O "Remendador" Lajopa

Laércio José Pacola - 2016

DEDICO

A VOCÊ QUE ABRIU O LIVRO

OBRIGADO POR LER SOBRE QUEM FOI O LAJOPA.

O REMENDADOR

Laércio José Pacola (LAJOPA)

Filho de Luiz Paccola Sobrinho e Delia Pavanato Paccola

Casado com Ângela Mara, dois filhos e quatro netos.

Filho: André casado com Elisângela- Netos Laryssa e Felipe.

Filha: Raquel casada com José Francisco- Netos José Francisco

e Ana Maria.

Nascimento aos 10/04/1940, em Lençóis Paulista.

Profissão- Médico Veterinário, aposentado, Pesquisador Científico

VI.

Sumário

INTRODUÇÃO..........................................................................................7

PRIMEIRA PARTE..................................................................................8

O QUE VEM A SER UM REMENDADOR? .........................................9

Hobby...........................................................................................................9

Perfeccionismo.........................................................................................10

Doar o que não serve para você ........................................................14

Guardar coisas desnecessárias pode ser doença ........................15

Síndrome de Diógenes: Quando guardar vira uma doença ....18

Avareza........................................................................................................19

Guardar coisas inúteis e velhas demonstra sentimentos de

carência e medo.......................................................................................21

Remendador de Palavras .....................................................................22

O que é Consumismo? ...........................................................................23

SEGUNDA PARTE...................................................................................25

O Remendador na Religião..................................................................26

Vocação dos primeiros discípulos Mateus 4:21-2......................26

O respeito de Jesus pelo pão que sobrou.......................................27

"O Milagre da Multiplicação dos Pães por Jesus"........................27

Milagre do Pão..........................................................................................29

O pão segundo o Catecismo da Igreja Católica.............................30

O respeito ao pão vem de casa. ..........................................................31

Por que jogar fora um pedaço de pão ou outras coisas?..........31

Um remendador pode ser um depositário?.................................. 33

Sentimento religioso.............................................................................. 34

TERCEIRA PARTE ................................................................................. 35

Lei de Gérson............................................................................................ 36

Lei de Murphy .......................................................................................... 37

Deu zebra ................................................................................................... 40

Resolver um pepino............................................................................... 42

O que é Entrar pelo cano...................................................................... 45

QUARTA PARTE..................................................................................... 46

Teste Lajopa.............................................................................................. 50

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 57

MADEIRAS - COLEÇÃO LAJOPA....................................................... 58

LIVROS PUBLICADOS- LAJOPA...........................................................61

7

INTRODUÇÃO

O que fazer após aposentado? Por 40 anos trabalhei como

Médico Veterinário e aposentei na carreira de Pesquisador

Científico VI, pelo Instituto de Zootecnia. A nossa casa fica no

centro de Sertãozinho SP, em uma área de 800 m², com piscina

e uma boa horta. O meu sonho era ter um sitio onde poderia

engordar os meus bois e plantar de tudo um pouco. Não deu

outra acabei comprando um sítio. Dentro dos meus limites

cuido da horta, da piscina e vou ao sitio uma vez por semana. O

livro foi dividido em partes e com o auxílio da internet fui definindo

o que vem a ser um remendador, no dia a dia e na religião.

Nas horas vagas tenho meus hobbys e passo o dia remendando.

Além disso tenho um minimuseu, com peças

guardadas que pertenceram aos nossos pais e uma coleção de

amostra de madeiras. Com as peças do minimuseu desenvolvi

um teste de avaliação da personalidade das pessoas. Este meu

hábito de vida levou-me a ter a ideia de escrever este livro.

Laércio - 2016

8

PRIMEIRA PARTE

9

O QUE VEM A SER UM REMENDADOR?

A palavra remendador - Que remenda, remendeiro. Pessoa

especializada em remendos.Remendar significa:

Arranjar, consertar, emendar, refazer, reparar, restaurar,

retificar, corrigir. Pode ainda significar desfazer um equívoco,

uma inconveniência, acomodar.

Um "Remendador" em muitos casos precisa ou pode ser

um: Acumulador, Guardador, Conservador, Mantenedor, Depositário,

Remediador.

A palavra remediar- Pode apresentar os seguintes significados:

Dar remédio a., compor, corrigir, arranjar, impedir, evitar, socorrer,

auxiliar, substituir, prover do que é indispensável, improvisar,

adaptar, ajeitar, arrumar, ajudar, auxiliar.

Pelas definições posso ser enquadrado como um remendador.

Um "remendador" pode ser também um "remediador".

HOBBY

Eu encaro os meus hobbys como uma atividade de recreio

ou de descanso, praticada geralmente em horas de lazer. Nestas

horas eu tento recuperar coisas, mas não significando avareza.

Guardar objetos que as primeiras vistas não servem para

nada poderão algum dia serem úteis ou valiosos. Após usar um

objeto, por um bom tempo, não tenho coragem de jogar fora,

penso duas vezes.

Peças desenvolvidas pelo Lajopa- Inúmeras peças foram

10

criadas, com objetivo de facilitar o trabalho na horta, trabalhos

na oficina e em outras atividades.

Maleta do Lajopa- Quando vou para o sítio ou faço alguma

viagem levo sempre uma maleta com: canivete, chave de fenda,

fita isolante, chupeta, pá dobrável para carro, cabo de aço.

O que mais uso: um rolinho de arame, alicate e borracha de

câmara de ar cortada em fitas. Um dia quebrou o cabo do acelerador

da camionete, com um pedaço de arame e o alicate

resolvemos o problema. Quase sempre, na época das chuvas,

ficamos encalhados, com o cabo de aço saímos do atoleiro ou

ajudamos outros.

Eu sou muito apegado as minhas coisas. Desta forma defino

uma faceta da minha personalidade. Eu tenho respeito a tudo

que já serviu para alguma coisa, sou contra o consumismo.

PERFECCIONISMO

Eu reconheço que não pratico o perfeccionismo em determinadas

tarefas. Por exemplo, procuro consertar tudo ou

pelo menos dar um jeitinho.

Quando faço alguma coisa e considero que está bom eu

não procuro a perfeição. Eu tenho como princípio não ir além

do bom, em muitos casos ao tentar atingir a perfeição estragamos

tudo. "Parar quando está bom", frase usada pelo meu

genro, o médico José Francisco.

Na literatura encontramos a seguinte explicação com respeito

ao indivíduo que pratica o perfeccionismo:

"O perfeccionismo é um distúrbio neurótico no qual a pessoa

sente constante insatisfação com seu desempenho e dúvidas

sobre a qualidade de seu trabalho, levando o indivíduo a

11

escrupulosidade, verificações de pormenores, obstinação,

prudência e rigidez excessivas prejudicando a sua pontualidade

e eficiência. O perfeccionismo em certos casos pode ser

considerado um distúrbio neurótico".

"Caso seja um traço de personalidade que cause prejuízo

significativo a si mesmo e/ ou aos outros passa a ser considerado

como transtorno de personalidade obsessivocompulsiva".

Tipos de perfeccionismo:

"É Descrito que existem dois tipos de perfeccionismo: o

"normal" (quando a pessoa se esforça para fazer algo bem feito

(segundo alguns, isso nem pode ser considerado perfeccionismo)

e o "neurótico" (quando a pessoa tem um comportamento

compulsivo excessivo de esforço, chegando níveis monumentais

e inúmeras quantidades de repetições da mesma

atividade)". (Fonte- Wikipédia).

Fatores positivos e negativos do perfeccionismo: Ainda

segundo a mesma fonte (Wikipédia) o perfeccionista pode

apresentar fatores positivos e negativos:

"Fatores Positivos- O perfeccionismo pode ter seus fatores

positivos, por exemplo: por ter normalmente grande qualidade,

trabalhos vindos de perfeccionistas normalmente são os

melhores e mais premiados. Raramente uma pessoa dentro

deste quadro fracassa.

Aspectos Negativos-Exige uma grande carga emocional e

física, por sempre buscar a excelência. Por vezes a mesma coisa

é repetida inúmeras vezes até ficar "aceitável" por um perfeccionista

(e normalmente, aos olhos de um nãoperfeccionista,

está excelente). Os riscos de quando alguém

12

perfeccionista fracassa, como já dito, são críticos, variando

entre uma simples depressão e até mesmo a morte. Segundo o

jornal "The Boston Herald" o perfeccionismo é visto como a

"fobia de cometer erros". No ponto de vista das outras pessoas,

perfeccionismo é visto como sinônimo de sucesso, mas, muitas

vezes, o perfeccionismo causa baixa produtividade.

Não sou e nem pretendo ser um perfeccionista ao consertar

as coisas. Fora da minha profissão faço as coisas no máximo

"mais ou menos".

JOGAR UM OBJETO NO LIXO

Antes de jogar fora, comprar ou mandar consertar qualquer

coisa tento resolver o problema. Não tenho muita habilidade,

mas quase sempre ponho a peça quebrada funcionando.

Como tenho a mania (cacoete) de guardar tudo, quase

sempre acho alguma peça que serve para consertar outra. Eu

guardo pedaços de fios, chuveiros danificados, torneiras, canos,

madeiras de todo tipo, etc.

Tenho uma pequena oficina: morsa, esmeril e ferramentas

de todo tipo. Desta forma tenho muito prazer em tentar consertar

o que está quebrado. Além da "oficina" tenho um quintal

de cerca de 300m² com uma horta e frutas, toda plantada e

cuidada por mim.

Justificativa- Este meu comportamento vem desde criança,

herdei do meu pai. Na escola, no antigo ginasial havia uma disciplina

"Trabalhos Manuais", eu aprendi a trabalhar com madeira,

arame, barbante, barro, etc.

Visto isto não abro mão deste meu hobby, enquanto tiver

disposição para tanto. Com a minha aposentadoria este modo

13

de vida tem sido muito útil como terapia preventiva contra

uma possível depressão. A minha mania de guardar tudo teve

como consequência a formação de um mini museu. Além desta

"mania", no bom sentido, gosto de inventar, improvisar ou criar

coisas, algumas serão descritas a seguir.

Eu penso duas vezes ao jogar qualquer coisa no lixo. Em

primeiro lugar porque aquilo custou dinheiro, portanto tenho

respeito, tenho lugar para guardar, penso que aquele objeto poderá

ser útil algum dia.

GUARDAR DÁ PRAZER?

Em minha casa tenho dois espaços para guardar as coisas.

Um é o minimuseu e o outro a oficina onde guardo as tranqueiras.

Este meu habito tem a vantagem de ter à mão aquilo que

eventualmente preciso. A desvantagem é arrumar e limpar

tudo

Não me considero uma pessoa "acumuladores", doente.

Transcrevo as palavras de alguém muito semelhante a mim:

"Não sou metódico, nem tampouco cuidadoso com as coisas

que guardo. Por isso, penso que se minha amada querida, com

quem vivo há pouco mais de 30 anos, pudesse me bater, eu

apanharia todos os dias para aprender a cuidar daquilo que

resolvo manter".

A minha mulher Ângela Mara pensa e age como eu, portanto

tenho respaldo em guardar alguma coisa que poderá ser útil.

14

VALOR SENTIMENTAL INESTIMÁVEL

"Uma pessoa que guarda objetos que tenham valor sentimental

agregado não significa que ela tenha algum distúrbio.

Ela não gosta de se desfazer de nada que traga boas lembran-

ças. Este modo de agir demonstra que não existe um apego

pelo valor material e sim pelo sentimento aquele objeto apresenta".

"Guardar um objeto que carrega um claro valor simbólico

ou sentimental para o sujeito é completamente saudável, afinal,

os objetos guardam um pouco da nossa história e nos confortam

diante de algumas perdas".

Em casa guardamos brinquedos que foram dos nossos filhos.

Em primeiro lugar por um respeito aos filhos. Na verdade

os objetos pertencem aos filhos, que na verdade deveriam decidir

sobre o que fazer com eles. O que é interessante que eles

(filhos) têm filhos (nossos netos), e mesmo assim não repassam

esses brinquedos a eles. Desta forma vamos mantendo os

brinquedos porque temos espaço para guarda-los.

"Guardar um objeto que carrega um claro valor simbólico

ou sentimental para o sujeito é completamente saudável, afinal,

os objetos guardam um pouco da nossa história e nos confortam

diante de algumas perdas".

DOAR O QUE NÃO SERVE PARA VOCÊ

Segundo Emilce Shrividya Starling:

"Limpe seus armários, gavetas, guarda-roupa, estantes. Dê

o que não tem mais utilidade. Sinta alegria em ajudar alguém

ou alguma instituição de caridade.

15

A generosidade atraí a prosperidade. Dar com sentimento

de gratidão e sem apego é uma maneira de reconhecer e valorizar

o que temos e nos abrir para receber mais.

Não podemos ser mesquinhos, avarentos, nem apegados

demais, precisamos, porém ter sabedoria e discernimento ao

gastar dinheiro. Discernir se é necessário comprar aquilo, se

vai nos dar felicidade, ou se é supérfluo e vai apenas trazer

preocupações com mais gastos.

Se você é do tipo que enquanto não pode acumular riquezas,

vai guardando tudo aquilo que acha que um dia possa ser

útil, atenção, segundo pesquisadores da Universidade de Iowa,

este apego ao descartável pode integrar uma doença psiquiá-

trica já bem conhecida à desordem obsessiva-compulsiva

(DOC)".

Antes de dar alguma coisa a alguém procuro saber se aquela

pessoa realmente está precisando, gosto de ver o objeto doado

em uso.

GUARDAR COISAS DESNECESSÁRIAS PODE SER

DOENÇA

Distúrbio psiquiátrico:

Desordem obsessiva-compulsiva (DOC), acumuladores. Ao

ler literatura sobre este distúrbio fique preocupado em ser um

portador desta doença. Para tirar dúvidas resolvi transcrever

algumas informações obtidas na literatura, desta forma pude

concluir que não sou um acumulador compulsivo. A seguir

algumas informações sobre o que caracteriza uma DOC.

"O apego ao descartável (se vai guardando tudo aquilo

16

que acha que um dia possa ser útil) pode integrar uma doença

psiquiátrica já bem conhecida à desordem obsessivacompulsiva

(DOC).

"O DOC é um distúrbio psiquiátrico que tem como característica

pensamentos persistentes que geram ansiedade e

desconforto (obsessões) e levam a pessoa a comportamentos

indesejados e repetitivos, como compulsões ou rituais".

"Tanto pode manifestar-se em hábitos como lavar as

mãos, excessivamente, como também limpar tudo a todo momento,

e checar de forma repetitiva se fez algo, como fechar

portas e janelas. Mas, algumas pessoas têm uma compulsão

por guardar coisas que segundo os pesquisadores vai além do

comportamento de um colecionador".

"Neste caso, a pessoa tem por mania guardar objetos, papéis,

cartas, cartões, etc. "Portanto, cuide para não transformar

a mania de guardar em mania de limpar".

"Mas como diferenciar a mania de guardar coisas antigas -

comportamento comum entre os idosos - de um distúrbio psiquiátrico?

"Basta analisar a proporção de objetos acumulados.

Pessoas mais velhas têm mania de guardar coisas, mas não

saem catando lixo".

"Pra quê guardar isso? Bugigangas que não servem pra

nada, um monte de quinquilharias de que não nos livramos

porque às associamos a alguém, a algum momento, a algum

lugar".

"É claro que só porque alguém guarda uma roupinha de

quando o filho era pequeno ou conchinhas coletadas nas

praias que visitou não significa que esta pessoa tenha algum

distúrbio".

"Mas mesmo assim não gosto de me desfazer de nada que

me traga boas lembranças. Eu não me apego pelo valor mate-

17

rial, e sim pelo que o item significa", afirma. O apego patológico

é diferente. Estas pessoas acumulam lixo, coisas sem utilidade

alguma".

"Pessoas que guardam muitas coisas, mas são capazes de

jogar determinados itens fora, não têm nada com o que se preocupar.

O problema começa quando existe um apego excessivo

pelas coisas e isso acaba causando um impedimento grave para

que a pessoa se desfaça de algo".

"Os casos extremos são conhecidos como "hoarders" em

inglês. Algo que pode ser traduzido como "acumuladores". São

pessoas que guardam tantas coisas que não conseguem nem

sequer se locomover com facilidade dentro de casa".

Segundo Wéllina Gondim "guardar um objeto que carrega

um claro valor simbólico ou sentimental para o sujeito é completamente

saudável, afinal. Os objetos guardam um pouco da

nossa história e nos confortam diante de algumas perdas. "Sob

esse ponto de vista, não se desfazer do objeto e tê-lo como

uma simples lembrança não é nocivo, mas fixar-se no sentimento

ao qual o objeto está associado ao ponto de impedir que

o indivíduo dê seguimento à sua vida e se permita novas vivências

já é preocupante, revelando, por vezes, uma grande

dificuldade emocional de lidar com perdas e separações".

"Os guardadores estão por toda a parte. Será que você

mesmo não tem objetos sem função alguma nos cantos da casa,

mantidos ali só pelo apelo sentimental"?

"O DOC é uma doença crônica, que atinge em média 2,5%

da população, ou seja, mais de 100 milhões de pessoas no

mundo inteiro, e tem seu pico de incidência na infância: entre

os meninos, por volta dos 9, 10 anos; e nas meninas, no final

da adolescência e início da vida adulta".

"Entretanto, pode aparecer em ambos os sexos antes ou

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muito depois desses limites de idade. "O DOC é um distúrbio

psiquiátrico que tem como característica pensamentos persistentes

que geram ansiedade e desconforto (obsessões) e levam

a pessoa a comportamentos indesejados e repetitivos, como

compulsões ou rituais".

"O indivíduo que apresenta o DOC por Colecionismo não

consegue diferenciar um objeto que ele precise de outro que

ele pode descartar de sua vida:

Para ele, tudo lhe será necessário, mesmo que seja daqui a

vinte anos. Ele precisa mantê-lo por perto".

Muitas coisas podem ser desnecessárias, deve-se fazer

uma avalição, nunca guardar sem critério. Não confundir um

guardador consciente com distúrbio psiquiátrico.

SÍNDROME DE DIÓGENES: QUANDO GUARDAR

VIRA UMA DOENÇA

A psiquiatra Andréa Castello Branco diz que a única forma

de lidar com o problema é através do afeto. Por sua vez, a Síndrome

de Diógenes (SD) é caracterizada por um descuido extremo

com a higiene pessoal, negligência com o asseio da pró-

pria moradia, isolamento social, suspeição e comportamento

paranoico, sendo frequente a ocorrência de colecionismo acú-

mulo de objetos inúteis em grandes proporções, sem um propósito

aparente).

"Pode parecer pitoresco ver uma pessoa bem vestida revirando

lixeiras em busca de objetos. Mas a ânsia de não descartar

nada e ainda guardar o lixo alheio não tem nada de engra-

çado e é uma doença, a síndrome de Diógenes".

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"O distúrbio se caracteriza pelo acúmulo de objetos em

grandes proporções e pelo isolamento social. Ao contrário do

demente, que zanza pelas ruas sem nenhuma ligação com a

realidade, essas pessoas são lúcidas e não têm qualquer altera-

ção fisiológica no cérebro".

"Um grande problema entre os acumuladores é o isolamento

social. Por razões que ainda não conseguimos entender

completamente, há uma tendência que estas pessoas vivam

sozinhas e não convidem ninguém para ir até suas casas. Não

significa que elas sejam socialmente inaptas. Muitas têm amigos,

mas simplesmente não os convidam para entrar em suas

residências", explica a professora titular da Universidade de

Boston (EUA) e uma das maiores estudiosas do mundo no assunto

Gail Steketee".

Literatura consultada sobre "Síndrome de Diógenes" (ou

DOC- Distúrbio Obsessivo Compulsivo): Bárbara Perdigão

Stumpf, Wéllina Gondim, Paulo Giraldes, Andréa Castello

Branco, Emilce Shrividya Starling, Altino Bessa Marques Filho.

"Não me considero um "acumulador" doentio. "Pode parecer

pitoresco ver uma pessoa bem vestida revirando lixeiras em busca

de objetos. Mas a ânsia de não descartar nada e ainda guardar

o lixo alheio não tem nada de engraçado e é uma doença, a

síndrome de Diógenes".

AVAREZA

O assunto tratado nos leva obrigatoriamente a definir o

que vem a ser avareza, procurando explicar quando um indivíduo

se torna um avarento.

Do ponto de vista religioso a avareza é classificada como

20

um pecado capital. No Catecismo da Igreja Católica encontrase

a seguinte explicação:

A.66 AVAREZA- pecado capital: §1866 Os vícios podem

ser classificados segundo as virtudes que contrariam, ou ainda

ligados aos pecados capitais que a experiência cristã distinguiu

seguindo S. João Cassiano e S. Gregório Magno. São chamados

capitais porque geram outros pecados, outros vícios. São o

orgulho, a avareza, inveja, a ira, a impureza, a gula, a preguiça

ou acídia. Os cristãos definem o pecado da avareza como um

apego exagerado aos bens materiais, de modo especial pelo

dinheiro, ouro, em resumo, pelos objetos de alto valor monetá-

rio.

Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre.

"Avareza ou sovinice é a dificuldade e o medo de perder

algo que possui, como bens materiais e recursos. Uma pessoa

avarenta é popularmente chamada de pão-duro, mão-de-vaca,

unha-de-fome ou muquirana. Uma pessoa avarenta é relutante

em gastar dinheiro, muitas vezes a ponto de renunciar até

mesmo confortos básicos e algumas necessidades. Uma pessoa

avarenta pode ter dificuldade de abrir mão do que tem mesmo

que receba algo em troca, tem cuidado com seus pertences

como uma pessoa egoísta. Prefere abrir mão do que tem menos

valor e preservar o que é mais valioso. Acha que perder

algo poderia ser desastroso".

Avareza- No dicionário encontra-se a seguinte definição-

1 Apego demasiado e sórdido ao dinheiro; desejo imoderado de

adquirir e acumular riquezas, e que constitui um dos sete pecados

capitais. 2 Mesquinhez, sovinice. 3 Ciúme.

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GUARDAR COISAS INÚTEIS E VELHAS DEMONSTRA

SENTIMENTOS DE CARÊNCIA E MEDO

Fonte- Emilce Shrividya Starling.

"Você guarda ressentimentos, mágoas, raivas, medos?

Tem o hábito de ficar remoendo lembranças tristes do

passado? Enquanto acumular coisas velhas e inúteis, tanto

materialmente como emocionalmente, não está abrindo espa-

ço para que as boas oportunidades cheguem à sua vida.

A generosidade atraí a prosperidade. Dar com sentimento

de gratidão e sem apego é uma maneira de reconhecer e valorizar

o que temos e nos abrir para receber mais.

A atitude de guardar coisas inúteis e velhas demonstra

sentimentos de carência, de medo. É ter um sentimento de

baixa autoestima, é não se achar merecedor de coisas boas e

novas.

Para atrair a abundância e prosperidade, e importante fazer

planejamentos e orçamentos, poupar algum dinheiro, disciplinar

o gasto e o consumismo.

Tenha confiança em você e na vida. Acredite na lei da

prosperidade. Acredite que Deus provê suas necessidades, que

Ele nunca se esquece de você mesmo quando você se esquece

Dele. Fique em paz! Que Deus lhe provê e lhe protege".

Neste item aborda-se a característica de uma pessoa que

guarda coisas inúteis e velhas, demonstrando uma personalidade

carente e medrosa.

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REMENDADOR DE PALAVRAS

Ao ler um texto com um nome interessante "Remendador

de Palavras", resolvi transcrever uma parte, é de autoria de

Américo Cruz.

"Já tenho cabelos brancos; aos trezes anos nasceu o remendador

de palavras. Quando minha mãe ouviu dizer o que

gostaria de ser, parou de costurar a roupa da patroa e me disse

com ar de reprovação, o que é remendador de palavras, logo

tratei de deixá-la calma, explicando que gostaria de ser escritor.

Então teve um dia que me perguntou (a namorada) o que

gostaria de ser, disse a ela que gostaria de ser remendador de

palavras, ela sorriu e me perguntou o que era remendador então

lhe explique que queria ser fraseador, construtor de pensamento,

rimador, escritor... Ah... você quer ser jornalista? -

Não quero ser escritor? Por que? Perguntou ela curiosa.

Na biblioteca do meu patrão- Pois disse o patrão: Você

pode pegar algum livro daqui para ler e me deu Robin Hood

que era uma adaptação de Monteiro Lobato, dizendo para tomar

cuidado com o livro. Daí em diante não parei mas de ler

foi assim que nasceu o remendador de palavras. Você acha que

sendo escritor dá tanto dinheiro quanto meu pai ganha sendo

advogado? Respondi que não".

Textos > Contos - Américo Cruz, 20/06/2007

Aqui um aspecto curioso sobre uma pessoa que remenda palavras,

no texto verificamos trata-se de um escritor.

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O QUE É CONSUMISMO?

Segundo a psicóloga Juliana Spinelli Ferrari a palavra consumismo

significa o ato de comprar muitas coisas que, em sua

maioria, não são necessárias, com as seguintes explicações:

Qual é a diferença entre Consumo e Consumismo?

No consumo, o ato de comprar está diretamente relacionado

à necessidade ou à sobrevivência com menor poder de

compra.

Consumismo é doença?

Quando o ato de comprar está vinculado diretamente à

ansiedade e à satisfação, podemos dizer que se trata de uma

compulsão.

Quais são as origens dessa tendência consumista?

Para atingir o padrão de sucesso e boa vida, inúmeras

pessoas investem seus esforços para adquirir bens que não

necessitam.

Fonte - Juliana Spinelli Ferrari - Graduada em psicologia

pela UNESP - Universidade Estadual Paulista.

Os comportamentos de compra

- Racional: O consumidor sabe o que quer comprar e compara

preços.

- Impulsivo: O ato de comprar serve para canalizar o estresse,

reforçado pelo próprio shopping-center ou supermercado,

produzindo uma sensação de prazer imediato.

- Compulsivo: Para esse tipo de comprador, a necessidade

de comprar é comparável à de um viciado em drogas.

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Tipos de consumidores:

-Consumidor individualista é aquele que está preocupado

com seu estilo de vida pessoal.

-Consumidor eficiente é aquele que consome de modo eficiente,

cuidando seu bolso e seu gosto.

-Consumidor consciente é aquele que acredita na possibilidade

de contribuir para mudanças locais e planetárias por

meio de seu ato de consumo.

-Consumidor responsável é aquele leva em consideração

as informações recebidas sobre produtos e empresas.

Fonte-Sociedade de Consumo ADM

O consumismo exagerado, além de trazer grandes consequências

para o indivíduo, prejudica o meio ambiente.

25

SEGUNDA PARTE

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O REMENDADOR NA RELIGIÃO

Introdução

Num primeiro momento pode parecer estranho pesquisar

a figura de um "remendador" dentro da religião. Em Mateus

4:21-22 Jesus chama quatro homens para serem seus discípulos.

Ao escolher estas pessoas Jesus dá uma pista sobre função

que eles iriam executar. Um destes discípulos torna-se um importante

"remendador", explicando e divulgando a Nova Aliança

proposta por Jesus.

Ainda nesta parte do livro procurou-se associar o respeito

ou melhor o cuidado que devemos ter ao jogar-se qualquer

coisa no lixo, principalmente alimentos, considerando que poderia

servir a uma pessoa necessitada. O próprio Jesus dá

exemplos contrários ao consumismo, isto é adquirir além do

necessário.

VOCAÇÃO DOS PRIMEIROS DISCÍPULOS MATEUS

4:21-2

Pode-se interpretar que Jesus ao dizer a Pedro e André:

"Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens", da mesma

forma, por analogia, João: Iria "remendar" as falhas que iriam

surgir na Igreja. Alguns estudos sobre o evangelho de São João

falam sobre o seu ministério "remendador". Deus através de

João pode "restaurar" a igreja em Éfeso. Éfeso era a cidade

mais importante da província romana na Ásia. Éfeso era conhecida,

também, como o foco de adoração da deusa da fertili-

27

dade, Ártemis ou Diana, por religiões falsas e sujeita à influência

de homens maus.

No Apocalipse, feita na Bíblia Sagrada (Edições Paulinas,1980),

encontra-se a seguinte explicação: "o intento do

autor (São João), é animar os cristãos à constância na fé, malgrado

os assaltos e as insídias de satanás e do mundo, pondolhes

ante os olhos a certeza da vitória e do prêmio".

"João tornou-se muito útil a Deus reparando (remendando)

falhas espirituais existentes na igreja. São João combate, ao

mesmo tempo, os erros que então começavam a pulular a respeito

da pessoa de Jesus, ao qual presta também entusiástico testemunho".

O RESPEITO DE JESUS PELO PÃO QUE SOBROU

Ora, o que tem haver respeito ao pão com o assunto deste

livro? O pão representa os alimentos para sobrevivermos, não

desperdiçar é dever de todos, muita gente passa fome. Não

jogar nada no lixo que talvez possa ser útil a alguém.

Uma pessoa que tem por hábito remendar seguramente não

joga no lixo um pedaço de pão.

"O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

POR JESUS"

Primeira multiplicação dos pães: Mateus 14:13-21- Jesus

alimenta cinco mil pessoas.

"E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva,

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tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e

pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos,

e estes distribuíram-nos pela multidão.

Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou,

encheram doze cestos".

Segunda multiplicação dos pães: Mateus 15:32-39- Jesus

alimenta quatro mil pessoas.

"Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e

dava-os aos discípulos, e estes, à multidão.

Todos comeram e ficaram saciados; e, com os bocados que

sobejaram, encheram sete cestos".

Dentro do tema do nosso livro ressalto o recolhimento

dos pedaços de pão que sobraram, lembrando a forma como o

padre recolhe os fragmentos das hóstias consagradas.

Assim Jesus demonstra como é importante o respeito ao

alimento que muitas vezes jogamos fora, que poderiam alimentar

quem não tem.

O que Jesus nos quis dizer quando mandou recolher todos os

pedaços de pão que sobraram? A resposta está no item "O milagre

da multiplicação dos pães". O professor Felipe Aquino nos dá

uma explicação convincente sobre o que representou. "Tais episódios

do Antigo e do Novo Testamento não referem apenas uma

refeição humana, mas têm significado transcendental: querem

dizer que Deus acompanha, ontem e hoje, seu povo peregrino e

lhe oferece os subsídios necessários para que supere os obstáculos

da caminhada e chegue certeiramente ao termo almejado,

que é a vida eterna".

29

MILAGRE DO PÃO

Já no Antigo Testamento encontramos exemplos que o Senhor

nos da sobre a importância e significado do pão. 2Rs-

4,42-44

Veio também um homem de Baal-Salisa, que trazia pães

dos primeiros frutos da terra para Eliseu, o homem de Deus.

Levava vinte pães de cevada e trigo novo no bornal. Eliseu

disse: "Dá ao povo para que coma". Mas o seu servo respondeu-lhe:

"Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?"

Eliseu ordenou outra vez: "Dá ao povo para que coma;

pois assim diz o Senhor: 'Comerão e ainda sobrará'".

O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra

do Senhor.

O recolher os fragmentos que sobram, é usual na celebração

eucarística".

O FERMENTO DOS FARISEUS: MATEUS 16:5-11

Jesus adverti seus discípulos cuidado com o fermento do

fariseus e saduceus, ele não é puro, está contaminado. Ele faz

crescer o pão mas sua qualidade não é boa. (as aparências enganam).

Fariseus e os Saduceus confiaram muito em aparências.

Para eles "Tanto maior que aparenta, melhor".

Jesus nos alerta das falsas doutrinas e de como alimentou

milhares de pessoas com pão e mandou "guardar" as migalhas

com respeito.

30

O PÃO SEGUNDO O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

P.12.3 Fração do pão

§1377 A presença eucarística de Cristo começa no momento

da consagração e dura também enquanto subsistirem

as espécies eucarísticas.

"Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro

em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do

pão não divide o Cristo".

P.12.6 Multiplicação dos pães

§1335 O sinal da água transformada em vinho em Caná já

anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização

da ceia das bodas no Reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho

novo, transformado no Sangue de Cristo.

"O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu

a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para

alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único

pão de sua Eucaristia".

§2830 No Sermão da Montanha, Jesus insiste nesta confiança

filial que coopera com a Providência de nosso Pai. Não

nos exorta a nenhuma passividade, mas quer libertar-nos de

toda inquietação e de toda preocupação. É esse o abandono

filial dos filhos de Deus:

"O pão nosso." O Pai, que nos dá a vida, não pode deixar de

nos dar o alimento necessário à vida, todos os bens "úteis", materiais

e espirituais".

31

§2833 Trata-se de "nosso" pão, "um" para "muitos". A pobreza

das bem-aventuranças é a virtude da partilha que convoca

a comunicar e

"Partilhar os bens materiais e espirituais, não por coação,

mas por amor, para que a abundância de uns venha em socorro

das necessidades dos outros".

O RESPEITO AO PÃO VEM DE CASA.

Os meus pais beijavam um pedacinho de pão quando caia

no chão. Os meus quatro avos imigrantes italianos, deixaram a

Itália, em primeiro lugar, porque estavam passando fome, desta

forma o pão passou a ser símbolo de um alimento indispensável

à sobrevivência e ao mesmo tempo sagrado.

Muitas pessoas rejeitam partes do pão, elas poderiam ser

reaproveitadas, demonstrando respeito ao alimento.

POR QUE JOGAR FORA UM PEDAÇO DE PÃO OU

OUTRAS COISAS?

Um texto em francês que li, quando estudante, ilustra bem

o respeito que devemos ter ao jogar qualquer coisa no lixo. No

então chamado ginasial, estudávamos línguas: português, latim,

inglês e francês. A professora de francês adotava uma cartilha,

em uma das lições o título era: "Le respect du pain" (O

respeito ao pão), do escritor francês Jules Vallès (1822-1885).

Este é um trecho de A Criança de Jules Vallès. Um texto proposto

para "Recitação".

32

Traduzindo o texto: "Eu respeito pão"

Um dia eu joguei uma crosta; meu pai foi buscá-lo...

O! "Meu filho, ele disse, não jogue o pão, é difícil de ganhar,

não temos muito para nós, mas se tivéssemos também,

devemos entregá-lo ao pobre. Você pode perder em um dia, e

ver como é difícil. Lembre-se que eu lhe digo, meu filho! "Eu

nunca mais esqueci. Esta observação, feita pelo meu pai, com

dignidade, me penetrou nas profundezas da alma; e eu tinha

ao pão respeito desde então. Colheita tem sido sagrado para

mim; Eu nunca caiu uma coroa de flores para ir buscar uma

papoula ou cornflower; Eu nunca matei a flor em sua haste

pão! "

Observações: Colheita sagrada- devemos respeitar o trigo,

como um objeto sagrado. Danificar as culturas- significa profanar

(as coisas sagradas).

"Hoje à noite eu me pergunto se hoje um pai ainda fala deste

pão para seu filho"

A pintura ilustra respeito durante a colheita do trigo.

Julien Dupré (1851-1910) foi um pintor francês.

33

UM REMENDADOR PODE SER UM DEPOSITÁ-

RIO?

O livro que escrevi "Depositário da Igreja" explica como

me tornei um depositário das coisas de Igreja Católica. A seguir

transcrevo parte do livro justificando que de certo modo

um depositário também pode ser um remendador.

Por que escrever sobre depositário da igreja?

Diante de um acontecimento, na minha vida, resolvi estudar

e escrever sobre o que vem a ser um verdadeiro depositá-

rio da Igreja Católica. Antes de iniciar a escrever sobre este

assunto peço desculpas pela falta de modéstia, mas acho que

este relato poderá ser útil a alguém. O meu senso de autocritica

leva-me a uma indecisão se poderia ser reconhecido ou

chamado como um depositário da Igreja Católica. O que eu fiz

e faço como apostolado leigo é muito pouco. A palavra depositário,

neste trabalho, significa um indivíduo que após o batismo

recebe, guarda, divulga e defende com fidelidade os ensinamentos

da Santa Igreja Católica. Outra denominação donatário

que significa um indivíduo que recebeu uma doação que

pode ser um depositário. O livro foi dividido em duas partes,

na primeira um relato de um acontecimento, um testemunho,

na segunda procuro fazer uma revisão do tema depositário da

Igreja- Documentando o pensamento e as orientações dadas

pela Igreja Católica sobre o que vem a ser um depositário.

O testemunho relata a minha atitude, em defesa de Igreja

Católica, diante das ofensas proferidas por um professor contra

os católicos, durante uma aula. Desta forma procurei "remendar"

a favor da Igreja.

34

SENTIMENTO RELIGIOSO

Ao receber o batismo fui agraciado com uma doação.

O substantivo comum donatário tem origem na palavra

em latim donatarius se refere à pessoa que recebe uma doa-

ção, tornando-se um depositário. E que o devemos conservar

para quem no-lo confia não somente por fidelidade mas por

uma espécie de sentimento religioso". (O Fiel DepositárioSermão

proferido por Bossuet).

"É opinião generalizada entre os homens que o depósito, isto

é, um bem que recebemos para guardar, tem qualquer coisa de

sagrado".

35

TERCEIRA PARTE

36

EXPRESSÕES RELACIONADAS COM REMENDADOR

QUEBRAR O GALHO / JEITINHO BRASILEIRO

"Quebrar o galho"- para tudo sempre damos um "jeitinho".

Fazer o possível "A expressão jeitinho brasileiro leva a

improvisar soluções".

Ela pode apresentar duas conotações:

Conotação positiva (ligada à noção de criatividade). Sem

violar normas sociais. Conotação negativa (ligando-se então às

noções de malandragem e corrupção).

O lado negativo dessa prática tão disseminada em nossa

sociedade é o que mais se evidencia.

"Sendo assim, a aplicação do "jeitinho brasileiro" deve ser

banida, pois traz consequências negativas para o país, e que refletem

em seu patamar político, econômico e social. Por isso, a

população deve agir respeitando os princípios éticos e morais,

para que os brasileiros usufruam do país justo que almejam e

lutam".

LEI DE GÉRSON

"Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo de

um bom cigarro?

Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem

você também, leve Vila Rica!".

Frase que originou a Lei de Gérson na propaganda de cigarros

Vila Rica (1976).

Segundo ela, se algo pode dar errado, não tem problema,

37

pois mesmo que der errado, a gente dá um jeitinho de fazer

parecer certo.

Esta "lei de Gérson" leva a suposição de que deve-se levar

vantagem em tudo o que fazemos, mesmo prejudicando a si ou a

outros.

LEI DE MURPHY

"Segundo ela, se algo pode dar errado, algo dará errado".

""Qualquer coisa que possa correr mal, ocorrerá mal, no

pior momento possível".

"Se algo pode dar errado, dará".

Esta expressão é oriunda do resultado de um teste de tolerância

à gravidade por seres humanos, feito pelo engenheiro

aeroespacial norte-americano Edward A. Murphy. Ele deveria

apresentar os resultados do teste; contudo, os sensores que

deveriam registrá-lo falharam exatamente na hora, (porque o

técnico havia instalado os sensores da forma errada).

Frustrado, Murphy disse "Se este homem tem algum modo

de cometer um erro, ele o fará".

Daí, foi desenvolvida a assertiva: "Se existe mais de uma

maneira de uma tarefa ser executada e alguma dessas maneiras

resultar num desastre, certamente será a maneira escolhida

por alguém para executá-la".

Alguns exemplos da lei de Murphy, com base científica,

encontrados na literatura:

1. Se algo pode dar errado, dará. Embora nem tudo dê errado

sempre, longe disso, essa primeira lei de Murphy se cumprirá

frequentemente, contanto que demos tempo suficiente.

2. A torrada sempre cai com o lado da manteiga para bai-

38

xo. É preciso recordar que não lançamos as torradas ao ar como

se fossem uma moeda, mas simplesmente as derrubamos

enquanto tentamos, sem sucesso, tomar o café da manhã.

3. A informação mais importante de qualquer mapa está

na dobra ou na margem.

Veremos que a margem de um mapa de apenas um centí-

metro representa 28% da área total. Se ampliarmos a margem

para dois centímetros, há 47% de possibilidade de que o ponto

que procuramos esteja justamente ali.

4. As meias sempre entram na máquina de lavar de duas

em duas, e saem de uma em uma. "Se tiver 20 meias - 10 pares

diferentes -, depois de perder a primeira meia, as possibilidades

de a segunda meia perdida pertencer a outro par são de 18

em 19, frente a 1 em 19 de que seja uma meia do mesmo par".

Quer dizer, se não comprarmos pares novos para repor, corremos

o risco de acabar com uma gaveta cheia de meias soltas.

5. A outra fila é sempre mais rápida. Se temos a impressão

de estar na fila mais lenta é porque 1) a fila mais lenta é, em

geral, a que tem mais gente e, consequentemente, é a fila em

que é mais provável que estejamos e 2) se só escolhermos uma

fila e há, por exemplo quatro, há 75% de possibilidades de que

pelo menos uma das outras filas seja mais rápida que a nossa.

Portanto, a maior parte das vezes haverá pelo menos outra fila

que seja mais rápida.

6. Levar um guarda-chuva quando há previsão de chuva

torna menos provável que chova. Não nos importa tanto se vai

chover ao longo do dia como se vai chover durante o tempo

que estivermos na rua. "As probabilidades de chover mais ou

menos na hora em que você estiver passeando são em geral

muito baixas em quase todo mundo". Se levarmos em conta

ambos os fatores, é muito provável acabar passeando com o

39

guarda-chuva inutilmente porque "mesmo as previsões aparentemente

precisas de que dispomos hoje não são boas o bastante

para predizer de forma confiável os eventos menos frequentes".

7. Não importa quantas vezes uma mentira for demonstrada,

sempre haverá uma porcentagem de pessoas que acreditam

que é verdade. Além disso, à medida que os rumores se

difundem, damos a eles ainda mais credibilidade, simplesmente

pelo fato de que os ouvimos mais. Isso nos leva a difundi-los

e assim entramos em um círculo vicioso. A imprensa tem um

papel importante nesse ponto: um estudo do ano passado dizia

que muitos meios de comunicação dedicam mais tempo e

trabalho a propagar rumores falsos que a verificá-los e desmenti-los.

8. Sempre encontra as coisas no último lugar em que

olhou. A razão é que não continuamos procurando depois de

encontrá-las. "Aqui estavam as chaves, no terceiro lugar em

que procurei. Logo olhei na gaveta e debaixo da cama, mas não

as vi ali". Por outro lado, se encontrarmos algo no primeiro

lugar onde procuramos, não se pode dizer que esteja perdido,

por mais drama que façamos sobre o assunto. Podem-se admitir

exceções. Por exemplo, se esse primeiro lugar for uma se-

ção de achados e perdidos.

Fontes: Oito leis de Murphy que têm base científica-Jaime

Rubio Hancock 21 Jun 2015. As 100 melhores Leis de Murphy,

Luiz Ferraz Neto.

O remendador não deve ficar preocupado com esta lei. Se

fossemos adota-la jamais iriamos remenda alguma coisa. A

chance de ganhar na loteria sozinho é pequena, mas alguém ganha,

neste caso a lei de Murphy é positiva.

40

DEU ZEBRA

Significado de Deu zebra Por Luís Gustavo Medeiros

(SP) em 25-10-2010

Algo improvável; possibilidade nula (no jogo do bicho não

existe zebra, então, resultado impossível, improvável)

"A origem da expressão "dar zebra", utilizada nas situa-

ções em que o resultado foi algo impossível de acontecer, surgiu

no popular Jogo do Bicho, como informa o professor de

Língua Portuguesa Ari Riboldi. A zebra não está entre os 25

animais que emprestam o nome a essa loteria ilegal, por isso,

interpreta-se o fato como uma "tragédia" inesperada".

"Ao longo do tempo, como descreve a obra, a expressão

passou a ganhar popularidade no futebol antes de se espalhar

para as demais modalidades esportivas. Um exemplo disso é

quando uma equipe, considerada favorita pela sua maior qualidade,

é derrotada por outra que não tinha qualquer chance

de vitória. "Deu zebra"! Atualmente, o termo ganhou às ruas e

é usado no dia-a-dia das pessoas".

"É muita pretensão nossa querer que alguma expressão

popular seja mudada. Mas, é uma brincadeira, um joguete que

usamos e significa o oposto da expressão. Se algo der Zebra

aqui na cidade, será no melhor dos sentidos. Será que houve

resultados. Que clientes ficaram satisfeitos. Que houve aumento

das vendas, de renome. E está dando Zebra, sim!"

Dar zebra significa acontecer alguma coisa de forma inesperada,

podendo ser: Zebra boa, exemplo ganhar na loto sozinho.

Zebra má, ser picado por uma cobra, em seu apartamento.

41

MEIA BOCA

"meia boca ou meia sola".

Adjetivo para designar algo mais ou menos.

Que não é tão bom, nem muito ruim.

Algo intermediário, incompleto, mal feito, mal acabado,

provisório

Diz-se de uma pessoa que executa um trabalho, mas que

sempre deixa a desejar;

Poderia ter executado seu trabalho com mais competência.

Ou de um estudante que apenas estuda para ficar na mé-

dia e não repetir de ano.

O meia acredito que significa ¨pouco¨, em função do significado

da palavra toda.

"meia boca" seria o mesmo que "trabalho mal feito", "incompleto",

"fraco", "sem qualidade (suficiente)" ou "cru".

Uma outra expressão com significado semelhante a Meia

boca é Fazer nas coxas. "As primeiras telhas do Brasil eram

feitas de argila moldada nas coxas dos escravos. Como os escravos

variavam de tamanho e porte físicos, as telhas ficavam

desiguais. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer

jeito".

Em minha atividade como remendador devo admitir que em

alguns casos o resultado é de meia boca, resolvendo de imediato

o problema.

42

RESOLVER UM PEPINO

No dia a dia usamos a expressão "pepino" para designar

algo inesperado que precisa ser resolvido.

Exemplo uma goteira na sala.

Um remendador quase sempre é chamado para resolver o

pepino. Exemplo "tenho um pepino para resolver".

Uma situação muito comum: Os avós convidam filhos e

netos para um almoço. Todos comem, bebem e vão embora. O

pepino fica, lavar toda louça e limpar tudo.

Eu vs a expressão "Pepino"

Postado por Eugênia Margarida

Hoje fiquei pensando sobre a origem das expressões. A que

mais me intrigou foi o uso da palavra "pepino", no sentido de

"problema".

Exemplo: "Tenho uns pepinos pra resolver". Refleti sobre

o momento em que alguém falou pela primeira vez com a conotação

de dificuldade, ao invés do sentido do fruto pepino.

(Pepino é um fruto).

Imaginei algo assim: uma galera aluga uma casa no litoral

para passar uns dias. Alguém decide comprar pepino pra complementar

a salada que acompanha o clássico churrasco à beira

da piscina.

E todos se divertem, todos comem, bebem. E quando vão

arrumar as louças, percebem que todo o pepino colocado na

travessa da salada está lá, intocado. Não ignorado, mas só um

acompanhamento que ninguém quis comer. E então não sabiam

o que fazer com aquele pepino todo. Eis que tentaram, em

43

vão, colocá-lo em outros pratos. Mas ainda assim, não funcionava.

O pepino ficava lá, com aquela cara de pepino semifresco.

Se tornou um problema de relacionamento entre os amigos

que alugaram a casa. "Por que você foi comprar o pepino?

Tinha necessidade?" - um esbravejava; "Isso não tem nem gosto""

- outro clamava.

O pepino realmente virou um problema sério. O pepino

problema.

Ninguém mais falava sobre isso. Ninguém mais falava sequer.

Um clima chato entre eles.

Aos poucos, as coisas foram acalmando. Eles se sentaram,

conversaram e resolveram dividir o pepino igualmente e todos

comeram. Insatisfeitos com o gosto, satisfeitos com a vida novamente.

Houve relatos sobre esse causo ao fim da viagem, e em

um dos relatos, contado em mesa de bar, foi à força que teve o

pepino em deixar todo mundo tenso. A palavra problema agora,

é pra eles sinônimo de pepino, e não ao contrário.

A história foi se espalhando, se tornando cada vez mais

popular.

Então, pessoas de cidades vizinhas também já sabiam do

pepino em que aqueles caras haviam resolvido. E as pessoas

das cidades vizinhas das outras cidades vizinhas também já

haviam ouvido falar.

Quando foram ver, pepino era uma expressão popular.

Assim, o mesmo grupo de amigos sente um orgulho secreto

de ter passado por isso e por ter criado uma das expressões

mais sem nexo da língua brasileira.

Solucionar um problema difícil.

Exemplo: "Rapaz, tenho um pepino pra você resolver!

44

Expressões:

"É de menino que se torce o pepino": expressão que indica

que se deve corrigir os defeitos morais da pessoa quando ainda

criança.

Cheguei atrasado pois tive que resolver um pepino de última

hora.

Ao lado do abacaxi: "descascar o abacaxi" expressa dificuldade

-, o pepino indica sério problema. A expressão deve-se à

crença sertaneja de que o pepino é de digestão difícil.

ABACAXI

Definição: Um problema; situação complicada, adversa, difícil

de se resolver.

Origem: A expressão vem da frase "descascar um abacaxi",

atividade que é conhecida por ser igualmente difícil, chata e

complicada.

Equivalente em inglês: Difficult, hard, tough, problematic,

no picnic, complex, complicated. Dentre essas, destaco no picnic,

que é uma expressão bem interessante. Imagina-se que em

um pique-nique tudo seja fácil, bacana, agradável e legal. Por

isso, no picnic representa exatamente o contrário de tudo isso.

Exemplos: "Eu não gostei daquela prova de matemática.

Foi um abacaxi resolver aqueles exercícios. Exemplo do uso da

palavra Descascar o pepino:

Davi, descasque esse pepino pra mim, resolva o quanto

antes.

De acordo com Celso Ferrarezi Junior, pós-doutor em semântica

e professor da Unifal (MG), falar essas palavras para

se referir a "problema" é usar metáforas, ou seja, comparações

45

que fazemos por analogia.

Algumas dessas matérias foram resgatadas de revistas especializadas

como: LÍNGUA PORTUGUESA - Ed. SEGMENTO e

AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril. Continuaremos somando

complementos a esse artigo sempre atribuindo os devidos

créditos aos autores e aos veículos que fizeram as publicações

originais. (Prof. Nélson Sartori).

"Porque abacaxi é difícil de descascar e pepino é difícil de

digerir. Hoje em dia, esses problemas são facilmente contorná-

veis, mas antigamente os dois vegetais eram famosos por essas

características".

O QUE É ENTRAR PELO CANO

"Entrar pelo cano é uma expressão popular na língua portuguesa,

utilizada no sentido de se colocar em uma situação embaraçosa".

46

QUARTA PARTE

47

MINI MUSEU LAJOPA

Nesta última parte do livro aproveite para falar alguma

coisa sobre o mine museu que na verdade tem muito a ver com

o meu modo de ser um "Remendador". As peças pertenceram

aos meus pais, parentes ou amigos. Alguns objetos vieram dos

familiares da minha esposa Ângela Mara. Adoto o princípio de

não comprar nenhuma peça.

PARA QUE SERVE UM MUSEU?

1. Recordação dos nossos antepassados.

2. Gratidão pelas peças deixadas. Existem objetos que

após o seu completo uso devemos guarda-los, agradecendo o

trabalho das pessoas que os compraram.

3. Exemplo de como não desperdiçar as coisas.

4. "A verdadeira economia consiste em utilizar os objetos

com zelo e faze-los cumprir a sua missão até o fim".

5. As peças mostram as dificuldades que as pessoas tinham

em relação ao dia de hoje.

6. Teste da personalidade de pessoas. Cada peça representa

um significado. Vide o teste Lajopa.

7. Investimento- Conservo uma Variant II, ano 1980, original,

tem valor maior do que alguns carros zero.

RELAÇÃO TOTAL DAS PEÇAS ANTIGAS - MINI

MUSEU LAJOPA

As peças do mini museu foram sendo guardadas no decor-

48

rer dos anos, atendendo ao meu hábito conservador. Como

disse nada foi comprado, elas estavam dispersas pela casa,

quando resolvi juntá-las não tive coragem de jogá-las no lixo.

1. Abridor de latas elétrico.

2. Apontador de lápis para ser fixado na mesa, com manivela.

3. Aro de basquetebol para residência.

4. Bacia alumínio

5. Bengala torcida de cipó (meu pai).

6. Cabeça de arara embalsamada.

7. Coleção de madeiras- (59 espécies- vide relação).

8. Casco de cavalo transformado em cinzeiro.

9. Chaleira de ferro

10. Chapa elétrica -fogãozinho- 1950

11. Chopeira

12. Cogumelo gigante seco.

13. Colher grande de alumínio.

14. Despertador (vários).

15. Disco de arado transformado em frigideira.

16. Escolhedor de feijão

17. Esqueleto de cabeça de vaca.

18. Esqueleto de cabeça de búfala.

19. Estátua de mulher em bronze.

20. Estribo para andar a cavalo.

21. Fechadura antiga de porta.

22. Ferradura de cavalo.

23. Ferros de passar roupa a brasa.

24. Ferro elétrico de passar roupa, com suporte de mesa.

25. Ferro elétrico de passar roupa, sem suporte de mesa.

26. Filmadora

27. Frigideiras

49

28. Gravador

29. Grelha de ferro para fazer churrasco.

30. Lamparina a querosene.

31. Lança indígena para caça.

32. Máquina de costurar.

33. Máquina de descascar laranja.

34. Máquina de escrever

35. Moinho para moer pimenta do reino.

36. Osso de boi-metacarpo

37. Panela de ferro.

38. Pé (suporte) de banheira muito antiga.

39. Peça de carroça.

40. Pedras de cristal-Cristalina (3)

41. Pote de metal para gelo

42. Quadro- Foto do Lajopa quando bebê.

43. Quadro Sagrado Coração da Vovó Délia.

44. Quadro tecelagem feito pela Claudette.

45. Serra para madeira.

46. Taxo de cobre,

47. Televisão Válvula Colorama1970- funcionando

48. Tigelinha da Raquel

49. Tigelinhas esmaltadas.

50. Tinteiro para escrivaninha de vidro.

51. Tubo de metal para guardar documentos.

52. Vassourinha feita de vegetal.

53. Rádio elétrico "Companheiro", ano 1970.

54. Rádio vitrola- Doada (Chiquinho- amigo do André)

50

TESTE LAJOPA

Através das Peças do Mini-Museu você pode testar a sua personalidade.

Significado de cada peça do mini museu.

Na verdade cada peça do museu tem uma história e leva

ou sugere um significado. A história na verdade a pessoa não

conhece, mas ao escolher uma peça vem demonstrar uma tendência

para determinadas "coisas" da vida, assim algum aspecto

de sua personalidade. Por exemplo se uma pessoa relacionar

a peça abridor de latas elétrico, ela é uma pessoa que gosta

da modernidade para facilitar a sua vida.

Desta forma tive uma ideia. Cada pessoa poderia relacionar

as peças segundo a sua preferência.

De posse da relação feita pela pessoa poderíamos testar

alguns detalhes da sua personalidade.

A escolha das peças pelas pessoas varia segundo o seu

modo de ser.

Como fazer o teste - Instruções

Não leia o significado das peças antes de fazer a relação de

sua preferência.

Escolha sete peças, de seu agrado, na relação do Mine Museu,

marque o número delas.

Após escolhidas você pode olhar o significado das peças e

terá seguramente informações sobre o seu modo de vida.

Apresentamos dois significados para cada peça, escolha

um ou se concordar os dois.

O resultado do teste é particular e divulgue se quiser.

Escolha com calma.

51

Nós aceitamos, de bom agrado, sugestões para o significado

das peças, bem como correções.

Desta forma poderemos avaliar, com maior precisão, algumas

características que indicama personalidade do avaliado.

O teste pode ser feito aqui em casa, olhando as peças, o

que é desejável.

O Mini Museu é sofrível, estamos esperando vocês não só

para fazer o teste.

O número de peças relacionadas para o teste é de 28, mas

o mini acervo tem 50.

Peças relacionadas para o teste - Escolha sete

1. Apontador de lápis para ser fixado na mesa, com manivela.

2. Aro de basquetebol para residência.

3. Casco de cavalo transformado em cinzeiro.

4. Cogumelo gigante seco.

5. Colher grande de alumínio.

6. Despertador.

7. Disco de arado transformado em frigideira.

8. Esqueleto de cabeça de vaca.

9. Estátua de mulher em bronze.

10. Estribo para andar a cavalo.

11. Fechadura antiga de porta.

12. Ferradura de cavalo.

13. Ferro de passar roupa a brasa.

14. Ferro elétrico de passar roupa, com suporte de mesa.

15. Ferro elétrico de passar roupa, sem suporte de mesa.

16. Grelha de ferro para fazer churrasco.

52

17. Lamparina a querosene.

18. Lança indígena para caça.

19. Máquina de descascar laranja.

20. Moinho para moer pimenta do reino.

21. Panela de ferro.

22. Pé (suporte) de banheira muito antiga.

23. Peça de carroça.

24. Serra para madeira.

25. Tigelinhas esmaltadas.

26. Tinteiro para escrivaninha.

27. Tubo de metal para guardar documentos.

28. Vassourinha feita de vegetal.

Resultado do Teste

Leia somente após fazer a relação das peças que escolheu.

Relação das Peças Antigas

Significados

1. Apontador de lápis para ser fixado na mesa, com

manivela.

Modernidade - Perfeccionista

2. Aro de basquetebol para residência.

Esportivo - Saúde

3. Casco de cavalo transformado em cinzeiro.

Proveitoso - Inventivo

53

4. Cogumelo gigante seco.

Naturalista

5. Colher grande de alumínio.

Culinária - Caseiro

6. Despertador. Preocupado

Atencioso

7. Disco de arado transformado em frigideira.

Inventivo - Proveitoso

8. Esqueleto de cabeça de vaca.

Supersticioso - Pecuária

9. Estátua de mulher em bronze. Artista

Gosta de Arte

10. Estribo para andar a cavalo.

Ruralista - Fazendeiro

11. Fechadura antiga de porta.

Preocupação - Inquietude-Fobia

12. Ferradura de cavalo.

Supersticioso - Ignorante

13. Ferro de passar roupa à brasa.

Econômico - Poupador

14. Ferro elétrico de passar roupa, com suporte de mesa.

Vaidoso - Cuidadoso-Responsável

54

15. Ferro elétrico de passar roupa, sem suporte de mesa.

Vaidoso - Não cuidadoso

16. Grelha de ferro para fazer churrasco.

Festeiro - Cozinheiro-Churrasqueiro

17. Lamparina a querosene.

Antiquado - Saudoso

18. Lança indígena para caça.

Naturalista - Selvagem

19. Máquina de descascar laranja.

Curioso - Folgado

20. Moinho para moer pimenta do reino.

Autonomia - Independência

21. Panela de ferro.

Culinária - Conservador

22. Pé (suporte) de banheira muito antiga.

Curioso - Antiquário

23. Peça de carroça.

Curioso - Antiquário

24. Serra para madeira.

Autonomia - Manufatura

55

25. Tigelinhas esmaltadas.

Culinária - Bulimia

26. Tinteiro para escrivaninha.

Antiquário - Escritor

27. Tubo de metal para guardar documentos.

Preocupado - Cuidadoso

28. Vassourinha feita de vegetal.

Limpeza - Organizada

MINI-MUSEU NO BOLSO?

Ao pesquisar na internet sobre mini-museu encontrei uma

referência interessante.

Nos USA Hans Fex de Virginia vem coletando espécimes

para os últimos 35 anos.

Como você pode ter mais incrível museu do mundo no seu

bolso.

Pequenas amostras de cada um são exibidas em um bloco

transparente.

Alguns dos itens remontam bilhões de anos e alguns muito

mais recentes.

Uma boa ideia vou começar a guardar coisas pequenas,

entradas na natureza:

pedrinhas, peninhas de pássaros, dentinhos, sementinhas, etc.

Você gostou? Tem de diversos preços e tamanhos. Eu

creio que vale a pena.

Se você só puder dar 1,00 dólar, Hans não é mesquinho.

56

Ele aceita de coração e no vídeo de agradecimento seu nome

estará lá. Por um dólar, você queria o quê?

Por 20,00 dólares você ganha uma camiseta e a partir de

79,00 dólares é que fica legal, pois há três tamanhos de Mini

Museu:

pequeno - 5 cm de largura x 7,62 cm de altura x 2,5 cm de espessura

- 11 espécimes.

Médio - 7,62 cm de largura x 11,4 cm de altura x 2,5 cm de

espessura - 22 espécimes

Grande - 10 cm de largura x 12,7 cm de altura x 2,5 cm de

espessura - 33 espécimes

Não importando qual a recompensa que você escolher,

cada Mini Museu é acompanhado de:

Mini Museu artesanal, envolto em resina (Edição Limitada)

Livreto detalhado com fotografias e informações sobre todos

exemplares na peça.

Algumas histórias de aventura incríveis que Hans teve para

conseguir esses exemplares (como escalar uma montanha

na Roménia durante uma tempestade!).

Com 5000 dólares, você ganha um passeio pelo Smithsonian,

passagem de avião (ele falou "continental", então Brasil

está valendo... eu acho), estadia (uma pessoa.

Você quer falir o sujeito? e produzir o seu próprio Mini

Museu. Curiosamente, ninguém ainda doou essa quantia.

57

REFERÊNCIAS

Américo Cruz- Textos > Contos -, 20/06/2007.

Bíblia Sagrada (Edições Paulinas,1980).

Bossuet- O Fiel Depositário- Sermão proferido por Bossuet.

Catecismo da Igreja Católica - P.12.3 Fração do pão.

Celso Ferrarezi Junior, pós-doutor em semântica e professor

da Unifal (MG).

Jaime Rubio Hancock 21 Jun 2015. Oito leis de Murphy que

têm base científica.

Jules Vallès- "Le respect du pain" - O respeito ao pão escritor

francês (1822-1885).

Juliana Spinelli Ferrari- Universidade Estadual Paulista.

Luiz Ferraz Neto. As 100 melhores Leis de Murphy.

Luís Gustavo Medeiros- Significado de Deu zebra.

Síndrome de Diógenes" (ou DOC- Distúrbio Obsessivo Compulsivo):

Bárbara Perdigão Stumpf, Wéllina Gondim, Paulo Giraldes,

Andréa Castello Branco, Emilce Shrividya Starling, Altino

Bessa Marques Filho, Wéllina Gondim.

Wikipédia- "Avareza ou sovinice".

58

MADEIRAS - COLEÇÃO LAJOPA

Introdução

A coleção foi feita durante o período (30 anos) que trabalhei

na Fazenda Experimenta de Criação (FEC).

As amostras foram sendo coletadas à medida que iam

aparecendo. O tamanho das amostras: 10X15 cm.

A maioria das amostras foram obtidas de árvores das matas

e pomares da FEC.

Algumas amostras vieram de outras regiões.

Esta coleção (amostras) foi feita na carpintaria, por nossos

amigos e colegas Colombo e Dito.

A coleção está no mine museu LAJOPA

1-Abacate;

2-Amendoim (móveis, tonéis, tábuas);

3-Angico (Vigas, dormentes, tacos);

4-Arueira (postes, moirões, estacas);

5-Cabriúva ou óleo bálsamo (móveis);

6-Canafístula (pesada, soalhos, tábua);

7-Candeia;

8-Canela (tábuas, caixas);

9-Capitão;

10-Caviúna;

11-Caixeta (lápis, violão, madeira leve);

12-Cedro(leve, móveis, barcos);

13-Cedro aruana;

14-Cerejeira;

15-Cibipiruna (ornamental);

16-Ciriguela (fruta);

59

17-Embaúba (banana de macaco);

18-Emburana (amburana);

19-Eucalipto;

20-Eucalipto rosa;

21-Eucalipto vermelho;

22-Faveiro (pesada, pontes, cruzetas);

23-Garapa (pesada, vigas, postes);

24-Goiaba;

25-Gonsalo Alves (pesada, móveis);

26-Grevilha;

27-Guarantã (pesada, estacas, cabos);

28-Guaritá;

29-Guatambu (pesada, cabos, móveis);

30-Imbuia (móveis finos, decorações);

31-Ipê ( pesada, cruzetas, tacos);

32-Jacarandá;

33-Jacarandá amarelo-paulista (pesada, móveis, assoalhos);

34-Jacarandá da Bahia (pesada, móveis de luxo, cabos);

35-Jacarandá mimoso (leve, caixas);

36-Jambolão;

37-Jatobá-jataí (pesada, carpintaria);

38-Jequitibá (leve, tábuas);

39-Laranjeira;

40-Lixa;

41-Mamica de porca;

42-Manga;

43-Marfim (pesad, móveis, torneados);

44-Mogno;

45-Óleo Copaíba (móveis, cabos);

46-Paineira;

60

47-Pau Brasil (pesada, móveis);

48-Pau ferro (pesada, carpintaria);

49-Pereira (+ou-pesada, vigas, barris);

50-Peroba;

51-Peroba rosa (pesada, carpintaria, vigas);

52-Pinho da FEC-paraná (leve, carpintaria);

53-Pinho de Riga;

54-Sapuva;

55-Sobrasil;

56-Sucupira (pesada, móveis, tacos);

57-Taiuva-amoreira (pesada, carpintaria, esteios);

58-Tamburi (leve, barcos, móveis);

61

LIVROS PUBLICADOS- LAJOPA

MANUAL PRÁTICO-GADO DECORTE

O manual foi organizado para orientar o bovinocultar em

sua atividade. São apresentadas soluções para os problemas.

As alternativas e exemplos de como conduzir um criação são

indispensáveis para não se perder tempo em tentativas.

Além de atender o criador o manual é didático, auxiliando

alunos e professores nas escolas. As técnicas auxiliam os pecuaristas

no ajustamento dos sistemas de produção. Em resumo

o manual aborda de forma prática e simples os assuntos, adotando

uma sequência lógica.

Como pesquisador aposentado do Instituto de Zootecnia

SP, procurei utilizar dados de experimentos publicados pela

Instituição e a prática adquirida em 30 anos de trabalho na

Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho. Outras

fontes de consulta foram indispensáveis e de grande valia, ficando

aqui o nosso agradecimento aos autores.

Atualizado em 25 de setembro de 2009

OS ANIMAIS E AS RELIGIÕES

Os autores dos livros bíblicos do Antigo Testamento utilizavam

uma linguagem própria da época, portanto não é possí-

vel considerar as narrações como uma história no sentido

clássico e moderno. Os fatos são relatados em linguagem sim-

62

ples e figurados, de acordo com a inteligência de uma humanidade

menos avançada.

As interpretações são difíceis, exigindo muito cuidado e

estudos, desta forma foram consultados trabalhos publicados

por religiosos, teólogos, Magistério da Igreja Católica e conclusões

encontradas na própria Bíblia.

No Oriente Médio era muito comum a criação de ovinos e

caprinos. Os animais domésticos, no antigo testamento, foram

muito utilizados como oferendas a Deus. Além dos animais

domésticos os selvagens são muito citados como, por

exemplo, a serpente, corvo, gafanhoto, lobo, leão e muitos

outros.

Os pastores eram pessoas que cuidavam e protegiam os

rebanhos. Na simbologia bíblica, Deus é comparado ao pastor,

aquele que tem, ao mesmo tempo, autoridade e solicitude para

com suas ovelhas.

O objetivo deste estudo foi o de analisar e tentar compreender

as passagens bíblicas nas quais os animais foram citados.

Neste trabalho procurou-se entender o "porque" do sacrifício

dos animais em oblação a Deus. As oferendas eram feitas

com muito respeito, embora cruentas (com derramamento

de sangue).

PROVÉRBIOS OU DITOS

Na literatura consultada foram encontradas várias obras

que tratam de provérbios, de um modo geral. A proposta deste

trabalho foi a de reunir somente os provérbios relacionados

com os animais, neste sentido não foi encontrado nenhum.

63

O homem aproveita as características comportamentais,

anatômicas e fisiológicas dos animai, em expressões, palavras

e provérbios. Como exemplo: Uma andorinha não faz verão. O

significado deste provérbio é de que não se devem tirar conclusões

apressadas com base num único elemento ou num fato

isolado.

Os provérbios ou ditos se revestem ora com sentido animalesco,

isto é, bestial ou brutal, ora com carinho e delicadeza.

Os animais perdem a sua natureza para encarnarem os vícios

humanos. Desta forma vão se formando os brasileirismos consagrados.

Galanteador- Que corteja as mulheres. O galo é uma

ave que apresenta penas bonitas, canta nas madrugadas para

marcar o seu território. Como outro exemplo o leão não é o

nobre rei dos animais, mas o opressor, símbolo da tirania que

esmaga os fracos. O animal passa a ser um símbolo da má conduta

humana. O imposto de renda é chamado de leão. Leão de

chácara- porteiro de boate.

A relação apresentada trás os animais em ordem alfabética

com os ditos a eles relacionados e os significados. Neste

trabalho foram consultadas as seguintes referências: Pequeno

Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Ilustrado, Abril

Cultural; Mini Aurélio, 2004; Moral da História, Legrand; Revista

de História, Biblioteca Nacional, 2010; Provérbio de Todo

o Mundo, Editora Escala. Sites:

https://fraseseproverbios.com.br

www.metaforas.com.br

www.golfinho.com.br,

Muitas expressões foram relacionadas com base em conhecimentos

próprios e que são utilizadas regionalmente e até

no meio familiar.

64

O LEÃO ENAMORADO

As fábulas ou parábolas são narrações alegóricas cujas

personagens são, em regra, animais, e que encerram lição moral.

Os animais têm sido tema de muitos escritores, durante

séculos. ESOPO foi um fabulista grego, escravo, nascido ao redor

de 600 a.C., que utilizava em suas fábulas os bichos com os

quais simboliza os homens, com uma moral no fim. O objetivo

destas fábulas era o de orientar o povo de como viver de forma

prática. As fábulas de ESOPO foram compiladas por FEDRO (30

A. D.) e por JEAM DE LA FONTAINE (1621 AD).

ARISTÓFANES (445 a 386 a.C) escreveu uma comédia na

qual a cidade era habitada somente por aves. JONATHAN

SWIFT (1726), em sua obra "AS VIAGENS DE GULLIVER", fez

seu herói GULLIVER chegasse a um lugar onde os cavalos, inteligentes

e capazes de falar, governavam e faziam dos homens

criaturas ignorantes, seus escravos.

PIERRE BOULLE (Século XX), escreveu "O PLANETA DOS

MACACOS", que foi transformado em filme de grande êxito. O

escritor inglês GEORGE ORWELL em seu livro- "A REVOLUÇÃO

DOS BICHOS" (1945), recorre aos bichos para retratar as fraquezas

humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto

pela Rússia, na época de Stalin.

Segundo BARBARA DE CARVALHO (1970), as fábulas de LA

FONTAINE são armas satíricas: críticas de caráter e de costumes,

em que os animais retratam os vícios e as maldades do

homem. Este tipo de fábula não é indicado para crianças. Os

animais são utilizados como símbolo da má conduta humana.

WALT DISNEY criou a fábula moderna, indicada para

crianças.

65

MONTEIRO LOBATO em suas fábulas, adaptadas de Esopo,

cria uma forma mais humana e própria às crianças.

A EDITORA BLOCH (1972) na obra "OS ANIMAIS" publicou

as fábulas de LA FONTAINE, nas quais aparecem somente

os bichos como protagonistas. A EDITORA BLOC publicou

"ANTOLOGIA DE CONTOS BRASILEIROS DE BICHOS". Pela

internet foram consultados os seguintes sites:

www.metaforas.com;

sitededicas.ne10.uol.com.br/FAB.htm

As ilustrações de algumas fábulas foram copiadas do site

www.metaforas.com.

As referências bibliográficas citadas serviram de base para

esta compilação. Neste livro procurou-se reunir e resumir

150 fábulas nas quais 80 animais diferentes são utilizados, de

forma simbólica. Nesta coletânea os animais mais citados foram:

raposa 29 vezes, leão 25, lobo.22, burro.19, rato 14, cão

14, águia 12, galo e gato.12, rã12, cavalo.11, cabra 10.

NARRATIVAS DO LAJOPA

Durante a vida de uma pessoa ocorrem situações que ficam

marcadas para sempre. No meu caso acumulei uma série

delas que julguei interessantes e resolvi jogá-las para fora, escrevendo-as.

A resenha é, portanto, uma tentativa de compartilhar

as passagens por mim vividas com os meus parentes e

amigos.

Não tenho a pretensão de escrever usando um estilo literário,

porque não tenho capacidade para tanto. A maioria das

narrativas foi escrita a partir de um fato, algumas com pitadas

66

de ficção, com ar de brincadeira ou como histórias infantis que

foram destinadas aos meus filhos e netos.

Como veterinário tive a oportunidade de viver uma série de

situações nas quais os animais se tornaram os temas principais

dos contos. Ao final de cada narrativa procuro, em sua

maioria, concluir levando alguma informação ao leitor. Através

das ocorrências, muitas vezes subjetivas, procurei chegar a

alguma conclusão técnica.

NOSSA SENHORA MENINA

Ao escrever este livro procuro render uma homenagem à

Nossa Senhora Menina. A história da Natividade de Maria é

pouco conhecida, bem como a sua devoção, ainda Nenê, pouco

praticada. O livro tem ainda como objetivo levar ao conhecimento

de parentes, amigos e principalmente aos meus filhos e

netos um fato ocorrido por ocasião do meu nascimento. Eu fui

acometido por uma grave doença, quase levando-me a morte.

A minha mãe, em muitas oportunidades, contava sobre a doença

e o aparecimento, em suas mãos, de um santinho de Nossa

Senhora Menina. Diante do santinho ela fez um pedido para

a minha cura e foi atendida.

Este livro está organizado em partes. Na primeira é relatado

um testemunho de uma graça alcançada pela minha mãe.

Nas outras partes um trabalho de revisão sobre a devoção e

vida da Mãe de Jesus quando nenê.

Nesta introdução devo recomendar aos leitores uma aten-

ção especial para as devoções à Nossa Senhora Menina, praticadas

aqui no Brasil. A devoção à Maria Bambina, padroeira da

cidade de Milão, Itália, remonta ao ano de 1007.

67

DEPOSITÁRIO DA IGREJA

Diante de um acontecimento, na minha vida, resolvi estudar

e escrever sobre o que vem a ser um verdadeiro depositá-

rio da Igreja Católica.

Antes de iniciar a escrever sobre este assunto peço desculpas

pela falta de modéstia, mas acho que este relato poderá

ser útil a alguém. O meu senso de autocritica leva-me a uma

indecisão se poderia ser reconhecido ou chamado como um

depositário da Igreja Católica. O que eu fiz e faço como apostolado

leigo é muito pouco.

A palavra depositário, neste trabalho, significa um indiví-

duo que após o batismo recebe, guarda, divulga e defende com

fidelidade os ensinamentos da Santa Igreja Católica. Outra denominação

donatário que significa um indivíduo que recebeu

uma doação que pode ser um depositário.

O livro foi dividido em duas partes, na primeira um relato

de um acontecimento, um testemunho, na segunda procuro

fazer uma revisão do tema depositário da Igreja- Documentando

o pensamento e as orientações dadas pela Igreja Católica

sobre o que vem a ser um depositário.

O "REMENDADOR" LAJOPA

O que fazer após aposentado? Por 40 anos trabalhei como

Médico Veterinário e aposentei na carreira de Pesquisador

Científico VI, pelo Instituto de Zootecnia.

A nossa casa fica no centro de Sertãozinho SP, em uma

área de 800 m², com piscina e uma boa horta. O meu sonho

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era ter um sitio onde poderia engordar os meus bois e plantar

de tudo um pouco. Não deu outra acabei comprando um sítio.

Dentro dos meus limites cuido da horta, da piscina e vou ao

sitio uma vez por semana.

O livro foi dividido em partes e com o auxílio da internet

fui definindo o que vem a ser um remendador, no dia a dia e na

religião. Nas horas vagas tenho meus hobbys e passo o dia remendando.

Além disso tenho um minimuseu, com peças guardadas

que pertenceram aos nossos pais e uma coleção de

amostra de madeiras. Com as peças do minimuseu desenvolvi

um teste de avaliação da personalidade das pessoas. Este meu

hábito de vida levou-me a ter a ideia de escrever este livro.

Laércio 2016