manipulação quiroprática

Medicamento alopático

É o tipo de medicamento mais receitado por profissionais de saúde. Eles contêm uma substância química que age diretamente sobre o organismo, causando efeito sobre a doença ou sobre o sintoma que se quer combater no paciente.

Como vimos são vários os tipos de medicina, no entanto ainda faltam o aval da pesquisa sobre a eficiência destas alternativas. O uso em animais os resultados não são nada animadores.

85

Os organismos animais possuem mecanismos eficientes no combate às doenças, como exemplo os anticorpos, em muitos casos a cura é espontânea. Na medicina humana verifica-se, com frequência, pessoas tomando remédio alopáticos procurarem outras alternativas para a cura das suas doenças. Fica a pergunta: Qual medicina curou o doente? Uma coisa é certa, existem doenças, por exemplo, uma infecção grave, o mais indicado para o tratamento é o antibiótico é temeroso tentar tratar com medicina alternativa.

alopáticos: são os medicamentos mais receitados pelos profissionais da saúde. Com os alopáticos, uma substância química age diretamente sobre o organismo, provocando um efeito sobre a doença ou o sintoma que se quer combater. Esse tipo de remédio pode ser industrializado ou manipulado de acordo com a necessidade de cada paciente.

86

11

TEORIA DA MORFOGÊNESE

Introdução

Não podemos aceitar como verdadeira uma teoria sem base em trabalhos experimentais. Empirismo- Empirismo é uma doutrina filosófica que defende a ideia de que somente as experiências são capazes de gerar ideias e conhecimentos.

De acordo com o empirismo, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos.

Antes da apresentação deste capítulo é importante colocar a definição do que vem a ser uma teoria.

"Muitas vezes as pessoas se confundem sobre a definição de uma teoria. Nossos dicionários trazem o significado que corresponde a uma visão popular de uma teoria, o que seria equivalente a uma hipótese, ou definindo de uma forma ainda melhor, uma especulação, algo duvidoso, incerto.

No entanto, na Ciência, uma hipótese não é o mesmo que teoria, apesar de integrá-la quando satisfaz a condição de ser testável e falseável frente aos fatos, e tão pouco teoria é algo duvidoso, apesar de necessariamente falsificável. Portanto, teoria não quer dizer que a ciência comprovou.

Ao final de cada item procuro dar uma explicação.

Morfogênese- definição

Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma; genética vem de gêneses que significa origem. Morfogênese é o processo original de criação dos ecossistemas - que inclui os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-químicas e as inter-relações entre ambos.

A morfogénese está relacionada com a construção da forma e estrutura dos tecidos e órgãos dos seres vivos. A morfogénese pode também ser entendida como a formação da estrutura

87

de um organismo ou de uma parte, e como um processo de criação de formas organizadas ou organização tridimensional da diversidade celular.

Explicação

"Genética é a ciência que estuda os genes.) Os genes são classificados em: gene dominante (responsável pela atribuição de determinada característica no descendente), gene recessivo (manifesta-se na ausência de gene dominante), gene estrutural (contém a informação que determina a estrutura dos seres vivos), gene operador (atua no funcionamento de outros genes) e gene regulador (controla a síntese e transcrição de outros genes)".

Teoria dos campos mórficos

A teoria dos campos mórficos foi proposta pelo biólogo Rupert Sheldrake. Rupert Sheldrake um biólogo, bioquímico, parapsicólogo, escritor e palestrante inglês; mais conhecido por sua teoria dos campos mórficos . Tem-se dedicado a escrever, dar palestras e pesquisar um modelo de desenvolvimento teleológico, do qual faz parte a teoria dos campos morfogenéticos. Entre seus livros estão O renascimento da natureza, Cães sabem quando seus donos estão chegando e A sensação de estar sendo observado.

Teoria dos campos morfogenéticos. Segundo o cientista, os campos morfogenéticos são estruturas invisíveis que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.

Todo átomo, molécula, célula ou organismo que existe gera um campo organizador invisível e ainda não detectável por qualquer instrumento, que afeta todas as unidades desse tipo. Assim, sempre que um membro de uma espécie aprende um comportamento, e esse comportamento é repetido vezes suficiente, o tal campo (molde) é modificado e a modificação afeta a espécie por inteiro, mesmo que não haja formas convencionais de contato entre seus membros.

Explicação:

Fica difícil de entender como a modificação de um comportamento de um animal possa modificar o comportamento de um animal da mesma espécie à distância. Ficam as perguntas: Esta modificação é permanente? Aquele comportamento modificado altera também o genoma daquele animal? Esta teoria fica conflitante com os instintos dos animais que ficam muito evidentes nos animais e em alguns casos reprimidos.

(Teologia é o estudo crítico da natureza do divino, seus atributos e sua relação com os homens. Em sentido estrito, limita-se ao Cristianismo, mas em sentido amplo, aplica-se a qualquer

88

religião. É ensinada como uma disciplina acadêmica, tipicamente em universidades, seminários e escolas de teologia).

Campos mórficos

Sheldrake propõe a ideia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos característicos. Os campos morfogenéticos são campos de forma, campos padrões, estruturas de ordem. Estes campos organizam não só os campos de organismos vivos, mas também de cristais e moléculas. Cada tipo de molécula, cada proteína, por exemplo, tem o seu próprio campo mórfico - hemoglobina, insulina, etc. De um mesmo modo cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico. Estes campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza.

Explicação da teoria- História fictícia

Essa história (fictícia) exemplifica uma teoria (morfogênese) criada pelo fisiologista inglês Rupert Sheldrake.

Havia um arquipélago no Pacífico povoado apenas por macacos. Eles se alimentavam de batatas, que tiravam da terra. Um dia, não se sabe porque, um desses macacos lavou a batata antes de comer, o que melhorou o sabor do alimento. Os outros o observaram, intrigados, e aos poucos começaram a imitá-lo. Quando o centésimo macaco lavou a sua batata, todos os macacos das outras ilhas começaram a lavar suas batatas antes de comer. E entre as ilhas não havia nenhuma comunicação aparente.

Sheldrake é o primeiro a esfriar os ânimos de seus leitores que procuram explicações para esses fenômenos. "Não existe uma conclusão para explicar tudo isso", diz ele. O que há são hipóteses.

Hipóteses do Sheldrake

E a hipótese do biólogo baseia-se em uma controversa proposição: a teoria dos "campos mórficos". Segundo Sheldrake, os corpos têm uma espécie de extensão invisível e indetectável, que determina sua forma e seu comportamento.

89

São os campos mórficos. A teoria não para por aí. Esses campos, diz ele, atravessam o tempo - conectando as coisas entre si - e o espaço - conectando os corpos com outros corpos existentes no passado e no futuro, em um processo chamado ressonância mórfica. "O campo mórfico é um campo estendido no tempo-espaço, assim como o campo gravitacional do sistema solar não está meramente dentro do Sol e dos planetas, mas contém todos eles e coordena seus movimentos", diz.

Origem do campo mórfico

A ideia básica é a de que todo ser possui uma marca própria, que se estende não apenas ao seu próprio organismo, mas a tudo com o que esse ser convive. E essa ligação se torna mais forte à medida que essa convivência se repete. (Giphy//Instinto animal/Reprodução)

Segundo Sheldrake, a origem do campo mórfico pode estar em um fenômeno que inquietou Albert Einstein, chamado de não-localidade quântica, e que foi confirmado por experiências realizadas na década de 80. Nos experimentos, comprovou-se que duas partículas de luz, ou elétrons, emitidas pelo mesmo átomo continuam de certa forma ligadas entre si, mesmo separadas por uma grande distância. De tal forma que, quando os cientistas mediam alguma característica de uma das partículas, a outra imediatamente modificava a mesma característica.

Isso explica porque, no exemplo, todos os macacos do arquipélago de repente começaram a lavar suas raízes, sem que houvesse comunicação entre as ilhas.

Outro exemplo

Mas outros exemplos na natureza - (desta vez verdadeiros para Sheldrake,) - ilustram bem uma organização invisível no comportamento dos animais. Pegue um gato, por exemplo. Separe-o do convívio com outros gatos poucos dias após o nascimento (algo infelizmente comum) e crie-o isolado. Ele vai ter todas as características comportamentais de um gato, as brincadeiras, inclusive o cacoete de só fazer as necessidades na areia (se tiver areia no lugar, claro). Quem ensinou isso? Milhares de anos de evolução, dirão os Darwinistas. Deus, dirão os Criacionistas. Mas nem um nem outro explica a questão: Quem ensinou isso ao maldito gato que foi criado fora do convívio dos outros de sua maldita raça milenar?!

Explicação:

O instinto animal explica o comportamento do gato. Os instintos foram sendo desenvolvidos há milhões de anos, durante a evolução dos animais. Eles foram sendo

90

desenvolvidos no sentido, principalmente, de sobrevivência e reprodução. Até hoje alguns instintos foram preservados e se manifestam, por exemplo os cães seguem as fêmeas em cio para a reprodução.

Mistério que desafiam a ciência

Os campos mórficos explicam muitos mistérios que desafiam a ciência, como a morfogênese, ou seja, o desenvolvimento da forma e da estrutura de um organismo. Enquanto os biólogos continuam procurando a chave que faz uma perna desenvolver-se como uma perna e não como uma antena, Sheldrake já tem sua resposta.

Como uma semente de cenoura se transforma em uma cenoura? Resposta: seu campo mórfico conecta a semente às cenouras passadas, que a precederam, e faz com que ela se desenvolva como uma cenoura. Esse não seria o papel dos genes? Em parte. Os genes seriam apenas um sintonizador de campos mórficos. Como o seletor de canais de uma televisão, o DNA conecta um ser ao seu respectivo campo mórfico. Por esse mesmo raciocínio, admite-se que um jogo de palavras cruzadas impresso em um exemplar de um jornal matutino fica mais fácil de resolver à medida que o dia passa, porque a ressonância mórfica emitida pelas pessoas que o resolveram facilita a tarefa.

Utilização dos campos mórficos pelos animais

Bem, e onde entram os animais? Em termos muito simplificados, esses campos mórficos formam ligações entre seres (e entre seres e objetos) invisíveis aos olhos e ao conhecimento. É como um campo magnético - que nada representa para nós se não tivermos uma bússola. Segundo essa teoria, animais criam campos mórficos com seus donos e sabem como utilizá-los na prática. O gato que sabe que o telefonema é do seu dono está apenas usando seus "sensores de campos mórficos".

Quando um animal "adivinha" a hora exata em que seu dono vai chegar, estaria usando um recurso de inteligência que nós perdemos. Quando um cachorro quer voltar para casa, ele apenas localiza a extensão do seu campo mórfico e vai em frente. O mesmo princípio vale para o cãozinho Prince, que, de algum jeito, cruzou o Canal da Mancha para reencontrar seu dono no inferno das trincheiras.

Sheldrake acha que sua teoria faz parte de uma evolução natural do conhecimento. "Descartes acreditava que o único tipo de mente era a consciente. Então, Freud reinventou o inconsciente. Daí Jung disse que não existe apenas um inconsciente pessoal, mas um inconsciente

91

coletivo. A ressonância mórfica nos mostra que nossas próprias almas estão conectadas com as almas dos outros e ligadas ao mundo que nos cerca".

"Cães Sabem Quando seus Donos Estão Chegando"

Sob este título o cientista inglês Rupert Sheldrake escreveu um livro, um best-seller, pesquisou os animais de estimação demonstrando a existência de um sexto sentido. Uma análise deste livro comentando as teorias do cientista Sheldrake foi feita por Dagomir Marquezi. Com base neste trabalho são apresentados os principais aspectos abordados no livro. "Para um polêmico cientista inglês, os bichos têm um sexto sentido que lhes permite sentir coisas que nós não percebemos". "Para Sheldrake, a forma mais fácil de comprovar a existência dessa outra inteligência é observar os animais, que ainda dominam e utilizam cotidianamente esse sexto sentido". Para confirmar este poder dos animais o autor apresenta uma série de observações, documentados que surpreende os mais céticos".

Poderes extra-sensoriais

Jaytee (cão) foi adotado por uma secretária de Manchester, Inglaterra, chamada Pamela Smart. Os pais de Pamela percebiam que, meia hora antes de a filha voltar do trabalho para casa, Jaytee se postava em frente à porta de entrada e esperava por ela. Como ele sabia que ela estava chegando? Curiosa com o fato, Pamela entrou em contato com Rupert Sheldrake e se propôs a colaborar com sua pesquisa. Durante 100 dias, ela e seus pais mantiveram um diário duplo anotando detalhes das rotinas de Pam e do animal. Sob a orientação de Sheldrake, Pamela começou a inserir algumas variáveis em seu comportamento para testar a capacidade de Jaytee de antecipar sua chegada. Seria o cheiro? Dificilmente: a dona estava entre seis e 60 quilômetros de casa. Como sentir qualquer cheiro a essa distância no caos urbano? Será que o mascote reconhecia o motor do carro? Tampouco. Pamela começou a voltar para casa de táxi, de bicicleta ou a pé e o cão continuou antecipando sua chegada. Seria a rotina? Também não, pois variações aleatórias de horário não mudaram em nada o fenômeno. Por fim, Sheldrake utilizou duas câmeras, com os cronômetros sincronizados, para registrar o comportamento de Jaytee e os movimentos de Pamela. Nada menos que 120 fitas foram registradas e analisadas. E revelaram algo ainda mais intrigante. Jaytee não ia para a porta esperar a dona no momento em que ela partia do trabalho, mas no momento em que ela decidia partir. Era como se lesse seus pensamentos. Submetidos ao crivo de outros cientistas, os dados foram considerados insuficientes e passíveis de erro, mas Sheldrake insiste: cães têm poderes extra-sensoriais. E não são só eles: gatos, papagaios, galinhas, gansos, répteis, peixes, macacos, cavalos e ovelhas também os possuem.

92

Conclusão deste trabalho de Sheldrake: No meu entendimento o cão Jaytee era possuidor de grande capacidade em prever a chegada da sua dona Pamela. O cão pressentia a chegada da dona pelo horário, pela movimentação e atitudes dos pais de Pamela.

Senso de direção

Desde a década de 1930 o alemão Bastian Schmidt realiza detalhados estudos sobre orientação animal. Ele foi um pioneiro em testar teorias ao abandonar cães em lugares desconhecidos e observar seu comportamento. A observação mais importante colhida por Schmidt foi a de que nos primeiros cinco a 25 minutos o animal não "farejava" o caminho de volta. Ele levantava a cabeça, observava os arredores, como que estabelecendo sua localização. Em seguida, o cão simplesmente sabia a direção de casa - e seguia para lá.

Telepatia

Rupert Sheldrake afirma que essa ligação entre homens e cães se deve ao longo tempo de convivência entre as duas espécies, que já dura 100 000 anos, quando os primeiros cachorros foram domesticados. Graças a essa conexão, os animais "leem os pensamentos das pessoas". Eles parecem sentir quando seus donos precisam de ajuda ou de apoio emocional. Algumas dessas manifestações se revelam em pequenos atos cotidianos. Gatos que desaparecem no dia de ir ao veterinário. Cães que tremem na hora de uma consulta, mesmo que seus donos simulem tratar-se de um simples "passeio".

Rupert Sheldrake coletou mais de 1 500 casos de supostos contatos telepáticos entre homens e animais. Histórias como a do gato Godzilla, que vive com o relações-públicas David White, em Oxford. Por obrigação profissional, White viaja muito por lugares tão diferentes quanto a África do Norte, o Oriente Médio e a Europa continental. Não importa de onde ou quando David White ligava, Godzilla subia à mesa e ficava ao lado do telefone antes que ele fosse atendido. Mas só nas ligações do dono. Todas as outras eram desprezadas pelo gato. Isso foi testado em várias condições e variações, e Godzilla não falhava. Se o dono liga, ele parece saber. Um caso semelhante ocorre com o cão Jack, de Gloucester: ele também só fica ao lado do telefone quando seu dono liga. Com um detalhe: Jack se manifesta uns dez minutos antes de a ligação acontecer.

Animais que curam

Rupert Sheldrake afirma que, nos templos de cura da Grécia antiga, cães eram tratados como co-terapeutas. A mais importante divindade de cura entre os gregos, Asklépios, costumava

93

manifestar-se por meio de "cães sagrados". Segundo Sheldrake, até Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, era acompanhado por sua cadela, uma chow, que não era apenas uma companhia ou um animal de estimação, mas parte do processo a que ele submetia os pacientes. Freud acreditava em uma "cura pelo animal de estimação", nas suas palavras. E, curiosamente, era o animal que avisava quando a sessão tinha terminado.

Amor incondicional

Sheldrake indica no livro uma série de trabalhos acadêmicos realizados em hospitais e clínicas demonstrando que pacientes que possuem animais de estimação se sentem menos sós, ansiosos e deprimidos. E o bem-estar emocional é um grande aliado de médicos na recuperação de pacientes, porque melhora a resposta imunológica, entre outros benefícios. Segundo o autor, essa interação acontece não por mágica, mas porque animais de estimação oferecem o que poucos humanos são capazes de oferecer: amor incondicional.

Os animais tratam doenças

Mas o benefício da ligação entre o dono e o animal transcende o mero companheirismo. Segundo o biólogo, os animais cuidam de seus donos, conhecem suas doenças e os ajudam a se tratar, de forma deliberada, como mostram os relatos apresentados em seu livro. Uma mulher do norte da Inglaterra conta que, numa noite de profunda depressão, resolveu se matar tomando uma overdose de calmantes. Seu spaniel chamado William pela primeira e única vez em 15 anos de fidelidade total se colocou agressivamente entre ela e o vidro de remédio, rosnando com fúria e mostrando os dentes. Ela desistiu do suicídio e o cão voltou à mansidão habitual.

Christine Murray, que mora numa cidadezinha perto de Washington, capital dos Estados Unidos, tem uma mestiça de pitbull e beagle chamada Annie. Cerca de duas vezes por semana, Annie pula no colo de Christine e começa a lamber seu rosto furiosamente. Imediatamente, Annie para o que estiver fazendo e se acomoda no chão. Em poucos minutos, tem um ataque epilético. A cadela não falha. Ela parece saber que a dona vai ter um ataque e a avisa. Há o caso também de uma epilética alemã de Hamburgo que possui um casal de vira-latas. Quando o ataque começa, os dois estão sempre por perto, e um deles tenta se colocar entre a doente e o chão, para amortecer-lhe a queda.

94

Estes relatos de Sheldrake são fantásticos e difíceis de serem acreditados como verdadeiros.

Experiências de Sheldrae

Sheldrake não podia deixar de testar esse poder. O biólogo conheceu, em Leicester, uma collie-de-fronteira mestiça chamada Pepsi que tinha um estranho costume: fugia de casa e reaparecia na residência de algum parente ou amigo do seu dono. No verão de 1996, Rupert Sheldrake instalou um receptor GPS (o sistema de posicionamento global) na coleira de Pepsi e a largou a 3 quilômetros de casa, às 4h55 da madrugada. Às 9 horas da manhã a cadelinha foi achada curtindo um sol tranquilamente na casa da irmã do seu dono. Cada um de seus movimentos foi registrado pelo GPS. Com a ajuda de um mapa da cidade, Sheldrake descobriu que, assim que foi largada, Pepsi procurou a casa mais próxima conhecida, depois foi para a seguinte e assim por diante. Em pouco menos de quatro horas, já havia passado por 17 lugares guardados em sua memória. Seguindo seu padrão de comportamento, logo ela estaria em casa, pronta para uma nova aventura.

Como animais se guiam? Pelas estrelas, por campos magnéticos? Sheldrake considera essas teorias mecanicistas são ultrapassadas. Cita vários casos de cães que descobriram o túmulo de seus donos sem nem sequer testemunhar a morte deles. E conta a epopeia de Prince, um Irish Terrier que, durante a Primeira Guerra Mundial, saiu de Londres para encontrar seu dono no caos das trincheiras da França (e se tornou uma espécie de mascote das forças britânicas). O que estrelas e campos magnéticos têm a ver com isso?

Críticas as teorias de Sheldrake

Opinião do autor deste artigo- Antes de entrar nas teorias de Sheldrake, é bom apresentá-lo. Para grande parte dos cientistas suas idéias não passam de esoterismo. Mas o biólogo tem credenciais cunhadas nas casas mais nobres da ciência. Formado em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge e em Filosofia pela Universidade de Harvard, Sheldrake tem ainda o título de PhD em Bioquímica (também de Cambridge). Mas, decididamente, ele não segue os passos de seus mestres. Seus livros levam a sério temas banidos da academia, como fenômenos "paranormais" e espiritualidade. Para ter uma ideia do tipo de crítica que suas ideias geram, basta dizer que John Madox, ex-editor da revista Nature, propôs que os livros de Sheldrake deveriam ser sumariamente queimados. "Ele merece ser condenado pela exata mesma razão que o papa condenou Galileu: como um herege".

Fontes: IPPB: A memória da natureza; CAMPOS MORFOGENÉTICOS Revista Galileu

95

A Teoria dos Campos Mórficos do Biólogo Rupert Sheldrake, artigo de Antonio Silvio Hendges. Antonio Silvio Hendges, articulista do EcoDebate, é Professor de Biologia e Agente Educacional no RS. Email: as.hendges

96

12

ISOTERISMO

Definições

Muito diferente do que se pensa e do que o sensacionalismo midiático difunde, esoterismo não é o que é "estranho", "exótico" ou simplesmente jogar tarô, búzios, adivinhação etc. Em realidade, esoterismo refere-se ao que está mais oculto no Ser, por isso também há grande relação com o termo "Ciências Ocultas".

A palavra Esotérico é o adjetivo que qualifica a ciência ou a entidade, cujo propósito é o estudo e prática das ciências ocultas ou Esotéricas.

Esotérico versus exotérico

Existem duas espécies de conhecimento: esotérico e exotérico. O termo "exotérico" (antônimo de "esotérico", apesar de ter a mesma pronúncia) se refere ao ensinamento que nas escolas da Antiguidade grega era transmitido ao público sem restrições, por se tratar de ensinamento dialético, provável e verossímil. O conhecimento exotérico ou conhecimento do mundo exterior é aquele que percebemos através dos sentidos físicos. Helena Blavatsky, que é considerada a criadora da moderna Teosofia, dizia que o termo "esotérico" refere-se o que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". Aponta o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao exotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua "decoração". Também segundo ela, todas as religiões e filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela chamou de "Religião-Verdade".

97

Poder Psíquico dos Animais

Autor: Hugo Lapa (Atendimento com Terapia de Vidas Passadas)- 1 de novembro de 2012 por hugolapa. MAIL: lapapsi@gmail.com

Hugo Lapa é um psicólogo, terapeuta de regressão, escritor e espiritualista brasileiro.

Capacidade psíquica dos animais

Um tema que sempre foi objeto de fascínio é a chamada psi animal. A Psi animal é a capacidade psíquica que alguns animais teriam de ver os mortos, pressentir o futuro, viajar muitos quilômetros sem conhecer o caminho e chegar ao seu destino, falar telepaticamente com seres humanos, dentre outras formas de sensibilidade sutil. Seriam os animais, ou alguns animais, capazes de se comunicar mentalmente conosco? Seriam eles capazes de pressentir quando, por exemplo, seus donos chegam em casa? Há muitas pessoas que afirmam que sim, os animais possuem um componente de para- normalidade, tal como os seres humanos. Nossos bichinhos de estimação podem saber mais sobre nós do que imaginamos.

Gato prevê morte

É possível que alguns animais tenham suas faculdades psíquicas mais desenvolvidas, e por isso a manifestação de seus dons paranormais seriam bem mais claras do que outros. Um caso notável foi o que ocorreu recentemente num asilo da cidade de Providence, nos Estados Unidos. Oscar, um gatinho preto e branco, costumava ficar umas 3 ou 4 horas próximo dos pacientes antes deles morrerem. Por algum motivo desconhecido, o bichano conseguia prever ou sentir que uma

98

pessoa internada no asilo estaria próxima da morte. Segundo os membros do asilo, Oscar quase nunca errava.

Esoterismo

No esoterismo se diz que os gatos seriam atraídos por energias negativas, enquanto os cachorros seriam atraídos por energias positivas. Algumas pessoas cometem o erro de afirmar que o cachorro protege muito mais a casa do seu dono do que um gato, mas isso não é verdade.

Aqueles que conhecem o trabalho psíquico que os gatos realizam nos planos sutis sabem que a proteção que gatos e cachorros fazem são diferentes: enquanto os cachorros protegem a casa materialmente, os gatos parecem protegê-la de irradiações negativas provenientes do exterior e também de energia nefastas que se encontram no interior da casa. Ambos protegem a casa e são importantes em níveis diferentes, de acordo com as características de cada um. Dizem que os gatos sentem-se atraídos para os aposentos mais carregados, e assim ajudam a purificar o ambiente. Dessa forma, o auxílio que o gato presta é sutil, imperceptível aos olhos humanos. Por esse motivo vemos nos contos e lendas da antiguidade que as bruxas sempre possuíam um gato preto. Reza a tradição que elas tinham conhecimento dos prodígios que os gatos eram capazes, e como forma de autoproteção, escolhiam sempre estar próximo deles.

Radiestesia

Uma boa forma de verificar a ideia de que os gatos sentem atraídos pelas energias negativas e os cachorros evitam essas mesmas energias é o que ocorre no estudo de um conhecimento chamado de Radiestesia. A Radiestesia é o estudo sobre as influências de radiações diversas, principalmente a energia telúrica sobre os seres.

No livro "Radiestesia e Saúde" de Kathe Bachter a autora descreve com detalhes como as energias telúricas dos veios de água subterrâneos podem influenciar as pessoas e os animais. Em suas pesquisas, que são confirmadas pelas pesquisas de outros radiestesistas, quando as correntes de água subterrânea se cruzam abaixo de uma casa, os moradores dessa residência que permaneceram muito tempo sobre influência dessas radiações podem desenvolver uma série de problemas físicos e mentais.

99

Cães e gatos sabem onde existem correntes de água

O que Kathe descobriu em suas pesquisas, e que, segundo a autora, sempre se confirma, é o fato de cachorros sempre evitarem os locais de uma casa onde ocorrem esses cruzamentos das correntes de água subterrânea. Os gatos, ao contrário, procuram esses lugares, deitam neles, e de certa forma parece que estão bem confortáveis ali. Por alguma razão ainda desconhecida, uma influência telúrica subterrânea que afeta a saúde dos seres humanos tem o poder de atrair os gatos. Enquanto os cachorros sempre se deitam em regiões onde não correm os veios de água, os gatos, ao contrário, são atraídos por eles.

Correntes de água podem causar doenças

Em Radiestesia é abrangente a ideia de que as correntes de água que se cruzam no subsolo podem causar doenças bem sérias nos seres humanos. O trabalho do radiestesista é, na maioria das vezes, identificar essas correntes de água e orientar os donos da casa a dormirem em outros cômodos, bem longe dos cruzamentos. Nesse exemplo, bastante pesquisado, fica claro como os gatos são atraídos pelas energias negativas, deletérias, e os cachorros, ao contrário, sentem-se repelidos delas. Aqui fica bem demonstrado como os animais possuem uma boa sensibilidade as energias da Terra e se relacionam com elas de diversas formas. É possível que os gatos se deitem e procurem essas energias telúricas prejudiciais aos seres humanos também a fim de proteger seus donos delas.

Fatos inexplicáveis

Esse é apenas um exemplo, que ficou famoso nos meios de comunicação, de uma tão clara manifestação de psi animal, mas há muitos outros casos semelhantes. Esses casos se dividem em casos pesquisados com controle experimental, e outros casos de pessoas comuns que relatam feitos inexplicáveis realizados pelos seus animais (que são em grande número). Embora os relatos espontâneos de algumas pessoas tenham o seu valor, os casos pesquisados com um controle mais rígido são dignos de mais crédito.

100

Experimento

Um caso interessante, tal como relatado no livro "100 Maiores Mistérios do Mundo" conta uma experiência feita com uma cadela e seu filhote. Ambos foram condicionados a sentirem medo sempre que seu dono levantava o jornal contra eles. A reação tanto da cadela como do filhote era sempre de perigo iminente, embora os donos nunca batessem neles quando levantavam o jornal. O ato era apenas uma ameaça e o condicionamento sempre funcionava como uma forma de evitar qualquer bagunça feita por eles. O filhotinho foi trancado, apenas durante a experiência, numa caixa de cobre. Sabemos que o cobre é um metal que não permite a propagação de sons, ou seja, o animal que se encontrava dentro da caixa não conseguia ouvir qualquer ruído proveniente da mãe, que estava em outra sala. Assim que o dono levantou o jornal para a cadela na outra sala, o filhotinho dentro da caixa se encolheu de medo, da mesma forma que costumava fazer como reação ao jornal ameaçador.

Outro exemplo

Em outro experimento similar, uma mulher e seu boxer foram colocados em pontos diferentes de uma casa, cobertos por uma camada de cobre, onde um não poderia ouvir o outro e nem manter qualquer tipo de contato físico entre si. O cachorro estava tendo seu batimento cardíaco monitorado. Após um tempo, um homem entrou no aposento onde estava sua dona e começou a gritar com ela e a ameaçar de forma agressiva. Nesse exato momento o monitoramento cardíaco do cachorro começou a apontar uma aceleração das batidas do coração do cachorro, demonstrando uma sensação ou percepção de que algo ruim estava ocorrendo.

Sensibilidade psíquica dos animais

Algumas situações de sensibilidade animal chegam a surpreender os mais céticos. Um caso fascinante que ficou bem conhecido na década de 20 foi o de um cãozinho da raça Collie chamado Bobbie que estava passeando com seus donos em Indiana, nos Estados Unidos. Em agosto de 1923 ocorreu que, num dado momento, Bobbie perdeu-se dos donos, e não pôde mais ser encontrado. Sua família voltou de viagem a Oregon e sabiam que haviam perdido Bobbie para sempre. O Estado de Indiana (localizado a oeste) fica a mais de 3.000 km do Estado de Oregon (localizado no extremo leste do Estados Unidos). Porém, em fevereiro de 1924, para a surpresa de todos, Bobbie pulou na cama de seu dono, e lambeu alegremente seu rosto. O cão parecia estar radiante com o reencontro. Porém, estava muito abatido, esquelético, e com as patas muito

101

machucadas, em carne viva. A aparência de Bobbie era de um cachorro que, de fato, havia percorrido uma longa distância para reencontrar seus donos, e teve êxito nessa tarefa. O caso de Bobbie ficou famoso e ativou a discussão sobre a sensibilidade psíquica dos animais.

Capacidade de voltar para casa

A Sociedade Humanitária interessou-se pelo caso e conseguiu rastrear a rota percorrida pelo cão. Eles descobriram que o animal havia feito um caminho bem diferente dos seus donos, cruzou as montanhas rochosas, atravessou o rio Missouri, caçava coelhos e outros animais pequenos, bebia águas dos rios e teve muita disposição para caminhar uma tão longa distância. Mas como ele conseguiu descobrir o caminho, se seus donos não haviam atravessado os locais que Bobbie cruzou? Isso só pode ser explicado com a psi animal. Céticos podem alegar que ele gravou mentalmente todo o caminho, mas ainda que lançássemos a hipótese de uma tão vasta e profunda memória (que nem seres humanos possuem), isso ainda não explicaria como Bobbie passou por outros caminhos e chegou ao destino, e também não explica outros casos semelhantes em que cachorros retornaram as suas residências após uma viagem de avião. Assim como o caso de Bobbie há muitos outros casos semelhantes de cachorros e gatos que, utilizando sua faculdade psíquica, conseguiram de algum modo desconhecido sentir qual seria a trajetória correta de volta ao lar.

Telepatia entre animais e o homem

Outra clara demonstração de sensibilidade animal são os casos de telepatia observados entre animais e seres humanos. Um caso muito interessante, relatado por Ilona Selke que teve uma experiência insólita com um golfinho em alto mar. Na mitologia grega os golfinhos são considerados os "anjos do mar" e tidos na mais alta conta. Um templo muito famoso na antiguidade era chamado de Templo de Delphos. No alto deste templo se lia a famosa inscrição "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses". Delphos em grego significa golfinho. Essa frase do autoconhecimento tornou-se conhecida por ser divulgada por Platão contando a vida de Sócrates.

102

A inteligência dos golfinhos

Os gregos já possuíam uma intuição de que os golfinhos são seres que apresentam uma inteligência mais sutil do que imaginamos com nosso cartesiasmo.

Sabemos por pesquisas que o cérebro dos golfinhos tem quase a mesma complexidade do cérebro dos seres humanos. Além disso, eles vivem numa espécie de sociedade organizada e com laços estreitos. Também conseguem se reconhecer no espelho. Tudo isso é um sinal de grande inteligência.

Não há dúvida que, depois dos seres humanos, eles são os animais mais inteligentes deste planeta (alguns até diriam que são mais inteligentes, pois eles não destroem sua própria casa como nós fazemos com a Terra). Estudos do biólogo escocês Vincent Janik, publicados na prestigiada revista Science, foram capazes de descobrir que os golfinhos emitem alguns sinais chamando uns aos outros, e estes sinais se repetem sempre que um golfinho chama o outro. Esse sinal pode ser comparado a um nome, uma emissão específica que identifica uns e outros. Isso significa que cada um deles pode ter uma identidade própria já que eles se chamam e se reconhecem com sinais determinados parecidos com um nome. Alguns esoteristas chegam a afirmar que os golfinhos são seres com avançada evolução espiritual cuja origem não é a Terra, mas mundos extraterrestres.

História incrível

Ilona Selke passou vários anos na presença dos golfinhos, nadando com eles em seu habitat natural e buscando um contato mais íntimo. Ela contou a seguinte experiência, que fala sobre a incrível capacidade telepática desses seres: Estava um dia muito bonito e eu e mais duas pessoas fomos a uma pequena ilha de Mauí, no Havaí, para procurar os golfinhos. Quando chegamos, as palmeiras balançavam ao sol e os golfinhos estavam na baía. Nós nadamos mar adentro para ir ao encontro deles. Nós nadamos com eles pelo que me pareceu mais ou menos uma hora. Perdida no tempo, de repente eu ouvi uma mensagem muito clara: 'Volte para a praia agora! Você tem apenas energia suficiente para fazer o caminho de volta. Agora! ' Imediatamente eu tirei minha cabeça para fora da água. As palmeiras estavam totalmente curvadas. Meus outros dois amigos também tiraram suas cabeças da água no mesmo momento, pois eles também tinham ouvido a mesma mensagem: "Voltem agora". Na verdade, nós havíamos estado por lá durante um longo tempo. Na metade do caminho de volta eu comecei a entrar em pânico. Ainda faltava uma longa distância e eu estava exausta. Começou a parecer que eu não estava conseguindo nadar contra a corrente. Comecei a ter câimbras na perna direita e a dor era tanta que eu mal podia usá-la. Eventualmente eu vi a areia e atingi a praia. Se as ondas fossem um pouco maiores ou se eu tivesse ficado por lá apenas alguns minutos mais, acho que não teria conseguido.

103

O que é remarcável é que os golfinhos enviaram uma mensagem clara, que nós três ouvimos claramente ao mesmo tempo. Eles devem ter sido capazes de acessar meus limites físicos, calcular a distância e comunicar-se conosco". Selke conta que tem experiência claras de telepatia com os Golfinhos. Em suas palavras, ela diz que "Eles enviam pensamentos, que para mim soam como se fossem meus próprios pensamentos, mas eles têm uma energia mais poderosa. É como uma voz diferente. Às vezes é o conhecimento de um instante, uma imagem, um pequeno pensamento". Selke conta também que alguns golfinhos sabem quando uma mulher está grávida, e em alguns casos, são capazes de alertar pessoas sobre algumas doenças que elas até então desconhecem.

Abate de golfinhos

Parece que o Japão é o único país do mundo que ainda insiste na prática da matança dos golfinhos. A carnificina realizada contra esses seres se faz pela captura e condução dos mais aptos aos parques aquáticos. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, os parques aquáticos não tratam os golfinhos de um modo adequado, eles são retirados de seu habitat natural, presos, e sofrem muito com a ausência de liberdade. Infelizmente muitas pessoas ainda frequentam esses parques aquáticos para ver baleias e golfinhos sem imaginar o grande mal que estão promovendo ao alimentar esse mercado escuso de pesca e matança indiscriminada de golfinhos e baleias.

Outro caso de telepatia

Outro caso interessante de telepatia com os animais que saiu no Discovery Channel é o de uma mulher que afirma se comunicar mentalmente com os animais. Maria Jacobs descobriu seu dom ainda pequena. Desde a infância ela vivia numa fazenda, e espontaneamente conseguia ouvir em sua mente aquilo que os animais queriam lhe falar. Hoje Maria trabalha em parceria com uma veterinária, auxiliando a profissional a diagnosticar uma doença apenas ouvindo o relato dos sintomas que o próprio animal lhe transmite telepaticamente. "As informações que ela me passa estão sempre absolutamente corretas" diz a veterinária. O Programa Discovery Channel acompanhou a visita rotineira de Maria e a veterinária a uma casa onde um cachorro estava doente. Maria Jacobs disse que, ao falar com o cão, ele começou a lhe mostrar, pela via das imagens mentais, o que estava ocorrendo. Ele disse que estava com muita sede, e bebia muita água e a sede não passava. A dona confirmou que, de fato, ele estava bebendo muito mais água do que de costume.

104

Falar com animais

Maria Jacobs explica que "Quando eu começo a falar com um animal pela primeira vez é muito legal, pois geralmente eles têm muito a dizer. Mas às vezes alguns animais falam mais dos outros, mesmo sendo da mesma espécie. Um cachorro pode falar bastante e ser bem aberto. Um gato pode ser mais calado e mais reticente. Por isso muitas vezes eu preciso ganhar a confiança deles". Em sua opinião, qualquer pessoa pode aprender a falar telepaticamente com os animais, sendo essa faculdade algo que não é exclusivo dela e nem de alguns poucos escolhidos. Em suas palestras, M. J. afirma que algumas pessoas, após um certo treino, já podem conseguir sucesso na telepatia com eles, e que não é algo tão difícil de se aprender. "Não é um dom nem algo do gênero, qualquer pessoa pode aprender" complementa.

Após todos estes exemplos de comunicação entre o homem e os animais o autor Hugo Lapa conclui:

"Esta experiência, assim como outras semelhantes, somada aos relatos de casos de psi animal no mundo inteiro, demonstra que não devemos duvidar de pronto dos poderes psíquicos atribuídos aos animais, e que talvez suas faculdades mentais e sua sensibilidade sejam mais sutis do que supomos".

Todas estas informações sobre a capacidade psíquica dos animais carecem de conformações científicas, portanto devem serem tomadas como simples relatos de observações feitas por pessoas.

Doutrina isotérica

A seguir algumas informações sobre o esoterismo.

"Esoterismo é o nome genérico que evidencia um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões - ou mesmo das Fraternidades Iniciáticas - que buscam transmitir um rol acerca de determinados assuntos que dizem respeito a aspectos da natureza da vida que estão sutilmente ocultos. Um sentido popular do termo é da percepção de que transmitem um conhecimento enigmático ou incomum, sempre com vetor oculto. Segundo alguns, o esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser "vulgarizados", sendo comunicados a um restrito número de partidários adeptos. Tais escolhas de partidários acontecem da instituição (de caráter esotérico) para indivíduo ou do indivíduo - ao

105

manifestar interesse - para a instituição esotérica, não havendo, à rigor, um âmbito de secreto, mas de ritos tradicionais e burocracias internas que acontecem tanto de forma discreta e privada quanto aberta, pois a filiação não está à margem de qualquer lei. No entanto, é possível entrar em contato com o esoterismo por conta própria, isto é, desvinculado de qualquer instituição. Encontra-se esse tipo de conhecimento em leituras; e costumeiramente as bibliotecas e livrarias oferecem esta especificidade e gênero deste acervo.

Em suma, esoterismo evidencia a característica do conhecimento "das verdades e leis últimas que regem todo o universo", porém ligando ao mesmo tempo o natural com o que chamam de 'sobrenatural'.

Há doutrinas, nomeadamente as espiritualistas, que são também chamadas esotéricas. Há também, com o fenômeno da globalização e o conhecimento mútuo entre as nações e suas culturas, a percepção da compatibilidade do esoterismo com as religiões mais famosas do Oriente; a saber, o Budismo, o Tao etc., uma vez que tem muitos pontos de afinidade conceitual e consonância na aplicabilidade.

Esoterismo para o prof. Aquino

POR PROF. FELIPE AQUINO, 17 DE OUTUBRO DE 2016-

O esoterismo passa ao lado da realidade de Deus. Ele é um ser pessoal, é o amor e a origem da vida, não uma energia cósmica fria. O ser humano é desejado e criado por Deus; não é divino, mas uma criatura ferida pelo pecado, ameaçada pela morte e necessitada de redenção. Enquanto os adeptos do esoterismo aceitam geralmente que o ser humano se pode redimir a si mesmo, os cristãos creem que só Jesus Cristo e a graça de Deus os salvam. Hoje muitos praticam ioga por motivos de saúde, participam em cursos de meditação para adquirirem tranquilidade e concentração, ou em workshops de dança para fazerem uma nova experiência corporal. Nem sempre, porém, estas técnicas são inofensivas. Por vezes, são veículos para uma doutrina estranha ao Cristianismo: o Esoterismo. Nenhuma pessoa racional deveria concordar com esta mundivisão irracional, em que formigam espíritos, duendes e anjos (esotéricos), em que se crê em magia e os "iniciados" têm um conhecimento misterioso, ocultado ao "povo estúpido". Já no antigo Israel se alertava para o perigo da crença em deuses e espíritos, proveniente dos povos circunvizinhos. Só Deus é o Senhor; não existe outro Deus além d'Ele. Também não existe uma técnica (mágica) para encantar o "divino", impor os próprios desejos ao universo ou atingir a redenção. Muitas coisas do esoterismo são, na perspectiva cristã, superstição ou ocultismo.

Conclusão

106

A ciência, contudo, esclarece muita coisa que o homem não vê. "Jesus nos ensinou: "não há nada escondido que não venha a ser conhecido. O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz, e o que escutais ao ouvido, proclamai sobre os telhados" (Mt. X, 26-27). Não podemos proclamar coisas inexplicáveis à luz da ciência. Tudo que a ciência consegue explicar de forma inquestionável, irrefutável, indiscutível, a Igreja aceita. A Igreja Católica acredita nos milagres, após a ciência não conseguir explicar o que realmente aconteceu.

Nada de espíritos, de fadas, de bruxas ou forças superiores. Para o padre Oscar González-Quevedo, conhecido investigador da parapsicologia, "os milagres existem e são manifestações de Deus. Mas afirma que, mesmo sem provas, muitos charlatões ficam famosos por fazer falsos milagres". Ao falar sobre milagres ele pede licença e afirma que os "pastores que se dizem evangélicos e dizem que fazem milagres são curandeiros", disse que esses pastores tiram a dor, mas deixam a doença e afirma que eles são "charlatões".

107

13

HISTÓRIAS INCRÍVEIS: (LAJOPA)

Neste Capítulo resolvi catalogar algumas histórias por mim vividas que apresentam alguma relação com o estudo do comportamento animal. Estas histórias foram transcritas, com algumas modificações, do livro "Narrativas do Lajopa", publicado em 2011. Em todas elas, ao final, procurei dar uma explicação científica.

Pessoas que expressam segurança

Conheci um morador na cidade de Sertãozinho que tinha um cão da raça fila brasileira. O cão foi criado preso em uma corrente e tornou-se uma fera. Era tratado com muito cuidado e só permitia a presença do dono na hora de levar a comida. Não deixava ninguém se aproximar da sua casinha, portanto não, recebia as vacinas obrigatórias. O dono do cão resolveu leva-lo para sua fazenda. Mas como colocá-lo em um engradado em cima da caminhonete? Quem iria fazer isto? Ficou sabendo que o irmão de um borracheiro sabia lidar com estes cães bravos. Foi falar com tal pessoa. Tudo foi preparado e marcado o dia. O tal homem chegou com a maior calma perto do cachorro, pegou-o pela corrente levando-o para dentro do engradado, já em cima da caminhonete. Como explicar este fato? O cão através do seu instinto percebeu que a tal pessoa era possuidora de uma superioridade e confiou nos seus atos, portanto o cão através do seu instinto notou que nada de mal lhe iria acontecer.

A pessoa é dotada de algum sentido? Como ela desenvolveu esta capacidade de transmitir ao cão tal segurança? São perguntas que a ciência ainda não consegue responder com segurança e detalhes. O cão percebe o homem como amigo, mais forte que ele e como um líder no qual ele pode confiar. O olfato dos cães é poderoso sendo capaz de detectar odores exalados pelo homem, denunciando medo.

A doma de cavalos

Em uma doma bem-sucedida, o cavalo percebe o homem como amigo, como alguém mais forte do que ele e como um líder no qual se pode confiar. É muito importante que o cavalo respeite o homem e fique sujeito à vontade do cavaleiro. Por Silvana Teixeira. Este conteúdo pode ser

108

publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.

Castração de porcos

O meu pai tinha em sítio e criava porcos. Pelo menos uma vez por ano mandava castrar os porcos. Para tanto chamava um prático que fazia o serviço sem nenhuma higiene. Os animais logo após a castração iam para a lama esfregar o corte. Após dois ou três dias todos apresentavam a presença de bicheira (miiases), no local da castração. O meu pai me pedia para ir avisar o seu irmão Ângelo que os porcos estavam com bicheira. O meu tio Ângelo possuía "poderes" para curar os animais. Ele não fazia nada, só falava está bom. Era inacreditável, após alguns dias os bichos caiam. Como explicar este fato? Por obra do destino fui acabar fazendo Medicina Veterinária. Na disciplina de parasitologia estava a explicação do porquê os bichos caiam. A explicação era simples: As moscas depositam seus ovos na ferida da castração. As larvas da mosca são biontófagas, se desenvolvem em tecidos vivos. Em cinco dias as larvas completam a sua fase parasitária, caem ao solo para pupar e, em oito em dias, emergem como moscas. Portanto qualquer pessoa pode benzer bicheira com sucesso.

O Porcão

Um suinocultor resolveu acabar com a sua criação. Para tanto um leilão foi organizado para vender todos os animais. No dia marcado os animais foram arrematados rapidamente. Somente um porco não foi vendido que passaremos a chamá-lo de Porcão. Ele era muito grande, com cerca de 150 Kg, agressivo, tornando-se perigoso devido aos enormes dentes caninos. E agora o que fazer com o Porcão? A ideia mais razoável foi a de abater o animal com aproveitamento da carne. Eu me interessei em comprá-lo e fiz uma sociedade com um funcionário da fazenda. Para o abate ele deveria ser imobilizado. Neste momento ele investiu ferozmente sobre as pessoas e conseguiu fugir da pocilga. Ele se embrenhou no mato, uma reserva florestal de 300 alqueires.

Pelos fatos ocorridos observou-se um animal feroz, e isto mostra que diante do perigo houve uma manifestação do instinto, que sempre prevalece no sentido da preservação da espécie.

109

O bezerro e a mula

Todas as pessoas que trabalham no campo, na lida de bovinos das raças indianas, sabem que estes animais raramente segregam. E quando o fazem alguma coisa de grave pode estar acontecendo. Eles procuram, naturalmente, conviver dentro de uma mesma etnia. Desta forma ficam sempre juntos.

No manejo rotineiro os lotes de vacas com bezerros ao pé são transferidos, regularmente, de pasto para um melhor aproveitamento das forrageiras. Por ocasião de um destes rodízios um bezerro, da raça Nelore, com cerca de três meses de idade, ficou no pasto, não acompanhando a sua mãe.

No momento não foi notada a sua falta. Com o passar dos dias a mãe acabou secando o leite e o bezerro foi dado como morto. O atestado de óbito foi feito pelo Veterinário e dada a baixa no registro patrimonial.

O bezerro, vendo-se sozinho, atravessou a cerca e foi para um pasto contíguo, na tentativa de achar a sua mãe. Neste pasto, pouco inspecionado pelos campeiros, havia um lote de cavalos e mulas, de descarte, não utilizados na lida rotineira.

O bezerro deve ter se aproximado dos equídeos que, provavelmente, o repeliram em um primeiro momento. Uma mula, ao que tudo indica, compadeceu-se do bezerro, adotando-o como filho. Após alguns meses os animais foram trazidos ao curral para vermifugação. Qual não foi a surpresa, o bezerro que havia sumido estava junto à mula e "mamando".

Uma pergunta: A mula tinha leite? Como sabemos a mula é um híbrido, proveniente do cruzamento entre jumento com égua e raramente dão cria. A mula poderia estar produzindo alguma secreção pela glândula mamária que estimulada pela sucção do bezerro começou a produzir "leite".

Os produtos do cruzamento entre jumentos com égua, dão os chamados muares (mulas ou burros). Quando o cruzamento é entre garanhão (cavalo) com jumenta, nascem os bardotos.

Os muares são híbridos inférteis, embora tenham os aparelhos sexuais ativos. Na literatura são descritos alguns casos de mulas férteis, burlando as leis da natureza. O bezerro criado e não gerado pela mula foi desmamado aos sete meses e recriado com seus irmãos. O instinto de mãe prevaleceu e uma mula amamentou um bezerro.

110

Sucuri hipnotiza?

Segundo o pesquisador BUCHERL, W. (1971), do Instituto Butantã, em seu livro "Acúleos que Matam", explica: Sabe-se de sobra que poucas cobras enxergam realmente bem a certa distância. Um objeto quieto, imóvel, é localizado pelo cheiro ou calor, mas não visto, a não ser quando se move. Assim a preza fica imóvel, como se estivesse hipnotizada, para tentar escapar da mordida da cobra.

As relações caçador-caça, um conhece o outro, ambos correm seus riscos calculados. Um espírito humano não avisado, não acostumado em observar estas relações, dificilmente acha explicação lógica e se refugia na crendice mais cômoda do poder hipnotizador das serpentes.

Urutau

Este pássaro é raro, hábitos noturnos, conhecida por chora-lua, ave-fantasma, mãe-da-lua.

Durante o dia fica completamente imóvel, camuflado na ponta de um galho seco, em posição ereta, cabeça voltada para cima. Tem "olho mágico" com duas fendas na pálpebra superior, por onde observa os arredores com os olhos fechados.

A minha curiosidade em conhecer esta ave era tanta que acabei encontrando-a, no nosso quintal. Foi alvo de fotos e estudos por ornitólogos da UNESP de Rio Claro que foram fazer um levantamento dos pássaros existentes na fazenda.

Pela dificuldade em ver um urutau, percebe-se que o pássaro para se proteger contra predadores desenvolveu um mimetismo, denotando uma evolução no sentido da preservação da vida.

111

Susto cura

Um cavalo, animal muito velho, que havia trabalhado a vida toda, na lida do gado, estava aposentado. Permanecia deitado e não queria levantar de jeito nenhum.

Como era muito respeitado pelos campeiros, pois sempre fora bom de lida, resolveu-se deixá-lo entregue à sua própria sorte no mesmo local. Fizemos uma pequena cobertura de capim e ali ele tinha à sua disposição água e comida que nem provava. O diagnóstico era extremamente reservado.

Após três dias, estando o cavalo já em pré-coma, aconteceu um fato extraordinário à luz da Veterinária.

Um sábado o colono a que nos referimos, como era de seu hábito foi pescar. Na volta resolveu fazer outro caminho, passando exatamente onde estava o cavalo deitado. O homem vinha com todos os apetrechos de pesca, capa preta, chapéu, vara na mão, sacola, guarda-chuva, facão, ficando mais feio ainda. Quando se aproximou do cavalo, este levou um susto tão grande que saiu correndo, pulou uma cerca e foi parar na cocheira.

No dia seguinte qual não foi a nossa surpresa ao ver o cavalo junto com os outros animais todo feliz da vida. Após um ano veio a morrer passando o resto de sua aposentadoria com uma boa qualidade de vida.

Um animal diante de uma emergência tem um aumento impressionante de adrenalina no sangue. Este hormônio produz uma dilatação dos vasos da musculatura esquelética, aumenta a força de contração e os batimentos do coração e promove uma dilatação dos bronquíolos com aumento da frequência respiratória. O cavalo diante do susto optou em fugir em vez de enfrentar a figura aterrorizante, "enfrentar ou fugir".

O gato que salvou a minha vida

Antes de iniciarmos a narrativa algumas considerações sobre o gato-caseiro são indispensáveis para que possamos entender o comportamento desta espécie animal. Eles evidenciam seu atavismo (instinto) nos seguintes comportamentos: gosta da liberdade, independência, individualidade, autonomia, desobediente, prudência, marca o seu território com urina, na reprodução emite gritos lancinantes, caça ratos e serpentes por esporte. As pessoas que não entendem o seu modo de ser julgam-no falso, hipócrita, ladrão, infiel e imprevisível. Atavismo- Reaparecimento, no ser animal ou vegetal, de caracteres genéticos (características naturais, físicas, psicológicas, intelectuais, comportamentais etc.) não presentes em seus ascendentes imediatos, mas sim em ascendentes remotos, e que haviam ficado latente ao longo de gerações (também denominado herança ou hereditariedade ancestral ou reversão).

112

Com o atavismo, é como se nossos genomas servissem como arquivos do nosso passado evolutivo.

A história

A história que vou narrar é verdadeira. Nós morávamos na Fazenda Experimental, em Sertãozinho, SP. Uma gata rajada de orelhas bem pequenas, vivia na fazenda como se fosse selvagem, aparecendo em casa eventualmente. Ela vinha caçar ratos, durante a noite, no paiol. Como tínhamos interesse em sua presença, deixávamos restos de comida e leite para ela.

Após muito tempo conseguimos, gradativamente, conquistar a sua amizade. A minha mulher começou a chamá-la de Chana. Ela era muito fértil e criava os gatinhos com muita habilidade. Uma vez deu cria dentro da gaveta do guarda-roupa. Nesta ninhada havia um gatinho especial, era muito grande, idêntico à mãe e resolvemos adotá-lo. O nome que veio de imediato foi de Gatão, devido ao seu tamanho. A sua mãe o ensinou a caçar e a se defender de perigos de uma vida selvagem.

A Chana desapareceu, sem mais nem menos, ela era bem velha. O Gatão era um verdadeiro guardião da casa, rosnava para pessoas estranhas. Caçava e sempre trazia sua preza, colocando-a no tapete da porta de entrada, provavelmente era um presente para nós. Emitia diferentes sons expressando prazer, desprezo, medo e ameaça.

Um dia ao chegar para almoçar o Gatão pulou em minha frente, antes que eu entrasse na varanda. Ficou todo arrepiado e em posição de defesa. Parei imediatamente, não entendendo aquela atitude. Ao dar volta em uma jardineira, que havia na varanda, vi uma cobra enrolada, pronta para dar o bote.

O susto foi grande, o coração disparou, tratava-se de uma cascavel criada. Ele havia me salvo de uma picada que poderia ser fatal. Eu estava sozinho, não havia ninguém em casa e o socorro mais próximo ficava longe.

A partir deste fato, sempre que podia, demonstrava a minha gratidão ao Gatão, através de carinho e uma boa alimentação.

Os animais domésticos desenvolvem seu afeto pelo dono logo após o nascimento, sendo permanente e vai aumentando quando bem tratados. Pela postura do gato diante da cobra, nota-se que houve uma forma de comunicação, e isto mostra a importância do relacionamento com os animais. Dúvida: Será que o gato não estava simplesmente salvando a sua própria vida, portanto houve uma coincidência.

113

14

ESTRUTURAS (ÓRGÃOS) VESTIGIAIS

Introdução

O Capítulo Estruturas Vestigiais foi transcrito do livro "Origem dos Animais, Criacionismo X Evolucionismo, Religião X Ciência", de Laércio José Pacola (LAJOPA), publicado em 2014, Impressão GRAFIMAIS, Sertãozinho, SP.

A presença de certas estruturas nos animais, mesmo rudimentares, podem explicar alguns comportamentos dos animais.

Um exemplo interessante é a chamada epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro. Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

Histórico- Estruturas vestigiais

Há muito tempo a estrutura vestigial vem sendo observadas pela humanidade, e a razão para sua existência foi bem especulada. No século IV aC, Aristóteles foi um dos primeiros a comentar a respeito dessas estruturas, em seu livro "História dos Animais", sobre olhos vestigiais em alguns organismos.

Mas um estudo sério sobre o assunto só foi iniciado nos últimos séculos, em 1798, Étienne Geoffroy Saint-Hilaire observou as estruturas vestigiais. Jean-Baptiste Lamarck, também dissertou sobre essas estruturas, nomeando um número de estruturas vestigiais em seu livro "Philosophie Zoologique", 1809.

Charles Darwin já estava familiarizado com o conceito de estruturas vestigiais, embora o termo para eles ainda não existisse. Ele listou uma série deles em "The Descent of Man", incluindo diversas estruturas, como os músculos da orelha, os dentes do siso, o apêndice, o osso do cóccix, os pelos do corpo, e a dobra semilunar no canto do olho. Darwin também notou que uma estrutura vestigial pode ser inútil para a sua função primária, mas ainda mantêm papéis anatômicos secundários. No livro "A origem das espécies", Darwin aborda a origem de órgãos rudimentares

114

e em sua dissertação faz a analogia a seguir: Os órgãos vestigiais podem ser comparados com as letras mortas conservadas na grafia de algumas palavras e que não são pronunciadas na fala, servindo apenas como uma chave para o descobrimento de sua origem.

O anatomista alemão chamado Robert Wiedersheim foi o primeiro a reunir uma lista de estruturas vestigiais, durante sua vida acadêmica, tornou-se um especialista em anatomia comparada publicando uma série de livros-textos. As obras de Darwin foram uma grande influência para o seu trabalho.

Ele catalogou em uma lista 86 órgãos considerados vestigiais, cujas funções nos organismos que se localizavam atualmente eram desconhecidas, essa lista foi publicada em seu livro "The Structure of Man an Index to his past History" em 1983. Sua lista possuía várias estruturas que atualmente se conhecem suas funções sendo consideradas essenciais, pelo avanço da ciência, mas os criacionistas utilizam alguns desses exemplos errôneos de Wiedersheim como argumento contra a evolução a favor da teoria criacionista. Versões posteriores da lista Wiedersheim foram expandidas para até 180 "órgãos vestigiais" humanos.

Conceito- Estruturas vestigiais

É importante ressaltar que vestigial não significa que o órgão ou estrutura não tem função, pode-se sim ter alguma nova função, mas com vestígios de uma função antiga presente em algum outro ser vivo com um grau de parentesco.

O processo de adaptação é a causa de um órgão perder ou mudar a sua função, ganhando um novo recurso, ou perdendo a função ancestral, dirigida pela deriva genética e/ou pela seleção natural, ocorrendo modificações graduais de estruturas já existentes.

As estruturas vestigiais são classificadas como homólogas quando comparadas uma espécie à outra, cujo desenvolvimento tem a mesma origem embrionária, porém em diferentes espécies perderam a sua função ou desenvolveram uma nova função de menor importância.

Podem ser órgãos, DNA sem função "junk DNA", ou outro tipo de estrutura no organismo do ser vivo, até mesmo refletindo um "comportamento vestigial". Mesmo que o "vestígio" apareça no desenvolvimento embrionário, a mesma pode desaparecer durante essa fase e não se apresentar na vida adulta.

Algumas podem até ter alguma utilidade limitada a um organismo, mas podem degenerar ao longo do tempo, o ponto principal não é que eles não possuam nenhuma utilidade, mas que eles não conferem uma vantagem significativa o suficiente em termos de aptidão para o indivíduo.

É complicado afirmar que uma estrutura vestigial é prejudicial ou não ao organismo em longo prazo, pois o futuro da evolução não é previsível, o que não tem qualquer utilidade no presente pode se desenvolver em algo útil no futuro.

As estruturas vestigiais são uma assinatura da evolução, uma evidência de que a evolução existe, e a história dessa evolução está escrita em todo o corpo dos seres vivos. Para melhor esclarecimento de como essas estruturas podem ser encontradas em diversos organismos, inclusive nos seres humanos.

115

Os órgãos vestigiais são apenas mais uma das evidências da evolução, onde no decorrer do processo evolutivo, mudanças em seres vivos dirigidos pela seleção natural, dão origem às novas espécies, porém algumas características das espécies ancestrais, como sistemas e estruturas, permanecem com características parecidas, ou acabam se modificando, e se não necessários mais ao ser no ambiente que o mesmo habita, essa estrutura pode diminuir, mudar de função, entre outros, mas é uma evidencia de que o seu ancestral possui essa estrutura para uma determinada função.

Não se pode afirmar que uma estrutura vestigial não tem função, sim ela tem, pode ser uma nova função, ou a mesma, porém diminuta, não sendo tão necessária ao ser vivo como era para o seu ancestral.

Durante a evolução, algumas estruturas podem perder ou modificar sua funcionalidade não exercendo mais a sua principal função e se tornam estruturas vestigiais que frequentemente são chamados órgãos vestigiais, embora muitos deles não fossem realmente órgãos. Essas estruturas exercem o mesmo papel ou não em diferentes espécies, apesar de terem uma função clara em espécies ancestrais ou relacionadas.

Exemplos de órgãos vestigiais nos animais

Nos equinos

Os equinos não apresentam o segundo e quarto dedos. Eles apresentam, no boleto, uma pequena massa córnea, recoberta por pelos, que é chamada de esporão. Esta formação é um vestígio dos dedos que estão extintos. Outra denominação desta formação: "machinho".

Na porção mediana do antebraço dos cavalos observa-se uma formação córnea, denominada castanha. A castanha é considerada como vestígio do primeiro dedo. Com extinção do primeiro, segundo, quarto e quinto dedos os cavalos apresentam como apoio o terceiro dedo.

Nos bovinos

Os bovídeos devido ao seu hábito alimentar desenvolveram, a partir do esôfago, compartimentos (rúmen, retículo e omaso), nos quais os alimentos fibrosos são fermentados por microrganismos, voltando à boca para serem remastigados (ruminação). Neste caso, na verdade não são vestigiais, houve uma evolução ou adaptação em função da mudança do hábito alimentar.

Outros animais

A avestruz, emas, entre outras aves não-voadoras possuem asas presentes, porém muito pequenas para exercer a função de voar, que é a principal função dessa estrutura, tendo ainda certa funcionalidade no equilíbrio, na direção durante a corrida, exibições sexuais e social, mas para o voo ela não é inutilizada. O pinguim também possui asas que não tem a finalidade do voo,

116

desenvolveram a habilidade do nado com essas asas, tendo uma nova função substancial. Mas claramente ambos os exemplos descenderam de ancestrais que usavam as asas para voar.

Um exemplo dos insetos são as formigas, que perderam as suas asas, mas não a capacidade de desenvolvê-las. Somente as formigas rainhas e os machos possuem as asas, mas as formigas operárias não possuem, provavelmente porque sua vida no subsolo tornou desnecessária essa estrutura.

Vários animais que vivem em ambientes escuros, como cavernas ou no subsolo, tiveram a perda ou a redução dos olhos, já que não se apresentava necessário tê-los nessas condições do ambiente. A explicação para tal perda seria que, quando um gene ligado à visão sofre alguma mutação negativa que o faz perder parte da funcionalidade em animais que necessitam desse sentido para sobreviver, a seleção natural se encarrega de remover essa mutação imediatamente; porém se o ambiente em que esse animal vive não depende da visão, é escuro, e esse sentido torna-se inútil, então se acumulam várias mutações negativas que não são removidas, a funcionalidade se perde, e acaba por sobrar apenas um vestígio do que foram olhos.

A cecília ou cobra-cega, espécie de anfíbio com hábitos escavadores, por exemplo, apresenta olhos vestigiais, uma vez que não são necessários no ambiente em que esse animal habita. O mesmo ocorre com certos peixes cavernícolas e algumas espécies de salamandra.

As cobras possuem vestígios de apêndices, mas não possuem pernas, ao dissecar e examinar com atenção a estrutura interna desse animal encontram-se pequenos ossos semelhantes aos da bacia e das pernas de animais que possuem apêndices, esse vestígio de bacia não está nem ao menos ligadas à estrutura vertebral, como em sua evolução ocorreu a perda desses apêndices, externamente não são evidentes, mas internamente retiveram a estrutura óssea que era encontrada em seus ancestrais. Além disso, na maioria das cobras o pulmão esquerdo é muito reduzido ou ausente.

Alguns lagartos "sem patas" carregam vestígios de patas rudimentares dentro da pele, indetectável do lado de fora. As baleias são um clássico exemplo da presença de ossos de quadril, sem nenhuma função, proveniente de sua descendência de um mamífero terrestre.

O Nervo Laríngeo

É um nervo craniano que parte diretamente do cérebro e não da medula, como é mais comum, sendo uma ramificação do nervo "vago", que tem este nome porque ele "vagueia" pelo corpo e é utilizado em diversas funções.

Um de seus ramos parte de cada lado do pescoço e se dirige à laringe. Uma parte chega à laringe diretamente, mas outra parte chega a ela por um caminho bem longo, ele se dirige para "baixo", para dentro do tórax, caminha até o coração, dá a volta em uma de suas artérias e volta para cima, até atingir a laringe.

Esse caminho diferente desse nervo explica-se somente à luz da evolução, nos peixes o nervo vago em direção as guelras, passando por sobre a aorta ventral, mas conforme as modificações, sempre mínimas e graduais, ocorriam com a evolução, a posição relativa dessas partes do plano corporal mudava, o coração migrava, suas artérias se posicionavam em novo espaço e o nervo vago, devido a sua disposição inicial, precisava ficar um pouco mais longo para

117

contornar a aorta, nos anfíbios o caminho foi ficando um pouco mais longo em anfíbios, mais longo em répteis.

Em humanos é bastante longo, sendo necessário que o nervo laríngeo dê uma grande volta para chegar a um ponto que está a apenas três ou quatro centímetros de sua origem craniana.

O exemplo mais bizarro seria o da girafa, a aorta se encontra no tórax, e o tórax encontra-se muito distante do crânio, o nervo laríngeo "caminha" em uma girafa adulta, quatro metros e meio, para chegar a uma posição a centímetros da origem do nervo.

Olhos dos vertebrados

Uma das estruturas dos olhos que são imperfeitas devido aos vestígios da evolução seria a retina, a mesma se encontra de trás para frente, suas fotocélulas estão apontadas para trás, lado oposto da cena a ser observada.

Os nervos que ligam essas fotocélulas ao cérebro percorrem toda a superfície da retina, e com isso os raios luminosos precisam atravessar um tapete de fios reunidos em massa antes de atingir as fotocélulas, esses nervos tem que atravessar a retina e voltar ao cérebro para levar as informações.

Todos esses nervos passam por uma única abertura, chamada de ponto cego, pois realmente é um ponto cego em nossa visão, ou seja, no decorrer do início da evolução dos vertebrados, ocorreu essa inversão e a seleção natural tratou de contorna-la para a visão não ser prejudicada.

Pseudogenes

É uma região de uma molécula de DNA que fortemente se assemelha à sequência de um gene conhecido, mas difere do mesmo em um ponto crucial, e provavelmente não exerce função nenhuma, foram "desligados" ao longo da história evolucionista de um grupo de seres vivos, onde em outros grupos eram genes funcionais e foram danificados, mudados, provavelmente por acúmulo de mutações e perderam sua função.

As origens desse pseudogene podem ser variadas como, por exemplo, em eventos de duplicação gênica ou por transcriptase reversa de um RNA processado em DNA.

Estruturas vestigiais em Seres Humanos

No decorrer das interpretações acerca do que é uma estrutura vestigial houve muita discussão sobre quais seriam realmente os vestígios no corpo humano - praticamente todos os órgãos endócrinos e linfáticos já foram considerados um dia vestigiais, sendo que aproximadamente 180 órgãos já foram considerados vestigiais.

Depois da 1º lista de Wiedersheim, e até mesmo órgãos extremamente importantes como a glândula paratireoide eram considerados como vestígios a principal razão dessa colocação seria de que as funções dessas estruturas ainda não eram compreendidas. Com a evolução da ciência

118

pode-se distinguir aquele órgão que realmente não possui uma função importante, que pode ser considerada como vestigial.

Cóccix

É um clássico exemplo de estrutura vestigial em humanos, é um pequeno osso que termina a coluna vertebral na parte inferior, sendo um vestígio da cauda dos ancestrais do homem.

Coluna vertebral é formada quase sempre por 33 e eventualmente 32 ou 34 vértebras que são ligadas por articulações, tendo um início e um fim, e nessa parte terminal é onde se localiza o cóccix, o vestígio de um "rabo".

Sua função original seria na assistência no equilíbrio e na mobilidade do ser, embora ainda sirva algumas funções secundárias, como sendo um ponto de fixação para os músculos, nele se inserem vários músculos pélvicos, formando o diafragma pélvico, que mantém fixos muitos órgãos na cavidade abdominal nos seres humanos, o que explica por que razão não foi totalmente degradado.

Todos os mamíferos têm uma cauda em um ponto durante seu desenvolvimento; em seres humanos, está presente por um período de quatro semanas, durante os estágios 14-22 da embriogênese humana. Essa cauda é mais proeminente em embriões humanos 31-35 dias de idade. Já ocorreram casos de bebes humanos nascerem com tipo de cauda curta, resultado de um defeito na estrutura.

Apêndice Vermiforme

É um órgão vestigial, proveniente do ceco, um órgão com função de digerir a celulose herdado pelos humanos de ancestrais herbívoros.

Existem órgãos análogos em outros animais semelhantes aos seres humanos que continuam a desempenhar essa função, enquanto que por outro lado em animais carnívoros esse órgão diminuiu de forma semelhante a apêndices.

A função do apêndice no ser humano pode ser proteção contra infecções por bactérias simbióticas que ajudam na digestão.

Uma hipótese para o seu tamanho, seria que a seleção natural seleciona tamanhos maiores, pois apêndices menores seriam mais suscetíveis a infecções.

O apêndice tem uma função- O apêndice provoca muito debate entre os profissionais médicos, que têm dificuldade para decidir se ele tem realmente alguma utilidade para o corpo.

Embora todos concordem que o apêndice pode ser removido sem causar danos ao paciente, alguns médicos e pesquisadores acreditam que o apêndice cumpre uma função como parte do sistema imunológico.

Outros acreditam que o apêndice é um órgão vestigial, remanescente do tempo em que os seres humanos se alimentavam de cascas de árvore e necessitavam de um órgão para romper alimentos ricos em substâncias indigeríveis.

119

Alguns médicos consideram que a evolução do corpo humano levará ao fim do apêndice, enquanto outros acreditam que o apêndice permanecerá no corpo.

Pelos corporais

Temos músculos ligados aos nossos folículos pilosos que se contraem, fazendo nossos pelos corporais se arrepiar-se quando estamos com frio ou medo.

Por isso se fossemos peludos, como os chimpanzés, as contrações desses músculos fariam com que a superfície da nossa pelagem fosse aumentada, mantendo-nos aquecidos, ou tornando-nos aparentemente maiores e mais ameaçadores aos inimigos.

Porém não somos peludos, por isso ficamos apenas com a pele arrepiada, o que indica que os humanos vieram de ancestrais mais peludos.

Dentes do siso

São os terceiros molares vestigiais que os ancestrais humanos utilizavam para ajudar na trituração do tecido vegetal. Os crânios de ancestrais humanos tinham mandíbulas maiores, com mais dentes, que foram provavelmente usados para ajudar a mastigar folhas, que possuem uma rígida parede celular.

Como houve uma mudança na dieta humana, as mandíbulas diminuíram pela seleção natural, mas os terceiros molares, ou "dentes do siso", ainda podem desenvolver na boca humana, sendo que atualmente, os dentes do siso tornaram-se inúteis e até prejudiciais, onde muitas vezes é necessária sua remoção cirurgicamente.

Musculatura das Orelhas

Em muitos macacos, as orelhas possuem os músculos muito mais desenvolvidos do que os dos seres humanos e, portanto, têm a capacidade de mover os seus ouvidos para ouvir melhor as ameaças em potencial.

Porém nos seres humanos, entre outros primatas, como o orangotango e o chimpanzé, possuem músculos da orelha que são pouquíssimos desenvolvidos e não-funcionais, mas ainda grande o suficiente para ser identificável.

Sendo assim, um músculo ligado ao ouvido que não pode mover a orelha, por qualquer motivo, não pode mais ser dito para ter alguma função biológica. Alguns humanos são capazes de mover seus ouvidos em várias direções, e pode ser possível para os outros para ganhar tal movimento por ensaios repetidos.

Essa incapacidade de mover o ouvido nos primatas é compensada principalmente pela capacidade de virar a cabeça em um plano horizontal, uma habilidade que não é comum à maioria dos macacos, não sendo necessário esse movimento.

A estrutura externa da orelha também mostra algumas características vestigiais, como o nó ou ponto na hélice da orelha conhecida como tubérculo de Darwin que é encontrado em cerca de 10% da população.

120

Cromossomo 6

As características vestigiais também podem surgir a nível molecular, e há uma no cromossomo 6 humano. É uma sequência de DNA que se assemelha ao gene codificador da enzima CMAH (hidroxilase do ácido CMP-N-acetilneuramínico), mas no humano essa tem uma deleção de 92 pares de bases. sequencia

A maioria dos mamíferos, inclusive os primatas, como o chimpanzé, produzem essa enzima em abundancia, que converte um açúcar ácido de uma forma para outra na superfície das células, por isso temos uma composição bioquímica diferente em nossas membranas celulares.

Com isso, esse é um gene não funcional, é difícil conciliar com a crença de que os humanos foram criados em sua forma atual, sendo uma forte evidência de que os humanos descenderam com modificações de ancestrais que produziam a CMAH.

Órgãos Vestigiais- citações

Abaixo algumas citações de evolucionistas no decorrer do pensamento evolutivo:

Charles Darwin

"Órgãos úteis, não importa o quão pouco eles sejam desenvolvidos, a menos que tenhamos razões para supor que eles foram anteriormente mais altamente desenvolvidos, não devem ser considerados como rudimentares. "

"Um órgão, servindo para dois propósitos, pode tornar-se rudimentar ou completamente abortado para um, mesmo para o propósito mais importante, e permanecer perfeitamente eficiente para o outro (...)".

"Órgãos rudimentares, por outro lado, são ou relativamente inúteis, como o dente que nunca irrompe as gengivas, ou quase inútil, como as asas de um avestruz, que servem meramente como velas. "

Somente como um reforço de um dos exemplos dado acima da asa vestigial funcional do avestruz, não é que elas não tenham qualquer função, mas é uma asa rudimentar não usada para o voo, seu principal propósito, como Darwin colocou.

"Morfologia comparativa aponta não apenas para plano de organização essencialmente similar de todos os Vertebrados, mas também para a ocorrência neles de certos órgãos, ou partes de órgãos, agora conhecidos como "vestigiais". Por estes órgãos refere-se a aqueles que foram anteriormente de maior significância fisiológica que no presente. " (Robert Wiedersheim 1893, p. 2).

"Quando estruturas sofrem uma redução em tamanho juntamente com uma perda de sua função típica, isso são, quando eles tornam-se vestigiais, eles são muito comumente considerados como sendo degenerados e sem função".

Mas Simpson recentemente apontou que isso não necessita ser verdade

121

de forma alguma: todas as perdas da função original podem ser acompanhadas por especialização ou por uma nova função." (Tradução de Evolution: Process and Product, E. O. Dodson, 1960).

"É incorreto afirmar-se que para ser vestigial um órgão precisa ser não funcional. Não é essencial para um órgão vestigial ser totalmente sem função. " (Naylor 1982)

"Vestigial: Ocorrendo em uma condição rudimentar, como resultado de redução evolutiva de um estágio mais elaborado de um caractere funcional em um ancestral". (Futuyma 1998, do Glossári).

"Não se pode afirmar que somente um criador poderia ter criado tal órgão ou sistema".

Este órgão vestigial vem compostos de grandes falhas, causadas pela história evolutiva.

Por mais perfeito que possa "parecer" qualquer estrutura, facilmente poderá ser explicada através da evolução, nunca através de um criador.

Pois esse padrão de grandes falhas de design compensadas por subsequentes ajustes pequenos é exatamente o que não deveríamos esperar se houvesse um designer atuando.

Esperar erros infelizes, como na aberração esférica do telescópio Hubble, mas não uma óbvia estupidez, como no caso da retina instalada de trás para frente. Mancadas desse tipo não provêm de um mau projeto, mas da história". Professor Richard Dawkins - março de 2005

Resumo- Órgãos (ou estruturas) Vestigiais

Os chamados "órgãos" vestigiais encontrados nos animais, são estruturas que existiram nos ancestrais, com alguma função, que atualmente não apresentam nenhuma função, geralmente estão atrofiados e se constituem em evidências da evolução das espécies. Essas estruturas podem estar com a função diminuída, mudada ou ausente.

Um exemplo interessante é a chamada epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro. Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual.

Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.

Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

Nos animais podem-se encontrar inúmeros exemplos de órgãos ou estruturas vestigiais. Nos equídeos encontramos o machinho ou esporão, localizada no boleto, que vem a ser um resquício do segundo e quarto dedos. Ainda nesta espécie animal encontramos uma formação

122

córnea, denominada castanha, que vem a ser um resquício do primeiro dedo, observada na porção mediana do antebraço. Com a perda de função dos 1º, 2º, 4º e 5º dedos, os equídeos passaram a ter apoio somente no 3º dedo.

123

15

MORTE DO CÃO

Introdução

Este trabalho de revisão sobre alguns aspectos que ocorrem próximos da morte dos animais e foi motivado pela morte de nossa cachorra, chamada Potoca. Ela tinha oito anos e tinha um tumor que não conseguimos curar. Um dia antes da morte ela sumiu, ela vivia solta em nosso sítio, só foi achada, já em decomposição, dois dias após, distante cerca de 300 metros. Segundo alguns relatos alguns animais procuram se isolar quando precedem a morte. Diante das circunstâncias da morte da Potoca as revisões sobre o assunto foram dirigidas para a espécie canina.

Isolamento dos animais

Alguns animais procuram se isolar antes da morte. Este comportamento é inato e remonta há milhares de anos. Esta atitude é instintiva no sentido da preservação da espécie. A seguir exemplos de animais que se isolam quando estão prestes a morrer.

Elefantes

"Muitas vezes o elefante idoso acaba por se juntar a outros na mesma situação, formando bandos que praticamente não se movem. Eles ficam lá, no mesmo lugar, até morrer", diz a bióloga Ana Maria Beresca, da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Daí surgiu a lenda do cemitério dos elefantes, um local para onde os animais se dirigiriam ao perceber a proximidade da morte".

Cães

"Apesar de serem domesticados e criados para ter a aparência que estamos acostumados hoje, os cães permanecem geneticamente idênticos aos ancestrais selvagens. Na natureza, os cães

124

são animais de matilha. Uma teoria sobre o motivo deles se afastarem antes de morrer, diz que eles o fazem para não atrasar os membros do grupo ou para impedi-los de se tornarem vulneráveis a ataques. Você é a matilha do cão, então acredita-se que o instinto dele de salvá-lo de qualquer ameaça ainda está intacto". (Elaine Bertone).

Gatos

Desde o período anterior à domesticação, os felinos mantêm um comportamento muito interessante: eles se escondem quando estão machucados. "Isso porque, antigamente, quando viviam nas florestas cercados de predadores e estavam fisicamente debilitados, se escondiam para não serem caçados e mortos", explica o médico veterinário Gelson Genaro.

De lá para cá esses animais conservaram essa "precaução instintiva" em sua genética, e atualmente, quando estão tristonhos ou doentes, costumam se esconder.

"Mas isso não significa que o animal necessariamente irá morrer, muito menos que ele está pressentindo a sua morte. O motivo pode ser apenas alguma doença", aponta. Genaro ainda acrescenta que "armários, telhados e cantos escuros e calmos costumam ser os locais preferidos dos gatos nessas circunstâncias".

No entanto, não é preciso se preocupar todas as vezes que seu animal der uma escapadela, seja pelos cômodos da casa ou para a rua - caso ele esteja acostumado, ainda que a indicação dos especialistas seja criar os gatos indoor (dentro de casa). "De natureza solitária, é comum que se isolem, de preferência nas alturas, e observem o movimento da casa apenas de longe", completa Genaro.

Formigas e abelhas

Tanto as formigas infectadas com fungos, como as expostas à infecção e outras formigas moribundas, isolavam-se das suas companheiras horas antes de morrerem.

Os investigadores acreditam que outros animais com o mesmo tipo de estrutura social, como as abelhas, podem ter o mesmo tipo de atitude. Pensam também que comportamentos similares podem ser encontrados em alguns mamíferos, como os elefantes ou os leões. No entanto, não há ainda estudos suficientes que confirmem esta teoria.

125

Golfinhos

Golfinhos: Em 1963, o treinador dos golfinhos do programa de televisão Flipper afirmou que um dos animais da produção se afundou no tanque propositalmente até morrer por não aguentar mais a vida em cativeiro. Para os especialistas, no entanto, o animal estava apenas tentando fugir do estresse, e não tinha qualquer noção de que morreria.

Sintomas comuns antes da morte nos cães

Mudança no apetite. Ele pode começar a perder o apetite.

Sintomas respiratórios. O ritmo normal da respiração em repouso é de 22 respirações por minuto, podendo cair para apenas 10 por minuto. A respiração do cachorro se tornará curta e com muitos intervalos.

O ritmo cardíaco do cachorro irá cair dos 100 a 130 batimentos normais por minuto para 60 a 80 batimentos por minuto, com uma pulsação muito fraca.

Na maioria das vezes, seu cachorro vai apenas se deitar no escuro ou se esconder em um canto da casa.

Se o seu cachorro estiver morrendo, ele vai demonstrar uma perda clara de apetite.

Torções ou espasmos involuntários dos músculos podem ocorrer à medida que o seu cachorro enfraquece devido à perda de glicose. - Quando seu cachorro tentar ficar em pé ou andar, você perceberá um cambaleio - possivelmente uma incapacidade de andar. O animal perderá a consciência ou entrará em uma espécie de coma antes da morte.

Com uma doença crônica ou prolongada terão uma aparência muito emaciada. Ele perderá carne e os músculos ficarão atrofiados ou muito pequenos.

O animal não terá controle sobre a bexiga ou o esfíncter. Perto da morte, seu cachorro irá urinar e defecar sem controle; mesmo animais disciplinados e treinados não conseguirão se controlar.

Perto da morte, o cachorro terá diarreia líquida geralmente de odor forte e com cor de sangue.

126

Buscando Conforto. Este é um sinal em cães que a maioria das pessoas para prestar depoimento. Tem sido observado que os cães podem sentir a sua morte a se aproximar. Seu animal de estimação está apenas tentando expressar o seu amor para você.

Depois de morrer, seu cachorro irá urinar e defecar pela última vez por causa da total perda de controle muscular.

Fonte: Gustavo Campelo - Semana On - A informação ligada em você Como os cachorros encaram a morte | Semana On semanaonline on Facebook

Como os cachorros encaram a morte

O especialista em comportamento animal Gustavo Campelo, explica que a morte é encarada pelos cachorros de uma maneira muito mais natural que nós, complexos seres humanos.

Segundo Campelo, os cachorros conseguem sentir que estão fracos e já é hora de arrumar um lugar confortável para descansar.

Relatos dizem que cães quando estão perto de morrer se isolam ou ao contrário, ficam mais "grudentos" do que o normal. A explicação para isso é que um indivíduo debilitado pode colocar todo o grupo em risco.

Então é comum os cães ficarem alguns dias sem saber como se comportar, ficando cabisbaixos e, aparentemente, tristes.

"O que acontece é que eles percebem alguma coisa diferente na rotina e sentem falta desta coisa, mas não sabem o que está faltando.

Reconhecendo sinais de idade avançada dos cães

Observe a velocidade do seu cãozinho.

Perceba o quanto ele come.

Preste atenção ao quanto ele dorme.

127

Preste atenção ao quanto ele interage com outros cachorros.

Perceba a aparência deles.

Se todos esses sinais descrevem seu cachorro, mantenha-o confortável.

Eutanásia

Saiba quando a eutanásia é adequada. Eutanásia ou colocar o cachorro para dormir é definido no Manual do Veterinário The Merck como "uma morte rápida e indolor, em consideração ao animal. É o ato de matar um animal da forma humana". Seus três objetivos principais são:

1- O alívio da dor e do sofrimento do animal

2-Minimizar a dor, o estresse, o medo e a ansiedade que o animal sente antes que sua consciência seja perdida.

2- Causar uma morte sem dor e sem problemas.

Se a eutanásia irá oferecer ao animal uma forma mais fácil de partir, ela pode ser apropriada. Isso seria melhor para o seu cachorro a longo prazo?

Antes de decidir sobre a eutanásia

Pense bastante antes de colocar seu cachorro para dormir.

O tratamento para a condição do meu cachorro não é mais possível?

O meu cachorro está sentindo uma dor e um estresse que não são mais tratáveis com medicamentos?

O meu cachorro está sofrendo de injúrias graves e dolorosas, das quais ele poderá nunca se recuperar, como a amputação de um membro, um trauma grave na cabeça ou um sangramento grave?

A doença terminal reduziu a qualidade de vida do meu cachorro a um ponto em que ele não consegue mais comer, beber, se movimentar ou defecar sozinho?

Meu cachorro tem um defeito de nascimento inoperável que o dará uma baixa qualidade de vida?

O meu cachorro está sofrendo de uma doença contagiosa, como a raiva, que pode ameaçar a vida de outros animais e humanos?

128

Meu cachorro ainda poderá fazer as coisas que ele gosta mesmo quando o tratamento estiver disponível?

Observação: se a resposta para as questões acima forem sim, então é a hora de o seu cachorro ser colocado humanamente para dormir.

Ao decidir pela eutanásia, o veterinário é a pessoa certa para ajudá-lo.

Justificativas para u uso da eutanásia

Conheça as condições médicas que justificam a eutanásia. Acidentes veiculares

Casos graves e não responsivos de demodecose. (A demodicose canina, também chamada de sarna demodécica, demodiciose ou sarna vermelha é uma doença dermatológica muito comum na clínica veterinária. Ela é causada pela multiplicação exagerada de um ácaro, que normalmente está presente nos folículos pilosos e glândulas sebáceas dos caẽs, chamado Demodex canis.

Estágio final de insuficiência renal, insuficiência hepática e tumores muito invasivos ou malignos.

Doenças contagiosas que são incuráveis e apresentam uma ameaça à vida de outros animais e humanos (um exemplo seria a Raiva)

Animais sofrendo de problemas comportamentais graves, como agressão extrema mesmo depois de uma terapia comportamental, que podem apresentar um risco a outros animais, pessoas ou ambientes.

Sinais que podem indicar a eutanásia

Conheça os sinais. Se você observar esses sinais no seu cachorro, a eutanásia pode ser a melhor opção:

O cachorro não consegue comer, beber, ficar em pé ou andar mais e perdeu completamente o interesse e o esforço nessas atividades.

O cachorro já está para baixo e vem urinando ou defecando descontroladamente.

Estresse respiratório, na qual a respiração é trabalhosa, e o cãozinho não reage a procedimentos emergenciais e medicamentos.

Se houver sinais de dor como choro ou choramingo contínuos devido a uma doença terminal.

O cachorro não consegue mais colocar a cabeça para cima e vive deitado.

129

Temperatura extremamente baixa sentida na pele do cachorro seria um sinal de que seus órgãos já estão parando de funcionar.

O cachorro tem tumores muito grandes que já são inoperáveis e já causam dor e imobilização.

As membranas mucosas, como as gengivas, já estão cinzas e desidratadas.

Uma pulsação muito lenta e fraca.

Quando você observar esses sintomas, é recomendável que você ligue para o veterinário para ajudá-lo a avaliar a condição do seu cachorro. Ele lhe dará um conselho profissional que pode ajudar você a decidir.

Dicas

Embora a decisão de realizar a eutanásia no seu cachorro seja muito difícil, é uma responsabilidade que nós temos que encarar. No final das contas, o que importa é dar ao cachorro uma partida decente e indolor. Optar pela eutanásia será melhor para o cachorro se ele estiver mal.

Fontes e Citações:

https://www.dogbreedinfo.com/timetoletgo. htm https://www.ifaw.org/sites/default/files/ICAM%20Euthanasia%20Protocol.pdf

https://dogtime.com/when-to-say-good-bye.html

Cães se isolam quando vão morrer?

Sim, seu amigo sente quando está debilitado e é hora de descansar. Esse senso instintivo acontece porque seu cachorro não quer incomodar você, que foi o seu grande companheiro. Por isso, ele se isola e em alguns casos, chegam a fugir de casa.

Para evitar que a hora do seu cachorro chegue logo, você deve fornecer muito amor, carinho e uma dieta equilibrada para cães, para que seu amigo fique ao seu lado o máximo de tempo possível.

É normal que um cão se afaste para morrer sozinho?

Escrito por Elizabeth Tumbarello | Traduzido por Elisa Lacerda De Freitas

O momento em que um leal companheiro canino morre é sempre muito triste. É comum que cães mais velhos se afastem para morrer em paz, embora muitos dos donos prefiram estar ao lado deles nos últimos momentos.

130

A teoria da mentalidade de matilha

Apesar de serem domesticados e criados para ter a aparência que estamos acostumados hoje, os cães permanecem geneticamente idênticos aos ancestrais selvagens. Na natureza, os cães são animais de matilha. Uma teoria sobre o motivo deles se afastarem antes de morrer, diz que eles o fazem para não atrasar os membros do grupo ou para impedi-los de se tornarem vulneráveis a ataques. Você é a matilha do cão, então acredita-se que o instinto dele de salvá-lo de qualquer ameaça ainda está intacto.

Teorias de psicologia canina

Aqueles que defendem a psicologia animal acreditam que alguns cães se afastam para poupar os donos do sofrimento de vê-los morrer. Alguns psicólogos também afirmam que é uma forma dos cães manterem a dignidade.

Doenças crônicas

Muitas vezes, um cão que sofre de uma doença crônica se comporta como se soubesse que vai morrer. Se ele começar a agir de maneira estranha, busque assistência veterinária imediatamente.

Exceções

Alguns cães escolhem não morrer sozinhos. Essas situações parecem ser exceções e podem ser muito difíceis para uma família. Você deve deixar o cão o mais confortável possível.

131

O que fazer com o corpo

Limpe o cão e verifique se há sinais de perda de fluido. O corpo de um cão relaxa após a morte e, às vezes, o intestino ou a bexiga podem realizar movimentos involuntários. Se possível, coloque o cão em uma posição encolhida, enrolado em um cobertor e coloque-o em um freezer. Ligue para um veterinário ou o controle de animais para ver se eles oferecem ajuda. Se quiser manter os restos mortais do animal de estimação, deverá deixar isso claro.

Como lidar com a perda

É perfeitamente natural sofrer com a morte de um animal de estimação. Você pode querer evitar as pessoas que não entendam por que você está tão triste, o que também é natural. Falar sobre os bons momentos que teve com o cão talvez ajude a aliviar um pouco a dor.

Verdade que cães saem de casa para morrer?

Ouvi várias pessoas dizerem que os cachorros sabem quando vão morrer por alguma doença e fogem de casa para isso.

Verdade?

Depoimentos:

Melhor resposta: olha não é que ele foge de casa. Eles sentem que ta na hora deles e preferem ficar isolados... Há quem não acredite nisso, mas eu acredito sim. já presenciei muito disso. Quando a casa é fechada, eles vão para algum cantinho mais isolado. Claro que isso não é uma regra e existem exceções. Mas no geral isso acontece sim. e se a casa for aberta existe tbm a possibilidade de ir pra longe dela p/ morrer. Cicinha · 9 anos atrás.

olha por experiência: sei que cão por ser muito chegado ao dono não arreda pé nem na hora da morte . Quanto a gato não, por ser independentes demais apesar de gostar do lugar e das pessoas onde vive e convive... esses sim jamais morrem em casa... a não ser que não tenham como sair. e ambos cão e gato apesar de inúmeras diferenças, quando se apegam as pessoas são muito melhores que os humanos. um abraço. sukka · 9 anos atrás.

132

Moro na zona rural, eu minha família já possuímos vários cachorros, e o que mais acontece é que quando estão pra morrer eles se afastam e desaparecem, minha cadela Maia que era idosa e já doentinha desapareceu, procuramos e não encontramos e ela nunca tinha feito isso. O cachorro da minha tia sumiu nesse final de semana, tbm idoso e ja debilitado. Acreditamos que eles se afastam pra morrer. Alessandra de oliveira silva · 2 anos atrás

Depende do cão, da personalidade dele, o meu que tinha 17 anos ficou do meu lado, eu não queria ver ele morrer, mas ele insistiu em morrer perto de mim, se eu ia pra outro lugar na casa ele ia se arrastando atrás de mim, morreu do lado da minha cama. E uma gata que tive também morreu debaixo da minha cama. Liloca · 9 anos atrás

Já tive cães que qdo estavam muito doentes, se escondiam no quintal. Tive uma que procuramos um dia inteiro, depois achamos ela no fundo do terreno. Ela tinha cavado um buraco e estava lá deitada. Não acredito que ela queria ou sabia que ia morrer. Acredito q ela estava se sentindo tão mal que queria ficar num canto só. Nós a pegamos e cuidamos dela. Depois disso ela ainda viveu muitos anos

Fuga para morrer: proteção ao dono

Para quem já passou pelo trauma de ter um cachorro de estimação que sumiu após anos que o tinha, vai aqui um consolo: é da natureza canina se afastar para morrer. "Eu tive um vira-lata que fugiu pra morrer...ele estava doente e de fato é uma realidade que alguns fogem para amenizar a dor do dono ou da família com quem vive", diz a jornalista e petsitter (babá de cães) Elaine Bertone. Depois dessa experiência, ela resolveu fazer pesquisas por conta própria sobre o assunto. E, de fato, há uma corrente que estuda a psicologia animal. "Aqueles que defendem a psicologia animal acreditam que alguns cães se afastam para poupar os donos do sofrimento de vê-los morrer. Alguns psicólogos também afirmam que é uma forma dos cães manterem a dignidade", diz Elaine.

A mentalidade de matilha

Conhecendo um pouco da história da coletividade animal - é bom saber que pela natureza existe a teoria da mentalidade de matilha. Elaine explica: "Apesar de serem domesticados e criados para ter a aparência que estamos acostumados hoje, os cães permanecem geneticamente idênticos aos ancestrais selvagens. Na natureza, os cães são animais de matilha, ou seja, vivem em grupo.

Uma teoria sobre o motivo deles se afastarem antes de morrer, diz que eles o fazem para não atrasar os membros do grupo, ficam para trás, pedem para ser deixados para morrer para não

133

impedir os demais de continuar, "nem tornarem os demais membros da matilha vulneráveis a ataques".

Esse pensamento ainda está no DNA do cão. Assim, a família, o dono é a matilha do cão. Então, acredita-se que o instinto dele de salvá-lo de qualquer ameaça ainda está intacto e, portanto, quando ele sente que a morte está próxima, doente ou não, foge e isola-se.

Quem já cuidou de um cãozinho que estava prestes a morrer sabe o quanto ele procura se isolar, incomodar o menos possível. Não é uma atitude desprendida demais do melhor amigo do ser humano?

Motivos que levam cães a fugir

. Personalidade mais rebelde

. Falta de exercício

. Estímulo visual na rua

. Fêmea no cio

. Rivalidade com cães dos vizinhos

. Estímulo auditivo - como buzina

. Medo de rojões e trovões

. Tédio - ficar muito tempo sozinho

Como os cachorros encaram a morte?

Confira a entrevista exclusiva com Gustavo Campelo sobre a morte e os cachorros na série especial do Dia de Finados: Eles conseguem sentir que estão fracos e já é hora de arrumar um lugar confortável para descansar. É um comportamento natural presente em várias outras espécies que vivem em bando, como elefantes, por exemplo. A explicação para isso é que um indivíduo debilitado pode colocar todo o grupo em risco. Então é comum os cães ficarem alguns dias sem saber como se comportar, ficando cabisbaixos e, aparentemente, tristes.

134

Como podemos ajudar nossos cães a lidar com a morte de outros bichos e de humanos?

É verdade que quando o cachorro vai morrer ele foge/se esconde?

Meu cachorro está doente não quer comer, passa o dia deitado e quando a gente solta ele ele some se enfia em algum canto a gente fica hrs procurando ele. Ele já foi no veterinário, pq ele faz isso será que ele vai morrer? :

Melhor resposta: Animais que são muito apegados a família. Tendem a querer se isolar e sumir para falecer, pois acham que de certa forma seria um sofrimento a menos para a família! Tive tanto cachorro quanto um gato que no fim da vida depois de anos junto da família se isolavam ou sumiam para poder morrer em paz.! Não fique triste ele só quer poupar os entes queridos. Eles têm muitos sentimentos e são muito sensitivos. Gustavo Campelo: Eles conseguem sentir que estão fracos e já é hora de arrumar um lugar confortável para descansar. É um comportamento natural presente em várias outras espécies que vivem em bando, como elefantes, por exemplo. A explicação para isso é que um indivíduo debilitado pode colocar todo o grupo em risco.

Morte do Cão -Sinais

Isolamento é um instinto

Segundo Campelo, os cachorros conseguem sentir que estão fracos e já é hora de arrumar um lugar confortável para descansar. É um comportamento natural presente em várias outras espécies que vivem em bando, como elefantes, por exemplo. A explicação para isso é que um indivíduo debilitado pode colocar todo o grupo em risco.

135

Proteção para o dono que vai morrer

Relatos dizem que cães quando estão perto de morrer se isolam ou ao contrário, ficam mais "grudentos" do que o normal. Quanto à morte de seu dono ou de um companheiro canino, é comum observar cães ficarem próximos ao corpo ou até mesmo tentar protegê-lo não deixando ninguém se aproximar. "Mas a saudade não acontece", afirma Campelo.

"O que acontece é que eles percebem alguma coisa diferente na rotina e sentem falta desta coisa, mas não sabem o que está faltando. Então é comum os cães ficarem alguns dias sem saber como se comportar, ficando cabisbaixos e, aparentemente, tristes. No entanto, se pudéssemos perguntar o que está faltando, eles não saberiam responder. O que pode acontecer é que, com a reação dos familiares, abalados ou muito tristes, acabam influenciando os animais. Os cães podem ficar confusos com a reação das pessoas", diz o especialista.

Isolamento para não incomodar

Sim, seu amigo sente quando está debilitado e é hora de descansar. Esse senso instintivo acontece porque seu cachorro não quer incomodar você, que foi o seu grande companheiro. Por isso, ele se isola e em alguns casos, chegam a fugir de casa.

Para evitar que a hora do seu cachorro chegue logo, você deve fornecer muito amor, carinho e uma dieta equilibrada para cães, para que seu amigo fique ao seu lado o máximo de tempo possível.

Teorias de psicologia canina

Aqueles que defendem a psicologia animal acreditam que alguns cães se afastam para poupar os donos do sofrimento de vê-los morrer. Alguns psicólogos também afirmam que é uma forma dos cães manterem a dignidade.

136

Doenças crônicas

Muitas vezes, um cão que sofre de uma doença crônica se comporta como se soubesse que vai morrer. Se ele começar a agir de maneira estranha, busque assistência veterinária imediatamente.

Exceções

Alguns cães escolhem não morrer sozinhos. Essas situações parecem ser exceções e podem ser muito difíceis para uma família. Você deve deixar o cão o mais confortável possível.

Zona Rural

Moro na zona rural, eu minha família já possuímos vários cachorros, e o que mais acontece é que quando estão pra morrer eles se afastam e desaparecem, minha cadela Maia que era idosa e já doentinha desapareceu, procuramos e não encontramos e ela nunca tinha feito isso. O cachorro da minha tia sumiu nesse final de semana, tbm idoso e ja debilitado. Acreditamos que eles se afastam pra morrer.

Depende do cão, da personalidade dele, o meu que tinha 17 anos ficou do meu lado, eu não queria ver ele morrer, mas ele insistiu em morrer perto de mim, se eu ia pra outro lugar na casa ele ia se arrastando atrás de mim, morreu do lado da minha cama. E uma gata que tive também morreu debaixo da minha cama.

Cães se escondem no quintal

Já tive cães que qdo estavam muito doentes, se escondiam no quintal. Tive uma que procuramos um dia inteiro, depois achamos ela no fundo do terreno. Ela tinha cavado um buraco e estava lá deitada. Não acredito que ela queria ou sabia que ia morrer. Acredito q ela estava se setindo tão mal que queria ficar num canto só. Nós a pegamos e cuidamos dela. Depois disso ela ainda viveu muitos anos.

137

Fuga para morrer: proteção ao dono

Para quem já passou pelo trauma de ter um cachorro de estimação que sumiu após anos que o tinha, vai aqui um consolo: é da natureza canina se afastar para morrer. "Eu tive um vira-lata que fugiu pra morrer...ele estava doente e de fato é uma realidade que alguns fogem para amenizar a dor do dono ou da família com quem vive", diz a jornalista e petsitter (babá de cães) Elaine Bertone. Depois dessa experiência, ela resolveu fazer pesquisas por conta própria sobre o assunto.

E, de fato, há uma corrente que estuda a psicologia animal. "Aqueles que defendem a psicologia animal acreditam que alguns cães se afastam para poupar os donos do sofrimento de vê-los morrer. Alguns psicólogos também afirmam que é uma forma dos cães manterem a dignidade", diz Elaine.

A mentalidade de matilha

Elaine explica: "Apesar de serem domesticados e criados para ter a aparência que estamos acostumados hoje, os cães permanecem geneticamente idênticos aos ancestrais selvagens. Na natureza, os cães são animais de matilha, ou seja, vivem em grupo.

Uma teoria sobre o motivo deles se afastarem antes de morrer, diz que eles o fazem para não atrasar os membros do grupo, ficam para trás, pedem para ser deixados para morrer para não impedir os demais de continuar, "nem tornarem os demais membros da matilha vulneráveis a ataques".

Esse pensamento ainda está no DNA do cão. Assim, a família, o dono é a matilha do cão. Então, acredita-se que o instinto dele de salvá-lo de qualquer ameaça ainda está intacto e, portanto, quando ele sente que a morte está próxima, doente ou não, foge e isola-se.

Quem já cuidou de um cãozinho que estava prestes a morrer sabe o quanto ele procura se isolar, incomodar o menos possível. Não é uma atitude desprendida demais do melhor amigo do ser humano?

138

Motivos que levam cães a fugir

. Personalidade mais rebelde

. Falta de exercício

. Estímulo visual na rua

. Fêmea no cio

. Rivalidade com cães dos vizinhos

. Estímulo auditivo - como buzina

. Medo de rojões e trovões

. Tédio - ficar muito tempo sozinho

Cães apegados a família

Melhor resposta: Animais que são muito apegados a família. Tendem a querer se isolar e sumir para falecer, pois acham que de certa forma seria um sofrimento a menos para a família! Tive tanto cachorro quanto um gato que no fim da vida depois de anos junto da família se isolavam ou sumiam para poder morrer em paz.! Não fique triste ele só quer poupar os entes queridos. Eles têm muitos sentimentos e são muito sensitivos

NOVE ESPÉCIES DE ANIMAIS QUE COMETEM "SUICÍDIO"

POR A REDAÇÃO EM NATUREZA 01/09/15 às 14h49

COMPARTILHAR INSCREVA-SE

As aspas no título se explicam por uma razão bem simples: segunda a maior parte dos etólogos (que estudam o mundo animal) não existe suicídio entre os animais da mesma forma que ocorre com os humanos. Todos os casos já registrados em que houve esta suspeita foram desmentidos e explicados por outras razões. Isto porque, de uma forma geral, animais não põem fim intencionalmente à própria vida - esta é uma característica limitada aos seres que possuem inteligência e verdadeiras intenções de morrer. Isto nos leva de volta a Charles Darwin, segundo o qual a própria seleção natural prepara e escolhe os indivíduos aptos a continuarem vivos na natureza.

139

O interesse pelo suicídio animal remonta aos tempos antigos. Quem nunca ouviu a lenda que o escorpião, quando cercado em chamas, se mata utilizando o próprio veneno? Isto não é verdade: o animal morre desidratado. Outra história bastante difundida é um conto de Aristóteles. Segundo o filósofo, houve um cavalo que se jogou de um penhasco ao descobrir que acasalara com a própria mãe. De acordo com César Ades, da Universidade de São Paulo, mesmo as situações em que uma mãe se deixa devorar pelos filhotes (para que eles não morram de fome) não podem ser consideradas suicídio. É somente uma forma de garantir a sobrevivência da espécie.

Como já foi dito, o suicídio requer emoção, inteligência e intenção de morrer. Ninguém pode duvidar das emoções e da inteligência de certos animais, mas e quanto a intenção de morrer? Nos seres humanos, o ato de se matar está relacionado a alguns fatores, tais como depressão, esquizofrenia, uso de drogas, alcoolismo, etc. Muitos estudiosos acreditam que não seria possível para os animais realizar o ato de tirar a própria vida de forma intencional e voluntária, uma vez que a maior parte destes fatores não se aplicam ao reino animal.

Mas alguns casos realmente podem ser confundidos com suicídio. Veja abaixo alguns comportamentos que levam a morte quase voluntária de animais. Você verá que eles até se parecem com suicídio, mas podem ser explicados de outras maneiras:

Gatos: Ao contrário do que se ouve por aí, os felinos nunca se jogam propositalmente de uma janela. O que acontece é o animal cochilar em uma janela sem proteção, ou cair acidentalmente enquanto persegue algum inseto. Nada de se matar radicalmente, se você chegou a pensar nisto.

Aranha Europeia: O inseto, encontrado na costa mediterrânea da Europa, alimenta seus filhotes com comida regurgitada por ele próprio. No caso de ficar sem alimento, a aranha se mata, oferecendo o próprio corpo como alimento. Suicídio? Não. Este é um fenômeno conhecido como matrifagia, em que há um sacrifício pela sobrevivência da espécie.

Louva a Deus macho: Esta espécie, após copular com a fêmea, não entrega o próprio corpo voluntariamente para ela comer, como se acredita. Na verdade, ele até tenta fugir, mas, quando não consegue, a fêmea se alimenta dele para garantir o desenvolvimento das crias que serão geradas.

Escorpião: Quando acuados pelo fogo, acredita-se que o escorpião utiliza seu próprio ferrão para se matar. O que realmente acontece é o inseto ficar agitado por causa do calor, fato que o faz perder o controle da cauda. Em seguida, a desidratação provocada pela alta temperatura acaba por matá-lo.

Abelhas: Quando ferroam alguém, as abelhas perdem o seu ferrão e morrem por causa disto. Existem poucas evidências que comprovem que os insetos tenham consciência de que o uso do ferrão pode tirar sua vida. Não é, portanto, uma forma de suicídio heroico.

140

Golfinhos: Em 1963, o treinador dos golfinhos do programa de televisão Flipper afirmou que um dos animais da produção se afundou no tanque propositalmente até morrer por não aguentar mais a vida em cativeiro. Para os especialistas, no entanto, o animal estava apenas tentando fugir do estresse, e não tinha qualquer noção de que morreria.

Lemingues: Um documentário de 1958 divulgou que os lemingues, pequenos roedores da Escandinávia, se jogam de precipícios. Hoje se sabe que, na verdade, o que de fato acontece com os lemingues (e também pode acontecer com outros animais) é o chamado "efeito manada": se um animal desatento cair, os que vem atrás se jogam em seguida.

Társios: Os menores primatas do mundo apresentam um comportamento estranho quando colocados em cativeiro. Os animais chegam a se machucar intencionalmente devido à infelicidade e ao estresse de estarem presos. Por esta razão não são encontrados em zoológicos. Eles podem ficar tão aflitos que esmagam a própria cabeça contra objetos. Talvez o caso dos társios seja o mais próximo de um suicídio da lista, ainda que eles não tenham consciência do que estão fazendo com seus próprios corpos.

Cães: Este é um caso que ainda intriga os cientistas. Cães que param de comer e definham após a morte de seus donos são um mistério para a etologia. Muitos animais demonstram comportamentos de que estão cientes da perda de seu tutor. Neste tipo de situação, os animais ficam tristes, adoecem e perdem a vontade de se alimentar, até que, eventualmente, acabam morrendo pela falta de comida, ou por outros fatores associados à fraqueza. Estariam eles paralisados pela dor e pela perda?

Fontes: ANDA | Diário de Biologia

Gatos se afastam dos donos

Descubra se é mito ou verdade que os gatos vão embora de casa e se afastam dos donos quando sentem que vão morrer

Texto: Carla Gasparetto

Como deixar seu cão sozinho em casa sem crise

Bocejo contagia os cachorros

141

Teste: seu cão é um tirano?

MITO

Desde o período anterior à domesticação, os felinos mantêm um comportamento muito interessante: eles se escondem quando estão machucados. "Isso porque, antigamente, quando viviam nas florestas cercados de predadores e estavam fisicamente debilitados, se escondiam para não serem caçados e mortos", explica o médico veterinário Gelson Genaro. De lá para cá esses animais conservaram essa "precaução instintiva" em sua genética, e atualmente, quando estão tristonhos ou doentes, costumam se esconder. "Mas isso não significa que o animal necessariamente irá morrer, muito menos que ele está pressentindo a sua morte. O motivo pode ser apenas alguma doença", aponta. Genaro ainda acrescenta que "armários, telhados e cantos escuros e calmos costumam ser os locais preferidos dos gatos nessas circunstâncias". No entanto, não é preciso se preocupar todas as vezes que seu animal der uma escapadela, seja pelos cômodos da casa ou para a rua - caso ele esteja acostumado, ainda que a indicação dos especialistas seja criar os gatos indoor (dentro de casa). "De natureza solitária, é comum que se isolem, de preferência nas alturas, e observem o movimento da casa apenas de longe", completa Genaro.

E OS CACHORROS?

"Quando viviam em matilha, cães evitavam ao máximo se expor quando machucados para não atrair predadores e colocar em risco a vida de todo o grupo", esclarece Genaro. Mais de 15 mil anos após a domesticação dos cães, é comum vê-los isolados quando estão doentes. "Porém, os cachorros reagem menos dessa forma que os gatos, uma vez que estão geneticamente mais acostumados com a presença humana", enfatiza.

DICAS

Limpeza: Todos os esconderijos preferidos do seu gato devem ser mantidos limpos para que não causem riscos à saúde dele.

Solitário por natureza: Deixe seu bichano se isolar quando ele achar que deve. Respeite a vontade dele e não o tire à força de seu esconderijo, pois isso vai assustá-lo ainda mais.

Segurança: Os armários da cozinha e da lavanderia devem estar sempre fechados, para que não haja risco de contaminação nem para você nem para o seu animal.

De olho no pet: Observe seu bicho de estimação e, caso seu comportamento mude repentinamente, consulte um veterinário.

142

Formigas se isolam

Tanto as formigas infectadas com fungos, como as expostas à infecção e outras formigas moribundas, isolavam-se das suas companheiras horas antes de morrerem.

Os investigadores acreditam que outros animais com o mesmo tipo de estrutura social, como as abelhas, podem ter o mesmo tipo de atitude. Pensam também que comportamentos similares podem ser encontrados em alguns mamíferos, como os elefantes ou os leões. No entanto, não há ainda estudos suficientes que confirmem esta teoria.

143

REFERÊNCIAS

ALVAR NÚÑEZ CABEZA de Vaca, José Fernández, Martín Favata

AMA CARVALHO - Psicologia: Reflexões (im) pertinentes, 1998 - academia.edu

CACHORROGATO. https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/instinto-animal/

CT SNOWDON - Estudos de Psicologia (Natal), 1999 - SciELO Brasil

DE F GONZÁLEZ DEL PINO - Artigos relacionados

DE LM DE TOLEDO - 2005 - Citado por 8 - Artigos relacionados

DF PEREIRA, IA NÄÄS, CEB ROMANINI. [PDF] scielo.br

ETOLOGIA. https://queconceito.com.br/etologia.

G GENARO - MEDVEP: rev. cient. med. vet., 2005 - pesquisa.bvsalud.org

IMPRINTING. VACAS E BEZERROS DO PARTO ATÉ A PRIMEIRA. MAMADA. Este tipo de aprendizagem.www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/183.pdf

INSTINTO https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/o-que-e-o-instinto-animal.

J ALCOCK - 2016 - books.google.com -Comportamento animal: uma abordagem evolutiva

JOSEPH LEDOUX -O cérebro emocional: Os misteriosos alicerces da vida emocional.

K DEL CLARO, F PREZOTO, J SABINO - CEP, 2003 - researchgate.net. As distintas faces do comportamento animal

K DEL-CLARO, F PREZOTO - Uma introdução à Ecologia ..., 2004 - academia.edu

L AVANZI NUNES FARIA, O RUS BARBOSA... - ... Scientiarum. Animal ..., 2011 - redalyc.org

REVISTA. www.veterinaria.org/revistas/redvet/n030309/030924.pdf

SC DA SILVA - atividaderural.com.br Comportamento animal em pastejo.

UFV- Comportamento animal e estimativas de consumo por bovinos em pastagens de Panicum maximum Jacq.(cultivares Tanzânia, Mombaça e Massai). PA BRÂNCIO - 2000 - locus.ufv.br

144