Origem dos Animais

Laércio José Pacola - 2014

Agradecimento

Deus Pai: criador do mundo

O Credo Niceno-Constantinopolitano faz referência a Deus Pai:

1. Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,

Criador do Céu e da Terra,

De todas as coisas visíveis e invisíveis.

(O Credo Niceno-Constantinopolitano ou Símbolo Niceno-Constantinopolitano, é uma declaração de fé cristã, aceito pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa. O Credo é composto por doze artigos. Foi escrito formalmente durante o primeiro Concílio Ecumênico em Nicéia (no ano 325) e o segundo Concílio Ecumênico em Constantinopla (no ano 381).

Agradeço a Deus pela motivação em estudar a sua Criação.

Laércio José Pacola

Julho de 2014

INTRODUÇÃO

Tema e importância

O tema deste trabalho Criação e Evolução têm sido muito debatido entre religiosos e cientistas. A importância deste estudo é evidente, pois trata de como a Terra foi criada e toda vida existente. Como os animais surgiram na terra? A Igreja Católica, atualmente, preocupa-se em conciliar as teorias que tratam sobre a origem da vida na Terra: Criacionismo e Evolucionismo. As divergências provocaram discussões acirradas, por ocasião do livro "A Origem das Espécies" de Darwin, publicado há 150 anos. Os católicos não descartam totalmente o evolucionismo, neste caso a teoria é chamada de criacionismo evolucionista, que procura descrever o método com que Deus tenha criado todas as coisas.

Justificativa

Ao iniciar este trabalho de revisão sobre a origem das espécies animais deparei-me com divergências entre a ciência e a religião. São inúmeras as publicações que tratam deste assunto. Em um determinado momento senti-me incapacitado em analisar as teorias sobre Criação e Evolução. Os meus estudos em Medicina Veterinária, mestrado em Zootecnia e como Pesquisador Científico nível VI do Instituto de Zootecnia, me levaram em acreditar na evolução das espécies, mas com a interferência de Deus.

Esta minha posição evolucionista ficou bem fundamentada quando estudava anatomia comparada dos animais e me deparava com as chamadas estruturas ou órgãos vestigiais encontradas nos animais e no homem. Desta forma fica justificado este trabalho de revisão sobre este assunto.

Objetivo

O objetivo desta revisão foi o de proporcionar aos leitores algumas reflexões sobre como Deus criou o homem e toda esta diversidade de espécies de animais.

O presente trabalho procurou revisar e resumir alguns artigos que tratam do assunto. As referências bibliográficas consultadas são apresentadas de forma informal, procurando ser imparcial, deixando as conclusões para os leitores.

Resumo

O assunto é complexo porque envolve a criação do homem e dos animais por Deus (criacionismo) e a teoria da origem das espécies (evolucionismo), com base científica. O criacionismo é a crença religiosa de que a Humanidade, a Vida, a Terra e o Universo foram criados por Deus. O evolucionismo surgiu a partir da paleontologia, da biologia molecular e da classificação das espécies, com atenção especial à origem do homem. Através das referências bibliográficas consultadas pode-se concluir que a Igreja Católica, admite a evolução das espécies conduzida pela mão de Deus. Apesar deste posicionamento ainda existem pessoas que defendem a criação como está escrito na Bíblia.

No Magistério da Igreja Católica (§159 Fé e Ciência) encontra-se uma explicação sobre Religião e Ciência: "se a pesquisa metódica, em todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica, segundo as leis morais, na realidade nunca será oposta à fé".

Os assuntos foram elaborados com base nas referências bibliográficas consultadas. Após as consultas procurou-se fazer um resumo dos trabalhos dos autores, dando ênfase naquilo que julgou-se importante.

Laércio José Pacola- Médico Veterinário (USP), Mestrado (UFMG), Pesquisador Científico VI aposentado pelo Instituto de Zootecnia.

CAPÍTULO I

CRIACIONISMO

Definições

A seguir são apresentadas definições de criacionismo de vários autores.

O termo criacionismo é uma doutrina segundo a qual a origem dos seres é um ato de criação, e não o resultado de um processo contínuo de evolução.

A doutrina é um conjunto de princípios que servem de base a um sistema filosófico ou científico.

Cada religião tem a sua doutrina, dando a explicações de como tudo surgiu no Universo, na Terra e toda a Vida.

Na Doutrina Católica (Magistério) encontra-se o chamado criacionismo evolucionista, defendendo que as teorias científicas não negam a origem divina do mundo, tendo somente a função de descrever o método com que Deus tenha criado todas as coisas.

O criacionismo é dividido em varias vertentes (tipos) e sub-vertentes, dependendo da religião que ele se origina, assim nos deparamos com diferentes definições de criacionismo.

As definições do termo criacionismo, na sua maioria, levam à crença de que Deus foi o criador do Universo e de toda vida.

Outras admitem que tudo foi criado (planejado) por uma entidade inteligente, não definindo quem foi o criador.

Uso do termo criacionismo

O criacionismo, de forma geral, é a crença religiosa de que a Humanidade, a Vida, a Terra e o Universo são a criação de um agente sobrenatural.

O criacionismo cristão acredita que tudo foi criado por Deus.

Existem grupos criacionistas que aceitam a evolução, mas com a intervenção de Deus.

O Livro Sagrado deve ser interpretado à luz das ciências. Os fiéis desta forma ficam livres para interpretar a seu modo a revelação Divina.

Dentro do criacionismo existem vários tipos como, por exemplo, o criacionismo chamado desenho inteligente, que se fundamenta em supostas evidências de que houve planejamento no surgimento das espécies.

Grandes grupos ou categorias criacionistas

Os grupos criacionistas podem ser classificados das mais variadas formas já que o critério escolhido para dividi-los sempre será subjetivo (depende de cada pessoa).

Cada pessoa, segundo o seu livre arbítrio, escolhe o tipo de criacionismo que melhor se enquadre no seu modo de pensar.

Se nos apegarmos fielmente a definição de criacionismo, então qualquer grupo, religioso ou não que professe a crença da Criação do mundo em Deus ou em ser inteligente, pode ser considerado criacionista.

Teríamos que listar praticamente quase todas as religiões do mundo o que se torna inviável.

I. O criacionismo cristão

Dentro do grande grupo criacionismo cristão existem vários subgrupos: Terra Jovem, Terra Antiga, Progressivo, Antropocêntrico, Teista, Desenho Inteligente.

A seguir são apresentadas as principais características de cada grupo.

II. Criacionismo da terra jovem ou literalistas bíblicos

Os cristãos criacionistas da Terra Jovem ou literalistas bíblicos acreditam que tudo foi criado segundo o que está escrito na Bíblia.

Alguns cristãos negam prontamente qualquer existência de evolução, afirmando que Deus criou todas as espécies como elas são até hoje sem modificações.

Outros acreditam que houve algum tipo de evolução.

III. Criacionismo da terra antiga

Os criacionistas da Terra Antiga (ou Terra Velha) aceitam a idade científica Terra e do Universo e reformulada por dilúvio global.

Eles também defendem que certas partes do Gênesis devem ser interpretadas metaforicamente (Significado de uma palavra é substituida por outra, em virtude de relação de semelhança subentendida).

Mesmo entrando em concordância com a maior parte das ciências, não aceitam a Teoria da Evolução em sua totalidade, ou a repudiam totalmente.

IV. Criacionismo progressivo

Os adeptos do grupo Progressivo acreditam que o homem foi criado diretamente por Deus, com base na anatomia dos primatas.

As espécies biológica foram criadas por Deus, com evolução mas, sem ancestral comum.

Aceitam a idade científica da Terra, mas sem dilúvio global.

V- criacionismo antropocêntrico

Este tipo limita a intervenção de Deus à criação da alma humana, para distingui-lo é chamado Criacionismo Antropocêntrico.

A Igreja Católica tem deixado espaço para as teorias científicas, desde que não ultrapassem os limites estabelecidos pelo Magistério.

VI. Evolucionismo teísta

Os Teistas Evolutionistas aceitam a Teoria da Evolução, vendo ela como uma ferramenta para com a qual Deus construiu a vida na Terra.

Entre os seguidores desta teoria evolucionista teísta existem pequenas divergências sobre o papel do homem na evolução.

Enquanto alguns grupos acreditam que os seres humanos evoluíram da mesma forma que outros animais, outros vêem que o homem foi à criação especial de Deus, tendo uma evolução mais "planejada" que as dos outros animais.

Outros grupos acreditam que as espécies foram criadas diretamente pelos processos descritos na teoria darwiniana da evolução, portanto são chamdos cietíficos.

Outros grupos acreditam nos processos evolutivos, mas progridem segundo a vontade e a gerência de Deus. Deus é a causa e a evolução o mecanismo que Ele usa. A alma humana foi criada por um ato distinto da criação divina. Este grupo é chamado criacionismo antropocêntrico (atitude ou teoria que tem o homem como referencial único.

Evolucionismo teísta, ou evolução teísta é uma ideia filosófica criacionista que busca conciliar a ideia de Deus e a teoria da evolução.

Teísmo segundo Francis Collins

Recentemente Francis Collins, diretor do projeto Genoma, publicou uma defesa do teísmo evolucionista onde propôs o conceito de "Bios pelo Logos", ou simplesmente "BioLogos" ("bios", em grego "vida" e "logos", em grego "palavra").

Obedece tipicamente a seguinte versão:

"1. O universo surgiu, há aproximadamente 14 bilhões de anos (pela imposição de leis por Deus)".

2. Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem ter sido ajustadas para a criação da vida;

3. Embora o mecanismo exato da origem da vida na Terra permaneça desconhecido, uma vez que a vida surgiu, o processo de evolução e de seleção natural permitiu o desenvolvimento da diversidade biológica e da complexidade durante espaços de tempo muito vastos;

4. Tão logo a evolução seguiu seu rumo, não foi necessária nenhuma intervenção sobrenatural (mas, alguns acreditam que a evolução é subtilmente acompanhada e orientada por Deus, como a ideia de Deus-presente-no-Universo de Spinoza);

5. Os humanos fazem parte desse processo, partilhando um ancestral comum com os grandes símios;

6. Entretanto, os humanos são exclusivos em características que desafiam a explicação evolucionária da Lei Moral (o conhecimento do certo e do errado) e a busca por Deus, que caracterizam todas as culturas humanas".

VII. Os que acreditam que a entidade inteligente seja uma forma de vida inteligente (alienígenas)

Até o presente momento não se tem informações sobre a existência de vida em outros planetas. Esta hipótese, no entanto, é aceita por este grupo.

VIII. Criacionismo judaico

O criacionismo judeu não se difere muito do criacionismo cristão, já que compartilham da mesma história da Criação.

A maior parte dos judeus se considera evolucionista teísta, embora os criacionismo mais literais ganharam enorme espaço entre os segmentos Ortodoxos do judaísmo. Mas isso não é necessariamente uma regra, podendo existir ortodoxos que acreditam na Evolução como liberais que não acreditam.

Segundo os judeus, existe somente um Deus, todo-poderoso que criou o universo e tudo o que nele há. Os judeus acreditam que Deus tenha uma relação especial com o seu povo, consolidada no pacto que fez com Moisés no Monte Sinai, 3,5 mil anos atrás.

Os judeus acreditam que os seres humanos foram feitos à semelhança de Deus.

Obedecer a "lei" é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor por Deus. É por isso que judeus religiosos seguem certas práticas espirituais sem precisar de razões extras religiosas para obedecer as regras.

IX. Criacionismo islâmico

O Islamismo é um sistema religioso fundado no início do século VII por um homem chamado Maomé. Os muçulmanos seguem os ensinamentos do Corão.

Crença em um Deus: os muçulmanos acreditam que Alá seja o único, eterno, criador e soberano.

X. Exocriacionismo

Os seguidores do exocriacionismo acreditam que civilizações alienígenas, cientificamente avançadas, (que vieram de outras regiões) conduziram experiências de manipulação genética nos primatas ancestrais de nossa espécie, misturando DNA alienígena e primata, formando assim o Homo Sapiens e alguns de seus ancestrais mais próximos no processo.

Dentro do exocriacionismo, existem muitas interpretações sobre quais Deuses são os alienígenas.

Essa crença é apoiada pelos incríveis monumentos criados por civilizações que aparentemente não apresentam o aparato tecnológico parar realiza-las, como as pirâmides tanto egípcias quanto das civilizações da América central, quanto os Moais de pedra gigantes da ilha de Páscoa.

XI. Desenho inteligente (Intelligent Design) (ID) (Desenho ou projeto inteligente ou Criacionismo dito científico)

Esse grupo já é um ramo um tanto separado do criacionismo em geral.

Os defensores do chamado desenho inteligente, pertencentes às igrejas evangélicas dos USA, que postulam a criação dos seres com base na Bíblia, tentaram impedir o ensino da teoria da evolução nas escolas. Para tanto elaboraram uma forma de conciliar o ensino religioso travestido de ciência.

No final de 2005 um grupo de pais na cidade de Dover, EUA, entrou na justiça quando soube que a escola local queria ensinar o conceito de design inteligente nas aulas de ciência, como sendo uma teoria científica alternativa à da evolução. Tirando a ênfase do aspecto religioso e adotando uma argumentação "científica": o chamado "desenho inteligente".

No final do julgamento em Dover, o juiz proibiu qualquer menção ou ensino de teorias oriundas do conceito de design inteligente nas escolas de aula baseando-se na laicidade prevista pela Constituição dos EUA.

O objetivo não é explicar a teoria do design inteligente, e sim em mostrar que tais defesas (a favor do DI) podem ser refutadas facilmente, ao se entender sobre as estruturas vestigiais, entre outros argumentos a favor do fato, pois a evolução não é apenas uma teoria, considerado um fato, é provado e nítido seus acontecimentos.

Princípio do Desenho Inteligente:

O fato de existir vida e da forma como ela é, complexa, não poderia ser creditada ao acaso (evolução). Desta forma esta teoria contesta evolucionistas em relação ao surgimento da vida na Terra.

A origem dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo natural pela seleção natural.

Criacionismo dito científico: Dentre os criacionistas de terra antiga e clássicos figuram-se aqueles denominados defensores de um criacionismo científico, com fundamento em supostas evidências de que houve planejamento no surgimento das espécies (no que se associa ao chamado Design Inteligente, do planeta e de todo o universo, em suma, argumentos teleológicos).

A teoria do Design Inteligente embora não conteste um processo gradual de evolução, aponta uma causa inteligente para as características naturais dos seres vivos.

Não são necessários conhecimentos sobre o projetista, seus objetivos e métodos empregados na execução do projeto.

Enquanto alguns acreditam que toda a vida e o Universo foram criados por uma entidade inteligente, outros postulam que só certas partes dos organismos e do Universo foram criadas por essa entidade inteligente.

Os evolucionistas consideram o Desenho Inteligente o criacionismo clássico travestido de pseudociência para poder ser ensinado nas escolas.

Pelas definições pode-se concluir que o chamado desenho inteligente apresenta algumas posições aceitas e também divergentes.

Fica claro que houve um criador de tudo, sem identificá-lo, enquanto o criacionismo religioso afirma quem é o Criador.

Comparações das vertentes criacionistas

(Tipos de criacionismo bíblico)

Na TABELA I estão resumidos alguns dos diferentes tipos de criacionismo com as comparações das vertentes.

A classificação a seguir não é a "certa" sendo que classificações diferentes podem ser encontradas, devido à característica da variedade entre os grupos criacionistas.

Tradições criacionistas

Movimentos criacionistas existem entre pessoas de diferentes religiões como o judaísmo, hinduísmo, cristianismo e islamismo.

Fé bahá'í

A fébahá'í é uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia, do século XIX que enfatiza a unidade espiritual da humanidade.

Os Bahá'ís acreditam na existência de um único Deus, o criador de todas as coisas.

Trata-se de uma religião independente que possui as suas próprias leis, escrituras sagradas, administração e calendário. Mas não possui dogmas, clero, nem sacerdócio.

Estima-se que existam cinco a seis milhões de bahá'ís espalhados por mais de 200 países e territórios.

Grécia Antiga

Segundo os gregos antigos, conforme o texto antigo Teogonia, de Hesíodo, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do mundo.

Do Caos nasceu Gaia (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos engendrou o Érebo (as trevas infernais) e a noite (Nix), e da união de Érebo e Nix nasceram o dia (Hemera) e o Éter.

Gaia engendrou o céu (Urano), as montanhas (Óreas) e o mar (Ponto). A partir destes deuses primordiais nasceram também os Titãs, os Gigantes e as Ninfas dos Bosques, sendo os principais deuses filhos e descendentes dos Titãs.

Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana - homens e mulheres - moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.

Hinduísmo

O Hinduísmo é conhecido como uma religião politeísta, com cerca de 330 milhões de deuses, também tem um "deus" que é supremo: Brahma.

Acredita-se que Brahma seja uma entidade que habita em toda área da realidade e existência, por todo o universo.

Acredita-se que Brahma seja um deus impessoal que não pode ser conhecido e que ele existe em três formas separadas:

Brahma-Criador; Vishnu-Preservador e Shiva - Destruidor.

Iorubá

Na crença de Iorubá, o processo de criação envolve várias divindades. Em uma das versões, Olorum - Senhor Deus Universal - criou primeiramente todos os Orixás (divindades) para habitar Orun (o Céu, mundo espiritual), com o objetivo de usá-los como auxiliares para executar todas as tarefas que estariam relacionadas com a própria criação e o posterior governo do mundo.

Então, Olorum encarregou Obatalá de criar o mundo; mas este, com pressa, não rendeu a Bará os tributos devidos e, durante sua caminhada, parou para beber vinho de palmeira e, embriagando-se, adormeceu.

Oduduá, a Divina Senhora, foi ao encontro de Obatalá e, ao vê-lo adormecido, pegou os elementos da criação e começou a formação física da terra. Ela mandou que cinco galinhas d'angola começassem a ciscar a terra, espalhando-a, dando assim origem aos continentes.

Oduduá soltou então os pombos brancos - símbolo de Oxalá - e assim nasceram os céus. De um camaleão fez surgir o fogo e, com caracóis, ela criou o mar.

Islamismo

O criacionismo islâmico é a crença de que o universo (incluindo a humanidade) foi criado diretamente por Deus, como é explicado no Alcorão

O Islã também tem seu próprio evolucionismo teísta, que sustenta que a análise científica dominante sobre a origem do universo, é apoiada pelo Alcorão.

No Islã não há preocupação em relação a conflitos entre o Alcorão e os principais pontos da teoria evolucionista.

Judaísmo e cristianismo

Na tradição judaico-cristã sobre a criação divina do mundo, que é baseado em Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Javé ou Jeová (ou Deus), perfeito, incriado, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento central da estrutura criacionista.

Criacionismo e o Magistério da Igreja Católica- Ciência e Fé

"Se a pesquisa metódica, em todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica, segundo as leis morais, na realidade nunca será oposta à fé".

Entre os católicos existem aqueles que acreditam na criação como está escrito na Bíblia e outros acreditam na criação divina e aceitam ao mesmo tempo a teoria proposta pela ciência da evolução das espécies animais. Vide Magistério da Igreja Católica no Capítulo VII, página...

Como Deus criou os animais, segundo a Bíblia

Gên.1,20-23- No quinto dia Deus disse: Produzam as águas répteis animados e viventes, e aves que voam sobre a terra debaixo do firmamento do céu. Deus criou os grandes peixes, e todos os animais que têm vida e movimento, os quais foram produzidos pelas águas segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua espécie. E Deus viu que isto era bom. E os abençoou, dizendo: Crescei e multiplicai-vos, e enchei as água do mar, e as aves se multipliquem sobre a terra.

Gên.1,24- No sexto dia disse Deus: Produza a terra animais viventes segundo a sua espécie, animais domésticos, e répteis, e animais selváticos, segundo a sua espécie. E por fim Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e presida aos peixes do mar, e às aves do céu, e a todos os répteis, que se movem sobre a térrea.

Gên. 2,19-20- Tendo, pois, O Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é seu verdadeiro nome. Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem.

Gên.1,26-27- Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais selváticos e sobre toda a terra, sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.

Gên. 2,19-20- Tendo, pois, O Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é seu verdadeiro nome. Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem.

Segundo Santo Irineu o cristão deve conhecer a "economia de Deus", pois existe uma "economia" de Deus a respeiro do mundo e do homem.

O Termo economia significa administrar, prover às necessidades e aponta para um método ou plano, que contém a idéia de um desígnio.

O plano salvador de Deus abarca tudo: o mundo, os homens, a criação e a redenção. Estas explicações sobre o termo economia foram obtidas no livro "O Amanhecer da Igreja" de Dom Fernando Antonio Figueiredo.

Notas explicativas

"Efetivamente, esses fatos relatam-nos, em linguagem simples e figurada, de acordo com a inteligência de uma humanidade menos avançada, as verdades fundamentais pressupostas pela "economia" da salvação e as descrições populares das origens do gênero humano e do povo eleito".

A forma é popular e concisa e as expressões correspondem ao tempo em que o livro foi escrito.

"Economia de Deus" abarca tudo: o mundo, os homens, a criação e a redenção.

Criação do mundo e anjos

Os anjos são seres pessoais puramente espirituais, invisíveis, incorpóreos, imortais e inteligentes. Eles servem e obedecem à vontade de Deus.

Segundo São Basílio Magno, "cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor, para conduzi-lo à vida", sendo esses protetores chamados de anjos da Guarda.

Argumentação criacionista

Alguns adeptos ao criacionismo (Leteralistas e da Terra Antiga) não aceitam a teoria da evolução, apresentando as seguintes argumentações:

Não aceitam (contestam ou desmentem) a geração espontânea.

Neste sentido o pesquisador Louis Pasteur demonstrou, experimentalmente, que a vida não surge espontaneamente de materia que não apresenta vida.

Foi provado que nenhum mecanismo pode gerar vida de qualquer matéria sem vida. Irônicamente, a vida surgindo da não vida é justamente o que os criacionistas defendem.

A regularidade verificada dos elementos químicos na tabela periódica ou o fato de os acontecimentos físicos obedecerem a leis que podem ser expressas em equações matemáticas são provas da existência de um legislador que legisla e faz cumprir essas leis.

Criacionistas, no entanto, não acreditam que o universo e suas partes tenham sido criados segundo essas leis, mas que tudo foi criado do nada (ou "ex nihilo", termo em latim mais sofisticado) e só então essas leis passaram a vigorar.

Conflitos entre criação e evolução

Enquanto a ciência não comprovar de forma inquestionável como o Universo, a Terra e a Vida foram criadas sempre haverá conflitos entre a Religião e a Ciência.

Muita coisa já foi comprovada através da paleontologia, fósseis e da genética (genoma), permitindo teorias bem fundamentadas da origem da vida.

As dúvidas vão sendo tiradas conforme a ciência vai desenvolvendo as pesquisas nas áreas pertinentes.

A própria Igreja Católica aceita as conclusões dos trabalhos de pesquisa, quando elaboradas dentro das normas exigidas e publicadas em revistas idôneas e especializada

CAPÍTULO II

EVOLUCIONISMO

Evolução- definição

Evolução (também conhecida como evolução biológica, genética ou orgânica), no ramo da biologia, é a mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de organismos mudem e se diversifiquem ao longo do tempo.

A diversidade das espécies animais e vegetais existentes na Terra pode ser creditada ao processo contínuo da evolução.

Espécie animal

Quando um agrupamento de animais apresenta um mesmo material genético, ao se reproduziram geram descendentes com característica semelhantes e férteis são considerados de uma mesma espécie.

Animais com número de cromozomos diferentes não se reproduzem, salvo algumas excessões. Os hibritos nascidos do acasalamento entre espécies diferentes geralmente são infecundos, exemplo mula ou burro. Em alguns casos as espécies podem ser divididas em subespécies.

Não se deve confundir espécie com raça. Exemplo a espécie bovina apresenta várias raças (Nelore, Caracu, Holandesa, etc).

Para que sejam considerados de uma mesma espécie devem apresentar as seguintes características: 1- Semelhança anatomofisiológica. 2- Serem fecundos entre si, bem como seus híbridos (diferenças citológicas). 3- Apresentarem semelhança etológica e ecológica.

Segundo artigo publicado na Revista Pesquisa Fapesp, 20/out.2013, o conceito de especie ainda está em aberto e pode variar caso a caso, de acordo com o critério e olhar.

Diversidade dos seres vivos

A partir da publicação do livro "A Origem das Espécies" por Charles Darwin e dos conceitos da hereditariedade de Mendel, a evolução das espécies tanto de animais como de vegetais ficou comprovada, desta forma foram surgindo esta diversidade de espécies na Terra.

Consequências da evolução

Os seres vivos estão sob constantes agressões do meio ambiente, portanto vão se adaptando às novas situações. Desta forma novas espécies surgem com características diferentes daquelas que lhe deram origem.

Um exemplo: As bactérias patogênicas resistentes aos atuais antibióticos que foram sofrendo mutações através do tempo.

Síntese evolutiva moderna

A teoria da evolução, proposta por Darwin, foi combinada com a descoberta da hereditariedade por Mendel, surgindo a teoria denominada Síntese Evolutiva Moderna.

Animais de uma mesma espécie ao se acasalar produzem filhos férteis. Exemplo: O acasalamento entre cavalo com égua vai prudizir filhos férteis. No caso jumento com égua o produto (burro ou mula) não é fértil, pois não são da mesma espécie. Não se deve confundir espécie com raça- exemplo: espécie bovina com muitas raças, Nelore, Gir, Holandêsa, etc.

Os bovinos, durante a sua evolução, foram desenvolvendo compartimentos anteriores ao estômago (rúmen, retículo e folhoso), para armazenar alimentos groseiros (forragens) que deveriam ser ingeridos rapidamente (pouco mastigados) para evitar o ataque de predadores. Nestes compartimentos o alimento é fermentado, volta para ser ensalivado e remastigado (ruminação), para então ser digerido. Esta ruminação é feita, em regime extensivo, em lugares de melhor proteção dos predadores.

O cientista, que acredita na criação de tudo por Deus, diante da diversidade que a natureza apresenta tando no reino animal como no vegetal, não tem dúvida em afirmar que a evolução foi orientada pelo Criador. Exemplos: As flores, as borboletas, as aves, os peixes, etc.

A evolução de uma determinada espécie animal não pode ser comprovada através de um experimento, porque ela foi se desenvolvendo por milhares ou milhões de anos, mas nem por isso ela não é verdadeira.

A teoria da evolução pode ser provada, por exemplo, pela paleontologia (fósseis), pelo parentesco entre as espécies (genoma). A evolução, portanto, é um ponto pacífico, tornando-se uma verdade científica.

Aqui cabe uma ressalva, as mudanças climáticas que estamos observando na Terra não foram criadas por Deus, mas sim pelo próprio homem, como também a extinção de certas espécies animais.

A evolução dos seres segundo Darwin

A publicação do livro "A Origem das Espécies", de Darwin, deu início a uma polêmica sobre a origem da vida na Terra, entre a Igreja e a ciência, que iriam durar anos a fio.

A teoria evolucionista foi considerada como contrária aos ensinamentos da Bíblia e até mesmo prejudicial à religião.

Na época o próprio reinado inglês relutava em aceitar a teoria darviana, mas acabou concordando com as evidências da evolução das espécies. Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster perto dos cientistas Newton e Faraday.

Teologia evolucionista

Alguns teólogos têm procurado conciliar os textos bíblicos com a Teoria da Evolução.

Definição de teologia: Estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade e de suas relações com os homens. Cada religião apresenta uma forma de explicar como a vida surgiu na Terra.

No Magistério da igreja católica (c.36.1 ciência e fé) encontramos a seguinte orientação aos fiéis: "quem tenta perscrutar com humildade e Perseverança, os segredos das coisas, ainda que disso não tome consciência, e como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todas as coisas, fazendo com que elas sejam o que são". A palavra perscrutar significa investigar, neste caso a pessoa não precisa ser cientista.

Argumentos contra a teoria evolucionista

Argumentos contra a teoria evolucionista:

1- Falhas nas metodologias utilizadas nos experimentos e nas análises estatísticas.

2- Imprecisão nos métodos de datação radiométrica de fósseis e rochas utilizados pelos geólogos e paleontólogos. 3- Os trabalhos de pesquisa e as descobertas nunca são definitivos, sempre deixam alguma dúvida nas conclusões, nunca encarada como verdade absoluta.

4- Dúvida sobre a origem do homem se veio do chimpanzé ou do orangotango.

5- Ainda não foram encontrados fósseis comprovando detalhes da evolução de espécies, isto é os chamados elos entre o desenvolvimento de uma espécie em outra.

Por outro lado.

Os argumentos dos criacionistas literalistas, que acreditam que a vida foi criada segundo a Bíblia, são de natureza puramente religiosa e não científicos.

Estes argumentos não podem ser provados, enquanto que os evolucionistas apresentam argumentos com base nos fósseis, genoma, estruturas vestigiais, etc.

As dúvidas ainda continuam entre os adeptos de alguns grupos, como no caso dos criacionistas literalistas.

Argumentos contra o criacionismo

Argumentos contra o criacionismo.

1- O criacionismo não pode ser considerado como uma ciência, nem sequer uma teoria.

2- A evolução é uma estrutura teórica bem definida, com base estabelecidas pela ciência.

3- A evolução é uma teoria fundamentada em achados fósseis concretos.

4- O criacionismo não possui bases científicas.

Discussão:

Trata-se de uma discussão entre conhecimento científico e crenças religiosas. O ato do criacionismo não ser científico não significa, necessariamente, que é incorreto ou desprezável.

O criacionismo Cristão defende a Criação de tudo por Deus. O Catolicismo não vê incompatibilidade entre Ciência e Religião.

CAPÍTULO III

COMO A CIÊNICA EXPLICA O APARECIMENTO DOS ANIMAIS NA TERRA

Idade da Terra

Nosso planeta tem 4,54 bilhões de anos. Esse longo intervalo de tempo, chamado de tempo geológico, foi dividido pelos cientistas, para fins de estudo e de entendimento da evolução da Terra, em intervalos menores, chamados unidades cronoestratigráficas: éons, eras, períodos, épocas e idades.

Unidades cronoestratigráficas

A palavra éon (Era) significa um intervalo de tempo muito grande, indeterminado. A história da terra está dividida em éons: Hadeano, Arqueano, Proterozóico, Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico.

Uma era geológica é caracterizada pelo modo como os continentes e os oceanos se distribuíam e como os seres vivos nela se encontravam.

O período, uma divisão da era, é a unidade fundamental na escala do tempo geológico. Somente o éon (era) Arqueano não é dividido em períodos.

A época é um intervalo menor dentro de um período. Somente os períodos das eras do éon Proterozóico não são divididos em épocas.

A idade, por fim, é a menor divisão do tempo geológico. Ela tem duração máxima de 6 milhões de anos, podendo ter menos de 1 milhão. Somente as épocas mais recentes são divididas em idades.

Segundo a formação (idade) das rochas da Terra e os fósseis encontrados nelas pode-se ter uma ideia do surgimento dos seres vivos.

A história da Terra e o surgimento dos seres vivos

Era Hadeano (4,5 bilhões anos).

Formação do Sistema Solar. Não é um período geológico. Não existem rochas na Terra tão antigas.

Era Arqueano começou há 3,85 bilhões de anos.

Com a formação das primeiras rochas, e terminou há 2,5 bilhões de anos.

A vida no Arqueano já existia, mas era representada provavelmente pelos procariontes, organismos unicelulares primitivos, que não apresentavam seu material genético delimitado por uma membrana.

Os eucariontes, animais em que o núcleo da célula está rodeado por essa membrana, não foram identificados em rochas desse período, mas podem ter existido e não terem ficado preservados.

Cianobactérias formaram "tapetes" que ficaram preservados até hoje, e que são os estromatólitos. Bactérias de 3,46 bilhões de anos bem preservadas foram encontradas na Austrália.

Era Proterozóico

Começou há 2,5 bilhões de anos e estendeu-se até 542 milhões de anos atrás. Surgem os eucariontes e, um bilhão de anos atrás, muitos outros tipos de algas começaram a aparecer, incluindo algas verdes e vermelhas.

Era Paleozóico- A era Paleozóica durou 291 milhões de anos.

Estavam presentes todos os grandes grupos de invertebrados.

Está dividida em seis períodos:

Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais recente.

1- O Período Cambriano- Começou 542 milhões e terminou 488,3 milhões de anos atrás.

Os animais tiveram grande diversificação evolutiva, hoje chamada de "explosão

cambriana", pois ocorreu num intervalo de tempo relativamente curto. Além de animais de corpo mole, surgem, no mar, outros, com carapaças duras, alguns com pernas e outros apêndices.

Foi quando apareceu a maioria dos principais grupos de animais, entre eles os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e esponjas.

O domínio era dos trilobitas (extintos no Permiano) e dos braquiópodes.

Os vegetais eram representados por algas marinhas apenas. A Terra não tinha, portanto, cobertura vegetal.

2- No Período Ordoviciano

Surgiram os peixes de água doce. Os invertebrados marinhos foram os animais dominantes: graptozoários, trilobitas e braquiópodes. Com eles, viviam algas vermelhas e verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e gastrópodes.

Os graptozoários, comuns nesse período, são ótimos fósseis-guias, pois delimitam zonas bioestrátigráficas. Apareceram os primeiros vertebrados e animais gigantescos, como artrópodes marinhos de 2 metros, além dos primeiros peixes sem mandíbula e com pares de nadadeiras.

3- Período Siluriano

Surgiram recifes de corais e os primeiros peixes com mandíbula. Os artrópodes invadiram o ambiente terrestre e, no final do período, apareceram animais e plantas em áreas continentais. É o período de surgimento dos amonites.

No Siluriano, apareceram as plantas terrestres mais antigas que se conhece.

4- No Devoniano

Começou há 416 milhões de anos e terminou 359,2 milhões de anos atrás.

Apareceram os insetos mais antigos e os anfíbios. É o "Período dos Peixes".

Nessa fase da história da Terra, apareceram plantas de pequeno porte e os corais atingiram o apogeu.

Surgiram os primeiros anfíbios, licopsídeos, insetos voadores e pré-gimnospermas. Os graptólitos graptolóides extinguiram-se Devoniano Inferior. Os insetos tiveram grande desenvolvimento.

Os peixes começam a deixar a água, com transformação de nadadeiras em quatro patas.

Na Alemanha, foi descoberto um escorpião marinho de 390 milhões de anos, que media 2,5 metros de comprimento (os atuais não chegam a 30 cm).

5- No Carbonífero e no Permiano

Houve grandes florestas, que deram origem às jazidas de carvão. Os répteis também surgiram no Carbonífero. No final do Carbonífero, os répteis adquiriram a capacidade de se reproduzir em terra.

6- No Permiano

Último período da Era Paleozóica, iniciado há 299 milhões de anos e encerrado 251 milhões de anos atrás, também chamado de Ediacarano.

Ocorreu a maior extinção em massa de formas de vida animais e vegetais verificada na Terra, com o fim, por exemplo, dos dinossauros.

Merece destaque pela importância dos fósseis encontrados em rochas de Ediacara, no sul da Austrália, a chamada Biota Ediacarana.

A fauna terrestre do período Permiano foi dominada por insetos semelhantes a baratas e animais que não eram nem répteis nem mamíferos e pertenciam ao grupo dos Synapsida.

Nas águas doces, havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscoscefalópodes, braquiópodes, trilobitas e artrópodes gigantescos:

Conhecidos como Eurypterida ou escorpiões do mar, eram os animais dominantes.

As únicas criaturas voadoras do período eram parentes gigantes das libélulas.

A flora era caracterizada por árvores do gênero Glossopteris, cujas folhas são frequentemente encontradas nas camadas de carvão do sul do Brasil. Este é o fóssil mais antigo do período.

Também répteis como o Mesosaurus são encontrados em camadas do Folhelho Irati, do permiano brasileiro.

O final do período é marcado por uma extinção em massa de proporções nunca antes ocorridas, quando 95% da vida na Terra desapareceu, evento conhecido como Extinção Permiana.

Com ela, sumiram os trilobitas, e os répteis tiveram grande desenvolvimento, dominando a era seguinte, o Mesozóico. Aves e mamíferos ainda não existiam nessa era. Vários grupos de animais, como os trilobitas, e de plantas só viveram na Era Paleozóica.

Era Mesozóico (Fanerozóico)

Era geológica que está compreendida entre 251 milhões e 65,5 milhões de anos atrás e que compreende os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo.

É uma era conhecida, sobretudo pelo surgimento, domínio e brusca extinção dos dinossauros, pterossauros e plesiossauros. No Mesozóico, eles conquistaram a Terra e desapareceram de modo repentino, provávelmente devido à queda de um enorme meteorito.

Esse choque causou o que se acredita ser a segunda maior extinção em massa da terra, menor apenas que a do Permiano.

Os mamíferos desenvolveram-se nessa era, mas tinham, em geral, o tamanho dos atuais ratos. Os amonites também foram importantes nessa fase da história da Terra. Surgiram as primeiras aves e as primeiras plantas com flores(Angiospermas).

1- Período Triássico- O primeiro período do Mesozóico começou há 251 milhões de anos e terminou 199,6 milhões de anos atrás.

Nesse período, os répteis dividiram-se em muitos grupos e ocuparam diversos habitats. Surgiram os primeiros dinossauros e os primeiros mamíferos ovíparos.

No Rio Grande do Sul, há uma grande área com rochas desse período (230 milhões de anos) que possui vários sítios paleontológicos, nas formações Santa Rita e Caturrita. Nesses sítios são encontrados os fósseis de antigos animais vertebrados como: Rincosaurus, Stauricosaurus, Guaibasaurus, Saturnalia tupiniquim, Sacisaurus e muitos outros.

A flora viu florescerem as coníferas, árvores de grande porte.

2-Período Jurássico- O segundo período do Mesozóico começou há 199,6 milhões de anos e terminou 145,5 milhões de anos atrás.

As maiores formas de vida que nele viveram foram os répteis marinhos (ictiossauros, plesiossauros e crocodilos), bem como os peixes.

Em terra, os grandes répteis (arcossauros) permaneceram dominantes. O Jurássico foi a idade de ouro dos grandes saurópodes, como o Apatosaurus e o Diplodocus. Eles foram alimento para grandes terópodes. Também no Jurássico surgiram os mamíferos.

No ar, desenvolveram-se os primeiros pássaros, a partir de pequenos dinossauros, como o Compsognathus. Os pterossauros eram comuns. Na flora, a novidade foi o surgimento das plantas com flores.

3- Período Cretáceo- O último período da Era Mesozóica começou há 145,5 milhões de anos e terminou 65,5 milhões de anos atrás.

Os dinossauros alcançaram seu apogeu, sofrendo, porém, uma extinção em massa no final do período, quando desapareceram também muitas outras espécies animais e vegetais.

Dos répteis, só restaram crocodilos, lagartos, tartarugas e cobras. A teoria mais aceita para explicar isso é a queda de um meteorito com 10 km de diâmetro na península de Yucatán, no México, o que levantou uma quantidade de poeira suficiente para cobrir a Terra por meses, matando as plantas, depois os dinossauros herbívoros e por fim os carnívoros.

Após o fim dos dinossauros, houve e a diversificação dos mamíferos (alguns se tornaram enormes) e o auge do desenvolvimento das aves.

Também no Cretáceo, surgiram os mamíferos placentários primitivos e as plantas com flores.

Era Cenozóico

O Cenozóico é a era geológica que iniciou há 65,5 milhões de anos e que se estende até os dias atuais. No Cenozóico, apareceram 28 ordens de mamíferos, dezesseis das quais ainda vivem.

Apresenta a seguinte divisão:

Período Terceário com as Épocas:

1- Paleoceno (65,5 milhões de anos). Mamíferos de pequenos e médios portes. É o período do aparecimento dos mamíferos modernos, com extinção das espécies arcaicas. Verificou-se evolução também das espécies pastadoras

2- Eoceno (53 milhões de anos). Grande número de mamíferos.

No Eoceno, surgiu o cavalo primitivo, no hemisfério Norte. O cavalo atual apareceu na América do Norte, mas bem mais tarde.

3- Oligoceno (34 milões de anso). Elefante, cavalo e gramíneas.

4- Mioceno ( 23,5 milhões de anos). Grandes campos.

5- Plioceno (5,3 milhões de anos). Campos, savanas e ruminantes.

Período Quaternário com as Épocas: Pleistoceno e Holoceno.

1- Pleistoceno (1,7 milhões de anos). Grandes mamíferos e evolução do H. sapiens. Ocorreu uma grande glaciação no hemisfério norte e uma bem menor no hemisfério sul, daí ser essa época chamada de Idade do Gelo.

2- Holoceno (10 mil anos). "Era do homem"

Também no Pleistoceno, apareceu o hominídeo mais antigo que se conhece, o Homo heidelbergensis, há cerca de 450.000 anos. Para alguns autores, o Homo sapiens teria surgido há cerca de 250.000 anos, antes do Homo neanderthalensis. Outros autores falam em 150.000 anos e outros ainda, em mais de 300.000.

No Pleistoceno Inferior, viveram vários hominídeos, como Australopithecus, da África do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem de Pequim.

A antigüidade do homem no Brasil é assunto controvertido, admitindo-se que o Homem de Lagoa Santa cujos ossos aparecem nas mesmas grutas em que ocorrem animais extintos, seja do Pleistoceno.

No Brasil, foram encotrados fósseis de mamíferos plestocênicos em inúmeras localidades, e os achados mais famosos são os das grutas de Minas Gerais, pesquisados por Peter Lund.

Em Águas do Araxá (MG), foram descobertos mastodontes (Haplomastodon waringi), gliptodontes, tigres dentes-de-sabre (Smilodon) e toxodontes.

H. sapiens- Surgiu há cerca de 200 mil anos (período Triássico). O primeiro registro fóssil do homem moderno foi encontrado na África. O berço da humanidade ficaria na região dos Khoisan, mais exatamente na área do Kalaharim, mais próxima do litoral da Fronteira Angola-Namíbia. Para maiores detalhes vide o ítem origem e evolução do homem.

O ano geológico da terra- simulação

Os 4,54 bilhões de anos de idade do nosso planeta são um intervalo de tempo tão grande que é impossível a um ser humano captar seu real significado. Aliás, nem mesmo 1 milhão de anos podemos conceber o que seja. Por isso, uma das maneiras de torná-lo algo mais real e assimilável é comprimi-lo no intervalo de um ano, este, sim, um fragmento de história que conseguimos entender bem.

Assim, fazendo, obtém-se, por exemplo, as seguintes datas:

1º de janeiro - início da formação da Terra.

24 de fevereiro - formação das primeiras rochas.

24 de fevereiro a 17 de março - a Terra é muito bombardeada por meteoritos.

17 de março a 18 de abril - surgem os primeiros continentes. Em 28 de março já existem bactérias.

18 de abril a 20 de maio - formam-se estromatólitos por toda a Terra.20 de maio a 13 de junho - há bacias sedimentares, evidências de fraturas intercontinentais, colisões entre continentes e eventos orogênicos de âmbito globais bem disseminados.

13 de junho a 24 de agosto - surgem os primeiros seres eucariontes.24 de agosto a 12 de outubro - surge a reprodução animal sexuada.

12 de outubro a 17 de novembro - surge a biota Ediacarana, entre 10 e 17 de novembro.

17 a 22 de novembro - o clima é suave em todo o mundo. Surgem os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e esponjas, entre outros anmais. Domínio dos trilobitas e dos braquiópodes. Vegetais são representados apenas por algas marinhas, não havendo cobertura vegetal na Terra.

22 a 25 de novembro - clima mostra temperaturas médias e atmosfera muito úmida. No final do período, porém, formaram-se grandes geleiras, provável causa do desaparecimento de cerca de 60% de todos os gêneros e 25% dos invertebrados marinhos de todas as famílias. Aparecem os primeiros animais gigantescos, artrópodes marinhos com 2 metros, e os primeiros peixes sem mandíbula e com pares de nadadeiras.

25 a 28 de novembro - derretimento das calotas polares e elevação do nível dos mares. Surgem recifes de corais e os primeiros peixes com mandíbula. Os artrópodes invadem o ambiente terrestre e, no final do período, aparecem animais e plantas em áreas continentais. Surgem os amonites.

28 de novembro a 2 de dezembro - aparecem plantas de pequeno porte e os corais atingem o apogeu. Surgem os primeiros anfíbios. Insetos têm grande desenvolvimento e peixes começam a deixar a água, com transformação de nadadeiras em quatro patas.

2 a 7 de dezembro - formação de grandes jazidas de carvão. Nos últimos dias desse intervalo, os répteis adquirem a capacidade de se reproduzir em terra.

7 a 11 de dezembro - os continentes unem-se e formam a Pangéia. Fauna terrestre é dominada por insetos semelhantes a baratas e animais que não são nem répteis nem mamíferos (os Synapsida). Nas águas doces, há anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas e artrópodes gigantescos são os animais dominantes.Únicas criaturas voadoras são parentes gigantes das libélulas. Flora Glossopteris. Répteis como o Mesosaurus. No fim do intervalo, extinção de 95% da vida na Terra, acabando com os trilobitas, mas permitindo desenvolvimento dos répteis.

11 a 15 de dezembro - América do Sul é um vasto deserto arenoso. Os répteis dividem-se em muitos grupos e ocupam diversos habitats. Surgem os primeiros dinossauros e os primeiros mamíferos ovíparos. Florescem as coníferas.

15 a 19 de dezembro - Pangéia começa a se dividir. As maiores formas de vida são os répteis marinhos (ictiossauros, plesiossauros e crocodilos), bem como os peixes. Em terra, os grandes répteis (arcossauros) permanecem dominantes. No ar, desenvolvem-se os primeiros pássaros e os pterossauros são comuns. Surgem plantas com flores.

19 a 25 de dezembro - os continentes começam a adquirir a atual conformação e os dinossauros alcançaram seu apogeu, sofrendo, porém, uma extinção em massa às 18 h do dia 25. Surgem mamíferos placentários primitivos e plantas com flores.

25 a 29 de dezembro - surgem os mamíferos modernos, extinguindo-se as espécies arcaicas.

29 a 31 de dezembro - expansão dos mamiferos de grande porte, embora muitos tenham tenham sido extintos, e aparecimento dos hominideos primitivos, que usavam ferramentas. O Homo sapiens surge no dia 31 de dezembro, às 23h 36min 51s.

Genética

O genoma é toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA.

Mais precisamente, o genoma de um organismo é uma sequência de DNA completa de um conjunto de cromossomos. Em português corrente, a expressão constituição genética pode ser usada para designar o genoma de um dado indivíduo ou organismo. Para que possamos entender melhor o que vem a ser genoma, a seguir algumas definições são importantes.

Qual a diferença entre DNA, gene e cromossomo?

Geneticista Mayana Zatz, da USP.

A diferença principal é de tamanho. O menor de todos é o gene. A partir daí, a coisa aumenta: vários genes em seqüência formam o DNA, um conjunto de moléculas que carrega a informação genética de todos os seres vivos.

"Uma comparação ajuda a entender essa diferença. Se imaginarmos que o DNA é um colar, cada uma das contas que formam o colar será um gene", afirma a geneticista Mayana Zatz, da USP.

Acontece que o DNA é um "colar" enorme: se o DNA presente em uma única célula humana pudesse ser esticado em linha reta, ele atingiria 2 metros de comprimento. Como fazer esse troço todo caber em cada uma das nossas microscópicas células? Aí é que entram os cromossomos.

Eles são estruturas presentes em cada uma das 100 trilhões de células do organismo que servem justamente para armazenar o DNA.

Dentro dos cromossomos, a fita enorme fica supercondensada, enrolada em forma de mola num espaço minúsculo.

Tirando essa diferença de tamanho, o resto é só semelhança, já que DNA, gene e cromossomo servem no fundo para a mesma coisa: determinar e passar adiante as características que moldam o jeitão de cada espécie viva. É esse conjunto de informações genéticas que vai indicar desde a espécie a que o ser vivo pertence (se vai ser um homem, um camelo ou um peixe) até traços mais individuais, como cor dos olhos, tipo sanguíneo e o formato dos dedos do pé. O mais impressionante é que uma pequena mudança nesse material genético já é o suficiente para alterar totalmente um ser vivo. Vale lembrar um conhecido exemplo: o homem e o chimpanzé compartilham 98% de seu DNA. Apenas os 2% restantes é que determinam o mundo de diferenças que há entre nós e nossos parentes peludos.

Ingrediente Básico

Os genes, o DNA e os cromossomos são constituídos por proteínas chamadas bases hidrogenadas. Cada uma delas carrega o menor pedacinho possível de informação genética por isso, elas são consideradas o ingrediente básico da "receita" dos seres vivos.

Para cada indivíduo, a seqüência dessas proteínas é diferente. Por isso, não há um indivíduo com "receita" igual a outro e não existem seres vivos com características genéticas idênticas.

Gene

O QUE É: É uma seqüência pequena de bases hidrogenadas capaz de definir uma característica do ser vivo.

No caso do ser humano, há um gene para a altura, outro para a cor da pele, um terceiro para o fio do cabelo e assim por diante.

Tamanho: 0,4 micrômetros (algo como a metade do diâmetro de um fio de cabelo)

Cromossomo

O QUE É: É a estrutura dentro da célula que armazena o DNA dos seres vivos. Dentro de cada cromossomo, o DNA fica como uma fita enrolada em espiral. Por isso, todo o DNA cabe em uma célula.

Tamanho: 1,4 micrômetros (uma vez e meia o diâmetro de um fio de cabelo).

DNA

O QUE É: É a seqüência completa de bases hidrogenadas. O DNA contém toda a informação genética a "receita" de um ser vivo.

Tamanho Se você retirasse os DNAs presentes em todas as células do corpo humano e os esticasse em seqüência, eles formariam uma fita de 6 bilhões de km ou 40 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

Livro de receitas

Esse mundo de informações genéticas é armazenado em todas as células do organismo. No corpo humano, o DNA fica em 23 pares de cromossomos em cada uma das 100 trilhões de células. É como se cada célula fosse um "livro de receitas" completo de cada indivíduo

Célula

(Giselda MK Cabello- Departamento de Genética/IOC/FIOCRUZ).

A Célula: menor parte do organismo vivo capaz de desenvolver, de forma autônoma, as funções básicas de reprodução e crescimento.

A célula se divide em dois compartimentos básicos: citoplasma e núcleo.

O núcleo é chamado de sede de decisões da célula, isto é, ele controla todas as suas atividades: o que deve ser produzido, em que quantidade e em que momento, quando e em que momento deve se dividir.

O núcleo é envolvido por dupla membrana, com quatro camadas de fosfolipídeos. Ele também tem largos poros através dos quais ocorrem os transportes de materiais para dentro e para fora do mesmo.

Dentro do núcleo são encontradas a cromatina e o nucléolo.

A cromatina é o DNA em sua forma ativa. A cromatina é composta de DNA. Ela consiste de DNA enrolado em volta de proteínas chamadas histonas.

O genoma é toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA.

O DNA de uma célula humana apresenta um comprimento de quase dois metros. Para facilitar a organização do DNA dentro do núcleo celular, o mesmo é dividido em elementos chamados cromossomos.

Por outro lado, quando as células se dividem, o DNA nos cromossomos se condensa em níveis maiores.

Cada cromossomo é formado por uma única molécula de DNA dupla hélice enrolada nas histonas, o nucleossomo. Esta fibra torna a enrolar-se em um segundo nível de compactação, conhecido como solenóide.

As células mantém, na maior parte do tempo, o DNA compactado nas alças dos selenóides ligadas ao esqueleto cromossômico.

Genoma humano

Os dados gerados pelo Projeto Genoma em humanos e em outros organismos mostraram que a sequência de DNA do nosso genoma é 99% idêntica à do chimpanzé (!), além de ter em comum 65% com o camundongo (!!), 47% com a mosca de frutas Drosophila melanogaster (!!!), 20% com uma pequena mostarda chamada Arabidopsis thaliana (!!!!) e até 15% igual à da levedura Saccharomyces cerevisiae (!!!!!), que produz para nós o pão e a cerveja.

Esse alto grau de compartilhamento genômico mostra que toda a biosfera é, como nós, herdeira de um genoma primordial que deu origem ao primeiro ser vivo na Terra, a partir do qual todos os outros derivaram.

Não somos o produto final e perfeito da criação, com direito divino de destruir nossos primos animais e plantas a nosso bel-prazer. Somos parte de uma rede de vida e, se esfacelarmos essa rede, destruiremos a nós próprios.

A consciência do nosso parentesco genômico com os outros organismos terrestres, da origem única e da herança do DNA que une todos os seres vivos deve nos motivar para tratar o nosso planeta com renovado respeito.

A origem ou evolução do homem

Estudo recente demonstra que existiam outras espécies de Homo. Todas as quais estão agora extintas. As outras espécies extintas:

H. habilis- viveu cerca de 2,4 a 1,8 milhões de anos atrás.

H.eretus-viveu cerca de 1,8 a 0,70 milhões de anos atrás.

H. ergaster- viveu entre cerca de 1,8 a 1,25 milhões de anos atrás.

H. heidelbergensis- viveu entre cerca de 800 a 300 mil anos atrás.

H. fioresiensis- viveu há cerca de 12 mil anos, apelidado de hobbit por causa de seu pequeno tamanho.

H. neanderthalensis- viveu entre 250 e 30 mil anos atrás. Em 7 de maio de 2010 um estudo do Projeto do genoma do neandertal foi publicado na revisata Science, tal estudo afirma que realmente ocorrera cruzamento entre o Neandertal e o Sapiens.

H. sapiens- Surgiu há cerca de 200 mil anos. O berço da humanidade ficaria na região dos Khoisan, mais exatamente na área do Kalaharim, mais próxima do litoral da Fronteira Angola-Namíbia.

O primeiro registro fóssil do homem moderno foi encontrado na África, com idade aproximada de 195.000 anos.

Classificação do homem: Ordem dos Primates- Família Hominidae- Gênero Homo- Espécie H.sapiens. Subespécie H.s.sapiens.

Resumo

O chimpanzé é o mais próximo de nossos parentes vivos. Eles têm a mesma idade dos antepassados diretos do homem- 1 milhão de anos. Pode-se dizer que somos primos da mesma idade. A concordância entre as seqüências do DNA humano e do chimpanzé variam entre 95% e 99%.

O berço da humanidade ficaria na região dos Khoisan, mais exatamente na área do Kalaharim, mais próxima do litoral da Fronteira Angola-Namíbia.

O primeiro registro fóssil do homem moderno foi encontrado na África, com idade aproximada de 195.000 anos.

O fragmento de esqueleto humano mais antigo encontrado na América pertenceu a uma mulher jovem que viveu há 11 mil anos, na região mineira de Lagoa Santa, deram o nome a ela de Luzia.

A Origem da Vida- Experimental

A seguir um resumo das principais etapas no processo que deu origem à vida. Estas evidências sobre a origem da vida foram obtidas no site- https://www.ib.usp.br/evosite/evo. Os cientistas para o estudo da origem da vida desenvolvem pesquisas nas seguintes linhas: evidências de DNA, evidências bioquímicas e evidências experimentais. Estes estudos constituem um ramo pluridisciplinar da ciência envolvendo ainda conhecimentos de Física, Astronomia e Geologia. Biólogos usam a sequência de DNA de organismos modernos para reconstruir a árvore da vida e para descobrir as prováveis características do ancestral comum mais recente de todos os seres vivos - o "tronco" da árvore da vida. Na verdade, de acordo com algumas hipóteses, esse "ancestral comum mais recente" pode, na realidade, ser um conjunto de organismos que viveram ao mesmo tempo e podiam trocar genes com facilidade. Estudando a bioquímica básica compartilhada por muitos organismos, nós podemos começar a entender como sistemas bioquímicos desenvolveram-se perto da raiz da árvore da vida. Alguns tipos de RNA podem catalisar reações químicas - isso significa que o RNA pode armazenar informações genéticas e causar as reações químicas necessárias para se auto copiar. O RNA veio primeiro e mais tarde, a vida mudou para herança baseada em DNA. Experimentos podem ajudar cientistas a descobrir como as moléculas envolvidas no mundo de RNA surgiram. Uma reação química em particular acontece em um laboratório moderno sob condições similares àquelas da Terra primitiva, a mesma reação pode ter ocorrido na Terra primitiva e pode ter tido um papel na origem da vida. Todas as evidências reunidas até agora revelaram muitas coisas sobre a origem da vida, mas ainda temos muito que aprender. Muitos dos buracos no nosso conhecimento (buracos que pareciam indecifráveis apenas 20 anos atrás) foram preenchidos recentemente e pesquisas contínuas e novas tecnologias prometem mais descobertas. Moléculas orgânicas simples, similares ao nucleotídeo poderiam ter sido sintetizadas na atmosfera da Terra primitiva e caído em forma de chuva nos oceanos. Um nucleotídeo é composto de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e átomos de fósforo. Moléculas de RNA se formam a partir de cadeias de nucleotídeos. Essas cadeias evoluíram e começaram a submeter-se a Seleção Natural. Essa habilidade provavelmente evoluiu primeiro na forma de um RNA auto-replicador - uma molécula de RNA que podia se copiar. Todo ser vivo reproduz, copiando seu material genético e passando-o para a prole. Assim, a habilidade de copiar as moléculas que codificam informações genéticas é um passo-chave na origem da vida - sem isso, a vida não poderia existir. A autorreplicarão abriu as portas para a seleção natural. Moléculas replicadoras tornaram-se inclusas em uma membrana celular. Algumas células começaram a desenvolver processos metabólicos modernos e superaram aquelas que tinham formas antigas de metabolismo. Neste período desenvolveu-se a multicelularidade. Há ao menos dois bilhões de anos atrás, algumas células pararam de tomar caminhos diferentes após a replicação e desenvolveram diferentes funções. Elas deram origem à primeira linhagem de organismos multicelulares, como a alga vermelha fossilizada de 1,2 bilhões de anos.

Experimento de Urey-Miller

Em 1950, dois pesquisadores da Universidade de Chicago, Stanley Miller e Harold Urey, desenvolveram um aparelho em que simularam as condições supostas para a Terra primitiva. Assim Stanley L. Miller (1930-2007) estudante de química, delineou um experimento com a ajuda de seu professor Harold C. Urey (1893-1981) na Universidade de Chicago. O experimento de Urey-Miller ou, mais apropriadamente, o experimento de Miller foi publicado em 1953. Ele é considerado como o "pai da prebiótico química". Segundo o experimento, as condições na Terra primitiva favoreciam a ocorrência de reações químicas que transformavam compostos inorgânicos em compostos orgânicos precursores da vida.

Os pesquisadores utilizaram para o experimento: água, metano, amoníaco e hidrogénio. Os produtos químicos foram todos selados dentro de uma matriz estéril de frascos de vidro e frascos conectados em um loop, com um frasco de meio cheio de água líquida e outro frasco contendo um par de eletrodos. A água no estado líquido foi aquecida para induzir a evaporação, foram disparadas faíscas entre os eléctrodos, para simular um raio através da atmosfera e vapor de água. Em seguida a atmosfera foi arrefecida de novo, de modo que a água pode condensar-se e escorrer de volta para o primeiro balão num ciclo contínuo. Dentro de um dia, a mistura virou de cor rosa. E no final de duas semanas de operação contínua, observou-se que, tanto quanto 10-15% do carbono no interior do sistema é agora sob a forma de compostos orgânicos. Dois por cento de carbono se tinha formado aminoácidos que são usados para fazer proteínas, em células vivas, com a glicina como o mais abundante. Os açúcares também foram formados. Os ácidos nucleicos não foram formados na reação. 18% das moléculas de metano tornaram biomoléculas. O resto transformado em hidrocarbonetos como o betume. Inicialmente, obtiveram com o seu experimento pequenas moléculas que, com o passar do tempo, se combinaram formando moléculas mais complexas, inclusive os aminoácidos glicina e alanina. Posteriormente, novas pesquisas obtiveram outros aminoácidos e vários compostos de carbono. O aparelho utilizado para realizar o experimento está em exibição no o Denver Museum of Nature and Science.

Teoria dos Proteinóides

No começo da década de 1970, o biólogo Sidney Fox aqueceu, a seco, a 60ºC, uma mistura de aminoácidos. Obteve pequenos polipeptídeos, a que ele chamou de proteinóides (estrutura diferente das proteínas). A água resultante dessa reação entre aminoácidos evaporou em virtude do aquecimento. Fox quis, com isso, mostrar que pode ter sido possível a união de aminoácidos apenas com uma fonte de energia, no caso o calor, e sema presença de água. Faltava esclarecer o possível local em que essa união teria ocorrido. A "teoria dos proteinóides" foi criticada por muitos cientistas. "Talvez não haja nenhum outro ponto da teoria da origem da vida em que possamos encontrar tal harmonia entre evolucionistas e criacionistas, como na condenação da suposta importância dos experimentos de Sidney Fox".

Teoria da Argila

Recentemente, os cientistas levantaram a hipótese de que a síntese de grandes moléculas orgânicas teria ocorrido na superfície das rochas e da argila existente na Terra primitiva. A argila em particular, teria sido o principal local da síntese. Ela é rica em zinco e ferro, dois metais que costumam atuar como catalisadores em reações químicas. A partir daí, vagarosamente ocorrendo as sínteses, as chuvas se encarregariam de lavar a crosta terrestre e levar as moléculas para os mares, transformando-os no imenso caldo orgânico sugerido por Oparin. Essa descoberta, aliada aos resultados obtidos por Fox, resolveu o problema do local em que possivelmente as sínteses orgânicas teriam ocorrido. Havia, no entanto, outro problema: as reações químicas ocorrem mais rapidamente na presença de enzimas. Somente a argila, ou os metais nela existentes, não proporcionariam a rapidez necessária para a ocorrência das reações. Atualmente, sugere-se que uma molécula de RNA teria exercido ação enzimática. Além de possuir propriedades internacionais, descobriu-se que o RNA também tem características de enzima, favorecendo a união de aminoácidos. Assim, sugerem os cientistas, RNAs produzidos na superfície de argilas, no passado, teriam o papel de atuar como enzimas na síntese dos primeiros polipeptídeos. Esses RNAs atuariam como enzimas chamadas ribozimas e sua ação seria auxiliada pelo zinco existente na argila. Outro dado que apóia essa hipótese é o fato de que, colocando moléculas de RNA em tubo de ensaio com nucleotídeos de RNA, ocorre a síntese de mais RNA sem a necessidade de enzimas.

Novos Estudos

Em 2008, um grupo de cientistas examinaram 11 frascos que sobraram de experimentos de Miller de 1950. Miller também tinha realizado mais experimentos, incluindo um com condições semelhantes às de vulcânicas erupções. Este experimento teve um bico de pulverização de um jacto de vapor na descarga de faísca. Usando cromatografia líquida de alta eficiência e espectrometria de massa, o grupo descobriu moléculas orgânicas mais do que Miller tinha. Curiosamente, eles descobriram que os experimentos de Miller produziram a maioria das moléculas orgânicas, 22 aminoácidos, 5 aminas e muitas hidroxilados moléculas. O grupo sugeriu que os sistemas de ilhas vulcânicas, tornou-se rica em moléculas orgânicas, desta forma, e que a presença de sulfureto de carbonilo é possível ter ajudado a estas moléculas formar péptidos. Condições semelhantes às dos experimentos de Miller-Urey estão presentes em outras regiões do sistema solar, muitas vezes substituindo ultravioleta luz para relâmpago como fonte de energia para as reações químicas. O meteorito Murchison , que caiu perto de Murchison, Victoria , Austrália, em 1969 foi encontrado para conter mais de 90 aminoácidos diferentes. Dezenove dos quais são encontrados na vida da Terra. O início da Terra foi bombardeada pesadamente por cometas, possivelmente fornecendo uma grande quantidade de moléculas orgânicas complexas, juntamente com a água e outros compostos voláteis eles contribuíram. Isso tem sido usado para inferir uma origem de vida fora da Terra.

Panspermia

A panspermia é a hipótese de que os seres vivos não se originaram em nosso planeta, mas sim em outro ponto do universo, tendo sido transportados pelo espaço cósmico, possivelmente sob forma de esporos. Seus defensores argumentam que o lapso de tempo necessário à evolução da vida seria maior que os 4,5 bilhões de anos desde a formação da Terra, mas não oferecem nenhuma ideia de onde ou como a vida teria realmente surgido. Observe-se, porém, que a possibilidade de compostos orgânicos simples formados em cometas ou em outros pontos do espaço é aceita por muitos defensores do modelo clássico para a origem da vida.

Ecopoese

O modelo da Ecopoese postula que os ciclos geoquímicos dos elementos biogênicos, dirigidos por uma atmosfera primordial rica em oxigênio, foram a base de um metabolismo planetário que precedeu e condicionou a evolução gradual da vida organismal. Esta visão contraria a ideia tradicional de que a ação dos organismos é a grande responsável pelas características principais do ambiente terrestre. É também consistente com as crescentes evidências de uma atmosfera oxidante desde o início da formação de nosso planeta e com a antiguidade do metabolismo aeróbico, comparado à fotossíntese oxigênica.

De Sopa a Células - A Origem da Vida

A evolução engloba um vasto intervalo de fenômenos: desde a emergência das linhagens principais até extinções em massa ou a evolução de bactérias resistentes a antibióticos em hospitais hoje. Entretanto, dentro do campo da biologia evolutiva, a origem da vida é de especial interesse porque remete a questão fundamental de onde nós (e todos os seres vivos) viemos? Muitas linhas de evidência ajudam a fornecer pistas a respeito da origem da vida: fósseis remotos, datação radiométrica, a filogenia, a química dos organismos modernos e até experimentos. Contudo, como novas evidências estão sendo descobertas constantemente, hipóteses sobre como a vida se originou podem mudar ou ser modificadas. É importante lembrar que mudanças nessas hipóteses são parte normal do processo da ciência e que elas não representam uma mudança na base da teoria evolutiva. Quando se originou a vida?

Evidências sugerem que a vida surgiu pela primeira vez por volta 3,5 bilhões de anos atrás. As evidências são formadas por microfósseis (fósseis que são muito pequenos para serem vistos sem a ajuda do microscópio) e estruturas rochosas antigas encontradas no Sul da África e Austrália chamadas estromatólitos. Estromatólitos são produzidos por micróbios (maioria cianobactérias fotossintetizantes) que formam filmes microbianos que aprisionam lama; com o tempo, camadas desses micróbios e de lama podem formar uma estrutura rochosa estratificada - o estromatólito. Estromatólitos ainda são produzidos por micróbios hoje. Esses estromatólitos modernos são incrivelmente similares aos antigos estromatólitos que fornecem evidências de algumas das mais antigas formas de vida na Terra. Estromatólitos antigos e modernos têm formatos parecidos e, quando vistos em corte transversal, ambos mostram a mesma estrutura de camadas produzidas por bactérias. Microfósseis de cianobactérias anciãs podem, algumas vezes, serem identificadas dentro dessas camadas.

Onde a vida se originou?

Cientistas estão explorando vários possíveis locais para a origem da vida, incluindo poças de maré e fontes termais. Entretanto, recentemente alguns cientistas levantaram a hipótese de que a vida se originou perto de uma fonte hidrotermal no fundo do mar. As substâncias químicas encontradas nesses respiradouros e a energia que eles fornecem poderiam ter abastecido muitas das reações químicas necessárias para a evolução da vida. Posteriormente, usando as sequências de DNA de organismos modernos, biólogos conseguiram rastrear experimentalmente o mais recente ancestral comum de toda forma de vida, um microorganismo aquático que viveu em temperaturas extremamente quentes - um candidato provável para a vida em uma hidrotermal! Apesar de várias linhas de evidências serem consistentes com a hipótese de que a vida começou perto de hidrotermais no fundo do mar, ela está longe de ser tida como certa: a investigação continua e pode eventualmente apontar para diferentes lugares para a origem da vida.

Procurando o fóssil mais antigo

Muitos fósseis falam por si mesmos: é difícil confundir o fêmur do T. rex com um pedregulho de formato estranho ou um elaborado fóssil de Archaeopteryx com rachaduras aleatórias em calcário. Mas outros casos não são tão evidentes. Por exemplo, examine a foto a direita. Isso é uma impressão de alguma samambaia pré-histórica? Pode parecer que sim, mas essa estrutura (chamada dendrito) não é um fóssil e é produzida pela cristalização de um mineral em outro, formando um padrão ramificado.

O problema de determinar o que é e o que não é um fóssil pode ser especialmente difícil quando se trata de microfósseis antigos. Porque esses fósseis são organismos relativamente simples, como bactérias e algas unicelulares, sem muitos traços para identificação (como folhas ou chifres), reconhece-los pode ser um desafio - descobrir que tipo de ser vivo eles representam, se, de fato, eles representam um ser vivo. Por exemplo, o fóssil microscópico mostrado à esquerda vem de uma rocha de 2 bilhões de anos. Mede apenas 20 micrometros - isso é menos que a largura de um fio de cabelo humano! Esse fóssil parece ser similar a alga vermelha unicelular moderna, Porphyridium (vista abaixo a direita), mas apenas na aparência, pode ser difícil dizer que organismo o fóssil realmente representa.

Para agravar o problema, microorganismos modernos podem algumas vezes invadir poros minúsculos em rochas antigas, fazendo com que a identificação de fósseis reais seja complicada. Ainda pior, reações químicas geológicas podem produzir pequenas estruturas parecidas com bactérias e algas simples - como as apresentadas abaixo, as quais foram feitas por cientistas em laboratório. Se essas mesmas reações ocorreram na Terra primitiva, elas podem ter deixado traços que poderiam facilmente ser confundidos com fósseis. Com todas essas pistas falsas por aí, como pode um paleontologista saber o que é e o que não é um fóssil?

Por sorte, a tecnologia moderna e o conhecimento científico vieram ao resgate:

Microscópios e técnicas de imagem melhoradas permitem que cientistas possam aproximar os fósseis para identificar marcas de vida, como a parede celular.

Ferramentas de análise química avançadas podem comparar a composição química do próprio fóssil e da rocha circundante para verificar qualquer indicação de que a estrutura um dia esteve viva. Essas técnicas, por exemplo, podem ajudar a identificar amostras muito pequenas de querogênio, material orgânico no qual todo ser vivo decai.

Elementos vêm em formas com diferentes pesos, chamados isótopos. Carbono 12 e carbono 13 (o mais pesado dos dois) são comuns na Terra, mas os seres vivos preferem usar o carbono 12. Técnicas mais sensíveis podem determinar se uma rocha ou provável fóssil contém mais carbono 12 que o esperado, sugerindo que o material pode um dia ter vivido.

Para descobrir se um fóssil é realmente um fóssil, paleontólogos utilizam-se das ferramentas acima, além de outras observações, para avaliar os seguintes critérios:

O suposto fóssil se parece com um ser vivo? Em outras palavras, ele tem estruturas morfológicas consistentes com as de seres vivos?

Baseado em informações geológicas, o "fóssil" se formou em um ambiente que poderia ter suportado a vida e depois preservado o fóssil?

O "fóssil" tem composição bioquímica sugerindo que um dia esteve vivo? Por exemplo, tem níveis altos de carbono 12?

Supostos microfósseis que atendem todos esses critérios são bons candidatos a serem fósseis reais!

Evolução Humana (1/2)

Biólogos evolutivos estão interessados em entender como os seres humanos se encaixam na história da vida e como o processo da evolução nos moldou. Muito do esforço científico está no estudo da evolução humana e, como resultado, nosso entendimento dessa área está avançando rapidamente, conforme novas evidências aparecem e hipóteses são testadas, confirmadas, descartadas ou modificadas.

A localização do nosso próprio ramo: Humanos na árvore da vida

Essa árvore é baseada em informações genéticas e morfológicas. Chimpanzés e humanos formam um clado com sequências de DNA que diferem por apenas 1%. A similaridade genética fez com que fosse difícil descobrir como exatamente esses dois primatas são relacionados, mas estudos genéticos recentes sugerem fortemente que chimpanzés e humanos são os parentes mais próximos um do outro.

CAPÍTULO IV

COMO OCORRE A EVOLUÇÃO DOS SERES

Hereditariedade

As características herdadas dos pais, por exemplo, a cor dos olhos é controlada por genes e o conjunto de todos os genes no genoma de um organismo é o seu genótipo.

As características adquiridas, por exemplo, o bronzeamento da pele pelo sol não é herdada, sendo chamada de fenótipo.

Pode ocorrer a interação entre o genótipo e o fenótipo. O genótipo é herdado e o fenótipo é adquirido pela influência do meio ambiente.

A síntese evolutiva moderna das espécies define evolução como a mudança nas frequências gênicas, ao longo do tempo, observadas nos seres vivos.

A variabilidade dos genes observada no genoma de um ser vivo tem origem nas mutações no material genético.

A reprodução sexual não conduz ao desaparecimento da variabilidade hereditária presente em uma população. A origem de toda a variação genética são mutações no material genético.

Existem forças genéticas que perturbam o equilíbrio genético e modificam las frequências gênicas das populações, como: mutação, seleção, deriva genética e migração.

Mutação

As mutações ocorrem no genoma de um organismo, alterando a sequência dos nucleotídeos (material genético dos seres vivos- DNA), podendo dar origem a um ser com características diferentes a dos pais.

Agentes que causam as mutações: radiações, vírus, substâncias químicas, erros que ocorrem durante a meiose ou replicação do DNA.

As mutações podem ser danosas (deletérias ou prejudiciais), neutras (sem efeito) ou benéficas.

Estas alterações que ocorrem nos genoma promovem uma variação genética nos seres vivos.

Recombinação genética

A recombinação genética refere-se à troca de genes entre duas moléculas de ácido nucléico, para formar novas combinações de genes em um cromossomo.

Assim como a mutação, a recombinação gênica contribui para a diversidade genética de uma população, que é a base do processo evolutivo.

Uma célula bacteriana também pode obter um pedaço de DNA do ambiente e incorporar esse DNA a seu próprio cromossomo, processo chamado transformação.

A transformação é muito útil no ramo da Engenharia Genética, processo de manipulação de genes de modo a inserir novas características, determinando, novas funções à bactéria transformada.

Exemplo disso é o uso de bactérias na produção de insulina, em que tais microrganismos têm seu genoma modificado através da introdução de genes humanos que ordenam a fabricação desse hormônio, passando, assim, a produzi-lo.

Transferência horizontal de genes

A transferência horizontal de genes é um processo pelo qual um organismo transfere material genético para outra célula que não a sua prole, em contraste à transferência vertical em que um organismo recebe material genético de seu ancestral.

A maior parte do pensamento em genética tem se focado na transferência vertical, mas recentemente a transferência horizontal tem recebido maior atenção.

Genética populacional

"Numa população que se reproduz ao acaso, as frequências relativas dos alelos permanecem constantes, através das gerações, desde que não ocorram, mutações, migrações ou forças seletivas" (Teorema de Hardy-Weinberg).

Em uma população que se reproduz ao acaso mantém a sua variabilidade genética através das gerações, portanto não ocorre evolução.

Este equilíbrio é a antíotese (contra) da evolução.

Mecanismos básicos de mudanças evolutivas

Há três mecanismos básicos de mudanças evolutivas:

Selecção natural

Deriva genética

Fluxo génico

Seleção natural

Seleção significa escolha. Quando realizada pela natureza é dita seleção natural, quando pelo homem é artificial.

Na seleção natural a sobrevivência, a reprodução diferencial ou ambas dependem de distintos graus de adaptação de diversos genótipos aos ambientes em que vivem.

Um exemplo de seleção natural é altura, que pode ser categorizada em três tipos diferentes:

A primeira é selecção direccional, que é um desvio do valor médio de uma característica ao longo do tempo - por exemplo, certos organismos que vão lentamente ficando mais altos de geração para geração.

A segunda é selecção disruptiva, que é a selecção a favor de valores extremos das características e resulta frequentemente em que dois valores diferentes se tornem mais comuns, com selecção contra valores médios. Isto aconteceria quando indivíduos altos ou baixos têm certa vantagem, mas não os que têm altura média.

Por último, existe selecção estabilizadora em que há selecção contra valores extremos das características em ambos os lados do espectro, o que causa uma diminuição da variância à volta do valor médio. Isto provocaria, usando o mesmo exemplo, que os organismos se fossem tornando todos da mesma altura.

Deriva genética

Quando forças seletivas estão ausentes ou são relativamente fracas, frequências alélicas tendem a "andar à deriva" para cima ou para baixo ao acaso (numa caminhada aleatória).

A deriva genética pode assim eliminar alguns alelos de uma população meramente devido ao acaso, e duas populações separadas que começaram com a mesma estrutura genética podem divergir para duas populações com um conjunto diferente de alelos.

Fluxo génico

Fluxo gênico é a troca de genes entre populações, que são normalmente da mesma espécie. A transferência de genes entre espécies inclui a formação de híbridos e transferência lateral de genes.

Fluxo génico é impedido por barreiras como cadeias montanhosas, oceanos ou desertos ou mesmo por estruturas artificiais como a Grande Muralha da China, que tem prejudicado o fluxo de genes de plantas.

Exemplificado pelo cruzamento entre jumentos e éguas, produzindo mulas ou burros. Tais híbridos são geralmente inférteis, devido à impossibilidade dos dois conjuntos de cromossomas se emparelharem durante a meiose. Neste caso, espécies próximas são capazes de se cruzar regularmente, mas os híbridos serão seleccionados contra e as espécies permanecerão separadas. Contudo, híbridos viáveis podem formar-se ocasionalmente e mesmo formar novas espécies.

A hibridação é um importante meio de especiação em plantas, uma vez que a poliploidia (ter mais do que duas cópias de cada cromossoma) é tolerada em plantas mais prontamente do que em animais.

Adaptação

Adaptações são estruturas ou comportamentos que melhoram uma função específica dos organismos, aumentando sua chance de sobreviver e reproduzir. Estas adaptações são devidas a mutações e da seleção natural.

Um exemplo que demonstra esses dois tipos de mudança é a adaptação bacteriana a antibióticos. Mutações que causam resistência a antibióticos podem modificar o alvo da droga ou remover os transportadores que permitem que a droga entre na célula.

Durante a adaptação, algumas estruturas podem perder a sua função e se tornarem estruturas vestigiais. Essas estruturas podem ter pouca ou nenhuma função numa espécie, apesar de terem uma função clara em espécies ancestrais ou relacionadas. Exemplos incluem os remanescentes não funcionais de olhos em alguns peixes de cavernas, asas em aves incapazes de voar e a presença de ossos do quadril em baleias e cobras. Exemplos de estruturas vestigiais em humanos incluem o dente do siso, o cóccix e o apêndice vermiforme.

Os ossos nas asas de morcegos, por exemplo, são estruturalmente similares tanto com as mãos humanas como com as barbatanas de focas, devido à descendência dessas estruturas de uma ancestral comum que também tinha cinco dedos na extremidade de cada membro anterior. Uma única estrutura ancestral que se adaptou para funcionar de formas diferentes em cada linhagem.

Co-evolução

Exemplos de coevolução

Coevolução entre insetos- Um exemplo de coadaptação interespecífica é o caso das formigas Formica fusca que se alimentam do líquido adocicado do órgão de Newcomer da larva da borboleta licenídea Glaucopsyche lygdamus. As lagartas fornecem alimento para as formigas e em troca as formigas oferecem proteção às lagartas contra parasitas, como as vespas braconídeas e moscas taquinídeas. Formam uma relação de mutualismo, onde ambas espécies se beneficiam.

Coevolução inseto-planta- A orquídea Angraecum sesquipedale sendo polinizada pela mariposa esfingídea

Coevolução parasita-hospedeiro- Esta coevolução pode ser observada no caso do mixomavírus que causa mixomatose nos coelhos australianos da espécie Oryctolagus cuniculus. O mixomavírus foi introduzido na Austrália e era transmitido de coelho para coelho através de mosquitos. Possuía alta virulência e matou 100% dos hospedeiros infectados. Porém, a taxa de mortalidade dos coelhos diminuiu devido a diminuição da virulência do mixomavírus e ao aumento da resistência dos coelhos, mostrando a evolução tanto na virulência do vírus quanto na resistência do hospedeiro.

Corrida armamentista- Observada nos mamíferos do Cenozóico onde o tamanho dos cérebros dos predadores e das presas aumentaram relativamente ao longo do tempo. Enquanto o tamanho do cérebro dos predadores cresciam para ficarem mais inteligentes para capturarem as presas, o tamanho do cérebro das presas também ficava maior para ficarem mais inteligentes e conseguirem escapar dos predadores. Esse processo é chamado de coevolução em escalada, onde as adaptações dos predadores são neutralizadas pelas adaptações das presas, não ocorrendo nenhum avanço.

Rainha Vermelha- Na coevolução Rainha Vermelha, o nível de adaptação de uma espécie que está competindo com outra não muda, pois enquanto uma espécie investe em armamentos, a outra investe em defesa, mantendo sempre uma competição estável. Assim as espécies se mantém em equilíbrio Rainha Vermelha, sempre que possível evoluem para alcançar um melhoramento adaptativo. Essa hipótese Rainha Vermelha é devido à Rainha Vermelha em Alice Através do Espelho do livro de Lewis Carrol: "aqui, veja você, é preciso correr tanto quanto se consegue para ficar no mesmo lugar". Na coevolução Rainha Vermelha, as espécies sofrem pressão seletiva para que seja capaz de enfrentar as espécies competidoras, melhorando em uma taxa constante.

Cooperação

Cooperação, protocooperação ou mutualismo facultativo é toda relação ecológica harmônica, em que ambas as espécies são beneficiadas, mas uma pode viver independentemente da outra.

A protocooperação é uma relação benéfica para ambas as espécies, embora não lhes seja indispensável. Os seres associados mantêm certa independência: apenas se beneficiam das associações mais ou menos duradouras que estabelecem.

Os seres vivos podem conviver juntos, um auxilindo o outro. Esta união é chamada de cooperação. Esta cooperação pode ser entre dois animais da mesma espécie, entre uma planta e um animal. Exemplos Um exemplo de protocooperação é a relação que ocorre entre o caranguejo bernardo-eremita (paguro) e a anêmona: o paguru serve de meio de transporte para a anêmona, e a anêmona protege o paguro contra o ataque de predadores (devido à presença de substâncias urticantes em seus tentáculos). Outro exemplo de protocooperação é a relação que ocorre entre as aves-palito e os crocodilos: frequentemente existem sanguessugas e restos de comida entre os dentes dos crocodilos. Por causa disto, o crocodilo abre a boca e permite que a ave-palito pouse dentro dela para se alimentar dos restos de comida e das sanguessugas. Assim, o crocodilo fica livre desses "incômodos" e a ave-palito obtém alimento de maneira fácil e segura (porque o crocodilo não fecha a boca, e nenhum predador da ave-palito se aproxima do crocodilo).

Especiação

Especiação é o processo pelo qual uma espécie diverge, produzindo duas ou mais espécies descendentes. Eventos de especiação foram observados diversas vezes, tanto em condições controladas de laboratório como na natureza. Em organismos de reprodução sexuada, a especiação resulta do isolamento reprodutivo seguido por divergência entre as linhagens.

Especiação natural

Todos os modos de especiação já ocorreram na Natureza, embora a importância relativa de cada um na formação da biodiversidade atual ainda seja amplamente debatida na comunidade científica.

Atualmente, também não há consenso sobre a taxa a que eventos de especiação acontecem na escala geológica. Uma visão partilhada por muitos biólogos evolutivos é que o número de eventos de especiação tem se mantido constante ao longo do tempo. Uma posição contrastante foi inicialmente proposta por Niles Eldredge e Stephen Jay Gould. Ela defende que as espécies se mantiveram relativamente estáveis durante longos períodos de tempo, pontuado por períodos de tempo relativamente curtos quando a especiação ocorre. Esta visão é conhecida pela teoria dos equilíbrios pontuados.

Mecanismo da especiação

A especiação se inicia quando uma subpopulação de uma espécie se isola geograficamente, altera o seu nicho ecológico ou o seu comportamento, de maneira que fique isolada reprodutivamente do restante da população daquela espécie. Esta subpopulação, ao se isolar e sofrer mutações cumulativas que alteram, com o passar do tempo, o seu genótipo e, consequentemente, sua relação com o meio, ou seja, a expressão fenotípica deste.

Alopátrica

Durante a especiação alopátrica, a população inicial divide-se em duas populações alopátricas (geograficamente isoladas) devido, por exemplo, a fragmentação do habitat pelo aparecimento de uma cadeia montanhosa.

As populações assim isoladas vão se diferenciar genotipica e/ou fenotipicamente quer por as populações estarem sujeitas a pressões selectivas diferentes ou por factores aleatórios como a deriva genética.

Após um certo tempo, quando as barreiras ao contacto entre as populações desaparecem, os indivíduos que faziam parte da mesma espécie voltam a se encontrar, agora, diversificados o suficiente para estarem reproductivamente isolados ou já não serem capazes de trocar genes entre si.

Peripátrica

A especiação peripátrica é um tipo especial de especiação alopátrica ou parapátrica, em que uma das populações isoladas é bastante menor do que a outra. Nestes casos, como a população é pequena, mecanismos como a deriva genética ou o efeito fundador são mais importantes, pois populações pequenas sofrem frequentemente do efeito de gargalo.

Parapátrica

Na especiação parapátrica, não há separação geográfica completa entre as duas populações isoladas. Isso implica que algum fluxo génico pode ocorrer. Indivíduos das duas populações podem entrar em contacto ou mesmo atravessar a barreira de tempos a tempos, embora híbridos tenham uma viabilidade reduzida, levando eventualmente ao reforço das barreiras à reprodução.

Simpátrica

Na especiação simpátrica, as populações divergem quando ainda ocupam a mesma área. Este tipo de especiação pode ocorrer muitas vezes em insetos que se tornam dependentes de plantas hospedeiras diferentes numa mesma área.

Um outro mecanismo que permite a especiação simpátrica é a poliploidia. Nem todos os organismos poliplóides estão reproductivamente isolados das espécies parentais. Por isso, a duplicação do número de cromossomas não leva necessariamente ao cessar do fluxo génico entre os recém-criados poliplóides e os seus parentais diplóides.

Hibridação entre duas espécies diferentes pode levar, por vezes, a fenótipos diferentes. Este fenótipo poder ser mais viável do que as linhagens parentais. Nesse caso, a selecção natural pode favorecer os indivíduos híbridos. Eventualmente, se o isolamento reproductivo for alcançado, isto levará ao aparecimento de uma nova espécie. No entanto, o isolamento reproductivo entre híbridos e as gerações parentais é muito difícil de alcançar e por isso a especiação por hibridação é considerada um caso muito raro.

Tipos de isolamentos reprodutivos

Em alguns casos o isolamento reprodutivo pode ocorrer antes da fecundação, sendo chamado de isolamento reprodutivo pré-zigótico . Nesse caso pode ocorrer (dentre outros fatores) por:

Mudança de Comportamento (etológico)- O comportamento de um dos sexos não é compreendido pelo outro sexo, por exemplo no momento da corte.

Habitat - Duas populações ocupam a mesma região, mas tem habitats diferentes. Estas duas populações estão isoladas e não trocarão genes entre si.

Inadequação Anatômica (morfológica)- Todo o indivíduo e/ou seus órgãos reprodutivos se alteram a ponto de não se adequarem fisicamente à ocorrência do ato sexual.

Mudança no ciclo reprodutivo- Ciclos reprodutivos não se ajustam, impedindo o sucesso da reprodução.

Em outros casos o isolamento reprodutivo é atingido após a fecundação - Pós-zigótico - onde o desenvolvimento do zigoto é inviável, ou se ocorrer esse desenvolvimento a progênie pode ser frágil e morrer rapidamente ou ainda ser infértil.

Essa falta de sucesso na reprodução configura uma alteração importante na carga gênica dos envolvidos, a ponto de ocasionar a falta de estabilização necessária na(s) formação(ões) do(s) novo(s) indivíduo(s) gerado(s)- Inviabilidade da progênie - Infertilidade da prole, portanto aqueles que geraram o indivíduo não são da mesma espécie.

Reforço do isolamento reprodutivo

Reforço é um processo através do qual a selecção natural aumenta o isolamento reproductivo. Pode ocorrer quando duas populações da mesma espécie estão separadas e voltam a estar em contacto.

Se o seu isolamento reprodutivo fosse completo, então elas já seriam duas espécies separadas. Se o isolamento reproductivo é incompleto, então acasalamentos posteriores darão origem a híbridos, que podem ou não ser férteis.

Se os híbridos forem inférteis, ou menos aptos que os antecessores, a seleção natural poderá foverecer a fixação de alelos que aumentem ainda mais o isolamento reprodutivo. Se, pelo contrário, os híbridos forem mais aptos que os seus pais, então as populações tenderão a fundir-se perdendo-se a diferenciação entre elas.

Especiação artificial

Espécies novas foram criadas por selecção de animais de pecuária, mas as datas iniciais e os métodos usados para dar origem a tais espécies não são claros.

Por exemplo, a ovelha doméstica (Ovis aris) foi criada através de hibridação, e já não produz descendentes férteis com o muflão (Ovis orientalis), que é uma das espécies que lhe deu origem.

Gado domesticado, por outro lado, ainda pode ser considerado como a mesma espécie que várias variedades de gado selvagem, porque conseguem produzir descendentes férteis com estas variedades.3

A criação de novas espécies em laboratório que melhor foi documentada, realizou-se no fim dos anos 80 por William Rice e G.W. Salt. Estes cientistas criaram mosquinha-da-fruta, Drosophila melanogaster, usando um labirinto com três escolhas diferentes tais como escuro/claro e seco/molhado. Cada geração era colocado no labirinto, e o grupo de moscas que saía em duas das oito possíveis saídas eram separadas para procriar dentro do seu próprio grupo. Após trinta e cinco gerações, os dois grupos e os seus descendentes não conseguiam procriam entre eles, mesmo quando essa era a única oportunidade de se reproduzir.

Diane Dodd também foi capaz de demonstrar especiação alopátrica por isolamento reproductivo em Drosophila pseudoobscura após apenas oito gerações usando diferentes tipos de comida, amido e maltose. A experiência de Dodd tem sido facilmente replicada por outros, incluindo outras espécies de moscas da fruta e alimentos.

Especiação por hibridação

Especiação no Homem

Os seres humanos têm semelhanças genéticas com chimpanzés e gorilas, o que sugere antepassados comuns. Uma análise de derivação genética e recombinação sugeriu que o ancestral comum mais próximo entre o homem e o chimpanzé sofreu especiação (por cladogênese) há 4,1 milhões de anos, formando duas novas espécies que, através de caminhos evolutivos diferentes, deram origem aos indivíduos atuais.

Especiação é o processo evolutivo pelo qual as espécies vivas se formam. Este processo pode ser uma transformação gradual de uma espécie em outra (anagênese) ou pela divisão de uma espécie em duas por cladogênese.

Há quatro modos principais de especiação: a especiação alopátrica, simpátrica, parapátrica e peripátrica. A especiação pode também ser induzida artificialmente, através de cruzamentos seleccionados ou experiências laboratoriais.

Barreiras ao cruzamento entre espécies

Diferentes espécies de vaga-lumes não reconhecem os sinais de outras espécies, e consequentemente, não cruzam.

Barreiras por isolamento

Populações de duas espécies americanas de gambá (Spilogale gracilis e Spilogale putorius) têm distribuições sobrepostas, mas se mantêm como espécies separadas porque a primeira acasala no verão e a segunda no inverno.

O brilho rítmico dos vaga-lumes é específico de cada espécie e portanto funciona como barreira pré-zigótica.

Barreiras atuando após a fertilização

Por exemplo, cruzamentos de zebra x cavalo e zebra x jumento produzem organismos estéreis. O cruzamento de cavalo x jumenta produz mulas e burros que são estéreis. Muito raramente, uma mula pode ser fértil.

Extinção

Taxas de extinção atuais são de 100 a 1000 vezes maiores do que as taxas normais, e até 30% das espécies pode estar extinta até o meio deste século. Atividades humanas são hoje a principal causa da extinção em massa atual e o aquecimento global pode acelerar ainda mais essa extinção no futuro.

História evolutiva da vida

O consenso científico actual é de que a bioquímica complexa que constitui a vida provém de reacções químicas mais simples, mas que não é claro como ocorreu esta transição. Não há muitas certezas sobre os primeiros desenvolvimentos da vida, a estrutura dos primeiros seres vivos, ou a identidade ou natureza do último ancestral comum ou do pool genético ancestral.

Origem comum

Os hominídeos são descendentes de um ancestral comum.

Como o primeiro ser vivo surgiu na Terra?

A ciência ainda não conseguiu explicar de forma convincente e muito menos desenvolver uma técnica para "criar" um ser vivo em laboratório.

Evolução da vida

Os procariontes foram os primeiros seres vivos a habitar a Terra, há aproximadamente 3-4 mil milhões de anos.

Procariontes, procariotas ou procariotos (grego transliterado: pro, anterior, antes, primeiro, primitivo - karyon, noz ou amêndoa - núcleo = Nucleo Primitivo) são organismos unicelulares na sua vasta maioria e que não apresentam seu material genético delimitado por uma membrana. Estes seres não possuem nenhum tipo de compartimentalização interna por membranas, estando ausentes várias outras organelas, como as mitocôndrias, o Complexo de Golgi e o fuso mitótico. Células com um núcleo são chamadas eucariontes, onde o prefixo eu- significa bom ou verdadeiro. Em algumas células procariontes observadas ao microscópio eletrônico foram observados vestígios nucleares pouco visíveis.

A forma mais comum de reprodução é assexuadamente por fissão binária. Outras formas de recombinação de DNA entre procariontes incluem a transformação e a transdução. Estas podem ocorrer entre organismos de diferentes géneros, emprestando características de um género a outro diferente. Um exemplo deste processo é a aquisição de resistência a antibióticos através da transferência de plasmídeos contendo genes que conferem essa resistência.

A espécie bacteriana Escherichia coli se destaca como organismo modelo e como ferramenta biológica para pesquisas científicas.

História do pensamento evolutivo

No final de 1859, a publicação de A Origem das Espécies por Charles Darwin, explicava a selecção natural em detalhe e apresentava provas que levaram a uma aceitação cada vez mais geral da ocorrência da evolução. No entanto Darwin não consegui explicar como características passam de geração para geração.

Quando o trabalho de Mendel foi redescoberto em 1900, a discórdia sobre a taxa de evolução prevista pelos primeiros geneticistas e biometristas levou a uma ruptura entre os modelos de evolução de Mendel e de Darwin.

Esta contradição só foi reconciliada nos anos 1930 por biólogos como Ronald Fisher. O resultado final foi a combinação da evolução por selecção natural e hereditariedade mendeliana, a síntese evolutiva moderna.

Na década de 1940, a identificação do DNA como o material genético por Oswald Avery e colegas, e a subsequente publicação da estrutura do DNA por James Watson e Francis Crick em 1953, demonstraram o fundamento físico da hereditariedade. Desde então, a genética e biologia molecular tornaram-se partes integrais da biologia evolutiva e revolucionaram o campo da filogenia.

Em biologia, filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos.

Apesar de muitas religiões terem reconciliado as suas crenças com a evolução através de vários conceitos de evolução teísta, há muitos criacionistas que acreditam que a evolução é contraditória com as histórias de criação encontradas nas respectivas religiões.

Aplicações na tecnologia

O estudo da evolução dos animais, principalmente da genética, permitiu avanços importantes na seleção de animais, de interesse zootécnico.

Um exemplo é o melhoramento genético dos bovinos, visando o aumento da produção de carne e leite. O uso do ultrassom tem possibilitado a seleção de bovinos com menor teor de gordura na carne. Esta característica, menos gordura na carne, selecionada através do ultrassom em reprodutores é hereditária, portanto transmitida aos seus descendentes. Neste caso utilizou-se uma seleção artificial, diferente daquela que ocorre na natureza.

CAPÍTULO V

ESTRUTURAS (ÓRGÃOS) VESTIGIAIS

Origem: Wikipédia/Lajopa

Durante a evolução, algumas estruturas podem perder ou modificar sua funcionalidade não exercendo mais a sua principal função e se tornam estruturas vestigiais que frequentemente são chamados órgãos vestigiais, embora muitos deles não fossem realmente órgãos. Essas estruturas exercem o mesmo papel ou não em diferentes espécies, apesar de terem uma função clara em espécies ancestrais ou relacionadas.

Exemplos de órgãos vestigiais nos animais

Nos equinos

Os equinos não apresentam o segundo e quarto dedos. Eles apresentam, no boleto, uma pequena massa córnea, recoberta por pelos, que é chamada de esporão. Esta formação é um vestígio dos dedos que estão extintos. Outra denominação desta formação: "machinho". Na porção mediana do antebraço dos cavalos observa-se uma formação córnea, denominada castanha. A castanha é considerada como vestígio do primeiro dedo. Com extinção do primeiro, segundo, quarto e quinto dedos os cavalos apresentam como apoio o terceiro dedo.

Nos bovinos

Os bovídeos devido ao seu hábito alimentar desenvolveram, a partir do esôfago, compartimentos (rúmen, retículo e omaso), nos quais os alimentos fibrosos são fermentados por microrganismos, voltando à boca para serem remastigados (ruminação). Neste caso, na verdade não são vestigiais, houve uma evolução ou adaptação em função da mudança do hábito alimentar.

Outros animais

A avestruz, emas, entre outras aves não-voadoras possuem asas presentes, porém muito pequenas para exercer a função de voar, que é a principal função dessa estrutura, tendo ainda certa funcionalidade no equilíbrio, na direção durante a corrida, exibições sexuais e social, mas para o voo ela não é inutilizada. O pinguim também possui asas que não tem a finalidade do voo, desenvolveram a habilidade do nado com essas asas, tendo uma nova função substancial. Mas claramente ambos os exemplos descenderam de ancestrais que usavam as asas para voar.

Um exemplo dos insetos são as formigas, que perderam as suas asas, mas não a capacidade de desenvolvê-las. Somente as formigas rainhas e os machos possuem as asas, mas as formigas operárias não possuem, provavelmente porque sua vida no subsolo tornou desnecessária essa estrutura.

Vários animais que vivem em ambientes escuros, como cavernas ou no subsolo, tiveram a perda ou a redução dos olhos, já que não se apresentava necessário tê-los nessas condições do ambiente. A explicação para tal perda seria que, quando um gene ligado à visão sofre alguma mutação negativa que o faz perder parte da funcionalidade em animais que necessitam desse sentido para sobreviver, a seleção natural se encarrega de remover essa mutação imediatamente; porém se o ambiente em que esse animal vive não depende da visão, é escuro, e esse sentido torna-se inútil, então se acumulam várias mutações negativas que não são removidas, a funcionalidade se perde, e acaba por sobrar apenas um vestígio do que foram olhos.

A cecília ou cobra-cega, espécie de anfíbio com hábitos escavadores, por exemplo, apresenta olhos vestigiais, uma vez que não são necessários no ambiente em que esse animal habita. O mesmo ocorre com certos peixes cavernícolas e algumas espécies de salamandra.

As cobras possuem vestígios de apêndices, mas não possuem pernas, ao dissecar e examinar com atenção a estrutura interna desse animal encontram-se pequenos ossos semelhantes aos da bacia e das pernas de animais que possuem apêndices, esse vestígio de bacia não está nem ao menos ligadas à estrutura vertebral, como em sua evolução ocorreu a perda desses apêndices, externamente não são evidentes, mas internamente retiveram a estrutura óssea que era encontrada em seus ancestrais. Além disso, na maioria das cobras o pulmão esquerdo é muito reduzido ou ausente.

Alguns lagartos "sem patas" carregam vestígios de patas rudimentares dentro da pele, indetectável do lado de fora. As baleias são um clássico exemplo da presença de ossos de quadril, sem nenhuma função, proveniente de sua descendencia de um mamífero terrestre.

O Nervo Laríngeo

É um nervo craniano que parte diretamente do cérebro e não da medula, como é mais comum, sendo uma ramificação do nervo "vago", que tem este nome porque ele "vagueia" pelo corpo e é utilizado em diversas funções.

Um de seus ramos parte de cada lado do pescoço e se dirige à laringe. Uma parte chega à laringe diretamente, mas outra parte chega a ela por um caminho bem longo, ele se dirige para "baixo", para dentro do tórax, caminha até o coração, dá a volta em uma de suas artérias e volta para cima, até atingir a laringe.

Esse caminho diferente desse nervo explica-se somente à luz da evolução, nos peixes o nervo vago em direção as guelras, passando por sobre a aorta ventral, mas conforme as modificações, sempre mínimas e graduais, ocorriam com a evolução, a posição relativa dessas partes do plano corporal mudava, o coração migrava, suas artérias se posicionavam em novo espaço e o nervo vago, devido a sua disposição inicial, precisava ficar um pouco mais longo para contornar a aorta, nos anfíbios o caminho foi ficando um pouco mais longo em anfíbios, mais longo em répteis.

Em humanos é bastante longo, sendo necessário que o nervo laríngeo dê uma grande volta para chegar a um ponto que está a apenas três ou quatro centímetros de sua origem craniana.

O exemplo mais bizarro seria o da girafa, a aorta se encontra no tórax, e o tórax encontra-se muito distante do crânio, o nervo laríngeo "caminha" em uma girafa adulta, quatro metros e meio, para chegar a uma posição a centímetros da origem do nervo.

Olhos dos vertebrados

Uma das estruturas dos olhos que são imperfeitas devido aos vestígios da evolução seria a retina, a mesma se encontra de trás para frente, suas fotocélulas estão apontadas para trás, lado oposto da cena a ser observada.

Os nervos que ligam essas fotocélulas ao cérebro percorrem toda a superfície da retina, e com isso os raios luminosos precisam atravessar um tapete de fios reunidos em massa antes de atingir as fotocélulas, esses nervos tem que atravessar a retina e voltar ao cérebro para levar as informações.

Todos esses nervos passam por uma única abertura, chamada de ponto cego, pois realmente é um ponto cego em nossa visão, ou seja, no decorrer do inicio da evolução dos vertebrados, ocorreu essa inversão e a seleção natural tratou de contorna-la para a visão não ser prejudicada.

Pseudogenes

É uma região de uma molécula de DNA que fortemente se assemelha à sequência de um gene conhecido, mas difere do mesmo em um ponto crucial, e provavelmente não exerce função nenhuma, foram "desligados" ao longo da historia evolucionista de um grupo de seres vivos, onde em outros grupos eram genes funcionais e foram danificados, mudados, provavelmente por acúmulo de mutações e perderam sua função.

A origem desse pseudogene podem ser variadas como, por exemplo, em eventos de duplicação gênica ou por transcriptase reversa de um RNA processado em DNA.

Estruturas vestigiais em Seres Humanos

No decorrer das interpretações acerca do que é uma estrutura vestigial houve muita discussão sobre quais seriam realmente os vestígios no corpo humano - praticamente todos os órgãos endócrinos e linfáticos já foram considerados um dia vestigiais, sendo que aproximadamente 180 órgãos já foram considerados vestigiais.

Depois da 1º lista de Wiedersheim, e até mesmo órgãos extremamente importantes como a glândula paratireóide eram considerados como vestígios a principal razão dessa colocação seria de que as funções dessas estruturas ainda não eram compreendidas. Com a evolução da ciência pode-ser distinguir aquele órgão que realmente não possui uma função importante, que pode ser considerada como vestigial.

Cóccix

É um clássico exemplo de estrutura vestigial em humanos, é um pequeno osso que termina a coluna vertebral na parte inferior, sendo um vestígio da cauda dos ancestrais do homem.

A coluna vertebral é formada quase sempre por 33 e eventualmente 32 ou 34 vértebras que são ligadas por articulações, tendo um início e um fim, e nessa parte terminal é onde se localiza o cóccix, o vestígio de um "rabo".

Sua função original seria na assistência no equilíbrio e na mobilidade do ser, embora ainda sirva algumas funções secundárias, como sendo um ponto de fixação para os músculos, nele se inserem vários músculos pélvicos, formando o diafragma pélvico, que mantém fixos muitos órgãos na cavidade abdominal nos seres humanos, o que explica por que razão não foi totalmente degradado.

Todos os mamíferos têm uma cauda em um ponto durante seu desenvolvimento; em seres humanos, está presente por um período de quatro semanas, durante os estágios 14-22 da embriogênese humana. Essa cauda é mais proeminente em embriões humanos 31-35 dias de idade. Já ocorreram casos de bêbes humanos nascerem com tipo de cauda-curta, resultado de um defeito na estrutura.

Apêndice Vermiforme

É um órgão vestigial, proveniente do ceco, um órgão com função de digerir a celulose herdado pelos humanos de ancestrais herbívoros.

Existem órgãos análogos em outros animais semelhantes aos seres humanos que continuam a desempenhar essa função, enquanto que por outro lado em animais carnívoros esse órgão diminuuiu de forma semelhante a apêndices.

A função do apendice no ser humano pode ser proteção contra infecções por bactérias simbióticas que ajudam na digestão.

Uma hipótese para o seu tamanho, seria que a seleção natural seleciona tamanhos maiores, pois apendices menores seriam mais sucetíveis à infecções.

O apêndice tem uma função- O apêndice provoca muito debate entre os profissionais médicos, que têm dificuldade para decidir se ele tem realmente alguma utilidade para o corpo.

Embora todos concordem que o apêndice pode ser removido sem causar danos ao paciente, alguns médicos e pesquisadores acreditam que o apêndice cumpre uma função como parte do sistema imunológico.

Outros acreditam que o apêndice é um órgão vestigial, remanescente do tempo em que os seres humanos se alimentavam de cascas de árvore e necessitavam de um órgão para romper alimentos ricos em substâncias indigeríveis.

Alguns médicos consideram que a evolução do corpo humano levará ao fim do apêndice, enquanto outros acreditam que o apêndice permanecerá no corpo.

Pêlos corporais

Temos músculos ligados aos nossos folículos pilosos que se contraem, fazendo nossos pêlos corporais se arrepiar-se quando estamos com frio ou medo.

Por isso se fossemos peludos, como os chimpanzés, a contração desses musculos fariam com que a superfície da nossa pelagem fosse aumentada, mantendo-nos aquecidos, ou tornando-nos aparentemente maiores e mais ameaçadores aos inimigos.

Porém não somos peludos, por isso ficamos apenas com a pele arrepiada, o que indica que os humanos vieram de ancestrais mais peludos.

Dentes do siso

São os terceiros molares vestigiais que os ancestrais humanos utilizavam para ajudar na trituração do tecido vegetal. Os crânios de ancestrais humanos tinham mandíbulas maiores, com mais dentes, que foram provavelmente usados para ajudar a mastigar folhas, que possuem uma rígida parede celular.

Como houve uma mudança na dieta humana, as mandíbulas diminuíram pela seleção natural, mas os terceiros molares, ou "dentes do siso", ainda podem desenvolver na boca humana, sendo que atualmente, os dentes do siso tornaram-se inúteis e até prejudiciaias, onde muitas vezes é necessária sua remoção cirurgicamente.

Musculatura das Orelhas

Em muitos macacos, as orelhas possuem os músculos muito mais desenvolvidos do que os dos seres humanos e, portanto, têm a capacidade de mover os seus ouvidos para ouvir melhor as ameaças em potencial.

Porém nos seres humanos, entre outros primatas, como o orangotango e o chimpanzé, possuem músculos da orelha que são pouquissimo desenvolvidos e não-funcionais, mas ainda grande o suficiente para ser identificável.

Sendo assim, um músculo ligado ao ouvido que não pode mover a orelha, por qualquer motivo, não pode mais ser dito para ter alguma função biológica. Alguns humanos são capazes de mover seus ouvidos em várias direções, e pode ser possível para os outros para ganhar tal movimento por ensaios repetidos.

Essa incapacidade de mover o ouvido nos primatas é compensada principalmente pela capacidade de virar a cabeça em um plano horizontal, uma habilidade que não é comum à maioria dos macacos, não sendo necessário esse movimento.

A estrutura externa da orelha também mostra algumas características vestigiais, como o nó ou ponto na hélice da orelha conhecida como tubérculo de Darwin que é encontrado em cerca de 10% da população.

Cromossomo 6

As características vestigiais também podem surgir a nível molecular, e há uma no cromossomo 6 humano. É uma sequencia de DNA que se assemelha ao gene codificador da enzima CMAH (hidroxilase do ácido CMP-N-acetilneuramínico), mas no humano essa sequencia tem uma deleção de 92 pares de bases.

A maioria dos mamíferos, inclusive os primatas, como o chimpanzé, produzem essa enzima em abundancia, que converte um açucar ácido de uma forma para outra na superfície das células, por isso temos uma composição bioquimica diferente em nossas membranas celulares.

Com isso, esse é um gene não funcional, é difícil conciliar com a crença de que os humanos foram criados em sua forma atual, sendo uma forte evidência de que os humanos descenderam com modificações de ancestrais que produziam a CMAH.

Histórico- Estruturas vestigiais

Há muito tempo as estruturas vestigiais vem sendo observadas pela humanidade, e a razão para sua existencia foi bem especulada. No século IV aC, Aristóteles foi um dos primeiros a comentar a respeito dessas estruturas, em seu livro "História dos Animais", sobre olhos vestigiais em alguns organismos.

Mas um estudo sério sobre o assunto só foi iniciado nos últimos séculos, em 1798, Étienne Geoffroy Saint-Hilaire observou as estruturas vestigiais. Jean-Baptiste Lamarck, também dissertou sobre essas estruturas, nomeando um número de estruturas vestigiais em seu livro "Philosophie Zoologique", 1809.

Charles Darwin já estava familiarizado com o conceito de estruturas vestigiais, embora o termo para eles ainda não existisse. Ele listou uma série deles em "The Descent of Man", incluindo diversas estruturas, como os músculos da orelha, os dentes do siso, o apêndice, o osso do cóccix, os pêlos do corpo, e a dobra semilunar no canto do olho. Darwin também notou que uma estrutura vestigial pode ser inútil para a sua função primária, mas ainda mantêm papéis anatômicos secundários. No livro "A origem das espécies", Darwin aborda a origem de órgãos rudimentares e em sua dissertação faz a analogia a seguir: Os órgãos vestigiais podem ser comparados com as letras mortas conservadas na grafia de algumas palavras e que não são pronunciadas na fala, servindo apenas como uma chave para o descobrimento de sua origem.

O anotomista alemão chamado Robert Wiedersheim foi o primeiro a reunir uma lista de estruturas vestigiais, durante sua vida academica, tornou-se um especialista em anatomia comparada publicando uma série de livros-textos. As obras de Darwin foram uma grande influencia para o seu trabalho.

Ele catalogou em uma lista 86 órgãos considerados vestigiais, cujas funções nos organismos que se localizavam atualmente eram desconhecidas, essa lista foi publicada em seu livro "The Structure of Man an Index to his past History" em 1983. Sua lista possuiam várias estruturas que atualmente se conhecem suas funções sendo consideradas essenciais, pelo avanço da ciência, mas os criacionistas utilizam alguns desses exemplos erroneos de Wiedersheim como argumento contra a evolução a favor da teoria criacionista. Versões posteriores da lista Wiedersheim foram expandidas para até 180 "órgãos vestigiais" humanos.

Conceito- Estruturas vestigiais

É importante ressaltar que vestigial não significa que o órgão ou estrutura não tem função, pode-se sim ter alguma nova função, mas com vestígios de uma função antiga presente em algum outro ser vivo com um grau de parentesco.

O processo de adaptação é a causa de um órgão perder ou mudar a sua função, ganhando um novo recurso, ou perdendo a função ancestral, dirigida pela deriva genética e/ou pela seleção natural, ocorrendo modificações graduais de estruturas já existentes.

As estruturas vestigiais são classificadas como homólogas quando comparadas uma espécie à outra, cujo desenvolvimento tem a mesma origem embrionária, porém em diferentes espécies perderam a sua função ou desenvolveram uma nova função de menor importância.

Podem ser órgãos, DNA sem função "junk DNA", ou outro tipo de estrutura no organismo do ser vivo, até mesmo refletindo um "comportamento vestigial". Mesmo que o "vestígio" apareça no desenvolvimento embrionário, a mesma pode desaparecer durante essa fase e não se apresentar na vida adulta.

Algumas podem até ter alguma utilidade limitada a um organismo, mas podem degenerar ao longo do tempo, o ponto principal não é que eles não possuam nenhuma utilidade, mas que eles não conferem uma vantagem significativa o suficiente em termos de aptidão para o indivíduo.

É complicado afirmar que uma estrutura vestigial é prejudicial ou não ao organismo em longo prazo, pois o futuro da evolução não é previsível, o que não tem qualquer utilidade no presente pode se desenvolver em algo útil no futuro.

As estruturas vestigiais são uma assinatura da evolução, uma evidência de que a evolução existe, e a história dessa evolução está escrita em todo o corpo dos seres vivos. Para melhor esclarecimento de como essas estruturas podem ser encontradas em diversos organismos, inclusive nos seres humanos.

Os órgãos vestígias são apenas mais uma das evidências da evolução, onde no decorrer do processo evolutivo, mudanças em seres vivos dirigidos pela seleção natural, dão origem às novas espécies, porém algumas características das espécies ancestrais, como sistemas e estruturas, permanecem com características parecidas, ou acabam se modificando, e se não necessários mais ao ser no ambiente que o mesmo habita, essa estrutura pode diminuir, mudar de função, entre outros, mas é uma evidencia de que o seu ancestral possui essa estrutura para uma determinada função.

Não se pode afirmar que uma estrutura vestigial não tem função, sim ela tem, pode ser uma nova função, ou a mesma, porém diminuta, não sendo tão necessária ao ser vivo como era para o seu ancestral.

Órgãos Vestigiais- citações

Abaixo algumas citações de evolucionistas no decorrer do pensamento evolutivo:

Charles Darwin

"Órgãos úteis, não importa o quão pouco eles sejam desenvolvidos, a menos que tenhamos razões para supor que eles foram anteriormente mais altamente desenvolvidos, não devem ser considerados como rudimentares."

"Um órgão, servindo para dois propósitos, pode tornar-se rudimentar ou completamente abortado para um, mesmo para o propósito mais importante, e permanecer perfeitamente eficiente para o outro (...)".

"Órgãos rudimentares, por outro lado, são ou relativamente inúteis, como o dente que nunca irrompe as gengivas, ou quase inútil, como as asas de um avestruz, que servem meramente como velas."

Somente como um reforço de um dos exemplos dado acima da asa vestigial funcional do avestruz, não é que elas não tenham qualquer função, mas é uma asa rudimentar não usada para o voo, seu principal propósito, como Darwin colocou.

"Morfologia comparativa aponta não apenas para plano de organização essencialmente similar de todos os Vertebrados, mas também para a ocorrência neles de certos órgãos, ou partes de órgãos, agora conhecidos como "vestigiais". Por estes órgãos refere-se a aqueles que foram anteriormente de maior significância fisiológca que no presente." (Robert Wiedersheim 1893, p. 2).

"Quando estruturas sofrem uma redução em tamanho juntamente com uma perda de sua função típica, isso são, quando eles tornam-se vestigiais, eles são muito comumente considerados como sendo degenerados e sem função".

Mas Simpson recentemente apontou que isso não necessita ser verdade

de forma alguma: todas as perdas da função original podem ser acompanhadas por especialização ou por uma nova função." (tradução de Evolution: Process and Product, E. O. Dodson, 1960).

"É incorreto afirmar-se que para ser vestigial um órgão precisa ser não funcional. não é essencial para um órgão vestigial ser totalmente sem função." (Naylor 1982)

"Vestigial: Ocorrendo em uma condição rudimentar, como resultado de redução evolutiva de um estágio mais elaborado de um caractere funcional em um ancestral". (Futuyma 1998, do Glossári).

"Não se pode afirmar que somente um criador poderia ter criado tal órgão ou sistema".

Estes órgãos vestigiais vem compostos de grandes falhas, causadas pela história evolutiva.

Por mais perfeito que possa "parecer" qualquer estrutura, facilmente poderá ser explicada através da evolução, nunca através de um criador.

Pois esse padrão de grandes falhas de design compensadas por subsequentes ajustes pequenos é exatamente o que não deveríamos esperar se houvesse um designer atuando.

Poderíamos esperar erros infelizes, como na aberração esférica do telescópio Hubble, mas não uma óbvia estupidez, como no caso da retina instalada de trás para frente. Mancadas desse tipo não provêm de um mau projeto, mas da história". Professor Richard Dawkins - Março de 2005.

Resumo- Órgãos (ou estruturas) Vestigiais

Os chamados "órgãos" vestigiais encontrados nos animais, são estruturas que existiram nos ancestrais, com alguma função, que atualmente não apresentam nenhuma função, geralmente estão atrofiados e se constituiem em evidências da evolução das espécies. Essas estruturas podem estar com a função diminuída, mudada, ou ausente.

Um exemplo interessante é a chamada epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro. Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual.

Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.

Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

Nos animais podem-se encontrar inúmeros exemplos de órgãos ou estruturas vestigiais. Nos equídeos encontramos o machinho ou esporão, localizada no boleto, que vem a ser um resquício do segundo e quarto dedos. Ainda nesta espécie animal encontramos uma formação córnea, denominada castanha, que vem a ser um resquício do primeiro dedo, observada na porção mediana do antebraço. Com a perda de função dos 1º, 2º, 4º e 5º dedos, os equídeos passaram a ter apoio somente no 3º dedo.

CAPÍTULO VI

CIÊNCIA E RELIGIÃO

Conflitos entre Ciência e Religião

Através de um resumo dos conflitos entre religião e a ciência pode-se verificar que ainda existem divergências. O pensamento religioso e o pensamento científico perseguem objetivos diferentes, mas não opostos.

O processo de Galileu Galilei, em 1633, marca o divórcio entre o pensamento científico e o pensamento religioso, este iniciado pela execução de Giordano Bruno em 1600. Concile de Trinta (1545-1563) autorizou as comunidades religiosas a efetuar investigações científicas.

A Igreja Católica, defendendo o pensamento de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino, afirma que: "embora a fé supere a razão, não poderá nunca existir contradição entre a fé e a ciência porque ambas têm origem em Deus."

Logo, a partir do século XX, a Igreja foi lentamente aceitando várias descobertas científicas modernas. Por exemplo, acabou por aceitar as teorias do Big Bang e da evolução (com a constante intervenção divina), defendendo que são compatíveis com a crença da criação divina do mundo, desde que essas teorias continuem a ser cientificamente válidas.

Teorias sobre o centro do Universo

Geocentrismo

Segundo Ptolomeu Cladius (Matemático e astrônomo grego- 90-168 d.c.), a Terra estaria parada no centro do Universo (geocentrismo) com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor.

Heliocentrismo

Na tese do heliocentrismo o astrônomo e clérigo polonês Nicolau Copérnico defendia que o Sol era o centro do Universo, portanto a Terra e outros corpos celestes giram em torno do Sol.

Galileu Galilei ( 1564-1642, físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano), também era um defensor do heliocentrismo, o centro do Universo seria o Sol, contradizendo o geocentrismo.

Naquele tempo a Igreja Católica, sempre cautelosa, não aceitava a teoria do heliocentrismo.

Teoria Moderna

Hoje se admite que o centro do Universo estaria em outro ponto e não no Sol.

O Universo mostra-se como uma obra magnífica que para muitos é obra do acaso, para outros, fruto de uma ordenação que não conseguimos atingir.

Atualmente, a TEORIA DO BIG BANG sobre a origem do Universo é o modelo cosmológico mais aceito.

Esta teoria nos diz que o Universo teria começado com a explosão de um ponto, ou singularidade, de matéria extremamente condensada, quente, chamada Era de Planck. A partir da Era Planck o Universo vem se expandindo, até sua forma atual.

Muitas dúvidas ainda existem sobre como tudo começou. A Gênese ou a Criação refere-se ao ato (ou atos) em que o mundo e o Universo tomam forma e começam a existir.

Logo, a partir do século XX, a Igreja Católica foi lentamente aceitando várias descobertas científicas modernas. Por exemplo, acabou por aceitar as teorias do Big Bang e da evolução (com a constante intervenção divina), defendendo que são compatíveis com a crença da criação divina do mundo, desde que essas teorias continuem a ser cientificamente válidas.

Embora há muito se saiba que o sol não é o centro do universo e sim apenas mais uma estrela entre tantas outras, as regras primariamente encontradas no modelo de universo heliocêntrico baseado na Gravitação Universal são até hoje utilizadas no concernente à exploração espacial, e o modelo Ptolomaico (geocentrismo) não encontra lugar hoje no meio científico a não ser nos livros de história da ciência.

A Igreja Católica e os conflitos

Papa Pio XII (Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli; (nascimento Roma, 2 de Março de 1876; morte Castelgandolfo, 9 de Outubro de 1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939 até a data da sua morte. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724).

Em 1950 com o Papa Pio XII, por meio da encíclica Humani Generis, a Igreja assumiu uma posição neutra com relação à evolução.

"A encíclica não endossa uma crença abrangente na evolução, nem a sua rejeição, uma vez que considerou as provas no momento não convincente". Ele permite a possibilidade no futuro:

"Isso certamente seria louvável, no caso dos fatos claramente comprovados; mas o cuidado deve ser usado quando há bastante questão de hipóteses, tendo algum tipo de fundamento científico, em que a doutrina contida na Sagrada Escritura ou na Tradição está envolvido".

Papa João Paulo II ou São João Paulo II (Nascimento: 18 de maio de 1920, Wadowice, Polónia, falecimento: 2 de abril de 2005, Palácio Apostólico, Vaticano).

No ano 2000, o Papa João Paulo II emitiu finalmente um pedido formal de desculpas por todos os erros cometidos por alguns católicos nos últimos 2.000 anos de história da Igreja Católica, incluindo o julgamento de Galileu Galilei pela Inquisição.

Foi apenas no século XIX que o estudo mais aprofundado da mecânica e dos corpos celestes demonstrou definitivamente que o geocentrismo havia sido um engano perpetuado por mais de milênio.

A encíclica Fides et ratio (1993), do Papa João Paulo II, reconhece que a religião cristã e a ciência são dois modos de explicar o mundo.

Encíclica Fides et ratio (1993), do Papa João Paulo II

"Outro perigo a ser considerado é o cientificismo. Esta concepção filosófica recusa-se a admitir, como válidas, formas de conhecimento distintas daquelas que são próprias das ciências positivas, relegando para o âmbito da pura imaginação tanto o conhecimento religioso e teológico, como o saber ético e estético.

No passado, a mesma ideia aparecia expressa no positivismo e no neopositivismo, que consideravam destituídas de sentido as afirmações de carácter metafísico. A crítica epistemológica desacreditou esta posição; mas, vemo-las agora renascer sob as novas vestes do cientificismo. Na sua perspectiva, os valores são reduzidos a simples produtos da emotividade, e a noção de ser é posta de lado para dar lugar ao facto puro e simples.

A ciência, prepara-se assim para dominar todos os aspectos da existência humana, através do progresso tecnológico. Os sucessos inegáveis no âmbito da pesquisa científica e da tecnologia contemporânea contribuíram para a difusão da mentalidade cientificista, que parece não conhecer fronteiras, quando vemos como penetrou nas diversas culturas e as mudanças radicais que aí provocou.

Infelizmente, deve-se constatar que o cientificismo considera tudo o que se refere à questão do sentido da vida como fazendo parte do domínio do irracional ou da fantasia. Ainda mais decepcionante é a perspectiva apresentada por esta corrente de pensamento a respeito dos outros grandes problemas da filosofia que, quando não passam simplesmente ignorados, são analisados com base em analogias superficiais, destituídas de fundamentação racional.

Isto leva ao empobrecimento da reflexão humana, subtraindo-lhe aqueles problemas fundamentais que o animal rationale se tem colocado constantemente, desde o início da sua existência sobre a terra. Na mesma linha, ao pôr de lado a crítica que nasce da avaliação ética, a mentalidade cientificista conseguiu fazer com que muitos aceitassem a ideia de que aquilo que se pode realizar tecnicamente, torna-se por isso mesmo também moralmente admissível".

Potenciais conflitos entre a fé católica e a ciência

A Igreja Católica e a Ciência continuam a discordar em questões mais teológicas relacionadas:

Com a infalibilidade e a autenticidade da Revelação divina contida nas Escrituras e na Tradição oral;

Com a não aceitação da existência de Deus e da alma (e da sua imortalidade) por ausência completa de evidências;

Com os momentos exatos do princípio e do fim da vida humana; e

Com as implicações éticas da clonagem, da contracepção ou fertilização artificiais, da manipulação genética e do uso de células-tronco embrionárias na investigação científica.

Em muitos destes pontos a Igreja Católica já tem o seu posicionamento em outros continua estudando, pesquisando e abrindo diálogo com os pesquisadores de diferentes áreas. Neste sentido promove congressos, convidando cientistas para um debate aberto.

Conflitos que podem surgir em questões relacionadas com:

A infalibilidade e a autenticidade da Tradição revelada;

Com a negação da existência de Deus e da alma (e da sua imortalidade);

Com os momentos exatos do princípio e do fim da vida humana; e

Com as implicações éticas:

Da clonagem, da contracepção ou fertilização artificiais,

Da manipulação genética e

Do uso de células-tronco embrionárias na investigação científica.

Relações com a Ciência e os pensadores laicos (leigos)

Santo Agostinho

Já Santo Agostinho (354-430), afirmava no século V que a Bíblia deveria ser interpretada de modo a harmonizá-la com os conhecimentos científicos disponíveis em cada época. Declarando que a Criação do mundo e do homem, conforme narrada no Livro de Gênesis, possuía elementos metafóricos.

São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino, no século XIII, defendeu também que a fé e a razão são complementares, porque "provêm ambas de Deus".

Conceitos sobre criação

A formulação de uma ideia (conceito) de como tudo foi criado, através de palavras, torna-se difícil e leva quase sempre a conflitos, entre religião e ciência.

O que é possível de se entender com inteligência (compreensível), com auxílio da ciência, muitas vezes entra em conflito com o incompreensível.

O incompreensível é explicado pela Fé, uns dizem ser a imaginação humana e outros dizem ser a própria vontade de suas divindades, transcritas nos textos e nos ritos sagrados de várias culturas.

A metafísica estuda de forma sistemática os fundamentos da realidade e do conhecimento, isto é, procura explicar a essência de todas as coisas. As dúvidas ou divergências somente são dirimidas quando a pesquisa consegue provar de forma matemática a verdade.

Controvérsia da criação versus evolução

A ciência é um sistema de conhecimento baseado em trabalhos de pesquisa na observação, evidências empíricas testáveis e em explicações dos fenômenos naturais.

Um trabalho de pesquisa para ser desenvolvido e publicado deve ser planejado com revisão bibliográfica pertinente, justificativa, objetivo, material e método, resultados, discussão e conclusões.

Por outro lado, o criacionismo é baseado em interpretações literais de narrativas de determinados textos religiosos.

Algumas crenças criacionistas envolvem supostas forças que se encontram fora da natureza, tais como a intervenção sobrenatural, e estas não podem ser confirmadas ou refutadas por cientistas.

Assim, a evolução por seleção natural é perfeitamente compatível com a crença na existência de Deus.

Os evolucionistas estão preocupados em entender a geração da diversidade dos seres vivos na Terra e não têm qualquer desejo - ou tempo para se intrometer em problemas espirituais.

Apenas algumas denominações protestantes fundamentalistas fazem uma interpretação literal estrita, criacionista, do livro do Gênesis na Bíblia que os leva a rejeitar em princípio a evolução biológica. Para eles a Terra (e todo o universo) tem menos de 10 mil anos (danem-se os dinossauros e toda a evidência fóssil) e Deus criou o homem diretamente!

Por outro lado, o criacionismo é baseado em interpretações literais de narrativas de determinados textos religiosos.

Obs. (O filme O vento será sua herança (1960), com Spencer Tracy, conta a estória do desenvolvimento do ensino de evolução em escolas públicas nos Estados Unidos).

Compatibilidade entre Ciência e religião

Declarações de alguns cientistas sobre compatibilidade entre ciência e religião:

Stephen Jay Gould, considera a ciência e a religião como dois campos compatíveis e complementares, sendo autoridades em áreas distintas da experiência humana, os chamados magistérios não sobrepostos.

Richard Dawkins, rejeita que os magistérios não se sobrepõem e argumenta que, refutando a interpretação literal dos criacionistas, o método científico também prejudica os textos religiosos como uma fonte de verdade. Dawkins é ateu declarado, vice-presidente da Associação Humanista Britânica e defensor do movimento bright. Ele é bem conhecido por suas críticas ao criacionismo e ao design inteligente. Em seu livro O Relojoeiro Cego, de 1986, critica a analogia do relojoeiro, um argumento para a existência de um criador sobrenatural baseado na complexidade dos organismos vivos. Em vez disso, ele descreve os processos evolutivos como análogos a um "relojoeiro cego".

George Murphy argumenta contra a visão de que a vida na Terra, em todas as suas formas, é uma evidência direta do ato da criação de Deus. Murphy cita a reivindicação de Phillip Johnson de que "um Deus que agiu de forma aberta e deixou suas impressões digitais em todas as provas". Murphy argumenta que esta visão de Deus é incompatível com a compreensão cristã de Deus como "aquele revelado na cruz e na ressurreição de Jesus".

Outros cristãos têm expressado dúvidas sobre o ensino do criacionismo. Em março de 2006, o Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, líder dos anglicanos do mundo, declarou seu desconforto sobre o ensino do criacionismo, dizendo que o criacionismo era "uma espécie de erro de categoria, como se a Bíblia fosse uma teoria como outras teorias." Ele também disse: "Minha preocupação é que o criacionismo pode acabar reduzindo a doutrina da criação em vez de melhorá-la." As opiniões da Igreja Episcopal, ramo americano da Comunhão Anglicana, sobre o ensino do criacionismo também são as mesmos que Williams.

Em abril de 2010, a Academia Americana de Religião emitiu Guidelines for Teaching About Religion in K‐12 Public Schools in the United States, que incluiu a orientação de que a ciência da criação ou o design inteligente não deveria ser ensinado nas aulas de ciências. A "ciência da criação e o design inteligente representam visões de mundo que estão fora do domínio da ciência que é definida como (e se limita a) um método de pesquisa baseado na recolha de evidência observável e mensurável para os princípios específicos de raciocínio".

O Projeto Carta Clero é um empreendimento concebido para demonstrar que a religião e a ciência podem ser compatíveis e para elevar a qualidade do debate desta questão. O Projeto Carta Clero foi oficialmente endossado pela Igreja Metodista Unida. Vide ítem específico sobre a Carta Clerp. Página... O Clergy Letter Project, que coletou mais de 13.000 assinaturas, é um "esforço desenvolvido para demonstrar que a religião e a ciência podem ser compatíveis".

Projeto de carta do clero (Clergy Letter Project)

O Projeto Carta Clero é um projeto que mantém as declarações de apoio ao ensino da evolução e coleta de assinaturas em apoio de cartas de Americano Cristã, Judaica, Universalista Unitária, e Budistas clero.

As letras fazem referência às questões levantadas pelo design inteligente proponente. A partir de 12 de agosto de 2013, havia 12.878 assinaturas de clérigos cristãos, 503 assinaturas de rabinos judeus, 273 assinaturas de clero Unitária Universalista e 23 assinaturas de clero budista. .

O Projeto Carta Clero foi oficialmente endossado pela A Igreja Metodista Unida. Leia mais sobre o endosso aqui.

Como se podem observar nos USA existem muitos conflitos entre as Igrejas e o ensino da teoria da evolução nas escolas, ao contrário da Igreja Católica que procura evitar estas divergências.

CAPÍTULO VII

PONTO DE VISTA DA IGREJA CATÓLICA: ORIGEM DA VIDA

Introdução

A Igreja Católica no transcorrer de sua vida tem tomado diferentes posições em relação à origem da vida na Terra. Conforme a ciência ia comprovando, através de pesquisas, nos diferentes campos da biologia, cosmologia e achados arqueológicos, a teoria da evolução foi sendo aceita pelo Catolicismo.

"Embora a fé supere a razão, não poderá nunca existir contradição entre a fé e a ciência porque ambas têm origem em Deus" (Santo Agostinho). "Não existe "a priori" incompatibilidade entre as teses de Darwin e a Bíblia" (Caredeal Gianfranco Ravasi).

Magistério da Igreja Católica- C 36 Ciência e Fé

O Magistério da Igreja Católica refere-se à função de ensinar que é própria da autoridade da Igreja e que, por isso, deve ser obedecido e seguido pelos demais católicos.

§159 Fé e ciência

A doutrina e o conhecimento científico- O Magistério da Igreja Católica defende atualmente que a Bíblia deve ser interpretada de acordo com a "intenção dos autores sagrados", os costumes, os géneros literários e os conhecimentos científicos da época.

A partir do século XX, a Igreja foi lentamente aceitando várias descobertas científicas modernas. Por exemplo, acabou por aceitar as teorias do Big Bang e da evolução (com a constante intervenção divina), defendendo que são compatíveis com a crença da criação divina do mundo, desde que essas teorias continuem a ser cientificamente válidas.

C.36.2 Ciência e serviço do homem

As pesquisas realizadas dentro das normas científicas e na honestidade ao serem publicadas são bem vindas pela religião.

A ciência deve estar a serviço da pessoa humana, de seus direitos inalienáveis, de seu bem verdadeiro e integral, de acordo com o projeto e a vontade de Deus.

C.36.3 Ciência dom do Espírito

A ciência é um Dom do Espírito Santo, portanto, pertence e deve estar a serviço de Deus.

"O Dom da Ciência nos torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as ciências humanas perdem a sua inerente complexibilidade.

Nossas habilidades com as coisas acentuam-se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas inclinações culturais e científicas, sempre segundo os desígnios divinos, mesmo que não nos apercebamos disso.

Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens".

A.36 Animais

A.36.1 Cuidado com os animais

§2415 O sétimo mandamento manda respeitar a integridade da criação.

Os animais, como as plantas e os seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade passada, presente e futura. O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito pelas exigências morais. O domínio dado pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os seres vivos não é absoluto; é medido por meio da preocupação pela qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito religioso pela integridade da criação.

§2416 Os animais são criaturas de Deus, que os envolve com sua solicitude providencial. Por sua simples existência, eles o bendizem e lhe dão glória. Também os homens

O domínio dado pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os seres vivos não é absoluto; é medido por meio da preocupação pela qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito religioso pela integridade da criação.

Os animais estão a serviço do homem, bem como podem ser utilizados para a sua alimentação e pesquisas para melhorar a saúde.

A.36.2 Diferença entre homem e animais

Deus permitiu que o homem evoluísse, dando-lhe inteligência e liberdade para utilizar os animais e vegetais da melhor forma para a sua sobrevivência.

Deus criou os seres vivos para servirem ao homem, portanto, devem ser utilizados e preservados com respeito.

A.36.3 Relação entre homens e animais

Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem. E, portanto, legitimo servir-se dos animais para a alimentação e a confecção das vestes. Podem ser domesticados, para ajudar o homem em seus trabalhos e lazeres.

Os experimentos médicos e científicos em animais são práticas moralmente admissíveis, se permanecerem dentro dos limites razoáveis e contribuírem para curar ou salvar vidas humanas.

T.12 Terra (vide também Mundo)

Segundo a Sagrada Escritura a palavra "terra" significa o mundo do homem e "céu" o lugar de Deus, das almas e dos anjos.

T.12.1 "Submeter" e "dominar" a terra

O assunto tratado, pelo Magistério da Igreja Católica, no item "Submeter e "Dominar" a Terra- Deus confia ao homem a responsabilidade de "submeter" e "dominar" a terra.

Deus concede assim aos homens serem causas inteligentes e livres para completar a obra da Criação, aperfeiçoar sua harmonia para o bem deles e de seus próximos.

T.12.2 Criação da terra

Gên.1,26-27- Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais selváticos e sobre toda a terra, sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra".

T.12.3 Terra nova

"Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século".

"Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana".

Santo Agostinho

Santo Agostinho já afirmava, que "as Escrituras deveriam ser interpretadas de acordo com os conhecimentos disponíveis em cada época sobre o mundo natural declarando que a Criação do mundo e do homem, conforme narrada no Livro de Gênesis, possuía elementos metafóricos".

Frases de Santo Agostinho:

"Embora a fé supere a razão, não poderá nuca existir contradição entre a fé e a ciência porque ambas têm origem em Deus".

Para Santo Agostinho, fé e razão são complementares. A fé não substitui e nem elimina a razão ou a inteligência. A fé, pelo contrário, estimula e ilumina a razão. A razão, por sua vez, fortalece a fé.

Santo Agostinho não se preocupa em traçar fronteiras entre a fé e a razão. Para ele, o processo do conhecimento é o seguinte: a razão ajuda o homem a alcançar a fé; de seguida, a fé orienta e ilumina a razão; e esta, por sua vez, contribui para esclarecer os conteúdos da fé. Deste modo, não traça fronteiras entre os conteúdos da revelação cristã e as verdades acessíveis ao pensamento racional.

São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino, no século XIII, defendeu também que a fé e a razão são complementares, porque "provêm ambas de Deus".

Tomás de Aquino. Suma Teológica. I, 2, 2, ad 1: "No entanto, nada impede que aquilo que, por si, é demonstrável e compreensível, seja recebido como objeto de fé por aquele que não consegue apreender a demonstração."

Tomás de Aquino. Suma Teológica. I, 1, 2, C: "Mas existem dois tipos de ciência. Algumas procedem de princípios que são conhecidos à luz natural do intelecto (...) Outras procedem de princípios conhecidos à luz de uma ciência superior."

Segundo Bento XVI- Para o Santo Tomás de Aquino "a fé consolida, integra e ilumina o patrimônio de verdade que a razão humana adquire. A confiança que Santo Tomás concede a estes dois instrumentos de conhecimento -a fé e a razão- se remonta à convicção de que ambos provêm da única fonte de toda verdade, o Logos divino, que opera tanto no âmbito da criação como no da redenção".

Cardeal Gianfranco Ravasi

O Cardeal Ravasi, afirmou:

"Não existe "a priori" incompatibilidade entre as teses de Darwin e a Bíblia".

Padre Rafael Martinez

Ensina Filosofia da Ciência na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma. Graduado em Física e doutor em Filosofia, pesquisa a relação entre fé e ciência.

Segundo Rafael Martinez:

O importante é eliminar qualquer preconceito, qualquer preocupação de que a evolução possa apresentar problemas doutrinais, porque, de fato, ela não os apresenta.

Trata-se, pois, de fazer ver, também pela compreensão do caminho evolutivo, a maravilha da criação divina, a sinfonia de formas de vida que - pelas leis que Deus deu à natureza - evoluem de maneira grandiosa até produzirem um mundo com o qual podemos nos maravilhar continuamente.

João Paulo II

O Papa João Paulo considera a "teoria da evolução um instrumento de como devemos entender como as espécies surgiram na Terra. Ainda que, como qualquer teoria, não seja nunca definitiva, nem absoluta".

"A teoria da evolução é mais do que uma hipótese; isto é, tem bases científicas".

Padre Rafael Pascual

Pe. Rafael Pascual, LC, decano de Filosofia e diretor do Mestrado sobre Ciência e Fé no Ateneu Pontifício «Regina Apostolorum» de Roma.

O Pe. Pascual também admite a evolução dos seres, mas acha que o assunto deve ser debatido, para chegar a um consenso entre a ciência e a religião.

Padre Marc Leclerc

Jesuíta e professor de Filosofia da Gregoriana e coordenador do encontro, Congresso internacional "Evolução biológica: factos e teorias".

O Pe. Leclerc, coordenador do Congresso Internacional Evolução Biológica, promovido pelo Vaticano, que coincide com os 150 anos da publicação do livro "A Origem das Espécies", de Charles Darwin, fez a seguinte declaração:

"Chegou a hora de uma atenta avaliação crítica, rigorosa e objetiva dos vários aspectos implicados que envolvem a nossa própria humanidade".

Dr. Werner Arber

Werner Arber é um microbiologista e geneticista suíço. Foi agraciado com o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1978, por aplicação das enzimas que modificam as moléculas gigantes do ADN. É membro da Pontifícia Academia das Ciências desde 1981.

Declarações do Dr. Werner:

"Ciência e fé são e devem continuar sendo elementos complementares para o conhecimento humano".

"Até agora não conseguiu encontrar respostas pertinentes a todas as interrogações do homem, sobretudo àquelas que transcendem a esfera natural".

Bento XVI

Segundo informações do Vaticano:

O Papa João Paulo II já havia dito que "a teoria da evolução é mais do que uma hipótese"; isto é, tem bases científicas.

Criação e evolução não se opõem entre si, desde que se admita que Deus criou a matéria inicial, dando-lhe as leis de sua evolução, e cria até hoje toda alma humana, que é espiritual. Esta matéria inicial pode ter dado inicio ao chamado Big Bang (a grande Explosão) segundo os astrofísicos modernos.

Segundo os darwinistas a partir do livro "A Origem das Espécies", do inglês Charles Darwin, animais inferiores, durante milênios, foram evoluindo para espécies superiores, passando pelos primatas, dando no homem e na mulher, nesta seqüência: Homo erectus, Homo faber e Homo sapiens.

Os criacionistas fazem uma interpretação literal do texto do livro do Gênesis, afirmando ser Deus, por ação direta, o Criador de todas as espécies vivas e, de modo especial, da espécie humana. Para estes o primeiro casal humano não resultou, portanto, de uma longa milenar evolução das espécies animais, mas surgiu de uma ação onipotente e sábia do próprio Deus.

Os criacionistas afirmam que "grande parte das estruturas biológicas humanas são complexas demais para terem surgido de acordo com o modelo darwinista de acúmulo gradual de modificações aleatórias". Acrescentam eles haver muitos "buracos" na teoria evolutiva "como o súbito aparecimento de formas de vida espantosamente variadas no período cambriano". Sem a interferência de um "Projetista inteligente" (= Deus), não se explica nem a impressionante diversidade das espécies vivas e muito menos, da espécie humana.

Posição da Igreja Católica, segundo Bento XVI, em relação à teoria evolucionista:

Oficialmente, como vemos com este pronunciamento de Bento XVI, a Igreja Católica e o Magistério dos Papas não excluem a possibilidade da teoria evolucionista, desde que o início do processo evolutivo tenha tido origem partindo de Deus.

Ele, o Criador, seria o autor das possíveis leis da evolução que, atuando durante milênios e milênios teriam resultado no primeiro casal humano.

Assim, a hipótese darwinista da evolução das espécies, até dos primatas de que teria surgido o homem, é uma possível explicação ao lado do criacionismo que, também, tem a seu favor fortes razões filosóficas e não apenas religiosas ou bíblicas.

Cardeal Joseph Ratzinger

No livro «Criação e pecado», do então Cardeal, onde se lê: «Não podemos afirmar: criação ou evolução. A fórmula exata é criação e evolução, porque duas coisas respondem a duas perguntas diversas.

"O relato do pó da terra e do alento de Deus não nos narra como o homem teve origem. Ele nos diz o que é. Nos fala de sua origem mais íntima, ilustra o projeto que está por trás dele. Vice-versa, a teoria da evolução trata de especificar e descrever processos biológicos. Não consegue, ao contrário, explicar a origem do 'projeto' homem, explicar sua derivação interior e sua essência".

Padre João Batista Libânio

Nascimento Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 1932 - Faleceu em Curitiba no dia 30 de janeiro de 2014, vítima de um infarto.

Fez seus estudos de Filosofia na Faculdade de Filosofia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e também cursou em letras neolatinas pelaPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Seus estudos de teologia sistemática foram efetuados na Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, onde estudou com os maiores nomes da teologia européia. Seu mestrado e doutorado (1968) em teologia foram obtidos na Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG) de Roma.

Declarações do teólogo jesuíta Pe.Libânio, sobre o impacto cultural provocado pela modernidade, na Religião Católica:

Em 1859 Darwin publica teoria da evolução.

Darwin continua sendo um desafio, 200 anos depois.

Vaticano aposta na convivência entre a fé e biologia darwiniana.

Padre Gennaro Auletta

Gennaro Auletta (nascido em 27 de agosto de 1957, em Nápoles) é um filósofo italiano da ciência ativamente envolvido na pesquisa científica. Ele também é ativo no campo do diálogo entre ciência, filosofia e teologia, e tem sido o Vice-Diretor da conferência internacional sobre Evolução biológica: fatos e teorias, realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana, em março de 2009.

O Padre Gennaro Auletta advertiu contra a idéia de que a Igreja era contra a teoria da evolução: "Vaticano se abriu para a biologia moderna".

"Ao contrário de diversas Igrejas protestantes", o Vaticano jamais condenou Darwin, ressaltou o filósofo da ciência Gennaro Auletta.

Francis Collins

Geneticista estadunidense, foi diretor do Projeto Genoma Humano, cristão protestante, membro da Pontifícia Academia das Ciências em 2009, nomeado pelo Papa Bento XVI.

Francis Collins assim se expressou sobre a compatibilidade da teoria da Evolução e Deus:

"Se no começo dos tempos Deus escolheu usar o mecanismo da evolução para criar a diversidade de vida que existe no planeta, para produzir criaturas que à sua imagem tenham livre-arbítrio, alma e capacidade de discernir entre o bem e o mal, quem somos nós para dizer que ele não deveria ter criado o mundo dessa forma"?

Galileu Galilei e a Igreja

Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu Galilei nasceu na Itália no ano de 1564. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.

Em 1633, Galileu acabou por ser julgado pela Inquisição e sentenciado a prisão domiciliária. Foi proibido também de ensinar que o heliocentrismo era verdadeiro (só podia ensiná-lo como uma hipótese científica). Nesta época a Igreja admitia como verdadeira o geocentrismo.

Em 1758, a Igreja retirou as obras heliocêntricas do Index Librorum Prohibitorum.

No ano 2000, o Papa João Paulo II emitiu finalmente um pedido formal de desculpas por todos os erros cometidos por alguns católicos nos últimos 2.000 anos de história da Igreja Católica, incluindo o julgamento de Galileu Galilei pela Inquisição.

CAPÍTULO VIII

VATICANO VAI DEBATER EVOLUCIONISMO EM CONGRESSO

(Vaticano apresenta congresso sobre Darwin e a teoria da evolução)

O Congresso Internacional "Evolução biológica: fatos e teorias" é promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana e será realizado de 3 a 7 de março de 2009, com o patrocínio do Pontifício Conselho para a Cultura.

Cientistas, filósofos e teólogos se reunirão no Vaticano para discutir teorias do evolucionismo a partir da paleontologia, da biologia molecular e da classificação das espécies, com atenção especial à origem do homem.

"O objetivo do encontro não é oferecer respostas definitivas, mas encontrar-se para ver juntos como atuar neste campo delicado, distinguir e articular racionalmente os vários níveis".

Durante cinco dias, o Congresso será dividido em nove sessões, abrangendo todas as disciplinas implicadas na Teoria, como a paleontologia, a biologia molecular, os mecanismos da evolução, a antropologia, a filosofia e a teologia.

Declarações do Prof. Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino.

Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e pelo ITA e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos. É casado há 34 anos e pai de cinco filhos. Na Rádio e TV Canção Nova, apresenta o programa Escola da Fé, Igreja e Atualidades e participa do programa Trocando Idéias. Nos finais de semana prega Encontros de Aprofundamento em todo o Brasil e no exterior, para casais, noivos e jovens. Escreveu 59 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola, Canção Nova e Raboni. 20. Setembro, 2007.

O Prof. Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino após as declarações do Papa João Paulo II, do Papa Bento XVI e Dom Melchor Sánchez de Toca, conclui que ninguém pode dizer que o Magistério da Igreja seja simplesmente contra a evolução; apenas não aceita o evolucionismo materialista e ateu.

"Não existe a priori incompatibilidade entre Darwin e a bíblia"

Dom Gianfranco Ravasi, Cidade do Vaticano, 17 de setembro de 2008

Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura.

.

O Congresso foi organizado conjuntamente pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) e pela Universidade de Notre-Dame (Indiana, EUA), sob o patrocínio do Conselho Pontifício para a Cultura, no âmbito do projeto STOQ.

Declarações do Cardeal Ravasi sobre o Congresso Internacional "Evolução biológica: fatos e teorias", promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana:

O Cardeal explicou que teólogos, filósofos e cientistas se movem em «terrenos diferentes», mas «o importante é que a linha de demarcação não se converta em uma "muralha chinesa" em uma "cortina de ferro", desde o qual se vê o outro com desprezo». A distinção - advertiu - não é separação.

A primeira ou mais antiga Academia de Ciências do mundo foi criada pela Igreja Católica, em 1603.

A Pontifícia Academia das Ciências, do Vaticano, foi fundada em Roma em 1603, com o nome de Academia dos Linces (Galileu Galilei foi membro!), e está composta por 80 "acadêmicos pontifícios" nomeados pelo Papa a partir da proposta do Corpo Acadêmico, sem discriminação de nenhum tipo. Seu presidente é, desde 1993, Nicola Cabibbo, professor de Física na Universidade 'La Sapienza', de Roma, e ex-presidente do Instituto Nacional Italiano de Física Nuclear.

A Pontifícia Academia de Ciências é um conselho ocupado por grandes nomes da ciência mundial, que orienta o Papa em questões científicas. Presidente atual Werner Arber 1981.

Werner Arber, biólogo molecular suíço, ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, em 1978, é o primeiro protestante a presidir a Academia.

A Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano tem 80 membros, entre homens e mulheres. Eles não precisam ser necessariamente católicos. Cerca de um terço dos membros são vencedores do Prêmio Nobel.

O suíço Werner Arber foi Prêmio Nobel de Medicina em 1978. Ele é professor aposentado de biologia molecular na Universidade da Basileia e, há trinta anos, membro desse conselho.

Vaticano mantém Observatório Astronômico

Pode-se concluir que o Vaticano preocupa-se com a ciência, tendo-se em vista:

1- A primeira ou mais antiga Academia de Ciências do mundo foi criada pela Igreja Católica, em 1603. Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano.

2- O Vaticano matém Observatório Astronômico ('Specola Vaticana' em italiano, como é geralmente conhecido). A Specola Vaticana remonta ao ano de 1582. O papa Leão XIII fundou formalmente em 1891 a Specola Vaticana. Em 1993 foi inaugurado nos EUA um grande telescópio para uso dos astrofísicos da Specola Vaticana.

3-Vaticano vai debater evolucionismo em congresso. Vaticano apresenta congresso sobre Darwin e a teoria da evolução.

4- O Vaticano já convidou cerca de 23 cientistas "Prêmio Nobel" para participar de encontros e congressos sobre temas que envolvem a Religião e a Ciência.

Os Novos Cientistas No Vaticano

A forma como o Vaticano convida os cientistas para fazer parte da Academia Pontifícia das Ciências do Vaticano mostra o quanto estão errados aqueles que ainda pensam que a fé é oposição à ciência, ou que a Igreja seja obscurantista.

Esse preconceito infelizmente ainda existe na cabeça de muitos que ainda não conhecem o coração da Igreja. Já é hora de superar essa ignorância e preconceito!

Os Cientistas Prêmios Nobel No Vaticano

Abaixo estão listados os cientistas convidados pelo Vaticano

1.ARBER Werner

(Nobel in Physiology or Medicine, 1978)

2.BALTIMORE David

(Nobel in Physiology or Medicine, 1975)

3.BECKER Gary S.

(Nobel Prize in Economics, 1992)

4.BLOBEL Günter

(Nobel Prize in Physiology or Medicine, 1999)

5.CIECHANOVER Aaron J.

(Nobel in Chemistry, 2004)

6.COHEN TANNOUDJI Claude

(Nobel in Physics, 1997)

7.CRUTZEN Paul J.

(Nobel in Chemistry, 1995)

8.De DUVE Christian

(Nobel in Physiology or Medicine, 1974)

9.EIGEN Manfred

(Nobel in Chemistry, 1967)

10.HÄNSCH Theodor

(Nobel in Physics, 2005)

11.KHORANA Har Gobind

(Nobel in Physiology or Medicine, 1968)

12.Von KLITZING Klaus

(Nobel in Physics, 1985)

13.LEVI MONTALCINI Rita

(Nobel in Physiology or Medicine, 1986)

14.MOLINA Mario J.

(Nobel in Chemistry, 1995)

15.MÖSSBAUER Rudolf L.

(Nobel in Physics, 1961)

16.MURRAY Joseph E.

(Nobel in Physiology or Medicine, 1990)

17.NIRENBERG Marshall W.

(Nobel in Physiology or Medicine, 1968)

18.NOYORI Ryoji

(Nobel in Chemistry, 2001)

19.PHILLIPS William D.

(Nobel in Physics, 1997)

20.POLANYI John C.

(Nobel in Chemistry, 1986)

21.RUBBIA Carlo

(Nobel in Physics, 1984)

22.TOWNES Charles H.

(Nobel in Physics, 1964)

23.YANG Chen Ning

(Nobel in Physics, 1957)

24. ZEWAIL Ahmed H.

(Nobel in Chemistry, 1999)

"O coração inteligente adquire o saber; o ouvido dos sábios procura a ciência." [Provérbios 18,15]

Concílio Vaticano II e o progresso das ciências

Mensagem do Papa Paulo VI na conclusão do Concílio Vaticano II.

Aos homens de pensamento e de ciência. 8 de Dezembro de 1965.

Uma saudação muito especial para vós, pesquisadores da verdade, homens de pensamento e de ciência, exploradores do Homem, do universo e da história, para vós todos, peregrinos em marcha para a luz, e ainda para aqueles que param no caminho, fatigados e desiludidos por uma vã procura.

Por que uma saudação especial para vós? Porque todos nós, aqui, Bispos, Padres do Concílio, procuramos a verdade. O nosso esforço durante estes quatro anos, o que foi senão uma pesquisa mais atenta e um aprofundamento da mensagem de verdade confiada à Igreja, senão um esforço de docilidade mais perfeita ao espírito de verdade?

Não podemos, pois, deixar de vos encontrar. O vosso caminho é o nosso. As vossas veredas não são jamais estranhas às nossas. Nós somos os amigos da vossa vocação de pesquisadores, os aliados das vossas fadigas, os admiradores das vossas conquistas e, se for preciso, os consoladores dos vossos desânimos e dos vossos fracassos.

Para vós também, temos uma mensagem, e que é a seguinte:

Continuei a procurar, sem desanimar, sem nunca desesperar da verdade.

Lembrai-vos da palavra de um dos vossos grandes amigos, Santo Agostinho:

«Procuremos com o desejo de encontrar, e encontraremos com o desejo de procurar ainda». Felizes os que, possuindo a verdade, a procuram ainda, a fim de a renovar, de a aprofundar, de a dar aos outros. Felizes os que, não a tendo encontrado, caminham para ela com um propósito sincero: o de procurarem a luz de amanhã com a luz de hoje, até à plenitude da luz.

Mas não esqueçais: se pensar é uma grande coisa, pensar é sobretudo um dever, e infeliz daquele que fecha voluntariamente os olhos à luz. Pensar é também uma responsabilidade: infelizes daqueles que obscurecem o espírito pelos mil artifícios que o deprimem, o tornam orgulhoso, o iludem, o deformam. Qual é o princípio básico para os homens de ciência senão esforçarem-se por pensar correctamente?

Para isso, sem perturbar os vossos passos, sem ofuscar os vossos olhares, vimos oferecer-vos a luz da nossa lâmpada misteriosa: a fé. Aquele que no-la confiou, é o mestre soberano do pensamento, aquele de quem somos humildes discípulos, o único que disse e pode dizer:

«Eu sou a luz do mundo, eu sou o caminho, a verdade e a vida». Esta palavra é para vós. Talvez nunca como hoje, graças a Deus foi tão bem-vinda a possibilidade de um profundo acordo entre a verdadeira ciência e a verdadeira fé, servindo uma e outra a única verdade. Não impeçais este precioso encontro. Tende confiança na fé, a grande amiga da inteligência. Este é o desejo, o encorajamento, a esperança que vos exprimem antes de separarem, os Padres de todo o mundo reunido em Roma no Concílio.

O Pensamento de Teilhard de Chardin

Pierre Teilhard de Chardin (Orcines, 1 de maio de 1881 - Nova Iorque, 10 de abril de1955, no dia da Ressurreição do Senhor) foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia.

O Padre Pierre Teilhard de Chadin é considerado o primeiro católico de projeção universal no campo da ciência a assumir uma posição totalmente positiva em relação à teoria evolucionista.

Através de suas obras legou para a sua posteridade uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia.

As obras de Teilhard, na época, foram proibidas pela Igreja Católica e que seus livros fossem retirados das bibliotecas dos seminários e institutos religiosos, não fossem vendidos nas livrarias católicas e não fossem traduzidos.

Como geopaleontólogo, Teilhard de Chardin estava familiarizado com as evidências geológicas e fósseis da evolução do planeta e da espécie humana. Por ocasião da descoberta do fóssil Piltdown Man, como sendo o elo perdido, Teilhard estava presente.

Este elo perdido iria provar a origem da humanidade, mas verificaram que o fóssil era uma fraude. O crânio fóssil "descoberto" na Grã-Bretanha na verdade foi fabricado a partir de uma caixa craniana humana e uma mandíbula de chimpanzé.

A identidade do falsário Piltdown permanece desconhecida, mas os suspeitos têm incluído Charles Dawson, Pierre Teilhard de Chardin, Arthur Keith, Martin AC Hinton, e Arthur Conan Doyle, bem como muitos outros.

A influência do pensamento de Teilhard de Chardin no Concílio Vaticano II.

As proposições de Teilhard de Chardin conseguiram conciliar e sintetizar o que parecia ser contraditório e dual: a idéia de criação e evolução.

Assim, à medida que os limites do darwinismo foram compreendidos, em concomitância com o surgimento de uma nova concepção na interpretação de alguns textos bíblicos, a tese da evolução deixou de contradizer as Escrituras.

Teilhard de Chardin, com seu pensamento, acabou desempenhando um papel profético na reconciliação da Igreja com o mundo moderno. O Concílio Vaticano II provocou uma abertura de espírito à Igreja.

O Papa João XXIII adotou sua terminologia e seus conceitos sobre socialização e um de seus melhores amigos, autor de um livro sobre sua vida e obra - Henri de Lubac -, desempenhou um papel de relevo no Concílio Vaticano II como perito.

Presidente da pontifícia academia das ciências no sínodo: ciência e fé se complementam

2012-10-13 Rádio Vaticana Cidade do Vaticano (RV)

Em 15/01/2001 o Dr. Werner Arber foi nomeado Presidente da Pontifícia Academia de Ciências pelo Papa Benedito XVI. Se trata do primeiro protestante a ocupar tal cargo, prêmio Nobel 1978.

Os Padres sinodais ouviram o pronunciamento do Dr. Werner Arber, presente na Assembléia como convidado especial.

A Igreja Católica ao convidar o Dr. Werner para presidir a Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano, demonstrou a preocupação em conciliar Ciência com Religião.

Universo não é caos- Bento XVI

2012-11-08 Rádio Vaticana

O Papa Bento XVI reafirmou a posição da Igreja Católica sobre o tema "Complexidade e Analogia nas Ciências: Aspetos teóricos, metodológicos e epistemológicos".

Epistimologia é o estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituidas.

Um dos temas a ser abordado, durante a assembleia plenária da Academia Pontifícia das Ciências, sera sobre a validade das conclusões obtidas através dos trabalhos experimerntais.

Gênesis e a Ciência

Atualmente, muitos católicos, defendendo a posição oficial da Igreja Católica, não são estritamente criacionistas, porque, apesar de acreditarem na criação divina, eles aceitam ao mesmo tempo as teorias da evolução e do Big-Bang.

Neste caso, que pode ser chamado de criacionismo evolucionista ou evolucionismo criacionista, os católicos defendem que estas teorias científicas não negam a origem divina do mundo, tendo somente a função de descrever o método com que Deus tenha criado todas as coisas.

Controvérsia da criação versus evolução

A controvérsia "Criação X Evolução", persiste até os dias de hoje porque existem religiões e pessoas radicais que não abrem mão de seus princípios, não aceitando os resultados da pesquisa sobre a evolução das espécies.

Envolvidos:

Os que defendem a Criação de tudo por Deus, segundo a Bíblia.

Os que aceitam a evolução com a intervenção de Deus.

Ainda existem pessoas que não acreditam que tudo foi criado por Deus.

Por que o tema da evolução continua a ser objeto de uma tão áspera polêmica?

Posição do Padre Rafael Martinez

Perguntas a Rafael Martínez, docente de Filosofia da Ciência na Pontifícia Universidade da Santa Cruz e um dos relatores do Congresso Internacional "Evolução biológica: fatos e teorias", promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana. (A Pontifícia Universidade da Santa Cruz é uma instituição universitária com sede em Roma erigida pela Santa Sé, em 9 de janeiro de 1990, para o ensino eclesiástico).

A Pontifícia Comissão Bíblica tinha declarado que não é necessária nenhuma intervenção especial de Deus na criação dos seres vivos, a não ser no caso da criação direta da alma do homem.

Após as declarações de João Paulo II e Bento XVI a Igreja não mais aceita as polêmicas ásperas sobre o tema "Criação X Evolução": "a evolução deve ser vista como uma parte importante da ciência", "procurando até valorizá-la, para compreender melhor alguns aspectos da teologia da criação".

O Padre Martinez aconselha aos jovens:

"É importante eliminar qualquer preconceito, qualquer preocupação de que a evolução possa apresentar problemas doutrinais, porque, de fato, ela não os apresenta".

"Trata-se, pois, de fazer ver, também pela compreensão do caminho evolutivo, a maravilha da criação divina, a sinfonia de formas de vida que - pelas leis que Deus deu à natureza - evoluem de maneira grandiosa até produzirem um mundo com o qual podemos nos maravilhar continuamente".

«Criação e evolução se integram, não se excluem»

Pe. Rafael Pascual, LC, decano de Filosofia e diretor do Mestrado sobre Ciência e Fé no Ateneu Pontifício «Regina Apostolorum» de Roma.

O Padre Rafael Pascual declara:

"Criação e evolução se integram, não se excluem".

"O debate sobre a evolução está aberto".

"É preciso distinguir os diversos níveis: científico-filosófico-teológico, sem confundi-los nem separá-los totalmente".

Sobre o chamado "desenho inteligente" o Padre Pascual afirma:

"Não se trata de uma questão científica, mas filosófica".

"Mas tampouco a negação do finalismo ou o recurso à pura casualidade e à necessidade são científicos", por isto "parece equivocado apresentar o desenho inteligente como uma teoria científica alternativa à teoria da evolução".

O ensino da teoria da evolução nas escolas

pe. Rafael Pascual, lc, decano de filosofia e diretor do mestrado sobre ciência e fé no Ateneu Pontifício «regina apostolorum» de Roma.

Pergunta deve-se ensinar teoria da evolução nas escolas?

O Pe. Pascual respondeu que «sim, mas como teoria científica, com os argumentos a favor, mas também reconhecendo os limites e os problemas ainda sem resolver, e não como ideologia, como uma espécie de dogma absoluto, definitivo e indiscutível».

Então, criacionismo ou evolucionismo?

"Nem um nem outro, mas criação e evolução, responde". "Enquanto criacionismo e evolucionismo são em si incompatíveis, não o são criação e evolução, que, pelo contrário, se encontram em dois níveis diferentes, e são compatíveis".

O decano de Filosofia recorda o livro «Criação e pecado», do então cardeal Joseph Ratzinger, onde se lê: "Não podemos afirmar: criação ou evolução. A fórmula exata é criação e evolução, porque duas coisas respondem a duas perguntas diversas".

O relato do pó da terra e do alento de Deus não nos narra como o homem teve origem. Ele nos diz o que é. Nos fala de sua origem mais íntima, ilustra o projeto que está por trás dele. Vice-versa, a teoria da evolução trata de especificar e descrever processos biológicos. Não consegue, ao contrário, explicar a origem do 'projeto' homem, explicar sua derivação interior e sua essência.

Nós nos encontramos, assim, frente a duas questões que se integram, não se excluem.

Em conclusão, o Pe. Pascual sublinha que "deve-se distinguir entre teoria (ou teorias) da evolução e darwinismo, e logo, dentro do mesmo darwinismo, entre elementos de caráter científico e aqueles de tipo filosófico ou ideológico. Não se deve confundir a ciência com o cientificismo".

A teoria da evolução deve ser ensinada nas escolas?

O Padre Pascoal respondeu: "sim, mas como teoria científica, com os argumentos a favor, mas também reconhecendo os limites e os problemas ainda sem resolver, e não como ideologia, como uma espécie de dogma absoluto, definitivo e indiscutível".

Deus deu ao homem inteligência e liberdade para pesquisar, dentro de metodologias estabelecidas e exigidas pela própria comunidade científica.

O termo cientificismo significa confiar na capacidade ilimitada de as ciências resolverem todas as questões e problemas que se põem ao homem.

Os resultados das pesquisas raramente são definitivos, sugerindo novos ensaios sobre o assunto.

Ciência é o conjunto metódico de conhecimento obtido mediante a observação e a experiência.

A ciência não nega Deus

Autor: Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino é um escritor, professor, apresentador e radialista brasileiro. Apresenta um programa na Rádio Canção Nova e dois programas na TV Canção Nova. 24 janeiro 2007.

O artigo transcrito abaixo foi publicado pelo Professor Aquino.

Temos visto ultimamente uma empreitada de cientistas ateus que querem usar a Ciência para negar Deus, como se pudessem explicar o mundo e o homem, estão longe disso.

A Edição 443 - 13/11/2006 - da revista Época trouxe uma reportagem (A Igreja dos novos ateus) sobre um grupo de cientistas ateus que partiram para uma "cruzada contra a fé" no mundo, entre eles o filósofo americano Daniel Dennett, Richard Dawkins, Sam Harris, e outros.

O Professor Aquino neste artigo faz considerações sobre declarações do Dr. Francis Collins. Afirmações mais importantes do Dr. Collins:

Os cientistas que se dizem ateus têm uma visão empobrecida sobre perguntas que todos nós, seres humanos, nos fazemos todos os dias. "O que acontece depois da morte?"ou "Qual é o motivo de eu estar aqui?".

Precisamos da ciência para entender o mundo e usar esse conhecimento para melhorar as condições humanas. Mas a ciência deve permanecer em silêncio nos assuntos espirituais.

O que deve ficar claro é que as sociedades necessitam tanto da religião como da ciência. Elas não são incompatíveis, mas sim complementares. A ciência investiga o mundo natural. Deus pertence à outra esfera.

A religião é um veículo da fé - essa, sim, imprescindível para a humanidade.

Lamento que o movimento do design inteligente tenha caído nessa cilada ao usar o argumento de que a evolução não explica estruturas tão complicadas como as células ou o olho humano.

"Se no começo dos tempos Deus escolheu usar o mecanismo da evolução para criar a diversidade de vida que existe no planeta, para produzir criaturas que à sua imagem tenham livre-arbítrio, alma e capacidade de discernir entre o bem e o mal, quem somos nós para dizer que ele não deveria ter criado o mundo dessa forma?

Se Deus quis mandar uma mensagem para este mundo na figura de seu filho, por meio da Ressurreição e da Virgem Maria, e a isso chamam milagre, não vejo motivo para colocar esses dogmas como um desafio para a ciência.

Se estou caminhando à beira de um rio, vejo uma pessoa se afogar e decido ajudá-la mesmo pondo em risco a minha vida, de onde vem esse impulso? Nada na teoria da evolução pode explicar a noção de certo e errado, a moral, que parece ser exclusiva da espécie humana.

Jornal do Vaticano diz que design inteligente não é ciência

Por Tom Heneghan

Nos USA surgiu uma versão do criacionismo chamado desenho inteligente. Este modelo foi criado para que a religião fosse ensinada nas escolas. Para tanto idealizaram uma forma de combinar religião com ciência.

Um tribunal do Estado da Pensilvânia proibiu, no mês passado, uma escola de ensinar o design inteligente, num revés para os conservadores cristãos, que pretendem que a teoria seja ensinada nas aulas de biologia junto com a tese darwinista, à qual se opõem.

Em 1987 a Corte Suprema dos Estados Unidos decidiu que a necessidade do ensino do criacionismo ao lado da evolução nas escolas públicas era incompatível com a separação de Estado e Igreja. Assim, os fundamentalistas americanos tiveram de mudar a sua estratégia contra o ensino da evolução, tirando a ênfase do aspecto religioso e adotando uma argumentação "científica": o chamado "desenho inteligente".

Evolução biológica. Fatos e teorias

Cardeal do Vaticano William Levada- Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Sábado, 07 de março de 2009.

O Cardeal do Vaticano William Levada disse nesta terça-feira que a Igreja católica não se opõe a realidades científicas como a evolução, mas considerou "absurda" a noção ateia de que a evolução demonstra a inexistência de Deus.

O Cardeal William Levada, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, reiterou os ensinamentos da Igreja sobre as relações entre fé e ciência na abertura de um Congresso patrocinado pelo Vaticano em comemoração dos 150 anos da publicação de A origem das espécies, de Charles Darwin.

Evolução Biológica Fatos e teorias. Uma avaliação crítica 150 anos depois de "A Origem das Espécies" é o tema central do Congresso promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em parceria com a Universidade de Notre Dame (Indiana - EUA) e sob o alto patrocínio do Pontifício Conselho da Cultura.

No discurso de abertura do Congresso, o prelado disse que o Vaticano acredita que há "uma ampla margem" de crenças tanto na base científica da evolução como na fé num Deus criador. "Acreditamos que, como quer que a criação tenha acontecido e evoluído, em última instância Deus é o criador de todas as coisas", afirmou.

Acrescentou que, por mais que o Vaticano não exclua nenhum campo científico, rechaçava como "absurda" a noção ateia do biólogo e autor Richard Dawkins e outros de que a evolução demonstra a não existência de Deus.

"Evidentemente, pensamos que é absurda e absolutamente demonstrada", disse. "Mas afora isso, o Vaticanoreconheceu que não se intromete no caminho das realidades científicas".

Durante o pontificado de Bento XVI, o Vaticano enfatizou sua crença de que não há incompatibilidade entre fé e razão, e o Congresso Internacional de cinco dias na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma é uma demonstração de seus esforços para tomar contato com a comunidade científica.

A Igreja sustenta que o catolicismo e a teoria da evolução não são necessariamente incompatíveis. Mas a posição do Vaticano se tornou algo imprecisa nos últimos anos, em parte devido a um artigo de opinião publicado em 2005 no The New York Times de um estreito colaborador do Pontífice, o Cardeal austríaco Christoph Schoenborn.

Nesse artigo, Schoenborn pareceu rechaçar o tradicional ensino da Igreja e apoiar o design inteligente, a posição de que a vida é muito complexa para ter se desenvolvido exclusivamente pela evolução e que um poder superior teve que atuar nas mudanças entre as espécies ao longo do tempo.

Autoridades do Vaticano esclareceram depois que não acreditavam que o desenho inteligente fosse ciência e que seu ensino junto com a teoria da evolução nas escolas só criava confusão.

O Congresso sobre evolução discutirá também o "design inteligente", mas não como ciência nem como teologia, mas como um fenômeno cultural.

Em suas declarações, o Cardeal Levada referiu-se ao debate sobre o ensino do criacionismo nas escolas nos Estados Unidos. Limitou-se a dizer que "o Vaticano escuta e aprende".

Para ler mais:

Conferência no Vaticano fará estudo crítico sobre design inteligente

O Gênesis não é um livro científico: Vaticano irá estudar a evolução

Desculpas a Darwin, católicos divididos

Foco na evolução: Vaticano fará conferência sobre Darwin

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALESSANDRO LIMA- Arquiteto de software, professor, escritor, articulista e fundador do apostolado Veritatis Splendor.

AUGUSTO VALENTE- Criacionista (Eua)- Vaticano aposta na convivência entre a fé e biologia darwiniana.

BENTO XVI- Bento XVI, nascido Joseph Aloisius Ratzinger, é Papa Emérito da Igreja Católica. Seu outro título é Romano Pontífice Emérito. Nascimento: 16 de abril de 1927 (87 anos), Marktl, Alemanha. Altura: 1,70 m. Filiação: Joseph Ratzinger, Sênior, Maria Ratzinger. Irmãos: Georg Ratzinger, Maria Ratzinger. Prêmio: Bundesverdienstkreuz.

BÍBLIA SAGRADA- Edições Paulinas, São Paulo, 1980.

CARDEAL WILLIAM LEVADA- Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

CHARLES DARWIN- 1859, publicação de a Origem das Espécies. O desafio da bioquimica à teoria da evolução, pela editora jorge zahar editor, do autor behe. Darwin- "A Caixa Preta".

CONGRESSO INTERNACIONAL- "Evolução Biológica: Fatos e Teorias", promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana.

DAVID E. PRATTE- Igrejas de Cristo- Illinoi, USA

DISCOVERY INSTITUTE "Center for Science And Culture" (centro para ciência e cultura).

DOM GIANFRANCO RAVASI- cidade do Vaticano, 17 de setembro de 2008- Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura.

DR. KENT HOVIND- Evangelist, Young Earth Creationism, Independent Baptist.

FELIPE RINALDO QUEIROZ DE AQUINO- A Ciência Não Nega Deus. É um escritor, professor, apresentador e radialista brasileiro. Apresenta um programa na rádio canção nova e dois programas na TV Canção Nova. 24 janeiro 2007. Aquino é doutor em engenharia mecânica pela UNESP e pelo ITA e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos.

FRANCIS COLLINS- The Language of God: a scientist presents evidence for belief (publicado em julho de 2006). Collins, Francis s. A linguagem de Deus: um cientista apresenta evidências de que ele existe. - trad. Giorgio Capelli - São Paulo: Editora Gente, 2007, p.206. Estadunidense, foi diretor do projeto genoma humano, cristão protestante, membro da pontifícia academia das ciências em 2009, nomeado pelo papa Bento XVI.

GALILEU GALILEI - Grande físico, matemático e astrônomo, nasceu na Itália no ano de 1561642. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia. Foi um dos principais representantes do renascimento científico dos séculos XVI e XVII. Físico, matemático, astrônomo e filósofo.

GENNARO AULETTA- (nascido em 27 de agosto de 1957, em Nápoles) é um filósofo italiano da ciência ativamente envolvido na pesquisa científica. Ele também é ativo no campo do diálogo entre ciência, filosofia e teologia, e tem sido o vice-diretor da conferência internacional sobre evolução biológica: fatos e teorias, realizado na pontifícia universidade gregoriana, em março de 2009.

GIANFRANCO RAVASI- (nascido em 18 de outubro de 1942) é um italiano prelado, um cardeal da igreja católica. Ele serve atualmente na cúria romana como presidente do conselho pontifício para a cultura. Em 20 novembro de 2010 Ravasi foi criado cardeal pelo Papa Bento XVI.

GISELDA MK CABELLO- MSc, Departamento de Genética/Ioc/Fiocruz. Genoma Humano: A célula.

HENRY M. MORRIS- Criacionista Da Terra Jovem (Institute for Creation Research) Situado em El Cajon, Califórnia, EUA. Autor de 45 livros sobre o tema criação-evolução.

HOVIND; KENT- Evangelista, Criacionista Terra jovem, Independente Batista.

JOÃO BATISTA LIBÂNIO- Nascimento Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 1932 - faleceu em Curitiba no dia 30 de janeiro de 2014, vítima de um infarto. Fez seus estudos de filosofia na faculdade de filosofia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e também cursou em letras neolatinas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Seus estudos de teologia sistemática foram efetuados na Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, onde estudou com os maiores nomes da teologia européia. Seu mestrado e doutorado (1968) em teologia foram obtidos na pontifícia universidade gregoriana (pug) de Roma.

JORNAL DO VATICANO- diz que design inteligente não é ciência -por Tom Heneghan.

LAJOPA / WIKIPEDIA- Estruturas (órgãos) Vestigiais origem.

MAGISTÉRIO DA IGREJA CATÓLICA- origem Wikipédia. O Magistério da Igreja Católica refere-se à função de ensinar que é própria da autoridade da Igreja e que, por isso, deve ser obedecido e seguido pelos demais católicos. Segundo a Encíclica Veritatis Splendor, "o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus, escrita ou transmitida, foi confiado exclusivamente ao magistério vivo da igreja, ao Papa e aos Bispos em comunhão com ele, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo". Portanto, a função do magistério da igreja é exercido pela hierarquia católica, mas, mais concretamente, pelo Papa e pelos Bispos em comunhão com o Papa.

MARCUS Valerio XR- (Não Csatólico)- Mestre em filosofia, nascimento Brasília em 1971, Infância católica, adolescência kardecista, (10anos), fase mística gnóstica, amigos protestantes e pentecostais, toca músicas evangélicas.

MAYANA ZATZ- da USP. Qual a diferença entre DNA, Gene e Cromossomo?- (Tel Aviv, 16 de julho de 1947) é uma bióloga molecular e geneticista brasileira, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Exerceu o cargo de pró-reitora de pesquisa da USP de 2005 a 2009.

MICHAEL J. BEHE- Professor de Bioquímica em Lehigh University. nascido 18 de janeiro de 1952) é um americano bioquímico , autor e design inteligente (ID) advogado. Ele atualmente atua como professor de bioquímica na Universidade de Lehigh em Pensilvânia e, como membro sênior do Discovery Institute 's Centro de Ciência e Cultura.

NEIL DE GRASSE TYSON- Nascido 05 de outubro de 1958 é um americano astrofísico, escritor e comunicador de ciência. Atualmente o diretor Frederick P. Rose do Planetário Hayden no Rose Center for Earth and Space e um associado de pesquisa no departamento de astrofísica no Museu Americano de História Natural.

NICOLAU COPÉRNICO- (astrônomo e clérigo polonês, em 1512).

OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO- Vaticano "Specola Vaticana".

PADRE GENNARO AULETTA- Merece ser lembrado não só como padre, mas também como um escritor de livros religiosos.

PADRE JOÃO BATISTA LIBÂNIO- nascimento Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 1932 - faleceu em Curitiba no dia 30 de janeiro de 2014, vítima de um infarto. Fez seus estudos de filosofia na faculdade de filosofia de Nova Friburgo, no Rio De Janeiro, e também cursou em letras neolatinas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (puc-rio). Seus estudos de teologia sistemática foram efetuados na Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, onde estudou com os maiores nomes da teologia européia. Seu mestrado e doutorado (1968) em teologia foram obtidos na pontifícia universidade gregoriana (pug) de Roma.

PADRE MARC LECLERC- Presidente do Conselho Pontifício da Cultura. Jesuíta e professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Gregoriana e Coordenador do Encontro"evolução biológica: fatos e teorias".

PADRE RAFAEL MARTINEZ- docente de filosofia da ciência na pontifícia universidade da santa cruz, em Roma, e um dos relatores do congresso internacional "evolução biológica: fatos e teorias", promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana. (a Pontifícia Universidade da Santa Cruz é uma instituição universitária com sede em Roma erigida pela santa sé, em 9 de janeiro de 1990, para o ensino eclesiástico). Graduado em física e doutor em filosofia, pesquisa a relação entre fé e ciência.

PADRE RAFAEL PASCUAL- Decano de filosofia e diretor do mestrado sobre ciência e fé no Ateneu Pontifício "Regina Apostolorum" de Roma.

PANDAS AND PEOPLE (sobre pandas e pessoas), um livro didático de 1989.

PAPA BENTO XVI- Joseph Aloisius Ratzinger, É Papa Emérito da Igreja Católica. Seu outro título é Romano Pontífice Emérito. Nascimento: 16 de abril de 1927 (87 anos), Marktl, Alemanha. Filiação: Joseph Ratzinger, Sênior, Maria Ratzinger, Irmãos: Georg Ratzinger, Maria Ratzinger.

PAPA JOÃO PAULO II OU SÃO JOÃO PAULO II- Foi o Papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e soberano da cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até a sua morte. Nascimento: 18 de maio de 1920, Wadowice, Polónia. Falecimento: 2 de abril de 2005, Palácio Apostólico, Vaticano.

PAPA PAULO VI- Concílio Vaticano II, Progresso da Ciência. Nascido no dia 26 de setembro de 1897, Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini era proveniente da cidade italiana de Concesio.

PAPA PIO XII- Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli; (nascimento Roma, 2 de março de 1876; morte Castelgandolfo, 9 de outubro de 1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939 até a data da sua morte. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724. Em 1950 com o Papa Pio XII, por meio da encíclica Humani Generis, a Igreja assumiu uma posição neutra com relação à evolução.

PIERRE TEILHARD DE CHARDIN- (Orcines, 1 de maio de 1881 - Nova Iorque, 10 de abril de1955, no dia da ressurreição do senhor) foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia.

PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS- do Vaticano, foi fundada em Roma em 1603, com o nome de academia dos linces (Galileu Galilei foi membro!), e está composta por 80 "acadêmicos pontifícios" nomeados pelo papa a partir da proposta do corpo acadêmico, sem discriminação de nenhum tipo.

PTOLOMEU CLADIUS - matemático e astrônomo grego (90-168 d.c.)

SANTO AGOSTINHO- teólogo, filósofo, escritor e mitógrafo, nascido em Tagaste, próximo de Hipona, na então província romana de Numídia, na África romana, hoje Suk Ahras, Na Argélia. Ordenado padre em Hipona (391), pequeno porto do mediterrâneo, atual Bône, na Argélia, tornou-se bispo-coadjutor da diocese (395) e foi nomeado bispo em 397. Morreu durante o cerco de Hipona pelo rei dos vândalos, genserico, e é festejado como doutor da igreja, venerado no dia 28 de agosto, tido como data de sua morte.

SÃO TOMÁS DE AQUINO- Nasceu na cidade de Roccasecca (Itália) em 1225. São Tomás de Aquino morreu na cidade de Fossanova (Itália) em 7 de março de 1274. Foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano do século xiii. Foi declarado Santo pelo Papa João XXII em 18 de julho de 1323.

SAPIENS. Retrieved from https://editthis.info/sapiens/criacionismo- category: criacionismo. Argumentação criacionista grandes grupos ou categorias criacionistas. (fonte: criado por sapiens. Retrieved from https://editthis.info/sapiens/criacionismo- category: criacionismo).

SERGIO DANILO PENA. Evolução e genômica comparada- formado em medicina pela Faculdade De Medicina Da Universidade Federal De Minas Gerais. Professor titular do departamento de bioquímica e imunologia da UFMG- 08/10/2009.

STANLEY LLOYD MILLER (7de março de 1930 - 20 de maio de 2007) foi um judeu-americano químico que fez experimentos sobre a origem da vida. O experimento de Urey-Miller ou, mais apropriadamente, o experimento de miller foi publicado em 1953. Ele é considerado como o "Pai da Prebiótico Química".

STEPHEN JAY GOULD, RICHARD DAWKINS, GEORGE MURPHY, ROWAN WILLIAMS.compatibilidade entre ciência e religião.

STEVEN JOSEPH ENGLER- Tipos de criacionismos cristãos. (nascido em 1962) é um estudioso canadense de religião. Atualmente é professor associado da Mount Royal University , em Calgary , no Canadá. Foi professor visitante de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

TEILHARD DE CHARDIN - Argumentos contra o criacionismo- foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou-nos uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia.

UREY-MILLER- experimento de ORIGEM: Wikipédia. Em 1953, Stanley L. Miller e Harold C. Urey da Universidade de Chicago publicaram o experimento.

WERNER ARBER- Microbiologista e geneticista suíço. Foi agraciado com o Nobel de fisiologia/medicina de 1978, por aplicação das enzimas que modificam as moléculas gigantes do ADN. É membro da pontifícia academia das ciências desde 1981. Jesuíta e professor de filosofia da gregoriana e coordenador do encontro, congresso internacional "evolução biológica: factos e teorias". Em 15/01/2001 foi nomeado Presidente da Pontifícia Academia de Ciências pelo Papa Benedito XVI. Se trata do primeiro protestante a ocupar tal cargo, prêmio nobel 1978.

Wikipédia- Como ocorre a evolução dos seres origem. Evolucionismo. Evolução Humana.

WIKIPÉDIA E CANAL ESCOLA (Pércio De Moraes Branco- A história da terra e o surgimento dos seres vivos.

WIKIPÉDIA E STEVEN ENGLER. Criacionismo definições.

WIKIPEDIA- Projeto De Carta Do Clero (Clergy Letter Project). A carta foi escrita pelo Rev. John Mcfadden, pastor da primeira Congregacional United Church Of Christ Em Appleton, Wisconsin.

WILLIAM PALEY- (1743-1805) Nasceu em Peterborough, Inglaterra Paley foi um teólogo, filósofo britânico, Igreja Anglicana. Autor da obra Natural Theology, argumentou que a complexidade e adaptações dos seres vivos eram prova da intervenção divina na criação, no que se veio chamar "analogia do relojoeiro".