Os Animais na Religião

Laércio José Pacola - 2015

AGRADECIMENTO A DEUS:

1- PELA CRIAÇÃO DOS ANIMAIS

2- POR TER CONFIADO OS ANIMIS PARA SERVIR O HOMEM.

3- POR TER UTIZADO OS ANIMAIS NA SIMBOLOGIA BÍBLICA.

ORAÇÃO:

MARIA DO PASTOREIO LEVE-ME A JESUS, O BOM PASTOR, PARA QUE NADA ME FALTE. FAZEI-ME REPOUSAR EM VERDES PASTAGENS. CONDUZI-ME JUNTO ÀS ÁGUAS REFRESCANTES... (Nossa Senhora Das Ovelhas ("A Divina Pastora")- Revista Ave Maria, agosto de 2013).

COMUNHÃO COM DEUS:

"ESTE CHÃO É TERRA SANTA, IRMÃOS MEUS! VENHAM, DESCANSEM, OREM, COMAM, CANTEM, VENHAM TODOS: E RENOVEM A ESPERANÇA NO SENHOR".

Sumário

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO 1 10

CRIAÇÃO 10

Criação dos animais por Deus, segundo Gênesis 10

Deus Criou o Homem 11

O pecado original e a serpente 11

Explicações sobre o pecado original 12

Pecado original prova da liberdade do homem 12

O que era a serpente de bronze? 13

CAPÍTULO 2 14

OS ANIMAIS NA BÍBLIA 14

Deus criou e confiou os animais para servir o homem 14

Os animais usados como símbolos 15

O Amor de Deus aos Animais 16

Respeito aos animais 16

Amor aos Animais- São Francisco 17

Informações sobre o uso de animais 18

Os Animais têm Alma? 19

Como é que o homem se deve comportar com os animais? 19

Falsas Imagens de animais- Deu 4,16-18 20

Como a Ciência Explica o Aparecimento dos Animais 20

CAPÍTULO 3 21

PASTORES e PROFETAS 21

Pastor/profeta- significado 21

Quem são os pastores hoje? 22

Primeira evocação de Deus como "pastor" de seu povo 23

O pastor e o rebanho- O Bom e o Mau 23

A Porta do Aprisco 24

O Senhor é meu pastor nada me faltará 24

O país será devastado, porque o rebanho não obedeceu ao bom pastor. 25

Avaliação do trabalho do pastor 26

Aplicações das profecias 27

CAPÍTULO 4 27

OFERENDAS, OBLAÇÕES, HOLOCAUSTOS, EXPIAÇÕES. 28

Oferenda de animais 28

Local para o Sacrifício dos "Animais" 28

Significado religioso das palavras 29

Sacrifício Perfeito 29

Sacrifício da Missa 30

O sacrifício de animais no antigo testamento 30

Oblações (oferendas) ao Senhor por Caim e Abel 31

Caim matou seu irmão Abel por inveja 32

Animais oferecidos (votos) ao Senhor como dízimos 32

Explicação sobre o dízimo na Igreja Católica 33

CAPÍTULO 5 34

RITUAL DOS SACRIFÍCIOS (LV 1, 1-17) 35

Holocausto 35

Ritos para o holocausto (Lv I- 1-17) 36

Oblações (oferta vegetal)- (Lv I, 2-16). 37

Sacrifícios pacíficos (salutar) ou de comunhão (Lv I, 3-17). 37

Sacrifícios pelo pecado (expiatório)- (Lv I, 4-35). 38

Expiação de um homicídio cujo autor é ignorado 38

CAPÍTULO 6 39

ALIANÇA 40

A presença dos animais nas Alianças 40

A Aliança com Noé 40

Aliança de Deus com Abrão 40

Sacrifício de Isaac- Deus prova Abraão 41

Resumo das Alianças 42

Os três anjos (Três visitantes misteriosos) 43

Aliança de Abraão com Abimelec- Gên 21,25-34 43

Resumo das Alianças que o Senhor fez com o Povo 44

Oferendas no Novo Testamento- Heb 9 45

CAPÍTULO 7 46

MOISES e JOSÉ 46

José Primeiro Ministro do Egito 46

O Sonho do Faraó 46

Administração de José - Falta de pão em toda terra 47

Moises recebe do Senhor uma Missão de Pastor 47

Bênção profética de Moisés, antes de sua morte, a seu filho José. 48

A Morte de Moises 48

Cântico de Moises 48

Os prodígios de Moisés 49

As dez pragas do Egito e os animais 49

O Bezerro de Ouro 51

Novas tábuas da Lei 51

Renovação da Aliança 52

Construção do Santuário 52

CAPÍTULO 8 53

PÁSCOA 53

Instituição da Páscoa- 53

Instituição da Páscoa pelos antigos povos 54

A celebração da Páscoa (episódio bíblico) 54

CAPÍTULO 9 58

BENÇÃOS 58

Consagração dos sacerdotes no Antigo Testamento 58

Consagração de Aarão e de seus filhos 58

Bênçãos e promessas aos que observam a lei 59

Maldições para quem não obedecer as leis 59

Eficácia do Sacrifício de Jesus Cristo- Heb 9 59

CAPÍTULO 10 61

LEIS ANTIGAS- RELATIVAS AOS ANIMAIS 61

Prejuízos causados pelos animais domésticos (Êx. 21,28-36) 61

Roubos de animais e caridades 61

Pode ou não comer a carne? 62

Comer carne- (deu- 12,15-27) 63

Animais puros e impuros (Deu 14,3-21) 64

Lei sobre os primogênitos dos animais (Deu 15,19-22) 65

Caridade para com o animal (Deu 22) 65

Animais Impuros 66

O Conceito no Cristianismo- Animais Impuros 67

O Conceito para cristãos adventistas do sétimo dia 68

O Conceito no Hinduísmo e no Jainismo 68

CAPÍTULO 11 70

PATRIARCAS: ABRAÃO, ISAAC, JACÓ 70

Os rebanhos de Jacó aumentam (Enriquecimento de Jacó) 70

O sonho de Jacó, Gên 31,9-12 71

Comentário sobre o rebanho de Jacó 71

Jacó abençoa todos seus filhos 72

Casamento de Isaac com Rebeca 73

Rabeca era estéril 73

Isaú vende seu direito de primogenitura a Jacó por um prato de comida 74

Jacó foi enganado na hora do casamento 74

Raquel rouba escritura do seu pai Labão 74

Não cobiçarás a mulher do próximo 75

CAPÍTULO 12 75

LIVROS JOSUÉ E JUIZES 76

O Cerco De Jericó: Significado desta oração 76

Divisão da Terra Prometida 77

Trombeta de chifre de carneiro 77

Juízes 78

Os israelitas fizeram o mal aos olhos do Senhor 78

Os israelitas pedem auxílio ao Senhor 78

Gedeão ataca os medianitas 78

Deus salva o povo de Israel pelas mãos de Gedeão 79

Gedeão persegue os inimigos 79

Fim de Gedeão 79

Nascimento de Sansão 80

Os principais fatos da vida de Sansão relacionadas com animais 80

O crime de Gabaa 81

CAPÍTULO 13 83

OUTROS LIVROS BÍBLICOS E OS ANIMAIS 83

Algumas Passagens no Livro Tobias Envolvendo Animais 83

Jonas no Ventre de um Peixe 84

Daniel 86

Os três jovens na fornalha 86

CAPÍTULO 14 88

ANIMAIS CITADOS PELOS EVANGELISTAS A figura dos animais é utilizada por Jesus para explicar os princípios básicos da Nova Aliança. 88

Lucas 88

Aparição De Jesus Aos Apóstolos 89

João 89

João Batista e os animais 90

Mateus 90

CAPÍTULO 15 92

SACRIFÍCIOS DOS ANIMAIS 92

Sacrifício dos Animais em Outras Religiões 93

Lamaísmo 98

Islã 98

CAPÍTULO 16 101

REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS 101

Significado de Algumas Palavras- Dicionário 101

Revisão Sobre: Pastor/Profetas Na Bíblia 102

Animais citados na Biblia 104

Referências bibliográficas consultadas 106

INTRODUÇÃO

No Oriente Médio era muito comum a criação de ovinos e caprinos. Os animais domésticos, no antigo testamento, foram muito utilizados como oferendas a Deus. Além dos animais domésticos os selvagens são muito citados como, por exemplo, a serpente, corvo, gafanhoto, lobo, leão e muitos outros.

Os autores dos livros bíblicos do Antigo Testamento utilizavam uma linguagem própria da época, portanto não é possível considerar as narrações como uma história no sentido clássico e moderno. Os fatos são relatados em linguagem simples e figurados, de acordo com a inteligência de uma humanidade menos avançada. As interpretações são difíceis, exigindo muito cuidado nas conclusões.

Os pastores eram pessoas que cuidavam e protegiam os rebanhos. Na simbologia bíblica, Deus é comparado ao pastor, aquele que tem, ao mesmo tempo, autoridade e solicitude para com suas ovelhas.

Para este trabalho de revisão foram consultados: publicações de religiosos, Magistério da Igreja Católica e interpretações encontradas na Bíblia Sagrada. Na apresentação dos assuntos inicialmente são citados os textos bíblicos, seguindo um resumo.

O objetivo deste estudo foi o de analisar e tentar compreender as passagens bíblicas nas quais os animais foram citados. Neste trabalho procurou-se entender o "porque" do sacrifício dos animais em oblação a Deus. As oferendas eram feitas com muito respeito, embora cruentas.

Laércio José Pacola

2015

CAPÍTULO 1

CRIAÇÃO

Criação dos animais por Deus, segundo Gênesis Gênesis é um termo grego e significa "origem", "nascimento".

Gênesis 1,20-23- No quinto dia Deus disse: Produzam as águas répteis animados e viventes, e aves que voam sobre a terra debaixo do firmamento do céu. Deus criou os grandes peixes, e todos os animais que têm vida e movimento, os quais foram produzidos pelas águas segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua espécie. E Deus viu que isto era bom. E os abençoou, dizendo: Crescei e multiplicai-vos, e enchei as água do mar, e as aves se multipliquem sobre a terra.

Gênesis 1,24- No sexto dia disse Deus: Produza a terra animais viventes segundo a sua espécie, animais domésticos, e répteis, e animais selváticos, segundo a sua espécie. E por fim Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e presida aos peixes do mar, e às aves do céu, e a todos os répteis, que se movem sobre a terra.

Resumo

O tempo que Deus levou para criar tudo, segundo a Bíblia foi de seis dias. A Bíblia Sagrada (Edições Paulinas, 1980) trás a seguinte explicação: "a forma como a criação foi descrita é popular e concisa (exposto em poucas palavras) e está inteiramente fora da perspectiva do autor apresentar um ensinamento científico a respeito da criação do universo". "Evidente a intenção de ressaltar que toda a criação é obra de Deus e de inculcar (recomendar, aconselhar) o repouso semanal, num dia inteiramente dedicado a Deus".

O Papa João Paulo II já havia dito que "a teoria da evolução é mais do que uma hipótese"; isto é, tem bases científicas.

"Criação e evolução não se opõem entre si, desde que se admita que Deus criou a matéria inicial, dando-lhe as leis de sua evolução, e cria até hoje toda alma humana, que é espiritual. Esta matéria inicial pode ter dado inicio ao chamado Big Bang (a grande explosão) segundo os astrofísicos modernos".

Posição da Igreja Católica, segundo Bento XVI, em relação à teoria evolucionista:

"Oficialmente, como vemos com este pronunciamento de Bento XVI, a Igreja Católica e o Magistério dos Papas não excluem a possibilidade da teoria evolucionista, desde que o início do processo evolutivo tenha tido origem partindo de Deus".

"Ele, o Criador, seria o autor das possíveis leis da evolução que, atuando durante milênios e milênios teriam resultado no primeiro casal humano".

"Assim, a hipótese darwinista da evolução das espécies, até dos primatas de que teria surgido o homem, é uma possível explicação ao lado do criacionismo que, também, tem a seu favor fortes razões filosóficas e não apenas religiosas ou bíblicas".

Deus Criou o Homem

Gn 2,7- "O Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente".

Resumo

Magistério da Igreja Católica 362-. "A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. O relato bíblico exprime esta realidade com uma linguagem simbólica. Portanto, o homem em sua totalidade é querido por Deus".

Deus orientou a evolução do homem para que fosse a sua Imagem e semelhança. A sua Imagem- Distingue os homens dos animais, por ser dotado de inteligência. A alma é o maior valor do homem e o faz ser a imagem de Deus. A sua Semelhança- Exclui a igualdade do homem com Deus. O homem nunca é igual a Deus. Deus fala em alma já nos primeiros capítulos do Gênesis. Gênesis 9,4-5- Eu pedirei conta de vosso sangue, por causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem (que matar) o seu irmão, pedirei conta da alma do homem.

O pecado original e a serpente

Gên 3,6-14- Adão e Eva pecam pela primeira vez. E o Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste isto? Ela respondeu: A serpente enganou-me, e comi. E o Senhor Deus disse à serpente: Pois que fizesse isto, és maldita entre todos os animais e bestas da terra; andarás de rastos sobre o teu peito, e comerás terra todos os dias da tua vida. Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar.

Resumo

As serpente ou cobras são repteis classificados como ofídios, podendo ser venenosas ou não. Estes animais nos dias de hoje são consideradas uteis.

A serpente-demônio expressa o demônio-tentador. Na linguagem bíblica a serpente simboliza perigo. Ela é chamada diabo ou satanás. O homem é tentado a pecar, esta tentação tem como símbolo a serpente.

Muita coisa que Deus fez no Antigo Testamento eram tipos ou figuras de coisas que iriam se realizar no Novo Testamento. A serpente é o primeiro animal citado na Bíblia, ela é citada inúmeras vezes, nem sempre significando satanás. Sob as aparências de serpente se oculta o espírito inimigo de Deus e do homem Satanás, o qual se apresenta ao homem para induzi-lo à rebelião a Deus.

Explicações sobre o pecado original

No Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 404-405) encontramos as seguintes explicações sobre o pecado original: "Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não exclusivamente para si, mas para toda a natureza humana: ao ceder ao Tentador, Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas este pecado afeta a Natureza humana, que vão transmitir em um estado decaído". "É um pecado que será transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é, pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais. E é por isso que o pecado original é denominado "pecado" de maneira analógica: é um pecado "contraído" e não "cometido", um estado e não um ato". "O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e faz o homem voltar para Deus. Porém, as consequências de tal pecado sobre a natureza, enfraquecida e inclinada ao mal, permanecem no homem e o incitam ao combate espiritual".

Pecado original prova da liberdade do homem

P.29.3 Catecismo da Igreja Católica

§396 Deus criou o homem à sua imagem e o constituiu em sua amizade. Criatura espiritual, o homem só pode viver esta amizade como livre submissão a Deus. E o que exprime a proibição, feita ao homem, de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, "pois, no dia em que dela comeres, terás de morrer" (Gn 2,17). "A árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gn 2,l7) evoca simbolicamente o limite intransponível que o homem, como criatura, deve livremente reconhecer e respeitar com confiança. O homem depende do Criador, está submetido às leis da criação e às normas morais que regem o uso da liberdade.

Resumo

Árvore da ciência do bem e do mal: Trata-se da faculdade e consciência homem em determinar o que é bem o que é mal. Árvore e fruto no sentido figurado significa a prova que o homem foi submetido. O homem está submetido às leis da criação e às normas morais que regem o uso.

O que era a serpente de bronze? (Nm21)

4 Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho

5 e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!"

6 Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram.

7 O povo foi a Moisés e disse: "Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós". E Moisés orou pelo povo.

8 O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá".

9 Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo.

Resumo

No Evangelho de João encontramos a explicação sobre o significado da serpente de bronze, levantada por Moises no alto de um poste:

Jo 3,14-15- E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado. Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, desse mesmo modo é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

CAPÍTULO 2

OS ANIMAIS NA BÍBLIA

Deus criou e confiou os animais para servir o homem

Gên.1,26-27- Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.

Gên. 2,19-20- Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é seu verdadeiro nome. Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem.

. Gênesis 9,2-3- Sereis temidos e respeitados por todos os animais da terra, por todas as aves do céu, por tudo quanto rasteja sobre a terra e por todos os peixes do mar; ponho-os à vossa disposição. Tudo o que se move e tem vida servir-vos-á de alimento; dou-vos tudo isso como já vos tinha dado as plantas verdes.

Resumo

Todos os animais da Terra foram criados para servir o homem. No início da civilização o homem caçava os animais para a sua alimentação. Com o passar dos tempos ele foi domesticando e criando os animais, facilitando a obtenção de carne, leite, ovos, pele, trabalho e lazer. Os animais são utilizados em pesquisas para a obtenção de novos remédios para o homem.

É, portanto, legítimo servir-se dos animais para a alimentação e a confecção das vestes. Podem ser domesticados, para ajudarem o homem em seus trabalhos, lazeres e pesquisas. (O Catecismo da Igreja- Prof. Felipe Aquino).

Os animais usados como símbolos

Animais utilizados pela Igreja com significado simbólico:

Pomba

No batismo de Jesus, o espírito de Deus desce sobre ele na forma de uma pomba. A pomba é utilizada para simbolizar o Espírito Santo.

Cordeiro / Carneiro O "Cordeiro" representa o Cristo Messias e a Páscoa. Carneiro- Cristianismo- o carneiro passou a ser o símbolo do Filho imolado. Pagou com sua vida o pecado dos homens e os salvou para a vida eterna. O carneiro foi escolhido, pela igreja, como imagem e símbolo de Cristo.

Peixe

Os cristãos primitivos usavam um símbolo, semelhante a um peixe, para representar o Cristianismo. A palavra ichtys ou ichtus vem do grego, significando "peixe", é símbolo ou marca do cristão. O símbolo era utilizado pelos cristãos primitivos, da expressão "Iesous Christos Theou Yios Soter", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador". Foi um dos primeiros símbolos cristãos, juntamente com o crucifixo e continua a ser usado principalmente pelas denominações evangélicas. O Ichys também era utilizado para marcar catacumbas cristãs, como a cruz, por exemplo.

Jonas 2,3- A saída de Jonas do ventre do peixe após três dias é assumida por Jesus como símbolo de sua própria ressurreição, após sua permanência de três dias no sepulcro. De modo apoiar a veracidade de um acontecimento futuro, através de um fato passado, com um significado simbólico. (Comentário feito pela Bíblia Sagrada, Edições Paulinas).

O símbolo peixe foi abandonado na Igreja Cristã.

Pastor

A palavra "pastoral" deriva de pastor. Na simbologia bíblica, Deus é comparado ao pastor. Aquele que tem, ao mesmo tempo, autoridade e solicitude para com suas ovelhas. Jesus Cristo também é comparado ao bom pastor no Evangelho de João.

Outros animais utilizados como símbolos:

Visão de Ezequiel, símbolos dos Quatro Evangelistas: Mateus o Anjo, Marcos o Leão, Lucas o Touro, João a Águia.

O Amor de Deus aos Animais

Genesis 1,25- O amor de Deus se estende a todos, inclusive aos animais. É um mandamento de Deus e um ato de amor cristão.

Provérbios 12-10: "O justo importa-se com a vida do seu animal doméstico".

Deuteronômio 22,4. "Não deves ver o jumento de teu irmão ou seu touro cair na estrada e deliberadamente esquivar-se deles. Deves terminantemente ajudar a levantá-los".

Êxodo 23,4-5- "A lei ordenava que animais perdidos fossem devolvidos aos seus donos e que animais em perigo fossem ajudados".

Êxodo 23,12- "Seis dias deves fazer teu trabalho, mas no sétimo dia deves parar, para que teu touro e teu jumento descansem".

Samuel 12,3- Relato da Bíblia- Um homem era tão apegado a sua ovelha que "ela crescia com ele e com seus filhos, todos juntos. Comia do seu bocado e bebia do seu corpo e deitava-se no seu colo e veio a ser como uma filha".

Marcos 1:13- Jesus aparece pela primeira vez numa manjedoura, entre animais. Jesus esteve quarenta dias tentado por satanás, e vivia entre feras.

Marcos 7,1-8. 7,14-23- Referências sobre a abolição do conceito de animais impuros.

Provérbios 12:10- O justo importa-se com a vida do seu animal, doméstico.

Resumo

Igreja Católica- Acredita que os animais são criaturas de Deus e por isso devem ser respeitados e amados.

A própria Bíblia obriga o descanso semanal não só para o homem como também para os animais. Para os católicos os bichos não possuem a alma racional e inteligente, e, portanto não têm o mesmo destino dos homens após a morte.

Respeito aos animais

Catecismo da Igreja Católica 5.53 [2415] O sétimo mandamento exige o respeito pela integridade da criação. Os animais, tal como as plantas e os seres inanimados, são naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, passada, presente e futura (155). O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser desvinculado do respeito pelas exigências morais. O domínio concedido pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os outros seres vivos, não é absoluto, mas regulado pela preocupação da qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito reli¬gioso pela integridade da criação (156).

6.97 [2416] Os animais são criaturas de Deus. Deus envolve-os na sua solicitude providencial (157). Pelo simples fato de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória (158).

7.98 [2417] Deus confiou os animais ao governo daquele que foi criado à Sua imagem (159)

7.23 [2418] É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles somas que deveriam, prioritariamente, aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, mas não deveria desviar-se para eles o afeto só devido às pessoas.

5.01 [2457] Os animais são confiados ao cuidado do homem, que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem.

4.90 [2456] O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo, não pode ser separado do respeito pelas obrigações morais, inclusivamente para com as gerações futuras.

4.72 [371] Criados juntamente, o homem e a mulher são, na vontade de Deus, um para o outro. A Palavra de Deus no-lo dá a entender em diversos passos do texto sagrado. « Não convém que o homem esteja só: vou fazer-lhe uma ajudante que se pareça com ele » (Gn 2,18). Nenhum dos animais pode ser este « par » do homem (242). A mulher que Deus « molda » da costela tirada do homem e que apresenta ao homem, provoca da parte deste, uma exclamação admirativa, de amor e comunhão: « E osso dos meus ossos e carne da minha carne »

Amor aos Animais- São Francisco

São Francisco de Assis amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo, em que protegia os animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente de irmãos.

São Francisco de Assis, no século XII, foi quase canonizado pelos próprios animais, que o viam como amigo reconhecendo o seu estado espiritual. Certa vez ele pregou para as andorinhas que foram até ele, se calaram e ouviram:

Passarinhos, meus irmãos: Vocês devem sempre louvar ao seu Criador e ama-lo, porque ele deu penas para se vestir, asas para voar, e tudo o que vocês precisam. Deus deu um bom lugar entre as criaturas e permitiu morar na pureza do ar. Ele protege e guarda vocês com muita atenção.

São Francisco também acalma um lobo feroz, que assombrando um povoado, apenas com um olhar humilde e algumas palavras, comprovando seu amor pelos animais.

Informações sobre o uso de animais

APASFA- Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis. Filiada à WSPA- Word Soccity for the Protection of Animals. Em um texto de autoria da PETA- People For Ethical Treatment of Animals, traduzido por Elizabete Ferreira, resumimos as seguintes informações:

Judaísmo- Em 1992, o chefe rabino de Tel Avive publicou uma decisão rabínica que os judeus não devem usar peles de animais. Proíbe a fabricação e o uso de peles que são práticas pouco éticas, com base no texto do Torah.

Maomé, fundador do Islã, condena: 1- Animais mantidos em cativeiro. 2- Uso de pele animal. 3- Experiências com animais. 4- Touradas.

O Papa Pio V- Proibiu em 1567 as touradas. O Papa ficou indignado com o sofrimento dos animais.

Jesus alimentou a multidão com pães e peixes. Estudantes da Bíblia afirmam que a palavra grega "fishweed"não significa peixe e sim uma alga seca. Esta alga seca era uma comida popular entre os camponeses palestinos e provavelmente foi posta no cesto com o pão.

A Índia é o país dos vegetarianos. Na Índia, predomina o Budismo e o Hinduísmo. Buddha pediu a seus seguidores que não matassem os animais. "Se nós comermos a carne de criaturas vivas, nós estamos destruindo as sementes da compaixão".

O dia judeu da compensação (Yom Kippur), proíbe: 1- Comer qualquer coisa (jejuar) e 2- não usar pele (não se deve usar roupa de pele). Não pode pedir compaixão enquanto está vestindo roupa de um produto do sofrimento.

Jesus era vegetariano? Muitos estudantes bíblicos acreditam que Jesus era um Essênio, membro de uma seita vegetariana do Judaísmo.

Jesus multiplica os pães e os peixes para alimentar o povo. Assim, parece que Ele não era vegetariano.

O padre anglicano Athur Broome foi o fundador da primeira Sociedade de Prevenção a Crueldade em Animais na Inglaterra em 1824.

Deus pede tratamento humanitário aos animais, e em seguida sugere uma dieta vegetariana ("Eu dei a vocês todas as plantas que dão sementes e que estão sobre a superfície da terra e toda árvore com frutos que dão sementes; você os terá para seu alimento").

Os Animais têm Alma?

Segundo São Tomas de Aquino

A "alma" animal não é nem racional, nem imortal. Ela não é capaz de compreender abstratamente, nem de querer racionalmente. Os animais apresentam uma "alma" sensitiva. O animal só "conhece" por reflexos condicionados. Eles têm ainda uma capacidade cogitativa (imaginativa), que lhes permite "calcular" certas coisas.

Resumo

Os animais devem ser tratados com todo respeito, mas não como um ser humano. Deus permitiu a evolução dos animais para servir ao homem.

Como é que o homem se deve comportar com os animais?

Catecismo da Igreja Católica Compêndio (CIC).

CIC 2416-2418- O homem deve tratar os animais, criaturas de Deus, com benevolência, evitando o amor excessivo para com eles. Que o seu uso indiscriminado, sobretudo para experimentações científicas efetuadas para lá dos limites razoáveis e com sofrimentos inúteis para os próprios animais.

CIC-2457- Os animais são confiados à administração do homem, que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem.

Deu 5,12-15- Respeito aos animais- Guardarás o dia do sábado- - Mas o sétimo é o sábado, dia de descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu boi, nem teu jumento, nem algum de teus animais, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades, para que assim teu escravo e tua escrava possam descansar da mesma forma que tu.

Resumo

A importância dos animais na elaboração de medicamentos para uso humano é inquestionável. Como exemplo pode-se citar os soros antipessonhentos e antitetânico obtidos através do sangue de cavalos, salvando vidas das mordidas de cobras e do tétano. Todos os seres vivos, animais ou vegetais, foram criados por Deus para servir ao homem.

Falsas Imagens de animais- Deu 4,16-18

Moises aconselha aos israelitas: Guardai-vos, pois, de fabricar alguma imagem esculpida representando o que quer que seja, figura de homem ou de mulher, representação de algum animal que vive na terra ou de um pássaro que voa nos céus, ou de um réptil que se arrasta sobre a terra, ou de um peixe que vive nas águas, debaixo da terra.

Como a Ciência Explica o Aparecimento dos Animais

Muitas teorias procuram explicar como surgiram os animais na Terra. A ciência através das descobertas na arqueologia (fósseis) e principalmente nos estudos sobre o genoma dos animais, apresenta conclusões bem fundamentadas sobre a evolução dos seres. Alguns experimentos procuraram demonstrar como surgiu a vida na Terra. Os cientistas para o estudo da origem da vida desenvolvem pesquisas nas seguintes linhas: evidências de DNA, evidências bioquímicas e evidências experimentais.

Resumo

Todas as evidências reunidas até agora revelaram muitas coisas sobre a origem da vida, mas ainda temos muito que aprender. Para maiores detalhes sobre estes experimentos e teorias sobre a origem dos animais na Terra consultar "Origem dos Animais", publicado por LaJoPa, em 2014.

CAPÍTULO 3

PASTORES e PROFETAS

Pastor/profeta- significado

O homem que cria, cuida, guarda e guia o seu rebanho é chamado de pastor. A palavra "pastoral" deriva de pastor. Na simbologia bíblica, Deus é comparado ao pastor. Aquele que tem, ao mesmo tempo, autoridade e solicitude para com suas ovelhas. Jesus Cristo também é comparado ao bom pastor no Evangelho de João.

Isaias 40,11- "Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente". Ezequiel 34,15-16- "Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei". Catecismo Igreja Católica §1551- Esse sacerdócio é ministerial. "Esta missão que o Senhor confiou aos pastores de seu povo é um verdadeiro serviço.". "O Senhor disse claramente que cuidar de seu rebanho é uma prova de amor para com Ele".

Resumo

Os profetas também, em suas visões messiânicas (vinda de um redentor prometido), viram Deus de modo semelhante a um Pastor. Os profetas, no Antigo Testamento, utilizavam com muita frequência a linguagem figurada do pastor. Na época uma das principais atividades do homem era a de criação (ovinos, caprinos e bovinos). Portanto, quase todas as pessoas estavam envolvidas com os animais. Desta forma ficava mais fácil explicar as leis do Senhor. CIC §702(Catecismo da Igreja Católica)- Por "profetas", a fé da Igreja entende aqui todos aqueles que o Espírito Santo inspirou para o anúncio de viva voz e na redação dos livros sagrados, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Quando a Igreja lê o Antigo Testamento, procura nele o que o Espírito, "que falou pelos profetas (Símbolo de Niceno-Constantinopolitano: DS 150), quer falar-nos a respeito de Cristo". "O Senhor disse claramente que cuidar de seu rebanho é uma prova de amor para com Ele". Pastor (Dicionário bíblico)- A figura do pastor era muito familiar na Palestina e no Médio Oriente. Diariamente o pastor sai com suas ovelhas para conduzi-las às pastagens ou, em determinados momentos, às fontes. De tarde reconduz as ovelhas ao curral. Na literatura universal o pastor tornou-se a figura do guia, político ou religioso, de uma comunidade. Em Israel os reis (cf. Ez 34,2-6 e nota), os sacerdotes e os profetas são chamados pastores.

Quem são os pastores hoje?

Quem são os nossos pastores hoje? Segundo o Catecismo da Igreja Católica:

P.23.1 Bispos Pastores da Igreja Catecismo da Igreja Católica §862- "Assim como permanece o múnus (encargo) que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma permanece todos os Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina que "os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a (aquele por quem Cristo foi enviado).". §939 Ajudados pelos presbíteros, seus cooperadores, e pelos diáconos, os Bispos têm o oficio de ensinar autenticamente a fé, de celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, e de dirigir suas Igrejas como verdadeiros pastores. A seu oficio pertence também a solicitude por todas as Igrejas, com o Papa e sob a direção dele.

Resumo

Um báculo, em sentido lato, é um tipo de cajado usado pelos pastores para se apoiarem ao andar e para conduzirem o gado. Muitas vezes tem a extremidade curva para segurar a rês pela perna. No sentido restrito, refere-se a um bordão (cajado ou bastão) usado pelos dignitários da Igreja Católica, simbolizando o seu papel de pastores do rebanho divino. Com a mitra, constitui uma das principais insígnias dos bispos. Apenas Prelados com caráter episcopal (Bispos, Arcebispos, Patriarcas e Cardeais) os podem portar. O Papa no lugar do báculo usa a férula papal, que indica sua jurisdição universal. A férula papal é similar ao báculo usado pelos bispos, diferencia-se pela parte superior em cruz, no lugar da voluta (encurvado).

Primeira evocação de Deus como "pastor" de seu povo

Jacó também chamado de Israel abençoou seu filho Jose:

Gn, 48,15: Israel abençoou a José dizendo: "O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaac, o Deus que foi meu Pastor desde que existo até hoje".

Gn, 49,24: Mas permanece retesado seu arco, e ágeis se mostram as mãos. Foi pelas mãos do Soberano de Jacó, pelo nome do Pastor, a Rocha de Israel.

O pastor e o rebanho- O Bom e o Mau

Os autores dos Livros Sacros utilizam as figuras de pastor e de animais para orientar o homem, sobre a vinda do Senhor. Deus o bom pastor dos homens.

O Bom Pastor (Jo 10):

Jesus disse eu sou a porta das ovelhas (Jo 10,7).

Porta significa pastor (Jo 10,2).

O pastor chama as ovelhas e elas O seguem (Jo 10, 3,27).

Jesus explica: Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo (Jo 10,9).

"Eu sou o bom pastor". O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10, 11, 14,15).

As ovelhas desgarradas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor (Jo 10, 16).

Jesus se apresenta como o Bom Pastor, solícito pelas suas ovelhas a ponto de dar por elas a própria vida (Jo 10,1-18). Após a ressurreição, Jesus constitui Pedro como pastor para tomar conta de seus discípulos em seu lugar.

O Mau Pastor (Jo 10):

Os ladrões não entram pela porta (Jo 10).

As ovelhas não seguem e nem ouvem o mau pastor. (Jo 10, 5-8).

O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente (Jo 10,10).

O mau pastor abandona as ovelhas diante do perigo e foge (Jo 10, 12-13).

Quer o leite e a lã das ovelhas, depois das ovelhas tosquiadas as abandonam. (Ez 34:3).

Pastor (dicionário Bíblico)- Diante da infidelidade destes pastores, Deus promete ele mesmo tomar conta de seu povo, por meio do pastor fiel, o descendente de Davi (Jr 23,1-6).

A Porta do Aprisco

Resumo

Durante o dia, os pastores separavam os rebanhos, conduzindo-os aos diversos pastos. À tarde todos os animais eram reunidos no redil (aprisco, curral). Aprisco (redil) local onde se ajunta os carneiros para proteger, alimentar, apartar e curar. Para as cabras o nome é capril e curral para os bovinos. O pastor que ficava à entrada do curral era chamado de "porta". Dar nome as ovelhas era uma prática antiga. Se em um redil estivessem as ovelhas de três pastores diferentes e a um deles pertencesse cinquenta ovelhas, somente as cinquenta atenderiam a sua voz. Lobos e ladrões ameaçavam as ovelhas. Esta é a razão pelo qual o pastor utilizava o seu cajado. Era neste momento em que se diferenciava o verdadeiro pastor, dono de suas ovelhas e o mercenário.

O Senhor é meu pastor nada me faltará

Resumo

Apascentar significa guardar (vigiar, orientar) o rebanho (homem) enquanto pasta (vive).

Ez, 34,23: "Para apascentá-las estabelecerei sobre elas um único Pastor, o meu servo Davi". Ele as apascentará e lhes servirá de Pastor.

O Salmo de Davi resume muito bem o verdadeiro sentido do Bom Pastor

Sl. 22,1-2: Salmo de Davi: O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes.

O país será devastado, porque o rebanho não obedeceu ao bom pastor.

A seguir um resumo Zacarias - Capítulo 11, 4-17.

4- O Senhor disse: "Faz como um Pastor de gado de corte" (que vão ser mortas).

5- Os maus pastores vão acabando com o rebanho. Apascenta estas ovelhas destinadas ao matadouro.

6- O Senhor está descontente com o povo. Mas o rebanho não foi uma vítima inocente.

7- O pastor separa as ovelhas com dois cajados: Bondade e União.

8- O pastor perde a paciência. Demitiu três pastores num mês.

9- O pastor abandona as ovelhas. Não quero mais saber do ofício de pastor. Pereça o que perecer, morra o que morrer!

10- Deus quebra a aliança.

11- A aliança foi desfeita, os maus pastores passaram a entender o que eu estava falando vinha do Senhor. Os pobres do rebanho entenderam que Deus estava agindo.

12- Pagaram pelo serviço trinta barras de prata.

13- Ele colocou as moedas no Templo.

14- Estava desfeita a união dos irmãos de Judá e Israel.

15- O Senhor disse- Faça agora papel de mau pastor.

16- Deus fala em colocar um mau pastor para cuidar do seu rebanho.

17- Ameaça o mau pastor.

Resumo

Reino de Israel foi dividido em dois: Ao Norte, o Reino das Dez Tribos, também chamado de Reino de Israel, Ao Sul, o Reino das Duas Tribos, também chamado de Reino de Judá, cuja capital ficou sendo Jerusalém.

Ele apascentou (cuidou, separou, manejou) com duas varas (báculos, cajados):

Benignidade- Graça - o favor de Deus. Liame- União- juntando Judá e Israel (cf. 11:14; Ezequiel 37:15-28).

Em Zc 11,4-7, o povo rejeita o Bom Pastor, a responsabilidade pastoral é transferida ao profeta, que assume responsabilidade (simbolicamente, pelo menos) pelo rebanho condenado. Os outros pastores usavam o rebanho para benefício próprio e até agradeceram a Deus porque se tornaram ricos. Parece que a mensagem aqui ainda se refere aos povos gentios que abusavam do povo de Israel Mas a comparação com alguns pastores nos dias de hoje é óbvia - usam o rebanho em benefício próprio e acreditam que Deus esteja os abençoando!

Tudo isso simbolizava a aliança do Senhor que foi quebrada pela rejeição do povo.

Quebrou a aliança da graça, removendo a proteção que impedia a agressão dos povos. Ele quebrou a segunda vara, rompendo a união de Israel e Judá.

Uma vez que o povo rejeitou o bom pastor, seria entregue nas mãos de um pastor mau.

Ele não se preocuparia com o bem do rebanho.

Maltrataria o povo para seu próprio benefício.

No fim, ele seria julgado pelo próprio Senhor.

Explicação desta passagem (Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980): Esta profecia se realizou literalmente. Com efeito, os falsos pastores de Israel, para recompensar Jesus por ter exercido o pastoreio de Israel, desembolsaram trinta siclos, deram-nos a Judas, como preço por Jesus; mas Judas, desesperado, lançou no templo as trinta moedas, preço da traição, que foram empregadas na compra do campo do oleiro.

As ovelhas de hoje deven ficar atentas aos mandamentos do Senhor, para continuarem a ser pastoreadas por Ele.

Avaliação do trabalho do pastor

Eu lhes disse: Se acharem melhor assim paguem-me; se não, não me paguem. Então eles me pagaram trinta moedas de prata. Zacarias 11:12.

E o Senhor me disse: "Lance isto ao oleiro", o ótimo preço pelo qual me avaliaram! Por isso tomei as trinta moedas de prata e as atirei no templo do Senhor, para o oleiro. Zacarias 11:13. Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. Mateus 27:3.

Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias (Zacarias): "Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi avaliado pelo povo de Israel", Mateus 27:9.

Resumo

O pastor não tomou nada por força, mas pediu que o povo avaliasse seu trabalho e pagasse o salário justo. Eles pagaram o valor de um servo chifrado por um boi, uma maneira de desprezar o trabalho do pastor. (Êxodo 21:32- Mas, se ferir um escravo ou uma escrava, pagar-se-á ao seu senhor trinta siclos de prata, e o boi será apedrejado). O pastor joga fora este salário, o próprio Senhor falando com ironia quando diz que foi um "magnífico preço".

Aplicações das profecias

Esta previsão do futuro descreve o que Deus estava fazendo na época do Antigo Testamento. As informações dadas pela Bíblia nos oferecem elementos que se aplicam ao trabalho de Jesus como O Bom Pastor.

O Senhor assumiu a responsabilidade de pastorear o povo de Israel, tentando resgatar o povo da liderança egoísta dos pastores maus.

O povo, com a exceção de alguns pobres que reconheciam a mão do Senhor em tudo isso, rejeitou Jesus.

CAPÍTULO 4

OFERENDAS, OBLAÇÕES, HOLOCAUSTOS, EXPIAÇÕES.

Oferenda de animais

Os animais foram utilizados pelo homem como oferenda (oblação, sacrifício) a Deus, na antiguidade. Oblação- Ação de ofertar, fazer uma oferenda, a Deus ou aos santos. Nos sacrifícios antigos, sempre se oferecia a Deus uma vítima, antes que fosse imolada (oferecer em sacrifício). Deus exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos seus pecados (Sacrifício pelo pecado-Levítico 4).

Resumo

Hoje o sacrifício de animais, nas cerimônias, é condenado pela Igreja. As leis estabelecidas sobre o sacrifício de animais, no Antigo Testamento, foram ab-rogadas (abolidas) depois de Jesus Cristo. Oferenda- Dádiva oferecida a Deus. Cerimônia em que o padre recebe as ofertas dos fiéis. Sacrifício- Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias. Santo sacrifício da Missa. Sacrifício de Jesus, sua morte na cruz.

Local para o Sacrifício dos "Animais"

Na antiguidade os locais para o sacrifício dos animais eram determinados por intervenção divina.

Êx 20,24- Lugar do culto. Parece permitir a ereção de um altar em qualquer lugar, memorável por alguma intervenção divina, aí imolar vítimas sagradas.

Lev 17,3-9- Não admite nenhuma matança de animal longe do altar, sobre o qual deve ser derramado o sangue, sendo este altar, em união com o tabernáculo sagrado, o único para todos.

Dt 12,1-28- Segundo a interpretação comum e óbvia, únicos são o templo e o altar, e fora deles não é permitido oferecer sacrifícios a Deus. Permite-se, no entanto, que se matem animais em qualquer lugar, para o uso comum, derramando-lhes o sangue por terra, ação declarada profana e não mais sagrada.

Resumo

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (§1181): O local onde se faz a oferenda a Deus deve ser em uma Igreja. "A casa de oração onde a Eucaristia é celebrada e conservada, onde os fiéis se reúnem". "Onde a presença do Filho de Deus (Jesus, Nosso Salvador, o qual se ofereceu por nós no altar do sacrifício) é honrada para auxílio e consolação dos cristãos deve ser bela e adequada para a oração e as celebrações religiosas." "Nesta casa de Deus, a verdade e a harmonia dos sinais que a constituem devem manifestar o Cristo que está presente e age neste lugar".

Significado religioso das palavras

Antes de definir estes termos religiosos o importante é considerar o significado no Antigo e Novo Testamento e as possíveis correlações.

Holocausto

A palavra original é derivada de uma raiz que significa 'ascender', e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e o seu fumo subia até Deus.

Expiação

Expiação (penitência)- reparação ou sofrimento pelo qual se expia uma culpa; castigo. A expiação visa restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, rompida por sua rebeldia.

Oblação

A classe de sacrifícios incruentos chamados oblações, as ofertas eram de vegetais.

Resumo

Os termos usados antigamente holocausto, expiação e oblação não são mais utilizados.

Hoje durante a Santa Missa o padre realiza o ofertório do pão e do vinho consagrados ao Senhor. Vide Sacrificio da Missa.

Sacrifício Perfeito

Hb 9,13-14- O único sacrifício perfeito é o que Cristo ofereceu na cruz, em total oblação ao amor do Pai e para a nossa salvação. Co 5,7- "Cristo é o cordeiro pascal imolado por nós". Jo-6,56- "Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele".

Resumo

Magistério da Igreja Católica- §2100 Para ser verídico, o sacrifício exterior deve ser a expressão do sacrifício espiritual: "Meu sacrifício é um espírito compungido (Pesar profundo)..." (Sl 51,19). Os profetas da Antiga Aliança denunciaram com frequência os sacrifícios feitos sem participação interior ou sem ligação com o amor do próximo. Jesus recorda a palavra do profeta Oséias: "E misericórdia que eu quero, e não sacrifício" (Mt 9,13; 12,7). O único sacrifício perfeito é o que Cristo ofereceu na cruz, em total oblação ao amor do Pai e para nossa salvação. Unindo-nos a seu sacrifício, podemos fazer de nossa vida um sacrifício a Deus.

Sacrifício da Missa

Ofertório

Era neste momento que outrora, cada assistente trazia a oferta com que haveria de contribuir para o sacrifício. "Ofertavam o pão e o vinho para servirem no holocausto e ser distribuídos aos fiéis pela comunhão".

O padre supõe antecipado, que a vítima está presente no altar e oferece o pão como se estivesse mudado no corpo de Nosso Senhor. E trata-o, portanto de "Hóstia sem mácula" aludindo às vítimas do antigo testamento, que só serviam nos sacrifícios se fossem imaculadas.

Assim como antes o padre tratou o pão de "hóstia sem mácula", também trata o vinho de "cálice da salvação" antevendo o Sangue de Cristo que vai aparecer pela transubstanciação. Terminada a prece, o sacerdote depõe o cálice, traçando com ele um sinal da cruz, como fez com a patena na oblação do pão.

Pão bento - terminadas as oblações dos fiéis, os diáconos separavam nas patenas os pães que tinham de ser consagrados e deitavam nos cálices a quantidade de vinho necessária para a comunhão.

O sacrifício de animais no antigo testamento

Os povos antigos para pedir perdão dos seus pecados deveriam ofertar ao Senhor, no templo, diante do sacerdote, um Sacrifício de reparação (Lv 5, 14-26; 7,7). As oferendas se constituíam de diferentes tipos de animais que eram sacrificados. Deus exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos seus pecados (Lv 4:35; 5:10).

Resumo

Nos dias de hoje as pessoas devem confessar os seus pecados, diante de um sacerdote, mediante arrependimento.

No Catecismo da Igreja Católica (P.35.20.5 Confissão) estão descritas as normas para se fazer a confissão dos pecados.

P.35.20.6 Absolvição- §1480 A celebração do sacramento da Penitência Como todos os sacramentos, a Penitência é uma ação litúrgica. São estes ordinariamente os elementos da celebração: saudação e bênção do sacerdote, leitura da Palavra de Deus para iluminar a consciência e suscitar a contrição, exortação ao arrependimento; confissão que reconhece os pecados e os manifesta ao padre; imposição e aceitação da penitência; absolvição do sacerdote; louvor de ação de graças e despedida com a bênção do sacerdote.

O sacrifício de animais terminou porque Jesus Cristo foi o sacrifício supremo. João Batista confirmou isso quando O viu pela primeira vez: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29).

Salmos 50:13-14 "Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes? Oferece a Deus por sacrifício ações de graças, e paga ao Altíssimo os teus votos; e invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.".

A Bíblia diz em Hebreus 13:15-16 "Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.".

Catecismo Católico- S.7.1 Oferecer sacrifícios a Deus- §2100: Para ser verídico, o sacrifício exterior deve ser a expressão do sacrifício espiritual: "Meu sacrifício é um espírito compungido..." (Sl 51,19). Os profetas da Antiga Aliança denunciaram com frequência os sacrifícios feitos sem participação interior ou sem ligação com o amor do próximo. (Compungido = arrependido).

Oblações (oferendas) ao Senhor por Caim e Abel

Gên 4,2- Abel tornou-se pastor e Caim lavrador.

Gên 4,3-5- Ao fim de algum tempo, Caim apresentou ao SENHOR uma oferta de frutos da terra. Por seu lado, Abel ofereceu primogénitos do seu rebanho e as suas gorduras. O SENHOR olhou com agrado para Abel e para a sua oferta, mas não olhou com agrado para Caim nem para a sua oferta. Caim ficou muito irritado e andava de rosto abatido.

Resumo

Deus olhou com agrado as oferendas de Abel, porque fez com Fé. Caim ofertou como por obrigação e sem Fé. O sacrifício, o ato mais sagrado da religião, isto é, oferecer a Deus vítimas, animais ou vegetais, não foi instituído por Moisés, mas remonta às próprias origens da humanidade. Os profetas da Antiga Aliança denunciaram com frequência os sacrifícios feitos sem participação interior ou sem ligação com o amor do próximo. Jesus recorda a palavra do profeta Oséias: "E misericórdia que eu quero, e não sacrifício" (Mt 9,13; 12,7). Misericórdia é a compaixão (ou pesar) suscitada (lembrada) pela dor alheia.

Caim matou seu irmão Abel por inveja

Gên 4,8-12- Caim lançou-se sobre o irmão e matou-o. O SENHOR replicou: Que fizeste? De futuro, serás amaldiçoado. Quando a cultivares (terra), não voltará a dar-te os seus frutos. Serás vagabundo e fugitivo sobre a terra.

Heb 11,4- Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício maior que o de Caim; com base nela, foi declarado justo, porque Deus aceitou os seus dons e, por meio dela, fala ainda depois da morte.

"Entretanto, a hipótese mais forte de todas é a que o sacrifício (sem fé) de Caim não teria um ensinamento profético. Já o de Abel apontava diretamente para a profecia que se cumpriria no novo testamento, onde o cordeiro eterno seria sacrificado para a salvação da humanidade referindo-se diretamente a Jesus Cristo".

Animais oferecidos (votos) ao Senhor como dízimos

No livro Levítico (Lv 27) encontram-se leis (deveres) estabelecendo normas para o sacrifício dos animais como oferenda a Deus.

Aqui se trata de consagração ou doação irrevogável feita por pessoas na qual o ofertante nada reservava para si, cedendo tudo para sempre a Deus. (Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).·······.

Lv 27, 1- O Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte":

Lv 27,9-13: Se for um animal, com o qual se possa fazer uma oferta ao SENHOR, todo o animal oferecido ao SENHOR tornar-se-á uma coisa sagrada. Não se pode trocar, nem substituir, um bom por um defeituoso, ou um defeituoso por um melhor; se, apesar disso, tiverem substituído o animal por um outro, tanto o animal substituído como o substituto serão igualmente coisa sagrada. Se se tratar de um animal impuro, que não é apto para ser oferecido ao SENHOR, apresentar-se-á o animal ao sacerdote; este o avaliará segundo as suas boas ou más qualidades; e a avaliação do sacerdote será respeitada. Se a pessoa, em seguida, o quiser resgatar, acrescentará um quinto ao valor da avaliação.

Lv 27, 32: Os dízimos do gado graúdo e miúdo, cada décimo animal contado pelo cajado do Pastor, será consagrado ao Senhor. (gado graúdo = bovinos, gado miúdo= ovinos e caprinos).

Lv 27, 33: Não se fará escolha entre bom e mau e não se fará substituição. Se alguém o fizer, tanto o animal substituído como o que substituiu serão coisa consagrada: não poderão ser resgatados."

Resumo

Observe o propósito prático do livro Levítico: contém um código de leis divinamente determinado e planejado para tornar Israel diferente de todas as demais nações, espiritual, moral, mental e fisicamente. Em outras palavras, Israel tornar-se-ia uma nação santa - uma nação separada dos modos e costumes das nações que a cercavam, e consagrada ao serviço do Deus único e verdadeiro.

Na Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980, encontramos a seguinte ressalva sobre as leis cerimoniais:

"As leis foram ab-rogadas depois de Jesus Cristo. Entretanto, os sacrifícios da antiga lei haviam prefigurado o seu sublime sacrifício na cruz, no qual único e perfeito sacrifício, teve cumprimento toda a variedade dos sacrifícios do Antigo Testamento". "É impossível que, por si só, o sangue dos touros e dos cabritos cancele os pecado". (Hebr 10,4).

Explicação sobre o dízimo na Igreja Católica (Cardeal D. Eugenio de Araújo Sales- Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro)

O antigo Catecismo da Doutrina Cristã, ao tratar dos Mandamentos da Igreja, incluía no quinto lugar: "Pagar o dízimo segundo o costume".

Já o novo Catecismo da Igreja Católica, após o Concílio Vaticano II, refere-se a esse dever sob outro critério e nos seguintes termos: "Os fiéis cristãos têm, ainda, a obrigação de atender, segundo as suas capacidades, às necessidades da Igreja".

Repete o cânon 222, parágrafo 1º, do novo Código de Direito Canônico que especifica: A doutrina denomina que hoje, impropriamente, "dízimo" não é, pois o que se oferta não é mais a décima parte, mas uma importância bem menor, livremente estabelecida.

No Antigo Testamento há leis claras sobre o dízimo a ser pago, lembrando que o Criador tem a propriedade dos bens materiais. Na era cristã, tomou outra feição. Houve um período no qual o preceito da Antiga Lei foi revigorado, para depois cair em desuso. Principalmente após o Vaticano II vem sendo reintroduzido o estabelecimento de uma quantia estipulada pelo doador. Além do valor material em si, é de grande riqueza pastoral, formando a consciência dos fiéis para compreenderem sua responsabilidade na vida da Igreja e suas obras beneficentes.

CAPÍTULO 5

RITUAL DOS SACRIFÍCIOS (LV 1, 1-17)

O Levítico trata quase exclusivamente dos deveres sacerdotais. Poder-se-ia compará-lo a um tribunal.

Toda matéria do livro pode ser dividida em cinco partes. Uma das partes é relativa aos sacrifícios (1-7), que são de cinco espécies; duas séries de leis.

1ª série- o rito de cada sacrifício:

Holocausto (1),

Oblação de vegetais (2),

Sacrifício salutar ou pacífico (3),

Sacrifício expiatório ou pelo pecado (4),

Sacrifício de reparação (5).

2ª série- direitos e deveres dos sacerdotes em cada espécie de sacrifício (6-7).

O sacrifício, o ato mais sagrado da religião, isto é, oferecer a Deus vítimas, animais ou vegetais, não foi instituído por Moisés, mas remonta às próprias origens da humanidade (Gên 4,3-4). Moisés encontrou o seu uso estabelecido e arraigado entre todos os povos. "Deus deixou a legislação dos sacrifícios separada das condições essenciais do pacto celebrado entre Deus e o seu povo". Em união com Cristo Sacerdote oferecer a Deus o verdadeiro sacrifício. "Não exclui, pelo contrário, supõe o sacerdócio da ordem, no qual os sacerdotes são os representantes de Cristo no meio dos fieis". (Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).

Ritos dos sacrifícios: Versículos do Levítico 1 do livro Levítico da Bíblia:

Holocausto

Holocausto vem do hebraico "olah", que significa "subir" e indica o fumo (fumaça) da vítima que sobe para Deus.

"Nos sacrifícios chamados holocaustos a vítima era inteiramente queimada e nada era reservado ao sacerdote nem ao oferente. Era o mais solene sacrifício entre os orientais" (Explicação- Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980). (Êx 29.18; Hb 10.6).

Resumo

Vítimas: hóstia de quadrupedes (bois e ovelhas), machos. A palavra hóstia significa vítima oferecida em sacrifício à divindade.

Antes do sacrifício, o oferente colocava as mãos sobre a vítima, em sinal de que lhe pertencia, reclamando, assim, os benefícios do seu sacrifício.

Depois, ele próprio degolava a vítima, e o sacerdote queimava-a sobre o altar. Este sacrifício pretendia reconhecer o direito absoluto de Deus sobre todas as coisas. A sua característica essencial era a vítima ser totalmente queimada, não ficando para o sacerdote mais do que a pele.

Ritos para o holocausto (Lv I- 1-17)

1 Da Tenda do Encontro o Senhor chamou Moisés e lhe ordenou:

2 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando alguém trouxer um animal como oferta ao Senhor, que seja do gado ou do rebanho de ovelhas".

3 "Se o holocausto for de gado, oferecerá um macho sem defeito". Ele o apresentará à entrada da Tenda do Encontro, para que seja aceito pelo Senhor,

4 E porá a mão sobre a ca¬beça do animal do holocausto para que seja aceito como propiciação em seu lugar.

5 Então o novilho será morto perante o Senhor, e os sa¬cerdotes, descendentes de Arão, trarão o sangue e o derramarão em todos os lados do altar, que está à entrada da Tenda do Encontro.

6 Depois se tirará a pele do animal, que será cortado em pedaços.

7 Então os descendentes do sacerdote Arão acen¬derão o fogo do altar e arrumarão a lenha sobre o fogo.

8 Em seguida, arrumarão os pedaços, in¬clusive a cabeça e a gordura, sobre a lenha que está no fogo do altar.

9 As vísceras e as pernas serão lavadas com água. E o sacerdote queima-rá tudo isso no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao ¬Senhor.

10 Se a oferta for um holocausto do re¬banho - quer de cordeiros quer de cabritos -, ofe¬recerá um macho sem defeito.

11 O animal será morto no lado norte do altar, perante o Senhor; os sacerdotes, descendentes de Arão, derrama¬rão o sangue nos lados do altar.

12 Então o ani¬mal será cortado em pedaços. O sacerdote arru¬mará os pedaços, inclusive a cabeça e a gordu¬ra, sobre a lenha que está no fogo do altar.

13 As vísceras e as pernas serão lavadas com água. O sacerdote trará tudo isso como oferta e o quei¬mará no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.

14 Se a sua oferta ao Senhor for um holocausto de aves, traga uma rolinha ou um pombinho.

15 O sacerdote trará a ave ao altar, destroncará o pescoço dela e a queimará, e dei¬xará escorrer o sangue da ave na parede do al¬tar.

16 Ele retirará o papo com o seu conteúdo e o jogará no lado leste do altar, onde ficam as cinzas.

17 Rasga¬rá a ave pelas asas, sem dividi-la totalmente, e então o sacerdote a queimará so¬bre a lenha acesa no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.

Resumo

Os animais de uma forma geral eram sacrificados, o seu sangue era derramado no altar, cortados em pedaços, colocados ao fogo para que a sua fumaça fosse de aroma agradável ao Senhor.

Como se observa as oferendas ao Senhor eram, principalmente, de animais. Este tipo de oferenda pode ser em parte justificado pelo fato de que a principal atividade do homem era agropecuária, o que eles mais tinham eram animais. Estes rituais cruentos foram sendo modificados e hoje estão totalmente abolidos.

Oblações (oferta vegetal)- (Lv I, 2-16).

A classe de sacrifícios incruentos chamados oblações, a parte não queimada era destinada aos sacerdotes que devia consumí-la no recinto do tabernáculo (fonte Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980). Nas oblações (oferecimentos) eram utilizados vegetais: farinha sem fermento ou mel, espigas tostadas, azeite, incenso e todas as oblações deverão ser salgadas. Era a oferta de produtos do campo, sobretudo de farinha misturada com azeite. Este sacrifício estava ligado à oferta da primeira farinha na festa do Pentecostes, mas tornou-se muito corrente, sendo feito juntamente com os sacrifícios de imolação de animais.

Sacrifícios pacíficos (salutar) ou de comunhão (Lv I, 3-17).

Procurava a comunhão com Deus, dando-lhe graças. É uma oferta de ação de graças reservada ordinariamente ao culto privado. Como o holocausto, incluía a imposição das mãos, a imolação da vítima e o derramamento do seu sangue no altar A parte mais gorda, considerada a melhor, pertencia a Deus e era queimada; as outras duas partes eram distribuídas entre o sacerdote e o oferente; este a comia num banquete sagrado, para significar a comunhão com a divindade.

Resumo das leis (Lv 3,1-17):

Quando alguém oferecer ao Senhor um sacrifício pacífico: A vítima será sacrificada à entrada e o sangue ao redor do altar. Gado macho ou fêmea, cordeiro ou cabra, sem defeito. Essa é uma lei perpétua para vossos descendentes, onde quer que habiteis: não comereis gordura nem sangue. A gordura que envolve as entranhas e que está aderida a elas, será queimada. Um sacrifício oferecido pelo fogo, de agradável odor. Toda a gordura pertence ao Senhor.

Sacrifícios pelo pecado (expiatório)- (Lv I, 4-35).

Sacrifício pelo pecado: consistia em oferecer uma vítima por qualquer pecado. Variava conforme a gravidade do pecado e a importância da pessoa que pecava. Pecado involuntariamente contra uma prescrição do Senhor: oferecerá ao Senhor por sua transgressão um novilho sem defeito. Tirará a gordura do touro e queimará. O resto do touro será levado para fora do acampamento, em lugar limpo, onde se jogam as cinzas, e o queimará sobre lenha: será queimado sobre um monte de cinzas. Se foi toda a assembleia de Israel quem pecou involuntariamente, por inadvertência: Um touro será sacrificado- fará desse touro o que se fez com o novilho imolado pelo pecado. Se foi um chefe quem pecou: oferta um bode sem defeito, Procedendo-se de forma semelhante ao pecado.

Observa-se que neste capítulo, que trata dos sacrifícios em oferta, as normas estabelecidas são muito semelhantes entre os pecados. Para pessoas pobres: para os pobres, podia comutar-se pelos animais mais baratos: um par de rolas ou de pombas (Lv 5,7).

Expiação de um homicídio cujo autor é ignorado

(Deu 21,1-9)

1. Quando na terra, cujas posses são te há de dar o Senhor, teu Deus, encontrar-se estendido no campo o cadáver de um homem assassinado sem que se saiba quem o feriu,

2. virão teus anciãos e teus juizes e medirão a distância que separa o cadáver das cidades dos arredores.

3. Os anciãos da cidade que foi encontrada mais próxima tomarão uma novilha, com a qual não se tenha ainda trabalhado e que não tenha ainda levado o jugo,

4. e a conduzirão a um vale banhado por um córrego, cujas águas nunca sequem, onde não haja nem cultura nem sementeiras, e ali, no córrego, quebrar-lhe-ão a nuca.

5. Aproximar-se-ão os sacerdotes levíticos, porque foi a eles que o Senhor, teu Deus, escolheu para serem seus ministros. E abençoarão e seu nome, pois são eles que julgam todo litígio e todo caso de ferimento.

6. Então todos os anciãos da cidade encontrada mais próxima do cadáver lavarão suas mãos sobre a novilha cuja nuca quebraram no vale,

7. e dirão estas palavras: Nossas mãos não derramaram este sangue, nem o viram os nossos olhos.

8. ó Senhor, perdoai o vosso povo de Israel que resgatasses. Não lhe imputeis o sangue inocente. Assim será o homicídio expiado por eles.

9. E desse modo tirarás do meio de ti o sangue inocente, e farás o que é reto aos olhos do Senhor.

CAPÍTULO 6

ALIANÇA

Dicionário Biblico-Resumo das Alianças entre Deus e o povo

Na época da monarquia de Israel (1030-587) a relação entre Deus e o povo passou a ser vista como um pacto de mútuo amor e fidelidade. Mas não como um pacto entre duas partes iguais, pois a iniciativa cabe unicamente a Deus. É ele quem escolhe gratuitamente Israel como seu povo. Em virtude desta eleição e aliança, Israel contrai obrigações.

O historiador sacerdotal (séc. VI aC) descreve a história salvífica desde a criação até à época de Moisés como uma sucessão de alianças divinas.

A presença dos animais nas Alianças

A Aliança com Noé

Gênesis 8,6-12- No fim de quarenta dias, abriu a janela e deixou sair um corvo que ficou voando de um lado para outro, também soltou uma pomba que voltou. Após sete dias soltou de novo a pomba. Pela tarde ela voltou trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Ramo de oliveira é considerado um símbolo perene da paz, juntamente com o arco-íris, estabelecendo uma nova aliança entre Deus e o homem.

Gênesis 8,15-17- "Ao orientar Noé a sair da arca, além de abençoar a raça humana o Senhor abençoou também os animais". Noé salvou o mundo a pedido de Deus.

Gênesis 8,15-20- Sacrifício de Noé. Noé saiu da arca com seus filhos e os animais. Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor.

Aliança de Deus com Abrão

Após a dispersão de Babel, Deus faz aliança com Abraão.·.

Gn-1. Depois desses acontecimentos- a palavra do Senhor foi dirigida a Abrão, numa visão, nestes termos: "Nada temas, Abrão! Eu sou o teu protetor; tua recompensa será muito grande".

Gn-5. E, conduzindo-o fora, disse-lhe: "Levanta os olhos para os céus e conta as estrelas, se és capaz... Pois bem, ajuntou ele, assim será a tua descendência".

Gn-15,9-11- Deus disse a Abrão: "Toma-me (para sacrificar) uma vaca (novilha) de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, e também uma rola e uma pomba". "E ele, tomando todos estes animais, dividiu-os pelo meio, e pôs as duas partes uma defronte da outra: mas não dividiu as aves". "Ora as aves desciam sobres os cadáveres, e Abrão as enxotava".

Gn-18. Naquele dia, o Senhor fez aliança com Abrão: "Eu dou, disse ele, esta terra aos teus descendentes, desde a torrente do Egito até o grande rio Eufrates".

Resumo

As aves de rapina eram consideradas sinal de mau augúrio. O enxotamento das aves indicaria a libertação e a vitória.

Abrão é um dos personagens mais importantes das religiões judaica, islâmica e cristã. Em Hebron Abrão ergueu um altar ao Deus único (Javé), que renovou então suas promessas, entre as quais a de fazer dele o patriarca de uma imensa descendência.

Abraão representa não apenas a origem de um povo eleito por Deus para renovar a humanidade, mas também o homem justo, profundamente fiel, cuja lealdade a Deus chegaria ao ponto de sacrificar o filho em obediência à ordem divina.

Sacrifício de Isaac- Deus prova Abraão

Gên 22,2- Deus pôs Abraão à prova e chamou-o: «Abraão!".".» Ele respondeu: «Aqui estou.» Deus disse: «Pega no teu filho, no teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à região de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar.».

Gên 22,3-14. Deus provou Abrãao. Toma seu filho (Issac) para o sacrifício. Abrãao selou o seu jumento, tomou consigo dois servos e seu filho Deus pede a Abrão que sacrifique seu filho. No momento do sacrifício o Anjo disse a Abrão: Não estendas a tua mão sobre o menino e não lhe faças mal algum, agora conheci que temes a Deus e não perdoaste a teu filho único por amor de mim. Abrão viu um carneiro preso pelos chifres entre os espinhos e, pegando nele, o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.

Gên 22,15-17 Juro por mim mesmo, declara o SENHOR, que, por teres procedido dessa forma e por não me teres recusado o teu filho, o teu único filho, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Os teus descendentes apoderar-se-ão das cidades dos seus inimigos. E todas as nações da Terra se sentirão abençoadas na tua descendência, porque obedeceste à minha voz.

Catecismo da Igreja Católica: § 2572- Como última purificação de sua fé, requer-se do "depositário das promessas" (Hb 11,17) que sacrifique o filho que Deus lhe dera. Sua fé não esmorece: "E Deus que proverá o cordeiro para o holocausto" (Gen. 22,8), "pois Deus pensava ele, é capaz também de ressuscitar os mortos" (Hb. 11,19). Dessa forma, o pai dos que creem se configurou ao Pai que não há de poupar seu próprio Filho, mas o entregará por todos nós. A oração restaura o ho¬mem à semelhança de Deus e o faz participar do poder do amor de Deus que salva a multidão.

Hebreus 9, 12- O Cristo sobe silencioso rumo ao monte no qual será imolado pela salvação de todos. Ele definitivamente "entrou uma vez por todas no santuário, e não com sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, depois de conseguir para nós uma libertação definitiva".

Resumo das Alianças

Após o dilúvio, Deus faz com Noé uma aliança de caráter universal, que tem como preceito a proibição de comer sangue (cf. Gn 9,1-17 e nota). Após a dispersão de Babel, Deus faz aliança com Abraão, restringindo o seu plano salvífico aos descendentes do patriarca, que são obrigados a praticar a circuncisão (cf. Gn 17,3-14 e nota). Esta aliança inclui a promessa de descendência e duma terra (Gn 12,3-7; 15,1s; 22,16-18; 50,24; Sl 105,8-11). Depois da opressão do Egito, Deus sela com Israel a aliança do Sinai (cf. Ex 24,3-8 e nota), por meio do rito de sangue. Assim Israel nasceu como povo livre (Lv 26,42-45; Dt 4,31; Eclo 44,21-23) e comprometido em observar os mandamentos e a Lei (Ex 20,1; 20,22-23,33 e nota; Dt 5,1-21). Em contrapartida, Deus promete fazê-lo seu povo particular (Ex 19,4-8) e cercá-lo com sua proteção.

(Dt11,22-25;28,1-14).

Mas o povo foi muitas vezes infiel aos compromissos desta aliança. Os profetas denunciaram a infidelidade e anunciaram o exílio como castigo. Ao mesmo tempo, porém, prometeram uma nova aliança para os tempos messiânicos; ela será como um novo vínculo matrimonial entre Deus e Israel (Os 2,20-24), e a Lei será inscrita nos corações humanos transformados (Jr 31,33s; 32,37-41; Ez 36,26s). Esta aliança cumpriu-se com a vinda de Cristo e foi selada pelo seu próprio sangue (Mt 26,28; Hb 9,20; 1Cor 11,25). Na nova aliança o pecado será apagado (Rm 11,27), os corações humanos serão transformados pelo Espírito Santo (5,5) e Deus passará a habitar entre os homens. (2Cor 6,16).

Em grego o termo "aliança" significa também "testamento", ou última vontade que entra em vigor com a morte do testador. Por isso, a nova aliança inaugurada por Cristo é chamada também "Novo Testamento", em contraposição com a antiga aliança ou "Antigo Testamento" (Hb 9,16). Ver: Testemunho ou documento da aliança em Ex 25,16 e nota; o matrimônio como aliança em Ml 2,14 e nota.

Os três anjos (Três visitantes misteriosos)

Gên 18,1-8: O Senhor apareceu a Abraão, sob a forma de três homens (SS. Trindade). Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado e pôs tudo diante deles.

Três visitantes misteriosos- O SENHOR apareceu a Abraão junto dos Carvalhos de Mambré, quando ele estava sentado à porta da sua tenda, durante as horas quentes do dia. Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele. Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante, sem parar em casa do teu servo". Permite que se traga um pouco de água para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore. Vou buscar um bocado de pão e, quando as vossas forças estiverem restauradas, prosseguireis o vosso caminho, pois não deve ser em vão que passastes junto do vosso servo.» Eles responderam: «Faz como disseste.».

Abraão foi, sem perda de tempo, à tenda onde se encontrava Sara e disse-lhe: «Depressa, amassa já três medidas de flor de farinha e coze uns pães no borralho.» Correu ao rebanho, escolheu um vitelo dos mais tenros e gordos e entregou-o ao servo, que imediatamente o preparou. Tomou manteiga, leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles. E ficou de pé junto dos estranhos, debaixo da árvore, enquanto eles comiam.

Resumo

Na Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980, encontra-se a seguinte explicação sobre a aparição dos três homens:

Filon diz que eram o Senhor e dois anjos, outros dizem que teriam sido três anjos com aparências humanas. Nestes três homens e também pelo modo de Abraão se dirigir somente a um deles. Muitos Padres viram um anúncio do mistério da SS. Trindade, que será revelado no Novo Testamento. (Filon de Alexandria, filósofo judeo-helenista).

Aliança de Abraão com Abimelec- Gên 21,25-34

25. Mas Abraão queixou-se a Abimelec por causa de um poço que os seus homens lhe tinham tirado à força.

26. "Ignoro quem tenha feito isto, respondeu Abimelec; tu mesmo nunca me disseste nada a respeito, e só hoje estou ouvindo falar disso."

27. Abraão tomou então ovelhas e bois e deu-os a Abimelec, e fizeram aliança entre si.

28. Abraão pôs à parte sete jovens ovelhas do rebanho.

29. "Que significam, disse-lhe o rei, estas sete ovelhinhas que puseste à parte?

30."Aceitarás de minhas mãos estas sete ovelhinhas, respondeu Abraão, como testemunho de que fui eu que cavei este poço".

31. Por isso deu-se àquele lugar o nome de Bersabéia; porque ambos ali tinham jurado.

32. Foi assim que fizeram aliança em Bersabéia. Depois disso, voltou Abimelec para a terra dos filisteus com Ficol, general do seu exército.

33. Abraão plantou um tamariz em Bersabéia e invocou ali o nome do Senhor, Deus da eternidade.

34. Abraão habitou muito tempo na terra dos filisteus.

Resumo das Alianças que o Senhor fez com o Povo

O Padre Gilson Sobreiro de Araujo publicou um resumo das Alianças que Deus fez com seu povo. Alguns exemplos de aliança:

- Abraão com Abimelec (Gn 21, 22-34);

- Isaac com Abimelec, rei de Genor (Gn 26, 26-31);

- Jacó e Labão (Gn 31, 43-55).

No decorrer da historia humana Deus fez várias alianças:

- Aliança com o homem no seu estado de inocência, também chamada de aliança edênica (Gn 1, 26-28);

- Aliança com o homem após a sua queda, também chamada de aliança adâmica (Gn 3, 14-19);

- Aliança com Noé, aliança noaica (Gn 7, 18-22);

- Aliança com Abraão, aliança abraânica (Gn 12, 1-4; 13, 14-17; 15, 18; 17, 1-2);

- Aliança com Isaac (Gn 17, 19-21; 26, 3-4);

- Aliança com Jacó ( Gn 28, 13-15);

- Aliança com Israel (Gn 6,5; 19, 5-6);

- Aliança com Moisés, aliança mosaica ( Ex 20, 1-17; 21-24);

- Aliança com Davi, aliança Davídica ( 2Sm 7, 1-7);

- Aliança com Salomão ( 1Rs 9, 1-9);

- Nova aliança selada no Sangue do Cordeiro, Nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 26, 28; Mc 14, 24; Lc 22, 20; Hb 8, 6-13; 9, 1-28).

Pecar é romper a aliança que Deus fez conosco.

Oferendas no Novo Testamento- Heb 9

"A doutrina da carta aos hebreus é totalmente fundada no Antigo Testamento, interpretada à luz da revelação cristã".

Heb 9,9- Ineficácia dos ritos, ofertas e sacrifícios mosaicos, "O antigo cerimonial litúrgico tinha significado espiritual: indicava que sob a Antiga Aliança o povo não tinha acesso a Deus, o que só se tornou possível com Cristo, único caminho para chegar até ao Pai". (Sacrifícios mosaicos = próprios do profeta e legislador bíblico Moises).

O Antigo Testamento privilegiava o exterior, com coisas materiais. No Antigo Testamento, não era a vítima, mas o modo como esta se elevava a Deus: pelo fogo, um sacrifício de odor agradável. Odor agradável ao Senhor, verifica-se a preocupação dos ofertantes que a fumaça não fosse desagradável. Tudo deveria ser ofertado de forma agradável e com arrependimento do pecado cometido.

CAPÍTULO 7

MOISES e JOSÉ

José Primeiro Ministro do Egito

No Antigo Testamento encontra-se a vida de José com muitos detalhes, proporcionado inúmeras interpretações religiosas, sendo motivo de filmes e histórias.

O relacionamento de José com os animais é destacado quando explica o significado do sonho do Faraó.

José do Egito era um homem resignado, que diante de infortúnios sempre dava volta por cima e agradecia a Deus.

José era um homem abençoado por Deus. Durante sua vida passa por vários percalços. Ele foi o último filho de Jacó, o seu pai gostava muito dele. Os seus irmãos por ciúme resolveram acabar com a vida de José. Jogaram-no em uma cova onde não havia água. Deus se entristece de verdade quando vê tanta maldade entre irmãos. O seu irmão mais velho não concorda em matar seu irmão. Mercadores iam passando, ofereceram José e o venderam como escravo por vinte moedas de prata. Mataram um cabrito e com o seu sangue mancharam o casaco de José, para fazer de conta que José tinha sido morto por um animal selvagem. Eles voltaram e mostraram o casaco a Jacó. O pai logo o reconheceu e não teve dúvidas de que José havia sido atacado por uma fera. "Vou chorar até o dia em que eu for sepultado!". Deus, contudo, estava sempre com José. O seu patrão viu que ele era um homem trabalhador e confiável. A mulher do patrão enamorou-se de José. Este, porém permaneceu indiferente às suas atitudes de conquista. Um dia, porém, ela mentiu a seu marido, acusando José de tê-la ofendido. Mandou José para a prisão.

O Sonho do Faraó

Mas José sabia que Deus nunca o abandonaria. Na prisão passa a ser homem de confiança do carcereiro. José interpreta os sonhos de dois prisioneiros. Um dia, o Faraó teve um sonho. Acordou certa noite e ficou preocupado com o sonho misterioso que tivera. José é chamado da prisão para interpretar o sonho do Faraó. O rei contou todo o seu sonho a José, nos mínimos detalhes.

O Sonho Gên.41,14-50: O faraó mandou procurar José para explicar o sonho. "Não sou eu, é Deus quem dará ao faraó uma resposta satisfatória".

Os sonhos: sete vacas, belas e gordas que se puseram a pastar a erva; depois, seguiram-nas outras sete vacas magras. Sete espigas elevarem-se sobre uma mesma haste, cheias e belas; mas em seguida eis que nasceram outras sete espigas, raquíticas e ressequidas.

José disse ao faraó: O sonho do faraó é só um. É o que eu disse ao faraó: Deus revelou ao faraó o que vai fazer. Sim, vão chegar sete anos de grande abundância a todo o território do Egipto. Mas sete anos de fome surgirão a seguir, de modo que toda a abundância desaparecerá do Egipto e a fome devastará o país.

Deus anunciou ao faraó o que vai fazer. E o faraó disse a José: Visto que Deus te revelou tudo isso, não há ninguém tão inteligente e tão sábio como tu. Tu mesmo serás o chefe da minha casa; todo o meu povo será governado por ti e somente pelo trono é que serei maior do que tu. E disse ainda a José: Eis que te ponho à frente de todo o país do Egito. Poderemos nós encontrar outro homem como este cheio do espírito de Deus?

José, filho de Jacó (Israel), é nomeado pelo faraó primeiro ministro, após explicar os seus sonhos.

José acumulou trigo como a areia do mar, em tão grande quantidade que deixaram de medi-lo, pois era incalculável. Antes que chegasse o período da fome,

Administração de José - Falta de pão em toda terra

Gên.47,15-17: Quando o dinheiro estava esgotado no país do Egipto e no de Canaã, todos os egípcios se dirigiram a José, dizendo: «Dá-nos pão". Havemos de morrer diante de ti, porque se acabou o dinheiro?» José respondeu: «Entregai os vossos animais, e dar-vos-ei pão em troca deles, visto faltar o dinheiro.» Trouxeram o gado a José e ele deu-lhes pão em troca dos cavalos, do gado miúdo, do gado graúdo e dos jumentos; e forneceu-lhes alimentação em troca do gado, durante aquele ano.

Gên.50,26: José morreu com a idade de cento e dez anos. Embalsamaram-no e puseram-no num sarcófago, no Egito.

Moises recebe do Senhor uma Missão de Pastor

Aparição Divina- No Monte de Horebe, ele (Moises) depara-se com uma sarça ardente que queimava, mas não se consumia e assim é finalmente "comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel". (Ex 3, 2) (sarça= matagal).

O fogo simboliza a Glória de Deus é símbolo do Espírito Santo. O fogo ilumina, aquece, purifica, transforma, entre outras características. Enquanto a sarça é o homem comum.

SENHOR disse a Moises: Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto. E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel. Deus promete a Moises o bom êxito da missão que lhe confia (Êx 3,16-17).

Logo no início da jornada, no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". (Êxodo 20, 1-17). Os dez mandamentos repetem-se em Dt 5:1-21.

Bênção profética de Moisés, antes de sua morte, a seu filho José.

Dt 33,17; 20- A sua beleza, é como a do primogênito do touro, os seus chifres (símbolo da força) são chifres do rinoceronte, e com eles levantará ao ar as gentes até às extremidades da terra. O primeiro macho nascido dos animais, às vezes chamado de "primogênito" (ou primeiro nascido). Gên 4:4.

A Morte de Moises

Ele reuniu as tribos e entregou a eles uma mensagem de despedida, que é usada para formar o livro de Deuteronômio.

Quando Moisés terminou, entoou um cântico e pronunciou uma bênção sobre o povo. Ele morreu aos 120 anos e foi sepúltado pelo próprio Deus, em um vale na terra de Moabe (Dt 34:6).

Coube a Moisés, então, guiar o povo hebreu para fora do Egito. Sob a sua liderança, os hebreus ficaram vagando durante quarenta anos pelo Deserto do Sinai, a caminho da Terra Prometida, onde hoje fica Israel.

Cântico de Moises

Dt 32,11- Como a águia que desperta a sua ninhada (para voar), paira sobre os seus filhotes (assim o Senhor estendeu as suas asas), e depois estende as asas para apanhá-los, levando-os sobre elas.

Dt 32,14- A manteiga das vacas, o leite das ovelhas, com a gordura dos cordeiros, dos carneiros dos filhos de Basan e dos cabritos, com a flor de farinha de trigo, e para que bebesse o mais puro sangue da uva.

Dt 32,24- Serão consumidos pela fome, e as aves os devorarão com as suas mais cruéis mordeduras; mandarei contra eles os dentes das feras, com o furor dos (répteis) que se revolvem e arrastam sobre a terra.

Os prodígios de Moisés

Êx7,8- O Senhor disse a Moisés e a Aarão: Se o Faraó pedir um prodígio, tu dirás a Araão: Toma tua vara e joga-a diante do Faraó: ela se tornará uma serpente. O Faraó mandou que seus encantadores e os mágicos fizessem o mesmo, jogaram suas varas que se transformaram em serpentes. Mas a vara de Araão engoliu as deles. Mesmo assim o Faraó não quis ouvi-los.

Êx 7,3- O Senhor disse a Moisés: Pede ao Faraó para que deixem partir do seu país os filhos de Israel. Mas eu endurecerei o seu coração e multiplicarei os meus sinais e os meus prodígios na terra do Egito. Porém farei sair do Egito o meu povo.

Resumo

Moisés foi escolhido por Deus para tirar o povo de Israel do Egito e que ele deveria falar com Faraó para que os libertasse.

Moisés e Arão, seu irmão, foram falar com Faraó por duas vezes, mas o coração de Faraó estava endurecido e ele não permitia que o povo de Deus saísse.

As dez pragas do Egito e os animais

Deus enviou então, 10 pragas para aquela terra, afim de que com o sofrimento, o coração do Faraó ficasse menos duro e fizesse a vontade dele. Os animais são utilizados ou transformados em pragas no Egito.

Transformação da água em sangue (Primeira praga)

Êx 7,17- Moisés e Arão transformaram toda água em sangue, como o Senhor pediu. Os peixes morreram e os egípcios não podiam beber a água. O Faraó não obedeceu às ordens.

As rãs (Segunda praga)

Êx 8- O Senhor disse a Moisés: Vai procurar o Faraó e dize-lhe: Eis no que diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, para que ele me preste um culto. Se recusares, infestarei de rãs todo teu território. As rãs subiram e cobriram a terra. Os mágicos do Faraó também fizeram o mesmo. O Faraó chamou Moisés e pediu que intercedesse junto ao Senhor para afastar as rãs. As rãs morreram e o país foi infeccionado com isto. O Faraó não ouviu Moisés e Arão.

Os mosquitos (Terceira praga)

Êx 8,16- O Senhor disse a Moisés: Dize a Aarão: Levanta a tua vara e fere o pó da terra: ela se converterá em mosquitos em todo Egito. Houve mosquitos sobre todos os homens e animais. Os mágicos do Faraó não conseguiram reproduzir a praga, e disseram ao Faraó: Isto é o dedo de Deus. Mas o coração do Faraó permaneceu endurecido e não ouviu a Moisés e Aarão.

As moscas (Quarta praga)

Êx 8,20- A pedido do Senhor Moisés diz ao Faraó: Deixa partir o meu povo. Se recusares, mandarei moscas sobre tua pessoa, tua gente, teu povo, tuas casas, mas o meu povo não será afetado pela praga. Moisés intercedeu junto ao Senhor para que retirasse a praga, e foi novamente enganado pelo Faraó que havia prometido deixar o povo partir. Ainda desta vez o Faraó não deixou ir o povo.

Mortandade do gado (Quinta praga)

Êx 5-. O Senhor disse a Moises: Se o faraó persiste em reter o meu povo, a mão do Senhor vai pesar sobre os teus animais que estão nos campos, sobre os cavalos, os camelos, os bois e as ovelhas: haverá uma peste terrível. No dia seguinte, o Senhor cumpriu sua palavra: todos os animais dos egípcios pereceram, mas não morreu um animal sequer dos rebanhos dos israelitas. Mas o coração do faraó ficou endurecido, e ele não deixou ir o povo.

As úlceras (Sexta praga)

Êx 9,8- Moises atirou para o alto cinzas que se transformaram em uma poeira, causando tumores e úlceras em todos os egípcios e nos animais. O Faraó não ouviu Moisés.

A saraiva ou granizo (Sétima praga)

Êx 9,13- O Senhor mandou Moisés ir ao Faraó e dizer: Ainda reténs o meu povo, e não queres deixar ir? O Senhor mandou chover granizo em toda terra do Egito, sobre homens, animais e toda erva do campo. O Senhor mandou recolher os animais do seu povo. O Faraó não deixou o povo do Senhor ir.

Os gafanhotos (Oitava praga)

Êx 10- O senhor disse a Moisés: Vai procurar o faraó, diga deixa meu povo ir para que ele me preste o seu culto. Se recusares, farei vir amanhã gafanhotos sobre o teu território. Cobrirão a superfície da terra de tal modo que se não poderá mais ver o solo. O faraó pediu a Moises para rogar ao Senhor para afastar aquela praga. Moisés intercedeu junto ao Senhor. O Senhor fez soprar do ocidente um vento fortíssimo que levou os gafanhotos e os precipitou no mar Vermelho. Mesmo assim o faraó não deixou partir os israelitas.

As trevas (Nona praga)

Êx 10,21- Moisés estendeu a mão para o céu e haja sobre a terra do Egito trevas espessas, como mandou o Senhor. O Faraó chamou Moises e Arão, e disse-lhes: Ide, fiquem somente as vossas ovelhas e o vosso gado. Moises levou todos os rebanhos porque são necessários para o culto do Senhor. O Faraó novamente não permitiu a saída do seu povo do Egito.

Décima praga

Êx 11- O Senhor disse a Moisés: Flagelarei ainda com uma praga ao Faraó e ao Egito, e depois disso, vos deixará partir. Todo primogênito do faraó e até os animais morrerá na terra do Egito. Mas os filhos de Israel desde os homens até os animais, não se ouvirá ganir um cão. Todos virão a mim, dizendo: Sai tu e todo o teu povo, que está sujeito. Mesmo após todas as pragas o Faraó não deixou o povo do Senhor sair do Egito.

O Bezerro de Ouro

O povo hebreu fez um pecado grave ao fazer um símbolo de adoração "Um bezerro de ouro".

Êx. 32,2-32- Vendo que Moises tardava a descer da montanha, o povo agrupou-se em volta de Aarão e disse-lhe: Vamos fazer-nos um deus que marche à nossa frente, porque este Moises que nos tirou do Egito, não sabemos o que feito dele. O povo recolheu todo ouro das pessoas e Aarão fez um bezerro de ouro. O povo adorava o bezerro, comiam, bebiam e se divertiam. O Senhor disse a Moises: "Vai desce! Porque se corrompeu o teu povo que tiraste do Egito". Vejo, continuou o Senhor que este povo tem cabeça dura. Moises tomou o bezerro de ouro queimou e esmagou-o até reduzir a pó, que lançou na água e a fez beber aos israelitas. O Senhor se arrependeu das ameaças que tinha proferido contra o seu povo. Moises disse ao povo: Cometestes um grande pecado. Mas vou pedir perdão ao Senhor da vossa culpa.

Novas tábuas da Lei

Êx. 20,1-17 O Senhor pronunciou as palavras sobre os Dez Mandamentos, chamado O Decálogo. Estas leis foram estabelecidas por Deus antes mesmo de serem escritas nas tábuas de pedra. Êx. 34,1 O Senhor disse a Moisés: "Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste". Êx. 34,2-3- O Senhor disse a Moises: Suba ao monte Sinai, ninguém subirá contigo, e ninguém se mostre em parte alguma do monte: não haja nem mesmo ovelhas ou bois pastando em seus flancos.

Renovação da Aliança

Êx. 34,19- O Senhor fez uma nova aliança. O Senhor pediu a Moises e ordenou, dentre eles alguns a respeito de animais: Todo macho primogênito de teus rebanhos, do gado maior como do menor, me pertence. Quando sacrificares uma vítima, não oferecerás o seu sangue com pão fermentado. O animal sacrificado para a festa da Páscoa, não será conservado até o dia seguinte.

Construção do Santuário

Êx. 35,23-29- Todos os israelitas, homens ou mulheres, impelidos pelo seu coração a contribuir para alguma das obras que o Senhor tinha ordenado pela boca de Moises, trouxeram espontaneamente suas ofertas ao Senhor. Dentre as ofertas: pele de cabra, peles de carneiro e peles de golfinho.

CAPÍTULO 8

PÁSCOA

Instituição da Páscoa- Êx 12, 1-14

"A palavra Páscoa significa passagem. A passagem feliz e jubilosa dos hebreus através do mar Vermelho, para a liberdade da Terra Prometida. A festa da Páscoa passou aos cristãos que nela celebrarão a imolação de Cristo" (Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).

O livro do Êxodo assim explica a passagem e do povo israelitas para a Terra Prometida e a sua liberdade:

1 O Senhor disse a Moisés e a Arão, no Egito:

2 "Este deverá ser o primeiro mês do ano para vocês".

3 Digam a toda à comunidade de Israel que no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro ou um cabrito, para a sua família, um para cada casa.

4 Se uma famí¬lia for pequena demais para um animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas e conforme o que cada um puder comer.

5 O animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser cordeiro ou cabrito.

6 Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr do sol.

7 Pas¬sem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal.

8 Naquela mesma noite comerão a carne assada no fogo, com ervas amargas e pão sem fermento.

9 Não comam a carne crua, nem cozida em água, mas assada no fogo: cabeça, pernas e vísceras.

10 Não deixem sobrar nada até pela manhã; caso isso aconteça, queimem o que restar.

11 Ao comerem, estejam pron¬tos para sair: cinto no lugar, sandá¬lias nos pés e cajado na mão. Comam apres¬sa¬damente. Esta é a Páscoa do Senhor.

12 Naquela mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor!

13 O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destrui¬ção não os atingirá quando eu ferir o Egito.

14 Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao Senhor. Celebrem-no como decreto perpétuo.

Instituição da Páscoa pelos antigos povos

2 Crônicas 30

1 Exéquias enviou uma mensagem a todo o Israel e Judá e também escreveu cartas a Efraim e a Manassés, convidando-os para virem ao templo do Senhor em Jerusalém e celebrarem a Páscoa do Senhor, o Deus de Israel.

13 Uma imensa multidão reuniu-se em Jerusalém no segundo mês, para celebrar a festa dos pães sem fermento.

17 Vis¬to que muitos na multidão não se haviam consagrado, os levitas tiveram que matar cordeiros da Páscoa para todos os que não estavam cerimonialmente puros e que, por isso, não podiam con¬sagrar os seus cordeiros ao Senhor.

24 Exéquias, rei de Judá, forneceram mil novilhos e sete mil ovelhas e bodes para a assembleia; e os líderes, mil novilhos e dez mil ove¬lhas e bodes. Muitos ¬sacerdotes se consa¬graram.

Resumo

A festa da Páscoa para os cristãos significa a imolação de Cristo, Cordeiro de Deus e sua ressurreição gloriosa pela redenção da humanidade.

§1170 No Concílio de Nicéia (em 325), todas as Igrejas chegaram a um acordo acerca de que a páscoa cristã fosse celebrada no domingo que segue a lua cheia (14 Nisan) depois do equinócio de primavera. A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). Equinócio- Fenômeno onde a duração do dia é idêntica à da noite e os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz. O equinócio -- só ocorre durante duas vezes ao ano, normalmente nos dias 21 de março e 23 de setembro. Os equinócios definem as mudanças de estações do ano: No dia 21 de março, tem início a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul; No dia 23 de setembro, ocorre o contrário - outono no Hemisfério Norte e primavera no Hemisfério Sul.

A celebração da Páscoa (episódio bíblico)

Todas as passagens da Bíblia sobre o episódio "A celebração da Páscoa".

2 Crônicas 35

1 Josias celebrou a Páscoa do Senhor em Jerusalém, e o cordeiro da Páscoa foi abatido no décimo quarto dia do primeiro mês.

2 Ele nomeou os sacerdotes para as suas responsabilidades e os encorajou a se dedicarem ao serviço no templo do Senh.

3 Ele disse aos levitas que instruíam todo o Israel e haviam sido consagrados ao Senhor: "Ponham a arca sagrada no templo construído por Salomão, filho de Davi, rei de Israel.". Vocês não precisam mais levá-la de um lado para outro sobre os ombros. Agora sirvam ao Senhor, o seu Deus, e a Israel, o povo dele.

4 Preparem-se por famílias, em suas divisões, de acordo com a orientação escrita por Davi, rei de Israel, e por seu filho Salomão.

5 "Fiquem no Lugar Santo com um grupo de levitas para cada subdivisão das famílias do povo".

6 Abatam os cordeiros da Páscoa, consagrem-se e preparem os cordeiros para os seus irmãos israelitas, fazendo o que o Senhor ordenou por meio de Moisés".

7 Josias deu a todo o povo que ali estava um total de trinta mil ovelhas e cabritos para as ofertas da Páscoa, além de três mil bois; tudo foi tirado dos bens pessoais do rei.

8 Seus oficiais também contribuíram voluntariamente para o povo, para os sacerdotes e para os levitas. Hilquias, Zacarias e Jeiel, os administradores do templo de Deus, deram aos sacerdotes duas mil e seiscentas ovelhas e cabritos e trezentos bois.

9 Também Conanias, com seus irmãos Semaías e Natanael, e os líderes dos levitas - Hasabias, Jeiel e Jozabade - ofereceram aos levitas cinco mil ovelhas e cabritos e qui¬nhentos bois.

10 O serviço foi organizado e os sacerdotes assumiram os seus lugares com os levitas em seus turnos, conforme o rei ordenara.

11 Os cordeiros da Páscoa foram abatidos, e os sacerdotes aspergiram o sangue que lhes fora entregue, enquanto os levitas tiravam a pele dos animais.

12 Eles separaram também os holocaustos para dá-los aos grupos das famílias do povo, para que elas os oferecessem ao Senhor, conforme está escrito no Livro de Moisés; e fizeram o mesmo com os bois.

13 Assaram os animais da Páscoa sobre o fogo, conforme prescrito, cozinharam as ofertas sagradas em potes, caldeirões e panelas, e serviram rapidamente todo o povo.

14 Depois disso, os levitas prepararam a parte deles e a dos sacerdotes, pois estes, descendentes de Arão, ficaram sacrificando os holocaustos e as porções de gordura até o anoitecer. Foi por isso que os levitas prepararam a parte deles e a dos sacerdotes, descendentes de Arão.

15 Os músicos, descendentes de Asafe, estavam nos locais prescritos por Davi e por Asafe, Hemã e Jedutum, vidente do rei. Os porteiros que guardavam cada porta não precisaram deixar os seus postos, pois os seus colegas levitas prepararam as ofer¬tas para eles.

16 Assim, naquele dia, todo o serviço do Senhor foi executado para a celebração da Pás¬coa e para a apresentação de holocaustos no altar do Senhor, conforme o rei Josias havia ordenado.

17 Os israelitas que estavam presentes celebraram a Páscoa naquele dia e durante sete dias celebraram a festa dos pães sem fermento.

18 A Páscoa não havia sido celebrada dessa maneira em Israel desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel havia celebrado uma Pás¬coa como esta, como o fez Josias, com os sacerdotes, os levitas e todo o Judá e Israel que estavam ali com o povo de Jerusalém.

19 Esta Páscoa foi celebrada no décimo oitavo ano do reinado de Josias.

Resumo

O início do ano religioso foi instituído nos meses que correspondem a março-abril. Nestes meses apareciam as espigas de trigo, portanto nesta época tinha início o ano religioso. Dois grandes ciclos são destacados durante o ano litúrgico: o Natal e a Páscoa. O Ano Litúrgico é o "Calendário religioso" e não coincide com o calendário civil. Contém as datas santas, que vão nos contar a história da salvação e nos nortear nos dias atuais. Importante destacar que o calendário religioso não coincide com o civil, pois tem seu início e fim quatro semanas antes do Natal, tempo chamado de "Advento". O ano litúrgico pode ser classificado com A, B e C, sendo que no ano A leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

P.21.6 Dia da celebração da Páscoa - §1170 No Concílio de Nicéia (em 325), todas as Igrejas chegaram a um acordo acerca de que a páscoa cristã fosse celebrada no domingo que segue a lua cheia (14 Nisan) depois do equinócio de primavera. Por causa dos diversos métodos utilizados para calcular o dia 14 de mês de Nisan, o dia da Páscoa nem sempre ocorre simultaneamente nas Igrejas ocidentais e orientais. Por isso busca-se um acordo, a fim de se chegar novamente a celebrar em uma data comum o dia da Ressurreição do Senhor.

A Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980, assim explica o significado da Páscoa: A Páscoa que significa precisamente passagem, a passagem jubilosa e feliz dos hebreus através do mar Vermelho, para a liberdade da Terra Prometida. A festa da Páscoa permanecerá a principal festa hebraica, e dos hebreus passará aos cristãos que nela celebrarão a imolação de Cristo, Cordeiro de Deus, e sua ressurreição gloriosa pela redenção da humanidade.

CAPÍTULO 9

BENÇÃOS

Consagração dos sacerdotes no Antigo Testamento

A consagração dos sacerdotes no Antigo Testamento era feita utilizando animais em oferenda ao Senhor.

Êx. 29,10-20- Tomarás um novilho e dois carneiros. Levarás o novilho diante da tenda de reunião: Aarão e seus filhos imporão as suas mãos sobre a sua cabeça. E imolarás em presença do Senhor o novilho, na entrada da tenda de reunião. Depois tomarás do sangue do novilho, e com o dedo o porás sobre os chifres do altar e derramarás o resto ao pé do altar. Tomarás toda gordura que cobre as entranhas, a membrana do fígado, os dois rins com a gordura que os envolve, e queimarás tudo sobre o altar. Mas a carne do touro, seu pelo e seus excrementos, tu os queimarás fora do acampamento: é um sacrifício pelo pecado. Um carneiro degolá-lo-ás e queimarás sobre o altar. O segundo carneiro degolá-lo-ás e tomarás o sangue para metê-lo na extremidade da orelha direita de Aarão e na extremidade da orelha direita de seus filhos, sobre os dedos polegares de suas mãos direitas e sobre os dedos polegares de seus pés direitos.

Resumo

Explicação dada (Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980) sobre as maneiras de apresentar a Deus as vítimas e as ofertas: agitando-as diante dele horizontalmente, ou elevando-as. Agitá-la diante de Deus queria significar fazer o ato de apresentação e depois retirá-la: sinal de oferecimento a Deus e recebimento dele. Elevar a vítima significava apresentá-la ao Senhor, elevando-a e abaixando-a com movimentos verticais, como sinal de entrega das vítimas e ofertas a Deus. As vítimas e as ofertas apresentadas da primeira maneira chamavam-se "oferta agitadas", as da segunda maneira eram chamadas "oferta elevadas".

Consagração de Aarão e de seus filhos

Resumo

Um resumo da Consagração ou Ritual de Aarão e de seus filhos, estabelecido pelo Senhor, com ênfase na utilização de animais em sacrifício:

Lv 8,1-4 O Senhor disse a Moisés: Toma a Aarão e seus filhos, as vestes, o óleo para a unção, o touro do sacrifício pelo pecado, os dois carneiros e a cesta de pães ázimos, e convoca toda a assembleia à entrada da tenda de reunião? Moisés fez o que lhe ordenou o Senhor, e a assembleia se reuniu à entrada da tenda de reunião.

Lv 8,14-36 Moises mandou vir o touro do sacrifício pelo pecado, os dois carneiros e a cesta de pães ázimos (sem fermento), Moisés o imolou, tomou o sangue e derramou ao pé do altar. Tomou, em seguida, toda a gordura que envolve as entranhas, a pele que recobre o fígado e os dois rins com sua gordura, e os queimou no altar. Mas queimou fora do acampamento o touro, seu couro, sua carne e seus excrementos, como o Senhor lhe tinha ordenado. O ritual seguiu de forma semelhante com os carneiros. Ao final a carne foi cosida à entrada da tenda de reunião, ali a comereis com o pão que está no cesto.

Bênçãos e promessas aos que observam a lei

Dt 28,1- Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, o seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, o seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra.

Dt 28,3-4- Será bendito o fruto do teu ventre, o fruto da tua terra, o fruto dos teus animais, as manadas dos bois, e os rebanhos das tuas ovelhas.

Maldições para quem não obedecer as leis

Dt 28,18- Será maldito o fruto de tuas entranhas, o fruto do teu solo, as crias de tuas vacas e de tuas ovelhas.

Dt 28,31- Maldições contra os delinquentes- O teu boi seja imolado diante de ti e não comas dele. O teu jumento te seja arrebatado na tua presença e não te seja restituído. As tuas ovelhas sejam dadas aos teus inimigos, e não haja quem te socorra.

Dt 28,49- O Senhor suscitará contra ti das extremidades da terra uma nação longínqua, rápida como a águia.

Eficácia do Sacrifício de Jesus Cristo- Heb 9

11. Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo),

12. Sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.

13. Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos,

14. Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo?

Heb 10,1-18- "A multiplicidade dos sacrifícios livíticos prova a sua ineficácia. Os sacrifícios da antiga lei deveriam ser renovados. Sua eficácia em relação à purificação dos pecados baseava-se unicamente na fé daqueles que ofereciam os sacrifícios".

Resumo

A Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980, trás a seguinte explicação para a ineficácia dos ritos e sacrifícios mosaicos. "O antigo cerimonial litúrgico tinha significado espiritual: indicava que sob a Antiga Aliança o povo não tinha acesso a Deus, o que só se tornou possível com Cristo, único caminho para chegar até ao Pai (Jo 14,6)".

CAPÍTULO 10

LEIS ANTIGAS- RELATIVAS AOS ANIMAIS

Prejuízos causados pelos animais domésticos (Êx. 21,28-36)

28. Se um boi ferir mortalmente um homem ou uma mulher com as pontas dos chifres, será apedrejado e não se comerá a sua carne; mas o dono do boi não será punido.

29. Porém, se o boi era já acostumado a dar chifradas, e o dono, tendo sido avisado, não o vigiou, o boi será apedrejado, se matar um homem ou uma mulher, e seu dono também morrerá.

31. Se o boi ferir um filho ou uma filha, aplicar-se-á a mesma lei.

32. Mas, se ferir um escravo ou uma escrava, pagar-se-á ao seu senhor trinta siclos de prata, e o boi será apedrejado.

33. Se alguém deixar uma cisterna aberta ou cavar uma sem cobri-la, e nela cair um boi ou um jumento, o proprietário da cisterna pagará uma indenização:

34. Reembolsará em dinheiro o proprietário do animal morto, e este será seu.

35. Se o boi de alguém der uma chifrada no boi de um outro, e este vier a morrer, venderão o boi vivo e repartirão o valor: repartirão igualmente o boi morto.

36. "Mas, se o boi era já acostumado a dar chifradas, seu dono, que não o vigiou, pagará boi por boi, e receberá o animal morto."

Roubos de animais e caridades

Êx. 22- Se alguém roubar um boi, ou ovelha, e os matar ou vender, restituirá cinco bois por boi, e quatro ovelhas por uma ovelha. Se alguém danificar um campo ou uma vinha, e deixar que seu gado ande a pastar nos campos alheios, dará o melhor que tiver no seu campo ou na sua vinha, segundo a avaliação do dano. Se um fogo, alastrando, encontrar espinhos, e se pegar aos feixes dos trigos ou às searas que ainda estão em pé nos campos, pagará o dano aquele que tiver acendido o fogo.

Êx 23,4- Se encontrares o boi do teu inimigo ou o (seu) jumento desgarrado levá-lhos. Se vires o jumento do que te odeia caído debaixo da carga, não passarás adiante, mas ajudá-lo-ás a levantá-lo.

Êx. 23,12- Trabalharás seis dias; no sétimo dia descansarás para que descanse o teu boi e o teu jumento.

Resumo

"No Antigo Testamento (Êxodo) observa-se que o povo havia recebido uma legislação especial, uma forma de vida moral e religiosa. As penalidades impostas pelos prejuízos causados pelos animais eram rigorosas. Muitas destas leis são naturais, inscritas pelo Criador no coração do homem, antes mesmo que Deus os proclamasse no Sinai e escrevesse nas tábuas de pedra. Essas leis as do chamado código da aliança (21-23) foram encontradas analogias notáveis no código de Hamurabi (rei babilônico, que viveu alguns séculos anteriormente a Moises). Na legislação decretada no Sinai, nem tudo foi criado desde a raiz; muitos usos e costumes já introduzidos na prática social foram confirmados pela aprovação divina". Estas explicações tem origem na Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980.

Pode ou não comer a carne?

Na antiguidade foram estabelecidas leis sobre o que o homem poderia comer. No Levítico (11-46) encontra-se uma relação dos animais considerados puros e impuros. "O senhor disse a Moisés e a Aarão: Dize aos israelitas o seguinte: entre todos os animais da terra, eis o que podereis comer" (Lv 11,1-2).·.

Uma explicação dada pela Bíblia Sagrada (Edições Paulinas, 1980) sobre estas leis: "A motivação dessas leis e prescrições é elevada- a transcendência e a santidade espiritual de Deus, que exige do seu povo uma conduta especial". "Porque eu sou o Senhor, que vos tirei da terra do Egito para ser o vosso Deus" (Lv 44). "A distinção dos animais entre os puros e impuros, muito de acordo com a higiene dos povos orientais, devia imprimir no espírito dos hebreus a ideia de ser um povo consagrado a serviço do Senhor". O motivo original de tais práticas podia ser um simples tabu. Jesus criticou este conceito de pureza ritualística e meramente exterior (Mt 23,25s), mostrando que o que torna impuro o homem não são as coisas que vêm de fora, mas o que procede do coração: os maus pensamentos que levam ao pecado.

Certos animais ou alimentos de origem agrícola são considerados impuros e por isso rejeitados pela cultura nômade da qual provinham os israelitas. Tais proibições visavam evitar misturas e manter a integridade. Assim os animais elencados em Lv 11,29s são considerados impuros, pois tinham um papel no culto cananeu. O porco era impuro porque era usado no culto de Adônis-Tamuz. Tamuz era um deus dos sumérios conhecido como Dumuzi e pelos egípcios como Osíris. Ez 10-14- Entrei e vi: havia uma figura de todas as espécies de répteis e de animais repugnantes, todos os ídolos da casa de Israel gravados na parede à volta.

Para facilitar a visualização dos capítulos relativos a este assunto segue um resumo:

Resumo

Animais quadrupedes:

Pode comer: Bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos. (rumina e tem unha dividida). Não pode comer: Camelo e Dromedário (ruminam e não tem unha dividida "fendida"). Suínos (não ruminam e tem unha dividida). Coelho e lebre (na verdade não ruminam, mas são coprófagos, isto é, ingerem as fezes). Ainda não deveriam comer: rato, toupeira.

Animais aquáticos:

Pode comer: Tem barbatana e escamas. Não pode comer: Sem barbatanas e sem escamas.

Aves não comer:

Águia, o falcão e o abutre, o milhafre e toda variedade de falcões, toda espécie de corvo, a avestruz, a andorinha, a gaivota e toda espécie de gavião, o mocho, a coruja e o íbis, o cisne, o pelicano, o alcatraz e a cegonha, toda variedade de garça, a poupa e o morcego.

Não comer- Répteis Toda variedade de lagartos, o musaranho, a rã, a tartaruga, a lagartixa e o camaleão. A rã era classificada como réptil agora anfíbio.

Insetos voadores- com quatro pés, excluídas as duas patas anteriores- não comereis. Exceção para os gafanhotos dos quais se alimentavam os pobres.

Resumo

A Igreja Católica não proíbe comer carne de qualquer espécie animal. Recomenda que os animais sejam abatidos com respeito e sem sofrimento. No evangelho de Marcos, capítulo 7,1-8 Jesus explica que o importante são os mandamentos de Deus e não as tradições.

Comer carne- (deu- 12,15-27)

No livro Deuteronômio repetem-se normas às encontradas no Levítico a respeito da ingestão de carne.

15 Se quiseres, entretanto, comer carne, poderás, em qualquer cidade onde habitares, matar do teu rebanho, segundo as bênçãos que o Senhor, teu Deus, te der; tanto pode comê-la o homem impuro como o puro, como se come a gazela e o veado. 16 Somente vos abstereis do sangue, que espalhareis sobre a terra como água. 17 Não comerás dentro dos teus muros o dízimo de teu trigo, nem de teu vinho, nem de teu óleo, nem os primogênitos de teu gado grosso ou miúdo, nem aquilo que ofereceres por votos, nem tuas ofertas espontâneas, nem tuas primícias. 18 Mas comerás essas coisas diante do Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor, teu Deus, tiver escolhido, tu, teu filho, tua filha, teu servo e tua serva, assim como o levita que se encontrar dentro dos teus muros; e alegrar-te-ás em presença do Senhor, por todos os bens que tuas mãos tiverem adquirido. 19 Guarda-te de abandonar o levita durante todo o tempo que viveres em teu solo. 20 Quando o Senhor, teu Deus, tiver alargado os teus limites, como te prometeu, e quando disseres, levado pelo desejo de comer carne: eu gostaria de comer carne, come-a então quanto quiseres. 21 Se o lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para nele ser invocado o seu nome, for muito afastado, poderás matar teus bois ou tuas ovelhas, que o Senhor te tiver dado, segundo o que te prescrevi, e poderás comer como te aprouver dentro de teus muros. 22 Como se come a carne da gazela ou do veado, assim comerás essas carnes: poderão comê-la tanto o homem impuro como o puro. 23 Mas guarda-te de absorver o sangue; porque o sangue é a vida, e tu não podes comer a vida com a carne. 24 Não beberás, pois, o sangue, mas derramá-lo-ás sobre a terra como água. 25 Não o sorverás, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, por terdes feito o que é reto aos olhos do Senhor. 26 Mas as ofertas que te são impostas, ou as que fizeres em virtude de um voto, tu as tomarás contigo e irás ao lugar escolhido pelo Senhor; 27 ali as oferecerás em holocausto, carne e sangue , sobre o altar do Senhor, teu Deus. Quanto aos outros sacrifícios, o seu sangue será derramado sobre o altar do Senhor, teu Deus, e comerás as suas carnes.

Animais puros e impuros (Deu 14,3-21) (Leis a cerca das carnes)

Não comereis coisa alguma abominável. Estes são os animais que deveis comer: O boi, a ovelha, a cabra, o veado, a corça, o búfalo, a cabra montês, o unicórnio, o orige, o camelo pardal. Comereis de o animal que tenha a unha fendida em duas partes, e que rumina. Não deveis, porém, comer dos que ruminam, mas não tem a unha fendida como são o camelo, a lebre, quirogrilo, estes porque ruminam, e não tem a unha fendida; são impuros para vos. O porco também será para vos impuro, porque embora tenha a unha fendida, não rumina; não comereis das carnes, nem tocareis nos seus cadáveres. De todos os animais que vivem nas águas, comereis estes: comereis os que têm barbatanas, e escamas; mas não comais daqueles que não tem barbatanas nem escamas, porque são impuros. Comei de todas as aves que são puras. Não comeis das impuras, são: a águia, o grifo, o esmerilhão, o ixião, o abutre, o milhano, segundo a sua espécie; todo o gênero de corvos, o avestruz, a coruja, a gaivota, o açor segundo a sua espécie, a cegonha, o cisne, o íbis, o mergulho, o porfirão, o bufo, o onocrótalo, o caradrio, cada um na sua espécie; a poupa também e o morcego. Tudo o que anda de rastos e tem asas, será impuro, e não se comerá. Comei tudo o que é puro. Não comais de nenhum animal morto por si. Dá-o para que o coma ou vende-o ao peregrino que habita dentro das tuas portas, porque tu és um povo santo do Senhor teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.

Lei sobre os primogênitos dos animais (Deu 15,19-22)

Consagrarás ao Senhor, teu Deus, todos os machos dentre os primogênitos que nascem das tuas vacas e das tuas ovelhas. Não trabalharás com o primogênito da vaca, nem tosquiarás os primogênitos das ovelhas. Comê-lo-ás cada ano tu e a tua família na presença do Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor escolher. Se o animal tiver defeito, ou for manco ou cego, ou tiver qualquer outro defeito grave, você não poderá sacrificá-lo ao Senhor, o seu Deus. Coma-o na cidade onde estiver morando. Tanto o cerimonialmente impuro quanto o puro o comerão, como se come a carne da gazela ou do veado. Mas não poderá comer o sangue; derrame-o no chão como se fosse água.

Caridade para com o animal (Deu 22)

1 Se vires extraviado o boi ou a ovelha de teu irmão, não te desviaras mas reconduzi-los-ás ao teu irmão. 2 Se este habitar longe, ou se não o conheceres, levarás o animal para a tua casa e ele aí ficará até que seja reclamado pelo teu irmão: então lho entregarás. 3 O mesmo farás com o seu jumento, com o seu manto e com qualquer objeto perdido por teu irmão e encontrado por ti. Não te desviarás desse objeto. 4 Se vires o jumento ou o, boi de teu irmão caídos no caminho, não voltarás os olhos para o lado, mas ajudá-lo-ás a levantá-los. 6 Se encontrares no caminho, sobre uma árvore ou na terra, o ninho de uma ave, e a mãe posta sobre os filhotes ou sobre os ovos, não a apanharás com os filhotes. 7 Deixarás partir a mãe e só tomarás os filhotes, para que se prolonguem os teus dias felizes. 10 Não lavrarás com um boi e um jumento atrelados juntos

Animais Impuros

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Animais impuros, segundo a definição dada pela Bíblia e segundo o Alcorão, são animais dos quais não se pode comer de sua carne nem tocar em seu cadáver, de forma que se alguém o fizer se tornará impuro.

Animais considerados puros e impuros

A Bíblia cita todos os animais impuros no livro de Levítico (chamado por judeus de Vayikrá ou Vaicrá), no capítulo 11,1-46, em uma passagem bíblica onde Deus fala a Moisés e Aarão.

O porco é considerado um animal impuro no judaísmo, no islamismo e no cristianismo (Adventistas) por não ruminar.

Entre os animais terrestres, são considerados puros todos aqueles que tem a unha fendida e que ruminam.

Terrestres rastejantes

Entre os animais rastejantes, são considerados impuros a toupeira, o rato e as diferentes espécies de lagarto, a lagartixa, o crocodilo da terra e o camaleão.

Insetos

Entre os insetos, todos os que são alados e andam sobre quatro pés, são considerados impuros. No entanto, todos os insetos alados e com quatro pés, que possuem pernas sobre seus pés, para saltar sobre a terra, podem ser comidos (como o gafanhoto, por exemplo).

Aquáticos

Entre os animais aquáticos, são considerados puros todos que possuem barbatanas e escamas e vivem nos mares ou rios. Sendo todos os demais classificados como animais imundos e impuros.

O Conceito no Islamismo e no Judaísmo

Apesar deste conceito ter sido abolido no cristianismo, em algumas religiões não cristãs, como o judaísmo e o islamismo, o conceito ainda existe e os seguidores destas religiões evitam se alimentar da carne de alguns animais, por considerá-los impuros.

Como referência para este conceito o Alcorão cita na 5ª Surata, versículo 3 o seguinte texto:

Estão-vos vedados: a carniça, o sangue, a carne de suíno e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Deus; os animais estrangulados, os vitimados a golpes, os mortos por causa de uma queda, ou chifrados, os abatidos por feras, salvo se conseguirdes sacrificá-los ritualmente; o (animal) que tenha sido sacrificado nos altares. Também vos está vedado fazer adivinhações com setas, porque isso é uma profanação. Hoje, os incrédulos desesperam por fazer-vos renunciar à vossa religião. Não os temais, pois, e temei a Mim! Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente sem intenção de pecar, se vir compelido a (alimentar-se do vedado), saiba que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

O Conceito no Cristianismo- Animais Impuros

Na maioria das religiões cristãs o conceito de animais impuros foi abolido. Uma das referências para este fato está no Novo Testamento da Bíblia, no Evangelho de Marcos, capítulo 7,1-8.

Nesta passagem, os fariseus e alguns doutores da Lei se reúnem ao redor de Jesus e notam que os discípulos comem o pão com mãos impuras (por não ter as lavado antes). Por este motivo, os fariseus e os doutores da Lei questionam a Jesus o fato de seus discípulos não seguirem a tradição antiga. Jesus então os responde:

Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: 'Este povo honra-me com os lábios, mas o coração deles está longe de mim. Não adianta me prestarem culto, porque ensinam preceitos humanos'. Vós deixais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.

Posteriormente a esta passagem, no Evangelho de Marcos, capítulo 7,14-23, Jesus reúne a multidão e diz:

Ouvi-me vós todos e entendei: o que vem de fora e entra numa pessoa, não a torna impura; as coisas que saem de dentro da pessoa é que a tornam impura. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Após este fato, Jesus entrou em casa e os discípulos perguntaram a Ele sobre esta parábola. Jesus então lhes disse:

Será que nem vocês entendem? Vocês não compreendem que nada do que vem de fora e entre numa pessoa pode torná-la impura, porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, e vai para a privada? Desta forma, muitas religões cristãs consideram que Jesus classificou como puros todos os alimentos e continua:

O que sai do homem, isso é que o contamina. Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem as más intenções, como a imoralidade, roubos, crimes, adultérios, cobiça, as maldades, malícia, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas essas coisas más saem de dentro da pessoa, e são elas que a tornam impura.

Apesar de Cristo estar claramente se referindo à impureza espiritual, e não a física (i.e. doenças e enfermidades), tal passagem é interpretada como uma mensagem de abandono à tradição de animais impuros.

Somada a estas duas passagens, tem-se uma no livro de Atos dos Apóstolos, quando Pedro tem uma visão de toda sorte de animais, inclusive impuros, descendo do céu sobre um grande pano (como um tapete) e uma voz que dizia: "Mata e come", ao que Pedro respondia: "Nunca comi coisa alguma impura." Tendo isso ocorrido três vezes seguidas. Apesar de o significado prioritário desta mensagem ter sido com relação aos judeus e os gentios (como fica evidenciado na continuação da narração da história) e, em segundo lugar, que não devemos nos apegar tanto às tradições (no caso, judaicas), muitos ainda consideram possível estabelecer-se a interpretação de que Deus, mais uma vez, estava a abolir a definição de "animais impuros".

A última passagem bíblica do Novo Testamento que ensina contra a definição de animais puros e animais impuros consta numa das cartas de Paulo (Coríntios), onde este ensina que a definição de "puro" e "impuro" não deve ser levado a sério salvo ocasiões em que isso possa levar algum irmão a cair na fé - tal ensinamento também é passado com relação ao comer comidas sacrificadas a ídolos.

O Conceito para cristãos adventistas do sétimo dia

Animais Impuros

Os Adventistas alegam que não há abolição dos animais impuros. Cristo teria cumprido, ao morrer, as leis relacionadas com os sacrifícios e festas judaicas, a lei cerimonial, uma vez que sua morte era simbolizada por todas estas cerimônias. Entretanto a lei relacionada à impureza dos alimentos não seria um símbolo redentivo, mas regras de higiene preocupadas em garantir boa saúde aos seus seguidores.

Uma vez que a Igreja Adventista considera ser o corpo o templo do Espírito Santo, conforme I Coríntios 6:19, e que a saúde física é essencial para uma adoração aceitável a Deus, mantém sua interpretação de que os animais citados em Levíticos 11 devem ser evitados, entre outras orientações alimentares.

As passagens bíblicas acima, segundo os adventistas, apenas podem ser interpretadas da forma como usualmente são se retiradas de seu contexto.

O Conceito no Hinduísmo e no Jainismo

Animais impuros

O hinduísmo e o jainismo não possuem o conceito de "animais impuros". Pelo contrário, eles sustentam que todos os seres vivos têm uma alma e devem ser respeitados. Como consequência, o consumo de alguns animais é proibido, mas isso ocorre por uma questão de respeito e não pelo conceito de "animal impuro".

Hinduístas evitam a carne de vaca. Até mesmo o abate de vacas é proibido por lei na maior parte da Índia. Algumas seitas proíbem completamente o abate de animais. Jainistas esperam que se abstenham de prejudicar os seres vivos, tanto quanto possível, incluindo as plantas, o que implica o vegetarianismo estrito e a proibição de alimentos vegetais (como raízes), pois exigem a morte da planta.

CAPÍTULO 11

PATRIARCAS: ABRAÃO, ISAAC, JACÓ

Abraão, Isaac e Jacó foram os três grandes patriarcas do Antigo Testamento: Eles foram os primeiros pais, grandes varões que deram origem ao povo hebreu, do qual, no futuro, nasceria Jesus Cristo, o Messias. (Isaac filho de Abraão).

Os rebanhos de Jacó aumentam (Enriquecimento de Jacó)

No livro Gênesis encontra-se uma interessante e importante passagem na vida de Jacó. Jacó há milhares de anos utiliza conhecimentos de genética para selecionar os seus animais.

Gên.30,25-43.

25- Jacó havia trabalhado para Labão por muito tempo. Jacó disse a Labão: Deixa-me partir para minha casa, na minha terra.

31-Então Labão perguntou a Jacó: "Que você quer que eu lhe dê?" "Não me dê coisa alguma", respondeu Jacó. "Voltarei a cuidar dos seus rebanhos se você concordar com o seguinte":

32- Passa pelo meio de todos os teus rebanhos, separa todas as ovelhas de diversas cores e de pelo malhado; tudo o que nascer fosco, malhado e vário, tanto entre as ovelhas como entre as cabras será a minha recompensa.

33- E a minha honestidade dará testemunho de mim no futuro, toda vez que você resolver verificar o meu salário. "Se estiver em meu poder alguma ovelha ou cabra que não seja salpicada ou pintada, poderá considerá-los roubados".

34- E disse Labão: "De acordo. Seja como você disse".

35- Naquele mesmo dia, Labão separou todos os bodes, os carneiros, as cabras e as ovelhas que tinham listras ou manchas brancas. Entregou nas mãos de seus filhos todos os rebanhos que era duma só cor, isto é, de pelo branco e negro.

36- Afastou-se então de Jacó, à distância equiva¬lente a três dias de viagem, e Jacó continuou a apas¬centar o resto dos rebanhos de Labão.

37- Jacó pegou galhos verdes de estoraque, amendoeira e plátano e neles fez listras brancas, descascando-os parcialmente e expondo assim a parte branca interna dos galhos.

38- De¬pois fixou os galhos des¬cascados junto aos bebedouros, na frente dos rebanhos, no lugar onde costumavam ¬beber água. Na época do cio, os rebanhos vi¬nham beber e,

39- se acasalavam diante dos galhos. E geravam filhotes listrados, salpicados e pitados.

40- Ja¬có separava os filhotes do rebanho dos demais, e fazia com que esses ficassem juntos dos animais listrados e pretos de Labão. Assim foi formando o seu próprio rebanho que separou do de Labão.

41- Toda vez que as fêmeas mais fortes estavam no cio, Jacó colocava os galhos nos bebedouros, em frente dos animais, para que se acasalassem perto dos galhos;

42- mas, se os animais eram fracos, não os colocava ali. Desse modo, os animais fracos ficavam para Labão e os mais fortes para Jacó.

43- Assim o homem ficou extremamente rico, tornando-se dono de grandes rebanhos e de servos e servas, came¬los e jumentos.

O sonho de Jacó, Gên 31,9-12

9- Foi Deus mesmo que tomou o rebanho de Labão para mó dar.

10-No tempo em que os animais deviam conceber, eu levantava os olhos e via em sonhos que os bodes que cobriam as cabras, eram listados, malhados e manchados.

11-Um anjo de Deus disse-me em sonhos: Jacó! Eu respondi: Aqui estou disse.

12- Levanta os olhos, e vê: que todos os bodes que cobrem as cabras são variegados, manchados e de diversas cores. Porque eu vi tudo o que te fez Labão.

Comentário sobre o rebanho de Jacó

Num primeiro momento Jacó realizou uma seleção dos animais com base no fenótipo (cor da pelagem), isto é, fazia os cruzamentos entre os que lhe interessavam.

Jacó desta forma utilizava princípios de melhoramento genético- seleção de reprodutores com base na cor da pelagem, na rusticidade, no tamanho, na fertilidade e na sanidade.

Separou os animais em dois lotes, em um primeiro momento:

1- os de pelagem manchadas e variegados (várias cores) e pintados.

2- todos de uma só cor, (preto e branco) e levou para longe.

Mesmo trabalhando somente com animais de diferentes cores (lote1) nasciam produtos: de pelagem variada e de pelagem de uma só cor (preto e branco). Fato explicado pela genética: os animais de várias cores possuíam genes para uma só cor. Jacó separava os de uma só cor e levava para o rebanho de Labão. A porcentagem de animais nascidos de várias cores era maior do que os de uma só cor, portanto seu rebanho aumentava.

Além deste cruzamento dirigido selecionava, para reposição do seu rebanho, as ovelhas e cabras que pariam produtos grandes e fortes. Jacó demonstrou possuir muita habilidade de como manejar o rebanho a seu favor.

As varas de árvores cortadas por Jacó apresentam um significado difícil de interpretação e obscuro.

Algumas explicações:

As varas de diferentes cores serviam para fazer cercas e separar os animais segundo a pelagem e os mais fortes.

Origem das varas (dados obtidos pela internete):

A vara de álamo, planta rústica originária da Europa, Ásia e África. Estava profetizando que seu rebanho resistiria a períodos de estiagem, suportando geadas e frio intenso.

A vara de castanheira, originária da península Ibérica, no hemisfério Norte, também é uma das espécies mais altas da Amazônia. Rebanho seria alto e forte.

A vara de aveleira, pequena árvore, até 12 metros, Originária da América do Norte e da Ásia. Jacó estava profetizando que suas fêmeas gerariam espontâneamente, e a carne de seu rebanho seria como o fruto da avelã totalmente saboroso rico em proteínas.

O fato de que DEUS tinha determinado mesmo antes do nascimento em abençoar a Jacó (Genesis 25.23) havia sobre a vida de Jacó um decreto de benção expedido pelo Criador, para que o proposito de Deus ficasse firme em sua escolha de formar um povo e através de povo abençoar todas as famílias da terra.

Outro motivo especial que passa despercebido é o fato de que Jacó teve uma revelação de Deus, acerca de como Deus o abençoaria neste negocio: (Genesis 31.9-13).

Jacó abençoa todos seus filhos

Jacó abençoa os seus doze filhos e relacionando alguns com animais.

Gên 49- Jacó reuniu seus filhos e anunciou o que ia acontecer a eles nos dias vindouros. Para alguns deles usa a figura de animais.

1 Jacó chamou seus filhos e lhes disse:

3 Rubem, tu és o meu primogênito, minha força, primícias do meu vigor. Notável em dignidade e notável em poder.

5 Simeão e Levi são irmãos; suas espadas são instrumentos de violência.

8 Judá- Filhote de leão. Teus irmãos te louvarão. Pegarás pela nuca os inimigos; os filhos de teu pai se prostrarão em tua presença.

13 Zabulon habita a beira do mar, no litoral, onde aportam os navios, e seu flanco se estende por Sidon.

14 Issacar- É um jumento forte, deitado nos currais. 15 Vê que é bom o descanso e a terra agradável: curva os ombros sob a carga, sujeita-se ao tributo.

17 Dã- Será uma serpente no caminho, uma cobra na estrada, que morde a pata do cavalo e derruba o cavaleiro.

19 Gad- Será saqueado por quadrilhas de assaltantes, mas também os assaltará e perseguirá.

20 Aser tem um pão saboroso, que constitui as delícias dos reis.

21 Neftali- É uma gazela solta, que tem lindos filhotes.

22 José é broto de uma árvore fértil, broto de uma árvore fértil junto à nascente: seus ramos crescem acima do muro.

27 Benjamim- Lobo voraz, de manhã devora a presa e à tarde reparte o despojo.?

28 São estes todos que formam as doze tribos de Israel. Foi isso que lhes disse seu pai ao abençoá-los. A cada um deu uma bênção particular.

Casamento de Isaac com Rebeca Amor à primeira vista . Amor ao primeiro encontro

Gn 24,62-67- Isaac tinha saído para meditar, ao campo, no caminho que conduz ao poço, chamado "vive-quem-me-vê", viu ao longe camelos. Rebeca também viu Isaac, desceu do camelo e disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? Ele respondeu: É meu senhor. Isaac levou Rebeca para a tenda de Sara sua mãe e recebeu-a como mulher. Isaac amou Rebeca extremosamente. Esta união moderou a dor que lhe ocasionara a morte de sua mãe.

Rabeca era estéril

Gn 25, 21-23- Isaac rogou ao Senhor por sua mulher, que era estéril. O Senhor ouviu-o e Rebeca, sua mulher, concebeu.

22 Como as crianças lutassem no seu ventre, ela disse: Se assim é, por que me acontece isso? E ela foi consultar o Senhor,

23 que lhe respondeu: Tens duas nações no teu ventre; dois povos se dividirão ao sair de tuas entranhas. Um povo vencerá o outro, e o mais velho servirá ao mais novo.

24 Do casamento de Isaac com Rebeca nasceram dois gêmeos, Esaú e Jacob, e o primeiro a nascer foi Esaú. "Quando chegou o tempo em que devia dar à luz, saíram dois gémeos do seu seio".

Isaú vende seu direito de primogenitura a Jacó por um prato de comida

Gn 25,29-34- Um dia em que Jacó preparava um guisado, voltando Esaú fatigado do campo,

30 Disse-lhe: Deixa-me comer um pouco dessa coisa vermelha, porque estou muito cansado. (É por isso que lhe puseram o nome a Esaú, Edom).

31 Jacó respondeu-lhe: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura?

32 Morro de fome, que me importa o meu direito de primogenitura?

33 Jura-mo, pois, agora mesmo? Tornou Jacó. Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.

34 Este deu-lhe pão e um prato de lentilhas. Esaú comeu, bebeu depois se levantou e partiu. Foi assim que Esaú desprezou o seu direito de primogenitura.

Jacó foi enganado na hora do casamento

Gn 29,16- Trabalhou por 07 anos de graça para o sogro (Labão) para casar-se com a filha mais nova a quem amava (Raquel) e no dia do casamento fora enganado casando-se com a filha mais velha (Lia), um grande engano! No final das contas acabou tendo que trabalhar por mais 07 anos para finalmente casar-se com a mulher que tanto amava.

Resumo

O casamento não poderia ser com a mais nova (Raquel) e para não criar caso casou com a mais velha (Lia). Mais sete anos de trabalho para então casar com a mulher que amava.

Raquel rouba escritura do seu pai Labão

Gn 31.19- Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel (mulher de Jacó) furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. Sem que Jacó soubesse, Raquel (sua esposa) aproveitou a ausência do seu pai para roubar-lhe pequenas estátuas que representavam os deuses de Labão.

Gn 31.17- Quando Labão se ausentou para fazer a tosquia do rebanho, se levantou Jacó e, fazendo montar seus filhos e suas mulheres em camelos, levou todo o seu gado e todos os seus bens que chegou a possuir.

O roubo dos ídolos de Labão por Raquel. Esses ídolos eram estatuetas com formas humanas, que tinha o significado: Ídolos, em hebraico terafim, figurinhas que representavam os gênios protetores da casa e do lugar e cuja posse podia significar o direito à herança de bens (terras).

A fuga de Jacó e sua família foi descoberta três dias depois. Labão reuniu seus homens para persegui-lo, mas Deus, em sonho, o advertiu para que nada fizesse contra Jacó. No sétimo dia Labão os alcançou e repreendeu Jacó por não dar-lhe a chance de se despedir. Também o indagou sobre o roubo dos ídolos.

Gn 31,33- Labão entrou na tenda de Raquel, ela muito à pressa, escondeu os ídolos debaixo da sela dum camelo, e sentou-se em cima. Raquel disse a Labão me desculpe se eu não me posso levantar na tua presença me acho com indisposição que costuma vir às mulheres.

De posse das escrituras poderia dar ao seu esposo Jacó. Assim poderia fazer justiça ao trabalho que Jacó havia prestado ao seu pai Labão.

Não cobiçarás a mulher do próximo

Não desejarás a mulher do próximo. Não cobiçarás a casa do próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma do que lhe pertence. Deu 5,21.

CAPÍTULO 12

LIVROS JOSUÉ E JUIZES

Js.1: Josué continuou a mesma missão de Moisés, por ordem do Senhor.

Tarefas de Josué: 1- Ocupar a terra de Canaã (Terra Prometida). 2- Dividir o país entre várias tribos de Israel.

O povo de Israel leva também o vosso gado.

Js,1,14: Vossas mulheres, vossas crianças e vosso gado permanecerão na terra que Moisés vos deu no Além-Jordão. Vós, porém, todos os valentes guerreiros, passareis na frente de vossos irmãos, em ordem de batalha, para ajudá-los.

O Senhor havia jurado em dar aos israelitas a terra que mana leite e mel. (maná significa "chuva" de alimentos).

Js,5,6: (Durante quarenta anos, os israelitas tinham caminhado pelo deserto, até desaparecer toda a geração dos guerreiros que tinham saído do Egito e que tinham sido desobedientes à voz do Senhor. O Senhor havia jurado que não os deixaria ver a terra que jurara dar a seus pais, terra que mana Leite e mel.).

A Arca da Aliança é levada ao som de sete trombetas de chifres de Carneiro.

Js,6,13: tomaram as sete trombetas de chifre de Carneiro e marcharam diante da arca do Senhor, andando e tocando. Os guerreiros iam à frente deles e o resto da multidão seguia a arca do Senhor, ao som das trombetas.

Tomada da cidade de Jericó

No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.

Js,6,4: Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de Carneiro diante da arca. No sétimo dia dareis sete voltas à cidade, enquanto os sacerdotes tocarão as trombetas.

Js,8,2: Trata a cidade e o rei conforme trataste Jericó e seu rei. Entretanto, podeis saquear para vós os despojos e o gado. "Prepara uma emboscada para a cidade por detrás dela".

Js,8,27: Israel tomou como saque o gado e os despojos da cidade, conforme a ordem que o Senhor dera a Josué.

Js,11,14: Os israelitas saquearam os despojos dessas cidades junto com o gado; quanto aos seres humanos, passaram-nos todos ao fio da espada até aniquilá-los, sem deixar um sobrevivente sequer.

O Cerco De Jericó: Significado desta oração

"Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias." Hebreus 11, 30.

"Os muros de Jericó caíram ao som das trombetas da oração".

"O Cerco de Jericó consiste em uma oração de sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto."

Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites, diante do Santíssimo Sacramento exposto.

Divisão da Terra Prometida

Js,14,4: Em compensação, os descendentes de José foram contados como duas tribos, Manassés e Efraim, ao passo que os levitas não receberam uma parte na terra, mas cidades para habitarem, com pastagens para seus animais e rebanhos.

Js,21,2: em Silo, na terra de Canaã. Eles expuseram: "O Senhor ordenou, por meio de Moisés, que nos fossem dadas cidades para habitar, com as suas pastagens para nossos rebanhos".

Js,22,8: dizendo-lhes: "Voltai para vossas tendas com grandes riquezas e rebanhos numerosos, com prata e ouro, com bronze, ferro e roupas em quantidade. Reparti o despojo dos vossos inimigos com vossos irmãos".

Trombeta de chifre de carneiro

A palavra "trombeta" vem do termo hebraico shophar e significa "chifre", mais precisamente "chifre de carneiro". Foi um instrumento instituído por Deus para ser tocado em uma infinidade de momentos da vida nacional de seu povo no Antigo Testamento. Geralmente, e de preferência, o shofar é feito de um chifre de carneiro, em memória do carneiro que foi oferecido em lugar de Yitzhak (Isaac), que permitiu-se ser atado e colocado sobre o altar como um sacrifício a Deus.

Na tradição judaica trombeta lembra o carneiro sacrificado por Abrão. Gên 22,3-13. Deus provou Abrãao. Toma seu filho (Issac) para o sacrifício. Abrãao selou o seu jumento, tomou consigo dois servos e seu filho. Deus pede a Abrão que sacrifique seu filho. No momento do sacrifício o Anjo disse a Abrão: Não estendas a tua mão sobre o menino e não lhe faças mal algum, agora conheci que temes a Deus e não perdoaste a teu filho único por amor de mim. Abrão viu um carneiro preso pelos chifres entre os espinhos e, pegando nele, o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.

I Co 15,51-52 (Paulo Apóstolo): Eis que vos revelo um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta (porque a trombeta soará). Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Juízes

Depois da sua chegada a Canaã e do seu esta¬be¬le¬cimento no território, como está descrito em Josué, as dez tribos fica¬ram um pouco à mercê dos povos que ainda ocupavam a terra. Cananeus e filisteus (madianitas) continuavam a sua luta para expulsar as tribos israelitas que se tinham infiltrado em algumas parcelas do seu território; e a conquista total da terra e o consequente predomínio dos israelitas sobre os povos locais ficará para mais tarde, no tempo de David (séc. X a.C.).

É nestas circunstâncias que aparecem os Juízes. Não são chefes constituídos oficialmente, mas homens e mulheres carismá¬ti¬¬cos, atentos ao Espírito do Senhor, pessoas marcadas por uma forte perso¬na¬lidade, capazes de se imporem moralmente perante as outras tribos.

Os israelitas fizeram o mal aos olhos do Senhor

O povo de Israel foi rudemente atacado pelo povo remanescente (madianitas). As plantações e as criações dos israelitas eram destruídas.

Jz,6,4: os quais acampavam em seus campos e pisavam todas as sementeiras até próximo de Gaza. Não deixavam para os israelitas meios de subsistência, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos.

Jz,6,5: Chegavam com todos os seus rebanhos e tendas, como se fossem gafanhotos; a multidão de homens e de camelos era inumerável, destruindo tudo o que tocavam.

Os israelitas pedem auxílio ao Senhor

Jz 6,25 Naquela mesma noite, o Senhor lhe disse (a Gedeão): "Pega o novilho que pertence a teu pai, um touro cevado de sete anos, derruba o altar de teu pai, dedicado a Baal, e corta o tronco sagrado que está junto dele".

Jz 6,26 "Ergue depois um altar para o Senhor, teu Deus, no alto desta pedra sobre a qual puseste o Sacrifício. Toma o touro cevado e oferece o em holocausto, com a lenha do tronco sagrado que cortaste".

Gedeão ataca os medianitas

Jz 7,9-11 Nessa noite, disse-lhe o Senhor: «Levanta-te e vai ata¬car o acampamento, pois entre¬guei-o nas tuas mãos. Mas, se tens medo de ir sozinho, vai com Purá, teu servo, ao acampamento. Escu¬ta¬rás o que eles dizem; a tua cora¬gem será robustecida, e poderás ata¬car o acam¬pamento.»

Jz 7,12 Os madianitas, os amalecitas e todos os do Oriente estavam espalhados pelo vale como um enxame de gafanhotos. O número dos Camelos era incalculável como a areia das praias do mar.

Deus salva o povo de Israel pelas mãos de Gedeão

Jz 7,2-25 Sucedeu en¬tão que, mal Gedeão ouviu contar o sonho e a sua inter¬pre¬tação, pros¬trou-se por terra e re¬gressou ao acam¬¬pa¬mento de Israel e disse: «Levan¬tai-vos, porque o Se¬nhor entre¬gou nas vossas mãos o acam¬pamento de Madian.» Dividiu, então, os tre¬zen¬tos em três grupos; pôs uma trom¬beta na mão de todos eles, bem como cântaros vazios com tochas den¬tro deles. E disse-lhes: «Olhai para mim e fazei como eu fizer; quando eu tiver chegado junto do acampa-mento, fa¬zei o que eu fizer. Eu e os que estão comigo tocaremos a trombeta; então, também vós tocareis as trom¬betas à volta de todo o acampa¬mento e ha¬veis de gritar: "Pelo Senhor e por Ge¬deão!" Gedeão e os cem homens que estavam com ele chegaram junto do acampamento ao princípio da vi¬gí¬lia da meia-noite, quando termi¬nava a rendição das sentinelas. En¬tão, pu¬seram-se a to¬car as trombe¬tas, ao mesmo tempo em que quebravam os cân¬taros que le¬vavam nas mãos.

Gedeão persegue os inimigos

Jz 8,21 Zebá e Sálmana disseram: "Levanta-te e mata-nos tu mesmo. Tal o homem, tal sua bravura!". Então Gedeão levantou-se e matou Zebá e Sálmana, reti¬rou os ornamentos que estavam no pescoço dos seus camelos.

Jz 8,26 Os anéis de ouro requisitados totalizaram quase vinte quilos de ouro, sem contar os broches em forma de meia- lua, os brincos e as vestes de púrpura que os reis de Madiã usavam, nem as coleiras que estavam nos pescoços dos Camelos.

Fim de Gedeão

Jz 9,30-31 Gedeão teve setenta filhos, nascidos do seu san¬gue, pois tinha muitas esposas. A sua concubina, que morava em Si¬quém, gerou-lhe também um filho, a quem chamou Abimélec.

Jz 10,3-5 Juiz Jair- Depois, surgiu Jair, de Guilead, e foi juiz em Israel durante vinte e dois anos. Tinha trinta filhos, que montavam trinta jumentinhos, e ti¬nham também trinta cidades que se chamam, ainda hoje ("aldeias de Jair"), Acampa¬men¬tos de Jair, na terra de Guilead. Jair morreu e foi sepultado em Camon.

Jz 12-14 Juiz Abdon- Teve quarenta filhos e trinta netos, que montavam em setenta jumentos. Abdon foi juiz de Israel durante oito anos.

Nascimento de Sansão

Ma¬nué- sua esposa era estéril, não tinha ainda concebido filhos.

Jz 13,19 Manué tomou o cabrito e a oblação e ofereceu sobre a rocha um Sacrifício ao Senhor que faz maravilhas, e Manué e sua mulher ficaram observando.

Jz 24 A mu¬lher deu à luz um fi¬lho e pôs-lhe o nome de San¬são; o me¬nino cresceu e o Senhor aben¬çoou-o.

Estamos diante da história de um homem que teve um excelente começo, pois foi destinado a ser um grande homem, com extraordinário final. Com uma missão especial de libertador de seu povo, mas por escolhas infelizes, numa jornada de vida turbulenta, terminou com um final excepcionalmente triste.

Os principais fatos da vida de Sansão relacionadas com animais

Despedaçou um leão com as próprias mãos (Jz 14,5-9)- Então, Sansão desceu a Tam¬nata com seu pai e sua mãe; quando che¬ga¬ram às vinhas de Timna, eis que um jovem leão arremeteu contra eles, rugindo ferozmente. Apoderou-se dele o espírito do Se¬nhor e Sansão, sem ter à mão qualquer arma, des¬pe¬daçou-o como se des¬pedaça um cabrito; mas não contou nem ao pai nem à mãe o que fi-zera. Depois des¬ceu a Tamnata e falou à mu¬lher e ela agradou a Sansão. Voltando, alguns dias depois, para desposá-la, afastou-se do caminho para ver o cadáver do leão. Mas eis que na boca do leão estava um enxame de abelhas com mel. Tomou o mel nas mãos e o ia comendo pelo caminho; e tendo alcançado os seus pais, deu-lhes do mel e eles comeram, mas não lhes disse que aquele mel provinha da boca do leão (carcaça).

Enigma de Sansão (Jz 14,14-19): Então, disse-lhes ele: «Do que come saiu o que se come, e do que é forte saiu o que é doce!".".".".".» E, pas¬sa¬dos três dias, ainda eles não haviam sido capazes de decifrar o enigma. No sétimo dia, disseram à es¬posa de Sansão: «Seduz o teu marido para que ele nos revele o sentido do enigma; de outro modo, queimar-te-emos a ti e à casa de teu pai". Foi, talvez, para nos espoliar que nos convidastes?» Então, a mu¬lher de Sansão des¬fez-se em lágrimas diante dele, di¬zendo-lhe: «Tu só me tens ódio! E não me tens amor! Desse enigma que pro¬puseste ao meu povo, não me con¬fiaste o seu significado!» Ele disse-lhe en¬tão: «Não o revelei a meu pai nem a minha mãe, e ia revelar-te a ti!» Ela desfez-se em lágrimas diante dele durante os sete dias que duraram os festejos; mas eis que, no sétimo dia, Sansão lhe revelou o sentido, pois ela o importunara. Então, ela explicou-o claramente aos filhos do seu povo. No sétimo dia, antes do pôr-do-sol, o povo da cidade disse a Sansão: «Que coisa há que seja mais doce do que o mel, e mais forte do que o leão?"".» (Do que come (boca do leão) e da boca do leão saiu o que se come (mel) e do forte (leão) saiu o que é doce (mel).

Ele respondeu-lhes: «Se vós não tivés¬seis lavrado com a minha novilha não teríeis descoberto o meu enigma.» Apoderou-se dele, então, o espírito do Senhor, e foi a Asca¬lon; matou ali trinta ho¬mens, tomou os seus des¬po¬jos e deu-os aos que lhe tinham revelado o significado do enig¬ma. Fer¬vendo de cólera, voltou para casa de seu pai.

As trezentas raposas (Jz 15,4-5)- Saiu, pois, apanhou tre¬zentas rapo¬sas, prendeu-as duas a duas pelas caudas e, tomando tochas, atou uma tocha no meio das duas caudas. Pe¬gou fogo às tochas e, sol¬tando as rapo¬sas por entre as sea¬ras dos filis¬teus, queimou tanto o trigo que já estava atado aos molhos ou ainda por ceifar, como, também, as vinhas e os olivais.

Queixada de jumento (Jz 15,15-16)- Sansão mata 1.000 filisteus com uma queixada de jumento. Depois, ten¬do en¬¬con¬trado uma queixada de jumento ainda fresca, estendeu a mão, apa¬nhou-a e matou com ela mil homens. Sansão exclamou: «Com a quei¬xada de um ju¬mento os des¬tro¬cei; com uma quei¬xada de ju¬mento matei mil ho¬mens!» Quando acabou de falar, lan¬çou para longe de si a queixada; por isso chamou-se àquele lugar Ramat-Leí. Sansão teve sede e pediu ao Senhor água. O Senhor abriu um molar da queixada (ou uma rocha) do jumento e dela jorrou água. Jz 15, 18-19. Sentindo uma sede intensa, clamou ao Senhor: Vós destes, disse ele, ao vosso servo esta grande vitória. Morrerei eu agora de sede e cairei nas mãos dos incircuncisos? Então Deus fendeu a rocha côncava que está em Lequi, e dela jorrou água. Sansão, tendo bebido dessa água, recobrou ânimo e recuperou as forças. Daí o nome que traz essa fonte: En-Hacoré. Ainda hoje ela existe em Lequi.

O crime de Gabaa

Um levita foi buscar sua mulher na casa do sogro.

Jz 19,3 O marido resolveu ir atrás dela para convencê-la a voltar. Levava consigo um criado e um par de jumentos. Quando chegou à casa do sogro, este foi alegre a seu encontro logo que o viu. Jz 19,10 O levita, porém, não quis mais pernoitar e resolveu partir. Chegou assim à altura de Jebus (isto é, Jerusalém), junto com o par de jumentos encilhados, a concubina e o criado.

Ao pernoitarem em uma cidade (Gabaa) foram acolhidos por um homem.

Jz 19,21 E o conduziu para sua casa e deu forragem aos Animais. Os viajantes lavaram os pés, comeram e beberam.

Durante a noite a sua mulher foi abusada e assassinada, de forma brutal, por homens da cidade.

Jz 20,27 O seu marido levantou-se de ma¬nhã cedo; abriu as portas de casa e saiu para seguir o seu caminho. Eis que a mulher, sua concubina, jazia prostrada à porta de casa de mãos estendidas sobre a soleira.

O castigo pelo crime cometido.

Jz 20,48 Quanto aos israelitas, voltaram-se contra os benjaminitas, passando à espada tudo o que encontravam, tanto homens como Animais, e também incendiaram todas as cidades que encontravam.

CAPÍTULO 13

OUTROS LIVROS BÍBLICOS E OS ANIMAIS

Algumas Passagens no Livro Tobias Envolvendo Animais

Cegueira e paciência de Tobias

Tb 2,11. Enquanto dormia, caiu-lhe de um ninho de andorinhas esterco quente nos olhos, e ele tornou-se cego. O esterco de andorinha queima os olhos, mas segundo o texto grego, Tobias cegou pouco a pouco porque os médicos não souberam cuidar dele.

Tb 2,13. Como havia sempre temido a Deus, desde a sua infância, e guardado seus mandamentos, ele não se afligiu (nem murmurou) contra Deus por ter sido atingido pela cegueira.

Tb 2,14. Mas perseverou firme no temor de Deus, e continuou a dar-lhe graças em todos os dias de sua vida.

O peixe do rio Tigre (Tb 6, 1-9).

1. Tobias partiu, pois, seguido de seu cão, e deteve-se na primeira parada à beira do rio Tigre.

2. Descendo ao rio para lavar os pés, eis que um enorme peixe se lançou sobre ele para devorá-lo.

3. Aterrorizado, Tobias gritou, dizendo: Senhor, ele lança-se sobre mim.

4. O anjo disse-lhe: Pega-o pelas guelras e puxa-o para ti. Tobias assim o fez. Arrastou o peixe para a terra, o qual se pôs a saltar aos seus pés.

5. O anjo então disse-lhe: Abre-o, e guarda o coração, o fel e o fígado, que servirão para remédios muito eficazes. Ele assim o fez.

6. A seguir ele assou uma parte da carne do peixe, que levaram consigo pelo caminho. Salgaram o resto, para que lhes bastasse até chegarem a Ragés, na Média.

7. Entretanto, Tobias interrogou o anjo: Azarias, meu irmão, peço-te que me digas qual é a virtude curativa dessas partes do peixe que me mandaste guardar.

8. O anjo respondeu-lhe: Se puseres um pedaço do coração sobre brasas, a sua fumaça expulsará toda espécie de mau espírito, tanto do homem como da mulher, e impedirá que ele volte de novo a eles.

9. Quanto ao fel, pode-se fazer com ele um ungüento para os olhos que têm uma belida, porque ele tem a propriedade de curar.

Resumo

"O peixe agarrado por Tobias parece tratar-se de um lúcio, peixe de grande voracidade e que no Tigre alcança tamanho de um homem. O Coração, o fel e o fígado do peixe não tinham tais propriedades; quem expulsou o demônio e curou Tobias foi o anjo, essas entranhas do peixe eram simples instrumentos que serviam mais do que tudo para ocultar o anjo que não queria ainda manifestar-se". "Todavia, os antigos acreditavam que o fígado tinha propriedades curativas para os olhos". (Comentário feito pela Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).

Tobias casa com Sara e fica com medo (Tb 6,14-16)

14. Tobias replicou: Ouvi dizer que ela já teve sete maridos, e que todos morreram. Diz-se mesmo que foi um demônio que os matou,

15. Por isso eu temo que o mesmo venha a me acontecer, a mim que sou filho único, e desse modo faça descer lamentavelmente a velhice de meus pais à habitação dos mortos.

16. O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder:

17. São os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder.

18. Tu, porém, quando te casares e entrares na câmara nupcial, viverás com ela em castidade durante três dias, e não vos ocupareis de outra coisa senão de orar juntos.

19. Na primeira noite, queimarás o fígado do peixe, e será posto em fuga o demônio.

Resumo

"É difícil dizer como o perfume de um pouco de fígado e de coração queimados poderia afastar o demônio. Em todo caso, o que é mais recomendado é a oração, pois o demônio teve poder sobre os outros maridos que tinham apenas intentos humanos, mas nada podia contra Tobias, se aspirava ao matrimônio com reta intenção. Entre os antigos existia a crença de que o demônio armava insídias à jovem esposa". (Comentário feito pela Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).

Jonas no Ventre de um Peixe

Jn 1, 1-2 O Senhor havia dado a Jonas uma missão e ele resolveu fugir, em um navio, para escapar à ordem do Senhor.

Jn 1, 4 O Senhor, porém, fez vir sobre o mar um vento impetuoso e levantou no mar uma tempestade tão grande que a embarcação ameaçava espedaçar-se.

Jn 1,12 Tomai-me, disse Jonas, e lançai-me às águas, e o mar se acalmará. Reconheço que sou eu a causa desta terrível tempestade que vos sobreveio.

Jn 1, 15 E, pegando em Jonas, lançaram-no às ondas, e a fúria do mar se acalmou.

Jn, 2,1 O Senhor providenciou um Peixe bem grande para engolir Jonas, que ficou no ventre desse Peixe por três dias e três noites.

Jn 2,1-8 Jonas no ventre de um peixe- O Senhor fez com que ali apa¬-recesse um grande peixe para engo¬lir Jonas; e Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe.

Jo¬nas fez esta oração ao Senhor, seu Deus, do ventre do peixe, di¬zendo:

Na minha aflição invoquei o Se¬nhor e

Ele ouviu-me.

Clamei a ti do meio da morada dos mortos,

e Tu ouviste a minha voz.

Lançaste-me ao abismo, ao seio dos mares,

e as correntes das águas envolve¬ram-me.

Todas as tuas vagas e todas as tuas ondas

passaram por cima de mim.

E eu já dizia:

Fui rejeitado diante dos teus olhos.

Acaso me será dado ver ainda o teu santo templo?'

As águas me cercaram até ao pes¬coço,

o abismo envolveu-me,

as algas pegavam-se à minha ca¬beça;

desci até às raízes das monta¬nhas,

até à terra cujos ferrolhos me pren¬¬dem para sempre.

Mas Tu, Senhor, meu Deus,

salvaste a minha alma do sepul¬cro.

Quando desfalecia a minha alma,

lembrei-me do Senhor;

a minha oração chegou junto de ti.

Jn 2,11 Então o Senhor ordenou ao peixe, e este vomitou Jonas na praia.

Resumo

Jonas trata-se de um personagem histórico, mas este livro, que traz o seu nome, não se apresenta como obra sua e efetivamente não é. A saída de Jonas do ventre do peixe após três dias é assumida por Jesus como símbolo de sua própria ressurreição, após sua permanência de três dias no sepulcro. De modo apoiar a veracidade de um acontecimento futuro, através de um fato passado, com um significado simbólico. (Comentário feito pela Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980).

Daniel

Os três jovens na fornalha

Dn- 3:1 O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de babilônia.

Dn-3:6

E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.

Dn-3:12

Há uns homens judeus, os quais constituíste sobre os negócios da província de babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste.

Dn 3:13 Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei.

Dn 3:17-18 Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei.

E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.

Dn-3:20

E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo ardente.

Dn- 3:25 O rei disse: vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.

Dn- 3:28 Falou Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus.

Dn-3, 49 Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo.

Dn-3, 50 Fez do centro da fogueira como um lugar onde soprasse uma brisa matinal: o fogo nem mesmo os tocava, nem lhes fazia mal algum, nem lhes causava a menor dor.

Dn-3, 51 Então os três jovens elevaram suas vozes em uníssono para louvar, glorificar e bendizer a Deus dentro da fornalha, neste cântico:

Cântico dos jovens: Este cântico é de louvor a Deus por tudo que criou, pela natureza e também de agradecimentos.

(parte do cântico relacionado com animais):

Dn 3,79 Monstros e animais que vivem nas águas bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!

Dn 3, 80 Pássaros todos do céu bendigam o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!

Dn 3, 81 Animais selvagens e rebanhos bendigam o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!

Resumo

Os tres jovens foram fieis ao verdadeiro Senhor. Não tiveram medo de serem queimados na fornalha, Deus os iria protegê-los. A quarta pessoa que o rei viu na fornalha era um anjo enviado pelo Senhor.

CAPÍTULO 14

ANIMAIS CITADOS PELOS EVANGELISTAS A figura dos animais é utilizada por Jesus para explicar os princípios básicos da Nova Aliança.

Lucas

Lc 11,11-13 Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente? Ou se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á porventura um escorpião? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem.

Lc 12,6-7 Não se vendem cinco pardais por duas moedas de pequeno valor, contudo, nenhum deles está esquecido diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; vos valei mais do que numerosos pardais.

Lc 15, 3-6 A Ovelha perdida- Jesus propôs a seguinte parábola: Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo, E, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido. Lc 15,32 Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.

Aparição De Jesus Aos Apóstolos

Lc 24,39. Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho.

Lc 24,40. E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.

Lc,24,42: Então ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado e um favo de mel.

Lc 24,43. Ele tomou e comeu à vista deles.

João

A pesca milagrosa

Jo,21,9: Quando chegaram a terra, viram umas brasas preparadas, com Peixe em cima e pão.

Jo,21,13: Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o Peixe.

Jo 1,29- O carneiro tem aspectos de pureza, da mansidão, e da vítima sacrificial.

No cristianismo, o cordeiro está ligado a Jesus, o "Cordeiro de Deus", que se imolou pela humanidade: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo".

O cordeiro macho separado para morte tinha de ser "sem mácula" (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de CRISTO, o perfeito Filho de DEUS (Jo 8.46).

João Batista e os animais

Ele realizava batismo ao longo do Jordão, não ficava fixo em um só lugar.

Suas vestes eram de pelo de camelo, e andava cingindo de um cinto de couro, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre ( Mt. 3.4).

Ele começou seu ministério no deserto da Judéia (Mt. 3.1). As pessoas vinham até ele a fim de serem batizadas no Rio Jordão (Mt. 3.5).

Jesus está passando por onde está João reunido com seus discípulos e quando João vê Jesus, exclama: "Eis o cordeiro de Deus". "É necessário que Ele (Jesus) cresça e eu diminua. (Jo 3,30)".

João Batista batiza Jesus- Quando Jesus saiu da água, o céu se abriu, o Pai falou e o Espírito Santo desceu. A pomba deu sinal do término do julgamento após o dilúvio na época de Noé. A pomba agora dá o sinal da vinda do Espírito Santo sobre Jesus, abrindo-nos o portal da graça.

Mateus

Mt 6,26- Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem fazem provisões nos celeiros, e, contudo vosso Pai celeste as sustenta. Por ventura não valeis vós muito mais do que elas?

Mt 7,6- Não deis aos cães o que o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que eles as calquem com seus pés, e que, voltando-se contra vos, vos dilacerem.

Mt,7,10: Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?

Mt 7,15. Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós vestidos de cordeiros, mas por dentro são lobos vorazes.

Mt 10,16- Eis que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como serpentes e simples como pombas.

Mt 12,10,11- É permitido curar aos sábados? Jesus disse: Que homem haverá entre vos que, tendo uma ovelha, se esta cair no dia de sábado a um fosso, não a tome, e não a tire? Ora quanto mais vale um homem do que uma ovelha. Ora é permitido fazer o bem no dia de sábado.

Mt 15,34- Jesus tomou os sete pães e os peixes, deu graças, parti-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos os deram ao povo.

Mt 18,12- Ovelha desgarrada. Uma ovelha desgarrada é tão importante do que noventa e nove arrebanhadas.

Mt 19,24- Jesus disse: É mais fácil passar um camelo pelo orifício de uma agulha, que entrar um rico no reino dos céus.

Mt 21,2- Jesus disse: Ide à aldeia que está defronte de vos, e logo encontrareis uma jumenta e o seu jumentinho com ela. Desprendei-a e trazei-a.

Mt 21,12- Jesus expulsa do templo os vendedores, derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

Mt 23,24 Guias cegos! Filtrais o mosquito, mas engolis o camelo.

CAPÍTULO 15

SACRIFÍCIOS DOS ANIMAIS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sacrifício é a prática de oferecer como alimento a vida de animais, humanos, colheitas e plantações, aos deuses, como acto de propiciação ou culto. O termo é usado também metaforicamente para descrever atos de altruísmo, abnegação e renúncia em favor de outrem.

A teologia do sacrifício permanece uma questão em aberto, não apenas para as religiões que ainda realizam rituais de sacrifício, mas também para as que não mais os praticam, ainda que suas escrituras, tradições e histórias façam menção a sacrifício de animais. As religiões apresentam diversas razões pelas quais os sacrifícios podem ser realizados.

• Os deuses necessitam do sacrifício para seu sustento e para a manutenção de seu poder, que diminuiria sem o sacrifício.

• Os bens sacrificiais são utilizados para realizar uma troca com os deuses, que prometeram favores aos homens em retribuição pelos sacrifícios.

• A vida e o sangue das vítimas dos sacrifícios contêm mana ou algum outro poder sobrenatural, cuja oferenda agrada os deuses.

• A vítima do sacrifício é oferecida como bode expiatório, um alvo para a ira dos deuses, que de outra maneira recairia sobre todos os homens.

• Os sacrifícios privam as pessoas de comida e de outras comodidades, e como tal constituem uma disciplina ascética.

• Coisas sacrificadas geralmente se tornam parte da renda da organização religiosa, por vezes base da economia para sustentar pastores e seitas.

• O sacrifício é, na verdade, parte de uma cerimónia. Por vezes é consumido pelos fiéis. Habitualmente incorpora uma forma de redistribuição em que os pobres obtêm parcela maior do que sua contribuição.

• Na Bíblia hebraica, Deus ordena que os israelitas ofereçam sacrifícios de animais no santuário, ou tabernáculo. Quando os israelitas já haviam chegado à terra de Canaã, ordenou-se que todos os sacrifícios terminassem, exceto os que aconteciam no Templo de Jerusalém. Na Bíblia, Deus pede sacrifícios como um sinal de sua aliança com povo de Israel. O sacrifício também era feito para que Deus perdoasse os pecados, uma vez que o animal estaria sendo punido no lugar do pecador.

Sacrifício dos Animais em Outras Religiões

Bíblia hebraica- Deus ordena que os israelitas ofereçam sacrifícios de animais no santuário ou tabernáculo. Na Bíblia, Deus pede sacrifícios como um sinal de sua aliança com povo de Israel. O sacrifício, também era feito para que Deus perdoasse os pecados, uma vez que o animal estaria sendo punido no lugar do pecador.

Grécia Antiga- O sacrifício de um animal doméstico era feito num ritual, onde a cabeça era cortada com uma espada. Após a carne era cozida e dividida em partes iguais para ser consumida no local.

Judaísmo- Os judeus medievais acreditavam que o sacrifício de animais fosse necessário na relação entre o homem e Deus.

Islão- No rito islâmico as veias jugulares são cortadas rapidamente com faca bem afiada. São proibidas outras formas de sacrifício de animais como morte a pauladas, eletrocussão ou lança. Corão 22:37- "Não é a carne tampouco o sangue que alcança Ala, mas sim a sua fé que o alcança...". -

Candomblé- Nesta seita o sacrifício do animal é feito por pessoa especializada ( o Axogun), na sua falta o babalorixá). Na verdade são feitos dois sacrifícios um para Orixá e um para Exú. Todas as partes dos animais vão servir de alimento. Este ritual é interpretado como sendo de confraternização: unem-se filhos a comer com o pai ou mãe.

Igreja Adventista do Sétimo dia-Apocalipse 11-18: encontram-se uma séria advertência para quem maltratar os animais.

"Terá que prestar contas a Deus no dia do juízo final".

Gênesis 1:20-22- O livro do Gênesis relata que quando Adão e Eva foram criados, Deus também fez os animais para que com os seres humanos desfrutassem das alegrias do jardim do Éden. Deus criou os animais no quinto dia e o ser humano no sexto.

Judaísmo- Os animais de corte, como vacas e galinhas, são sacrificados com cuidados especiais segundo as leis de cashrut, visando diminuir o seu sofrimento ao máximo.

Islamismo- Segundo o Islamismo, os animais possuem alma já que Deus, no dia do Juízo Final, irá devolver a vida a eles para fazer justiça até entre eles. E ao morrer o corpo do animal vira terra e sua alma retorna para Deus.

Budismo- O Zen Budismo, uma vertente do Budismo, prega que se faça o bem a todos os seres. Os ensinamentos de Buda se baseiam na impermanência ( nada fixo, nada permanente, tudo se transformando a cada instante). Os animais fazem parte desta teia da existência, desta rede de inter-relacionamento,uma vez que os humanos não vivem sem os animais. Para o Budismo não há conceito de alma para pessoas nem para animais. , Tudo que existe é o co-surgir interdependente e simultâneo. Quando morre um animal de estimação os adeptos desta religião fazem orações como quando morre uma pessoa.

Umbanda- Trata-se de uma religião espiritualista e espírita. A religião Umbanda não mata nenhum tipo de animal. Assim com os Espíritas, acreditam que os animais são seres vivos e possuem alma. Acreditam na reencarnação dos espíritos.

Espiritismo- Para o Espiritismo, os animais são seres espirituais, evoluindo por meio da transmigração, sem ainda possuir a consciência de si mesmo característica do homem. Para o Espiritismo, se os animais estão em evolução, podemos auxiliá-los em sua trajetória quando agimos com ética e responsabilidade no relacionamento que estabelecemos com eles.

Xamanismo- Animais e Religiões- xamanismo.com.br

Definição de xamanismo- É um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, magicas, religiosas e filosóficas, envolvendo cura, transe, supostas metamorfoses e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos, etc. Outros nomes: feiticeiro, médico-feiticeiro, mago, curandeiros e pajés.

Rituais entre o homem e os animais- nas religiões antigas- Ganesha, a divindade hindu, forma humana com cabeça de elefante. No Egito,Thot, forma humana com cabeça de falcão. O peixe e a ovelha no cristianismo.

Conta-se que Adão e Eva falavam a linguagem dos animais e viviam em harmonia com seus instintos.

Grécia

Grécia Antiga- Zeus quando nasceu foi alimentado pelas abelhas, que lhe davam mel, e a cabra Almatéia deu-lhe o leite. O chifre do carneiro era considerado símbolo da prosperidade e da abundância.

O cavalo está associado a Apolo, o deus solar. Apolo se transformou em lobo para defender a ninfa Cirena do ataque do leão.

Artemis, ou Diana, se transformou em Ursa para gerar Arcas com seu pai, Zeus. Atena a deusa da sabedoria era simbolizada pela coruja. Os chifres de Vaca são símbolos da Lua, e o touro com sua força procriadora, simboliza a fertilidade.

Minotauro, um ser com corpo de homem e cabeça de touro. Ele nasceu da união doentia (paixâo) da rainha Pasifae por um touro branco.

Poseidon era Hippos, deus dos cavalos, protetor dos centauros, meio homem meio cavalo.

Pégasso, o cavalo alado.

Sátiros eram criaturas representadas por um homem com orelhas, chifres, cauda e pernas de bode. A criatura mais famosa era Pã, que significa tudo, que se transformou em carneiro branco para seduzir a deusa lunar Selene.

Romanos

Para os romanos a águia simbolizava Júpiter; a pomba branca Vênus; pavão Juno; a coruja Minerva. Rómulo e Remo foram alimentados por uma loba. Quimera tinha cabeção de leão, corpo de cabra e porte posterior de dragão ou serpente, que vomitava fogo.

Trabalhos de Hércules:

1- Enfrentar o Leão da Neméia. 2- Matou a Hidra de Lerna, monstro de muitas cabeças; 3- Capturou a Corça de Cerinéia, de chifres de ouro e pés de bronze; 4- Capturou vivo o Javali do Erimanto; 5- Limpou o estábulo de mil bois do Rei Augias; 6- Matou com flechas envenenadas as aves antropófagas da Estinfália, 7- Capturou vivo o touro de Creta; 8- Capturou as éguas antropófagas de Diomedes; 9- Levou para o Tei de Micenas o rebanho de bois vermelhos de Geerião; 10- Apoderou-se de Cérbero, o terrível cão de três cabeças.

Lendas de Homero:

Os deuses podiam assumir outras formas- Zeus transformou-se em vários animais. Mercúrio era invocado como deus dos pastores e protetor dos rebanhos. A pomba, o pardal e o cisne representavam deusa do amor e da beleza Afrodite (Vênus).

Egito

No Egito- Amon-Rá é representado com cabeça de carneiro e corpo de homem. Touro Apis, a reencarnação do deus Ptah. Hórus, deus do céu e da beleza, era visto com corpo de homem e cabeça de falcão. Anúbis, deus da morte era representado por homem com cabeça de chacal.

Isis é a deusa lunar, cabeça de íbis. Osiris deus dos mortos e da fertilidade, ressuscitou com um lobo. Seth, corpo de homem com um animal semelhante a um cachorro (ou bode).

Toth, ou Hemes, o deus com cabeça de ´bis (ave pernalta de bico longo e recurvado), representava o princípio transcendente. Nas olimpíadas gregas era consagrado como Mercúrio, com sandálias aladas.

Grandes Mães Deusas- Neit, a vaca celeste e primeira parturiente. Hathor, a vaca e doadora de leite, é a mãe do Sol e adeusa do amor e do destino. Sekhmet, é a deusa leoa, da guerra, causava epidemias.

Tueris era a deusa hipopótamo, protetora das mulheres grávidas. Sebek, representado por um homem com cabeça de crocodilo. Ré, nome dado ao Sol, na noite é um velho curvado (Atum), de manhã é um escaravelho, de dia um falcão.

Na Pércia, o deus Mitra, o sol era representado por um leão.

Índia

Na Índia são adorados o touro, o leão, a serpente e o elefante. A vaca até hoje é consagrada. É a mãe de milhares de hindus. A proteção da vaca é um presente do hinduísmo para o mundo. Ao criador do universo Vishnu, estão ligados Naga e Garuda, serpente e pássaro que conservam e protegem o mundo.

Vishnu, na primeira encarnação era Matsya, o grande peixe que salva a humanidade do dilúvio (semelhante a Noé). Kurma (segunda encarnação), era uma tartaruga, Vraha (terceira encarnação), o javali, Narsingh (quarta encarnação), metade homem, metade leã Para os hindus os elefantes eram criaturas extraterrenas. A divindade Ganesha é representada por um homem com cabeça de elefante, protetora dos negócios, do lar e traz boa sorte.

Lakshimi, deusa da fertilidade, associada a um elefante. O pavão é associado com Indra, o deus da guerra, chuva e o trovão.

Saraswati, divindade das artes, e da música, tem o cisne com seu veículo. O tigre é o veículo da divindade Durga. Hanuman, o deus macaco, é um deus muito popular no hinduísmo.

China

Unicórnio Chiling, fênix Feng-huang, a tartaruga Kuei, Dragão símbolo da sabedoria, da imortalidade e do renascimento.

África

Os mais importantes animais eram o elefante e o búfalo.

Arábia

Lenda de Fenix, era tão grande como a águia, animal sagrado do Sol. A baleia suporta o peso da Terra.

Povos Nórdicos

O urso era venerado em rituais. O deus Odhin montava num cavalo de oito patas. Os wikings tinham um dragão na proa dos seus navios. Odin associado ao lobo, tem a seu lado o cavalo, dois corvos e dois lobos.

Fenícios

Deusa Astartéia tinha piscinas especiais onde nadavam peixes, ela tinha um filho chamado Icht's que tinha a forma de peixe e que ornou-se o deus Peixe-Ea. O porco era sagrado. Baal-Hamon, deus dos céus e da fertilidade, era um ancião com barbas e chifres de carneiro.

Incas

A Lua é consagrada ao Puma. MamaChica, mãe do Grande Inca Viracocha, era muito amiga dos animais. Mamacocha era representada por uma baleia, a Mãe-Marinha. No Peru observa-se uma enorme aranha de 45 metros feita de terra. A puma é a força e o poder, o condor justiça.

Maias

Quetzalcoati, o deus Serpente Emplumada, influenciou as artes, astronomia, calendário e religião. O jaguar atraia a chuva, o condor a justiça, o equilíbrio e harmonia, o ar.

Islamismo- Alá protegeu Maomé quando estava sendo perseguido, uma aranha urdiu a sua teia cobrindo inteiramente a entrada da caverna, onde ele se refugiou.

Lao-Tsé- Ouvi dizer que quem conhece a arte de governar bem a sua vida não encontra rinoceronte nem tigre quando viaja por terra.

Buda- Está muito associado aos animais. Atributos dos cinco Budas: 1- O trono-Leão simboliza a coragem, o poder e a força. 2- O trono-Elefante, a imutabilidade. 3- O trono-Cavalo, a sagacidade e a beleza. 4- O trono-Pavão, a beleza e o poder de transmutação. 5- O trono-Harpia, o poder e a conquista de todos os elementos.

Mistérios Wiccanianos- O deus é Cornífero, com chifres de alce. Tinha poder sobre os animais, vida silvestre, era chamado de "O Mestre dos Animais"

Grande Deusa Mãe wiccaniana Está associada às fases da Lua, na Lua cheia é a "Senhora das Feras".

Lobo- O lobo era a montaria dos feiticeiros. O couro de lobo tem poder de cura e proteção contra doenças. O pelo de lobo colocado num barco, para proteção contra fogo. Possivelmente o lobisomem se originou nos cultos egípcios e gregos aos deuses-lobo.

Urso- Caçadores siberianos usavam patas e garras de urso como proteção contra maus espíritos e curas.

Animais em casa- O senso aguçado dos animais percebe a aproximação de estranhos. O gato está associado à superstição, era sagrado na Índia. O gato negro papel na bruxaria e era dotado de nove vidas. A galinha negra e o cão negro eram associados à bruxaria, no candomblé eram usados em rituais. O galo era consagrado a Esculápio.

Tibé- O crânio de carneiro era colocado na porta de sua casas, para impedir a entrada de maus espíritos.

O cordeiro do apocalipse tem sete chifres e sete olhos, com poderes de vingar a morte dos santos e dos seguidores de Jesus.

Janainismo

"A repetição infinita dos ciclos de nascimentos e mortes gera uma agonia sem limites, como expressam as escrituras dos jainistas:" Um veado, desamparado e preso em armadilhas e engodos, fui preso, amarrado e muitas vezes morto. Um pedixe, fui fisgado por anzóis e preso em redes; um número infinito de vezes fui morto, escamado e cortado. Um pássaro, fui presa de gaviões, envolvido em redes ou imobilizado pelo visgo e morto infinito número de vezes. Em todas as formas de existência sofri, quase sem um momento de repouso, a miséria e a dor".

Virtudes recomendadas: de fé; dedicação; meditação, monásticas, não injuriar as plantas; Não injuriar os pequenos insetos; perfeita castidade; renúncia à ação; renúncia aos bens materiais; renúncia à participação; virtudes.

No texto Ayaramgasutra prega-se "Todos os santos, os Arhts, e senhores, os bhagavats, mdo passado, presente e futuro, todos dizem assim e falam assim: Nós não devemos matar, nem maltratar, nem insultar, nem atormentar, nem perseguir a nenhuma classe de ser vivo, a nenhuma classe de seres"

Confucionismo

Conta-se que após seu legendário encontro com o velho Lao-tsé o jovem Confúcio teria afirmado:" Não conheço como voam os pássaros, como nadam os peixes ou andam os animais; se o que anda pode ser preso em armadilha, o que nada pode ser apanhado em rede e o que voa pode ser abatido por flexa, sou incapaz de saber, entretanto, como o dragão sobe ao céu nos ventos e nas nuvens. Hoje vi Lao-tsé. Ele é como dragão"

Confucionismo e as tradições- Um bezerro novo, flechado pelo imperador, era queimado para que sua subisse ao céu e, então, após numerosas danças, a população comia um touro dedicado ao primeiro ancestral dinástico.

Taoísmo

O filósofo e grande sábio do Taoísmo Chuang Chou diz; "Esticar as pernas do pato, mesmo que elas vos pareçam muito curtas, ou encurtar as do grou, mesmo que elas vos pareçam muito longas. Não é necessário cortar nada àquilo que é longo por natureza, nem alongar nada àquilo que é curto por natureza. A dor que a isso seguiria condenaria vossa ação".

Os taoístas conceberam os seres imortais como voadores, alados ou cavalgando pássaros e dragões.

As imagens de animais fabulosos são numerosas no universo taoísta, por influência da antiga mitologia chinesa. Os sábios cavalgam dragões voadores e as divindades se fazem acompanhar de pavões, macacos, leopardos, cervos e falcões. Estas imagens servem também como amuletos para atrair a sorte ou afastar o infortúnio e os espíritos maléficos.

Símbolos taoístas- Dragão com a pérola, símbolo da energia concentrada. A dualidade dos contraditórios (yin e yang) se reduz à unidade: A figura yin e yang, na parte superior tendo ao redor os oitos trigramas, chave de conhecimento e base da caligrafia.

Budismo

O mandamento de "não matar" proibia o assassínio e todo tipo de violência a qualquer se vivo. A doutrina enfatizava a não violência (ahimsa) e proibia aos budistas comer carne, seu vegetarianismo não parece ter sido tão radical, pois, ao mendigar, o monge não podia rejeitar o alimento que fosse colocado em sua cuia.

Hinduísmo

No hinduísmo os sacrifícios cruentos foram cedendo lugar a ofertas vegetais. Qualquer violência praticada contra qualquer criatura rompe a unidade. O fundamento mais amplo da ideia de Ahimsa é que todas as criaturas têm uma identidade entre si, como forma de uma única realidade divina e cósmica.

A sociedade indiana é organizada em castas e cabe aos vaishya a guarda dos rebanhos, o comércio e a agricultura.

É comum no Hinduísmo, a divinização dos atributos de uma divindade e até mesmo da montaria de que ele se serve em suas viagens cósmicas. Garuda, ave montada por Shiva, é também uma divindade secundária. Segundo a lenda, essa ave é filha de um neto de Brama e de uma águia, e irmã do cocheiro da deusa Surya.

Ganapati, filho de Shiva, muito popular, apresenta uma característica importante a de superar os obstáculos, especialmente artísticos e literários. É representado com corpo humano e cabeça de elefante.

Manasa, uma das esposas de Shiva, está ligada à figura da serpente, no seu caráter fecundante e favorável.

O dilúvio- No Satapathabramana, Manu aparece como salvador e refundador do gênero humano. Certa manhã. Manu encontra um peixe na água em que vai se lavar. O peixe lhe fala e promete salvá-lo se, por sua vez, Manu também o salvar. Manu promete fazê-lo e o peixe lhe revela que, num dilúvio próximo, todas as espécies viventes encontrarão a morte. Manu constrói um barco e vai morar no mar. O peixe permanece junto ao barco e, quando chega o dilúvio, conduz a embarcação com seu corpo até o cimo de uma montanha submersa. Manu sobrevive ao dilúvio e, quando as águas baixam, torna-se a única criatura viva sobre a Terra. Desejoso de possuir descendência, Manu pratica a ascese e oferece um sacrifício. Findo um ano nasce uma mulher. Com ela, Manu dá origem à nova geração de homens. Ascese significa exercício prático que leva à efetiva realização da virtude.

Lamaísmo

As montanhas do Tibete,são habitadas por uma série de pequenos demônios, que vivem em suas grutas, pedras e caminhos, como os sris e os kllus, imaginados com oriundos de ovos e do cruzamento de seres diversos- um rato negro e uma ave da mesma cor, por exemplo.

Islã

Referência Tratamento Humano dois animais. www.IslamReligion.com

Deus diz no Alcorão:

"E os rebanhos, Ele os criou para vós. Neles tendes vestimentas quentes e outros benefícios, e deles comeis. E neles tendes beleza, quando ao anoitecer os fazeis voltar para casa e quando ao amanhecer os levais para pastar. E eles carregam vossas cargas para regiões as quais não chegaríeis senão com imensa dificuldade. Por certo vosso Senhor é Compassivo, Misericordioso. E Ele criou os cavalos e as mulas e os asnos, para os cavalgardes e para os terdes como um ornamento. E Ele cria o que não sabeis." (Alcorão 16:5-8)

A misericórdia do Islã se estende além dos seres humanos para todas as criaturas vivas de Deus. O Islã proíbe crueldade com os animais. Quatorze séculos atrás, muito antes dos movimentos sobre os direitos dos animais começar com a publicação do livro de Peter Sing, "Liberação Animal," em 1975, o Islã exigia gentileza com os animais e que a crueldade com eles era razão suficiente para uma pessoa ser jogada no Inferno!

Uma vez, o Profeta da Misericórdia falou do perdão de Deus devido ao tratamento humano dos animais. Ele contou a seus companheiros a estória de um homem que ficou com sede em sua viagem. Ele encontrou um poço, desceu até a água, e saciou a sua sede. Quando ele saiu ele viu um cão ofegante lambendo a lama de tanta sede. O homem pensou, 'O cão está tão sedento quanto eu estava!' O homem desceu até o poço novamente e pegou um pouco de água para o cão. Deus apreciou sua boa ação e o perdoou. Os companheiros perguntaram, 'Ó Profeta de Deus, nós somos recompensados pelo tratamento humano dos animais?' Ele disse, 'Existe uma recompensa por fazer o bem a qualquer criatura viva.'

Em outra ocasião, o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, descreveu a punição de Deus a uma mulher que foi enviada ao Inferno por causa de um gato. Ela o manteve preso, e nem o alimentava e nem o libertava para que ele mesmo se alimentasse.

Em outro exemplo ele disse, 'Não existe um ser humano que mata um pássaro ou um grande animal sem uma razão, que Deus não questionará no Dia do Juízo.' Perguntaram a ele, 'Qual é essa razão, Ó Mensageiro de Deus?' Ele respondeu, 'Ele o abate e então o come, e não corta sua cabeça e joga fora o animal.'

O Islã estabelece normas de abate humanas. O Islã insiste que a maneira de abate deve ser aquela que seja menos dolorosa para o animal. O Islã exige que o instrumento de abate não seja amolado na frente do animal. O Islã também proíbe o abate de um animal na frente de outro. Nunca, antes do Islã, o mundo tinha testemunhado tamanha preocupação com os animais.

O tratamento islâmico humano dos animais pode ser resumido através dos seguintes pontos:

Primeiro, o Islã requer que animais de estimação ou de fazenda recebam alimento, água, e um local para viver adequados. Uma vez o Profeta passou por um camelo desnutrido pela fome e ele disse:

"Tema a Deus em relação a esses animais que não podem expressar a sua vontade. Se você os cavalga, trate-os de acordo (fazendo-os fortes e adequados a isso), e se você os come, trate-os de acordo (fazendo-os gordos e saudáveis)." (Abu Dawud)

Segundo, um animal não deve ser espancado ou torturado. Uma vez o Profeta da Misericórdia passou por um animal marcado a ferro em seu rosto. Ele disse, 'Não chegou a vocês que eu amaldiçoei aquele que marca ou bate em um animal na face?' O Profeta da Misericórdia avisou a sua esposa para tratar com gentileza um camelo rebelde que ela estava cavalgando. Fazer os animais lutarem entre si por diversão também foi proibido pelo Profeta.

Terceiro, o Islã proíbe usar animais ou pássaros como alvos para prática de tiros. Quando Ibn Umar, um dos companheiros do Profeta Muhammad viu algumas pessoas praticando arco e flecha usando uma galinha como alvo, ele disse:

"O Profeta amaldiçoou qualquer um que faça de alvo alguma coisa viva (para praticar)."

O Profeta Muhammad também disse:

"'Quem quer que mate um pássaro ou qualquer outra coisa sem uma justa razão, Deus o questionará sobre isso.' Foi dito: 'Ó Mensageiro de Deus! O que é uma justa razão?' Ele disse: 'Matá-lo por comida... e não cortar sua cabeça e jogá-la!'" (Targheeb)

Atirar em pombos vivos já foi um evento olímpico e hoje atirar em pombos é permitido em muitos lugares.

Quarto, separar filhotes de pássaros de suas mães não é permitido no Islã.

Quinto, é proibido mutilar um animal cortando suas orelhas, rabos ou outras partes do corpo sem razão justa.

Sexto, um animal doente que esteja sob os cuidados de alguém deve ser tratado adequadamente.

Através dessas normas e regras legisladas em relação aos animais, os muçulmanos conquistam o respeito e a compreensão de que outras criaturas não devem ser usadas e abusadas, mas que elas, como os humanos, têm direitos que devem ser observados para assegurar que a justiça e a misericórdia do Islã seja feita a todos os habitantes dessa terra.

CAPÍTULO 16

REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS

Significado de Algumas Palavras- Dicionário

Editoria: Vininha F. Carvalho13/2/2013

HOLOCAUSTO

É o sacrifício no qual, excetuando a pele (Lv 7,8; ), a vítima era inteiramente queimada ao fogo, para a glória de Deus, senhor da vida (Ex 29,15-28; Lv 1,3-17; 1Sm 10,8; ). No templo oferecia-se diariamente um holocausto pela manhã e outro pela tarde ( Ez 46,13-15; Dn 8,11; Dn 11,31;). Havia também holocaustos oferecidos por particulares: pela purificação da mulher após o parto ( Lv 12,6-8;), do leproso curado ( Lv 14,10-13;) e do nazireu ( Nm 6,10-12;).

EXPIAÇÃO

No início, a expiação é compreendida materialisticamente como uma reparação exterior por uma falta legal (Lv 14,11-20; Lv 14,53-54; Lv 23,26-32; Dt 13,7-11; Dt 17,2-7; Dt 19,15-21; Nm 35,32-34; 2Sm 12,13-15;).

A expiação visa restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, rompida por sua rebeldia. Em textos mais antigos, com a expiação procura-se acalmar a ira divina, punindo o pecador ou praticando um ato cultual (cf. 1Sm 26,19; 2Sm 21,1-14;e notas). Há também ritos expiatórios para apagar o pecado, representado como mancha, pelo sangue de uma vítima ( Lv 16,14-16;). Deus é quem institui a expiação e a efetua ( Lv 17,11;), quando lhe são oferecidos os sacrifícios pelo pecado e pela culpa. Deus, intransigente no início, deixa-se dobrar pela sua misericórdia ( Jr 7,16; Jr 11,13-20; Gn 19,2-22; Jó 42,8-10; Am 7,3-10;); e concede o perdão dos pecados ( Os 14,3-5; Jr 3,21-22;). No NT, o povo que pecou muito tem necessidade dum 'justo' que se imole por ele e o reconduza a Deus ( Is 41,1-9; Is 49,1-6; Is 50,4-9; Is 52,13ss; Is 53,1-12; Mt 12,15-21; Fl 2,8-11; Jo 12,31-34; Jo 11,47-54; 1Pd 2,21-25; S. Paulo apresenta a obra salvífica de Cristo pela cruz como uma reconciliação entre Deus e os homens ( Rm 5,9-11; 2Cor 5,18-20; Cl 1,20; Ef 2,13-16;). O sacrifício de Cristo, de valor infinito, reparou para sempre todos os pecados ( Hb 7,26-28; Hb 10,4-14; Hb 9,25-26; Ap 12,9-12; Rm 5,18-19;). A Igreja, isto é, os cristãos associam-se à expiação de Cristo ( Fl 3,10; Rm 8,17; 1Pd 4,13;). ver 'Dia da Expiação'.

SACRIFÍCIOS

De louvor, de reparação e pelo pecado. Ver ( Lv 1; Lv 2; Lv 3; Lv 4; Lv 5; Lv 6; Lv 7;). ver 'Expiação'.

SACRIFÍCIOS DE COMUNHÃO

Nesse tipo de sacrifícios, chamados também pacíficos, a carne da vítima era dividida em três partes: A primeira era queimada sobre o altar e era a parte que cabia a Deus; a outra ficava para os sacerdotes e a última, a maior, era devolvida às pessoas que ofertavam a vítima para o sacrifício. Essa parte da carne era consumida num banquete sagrado, em que as pessoas consideravam Deus presente como comensal. Assim Deus e os homens participavam misticamente, mediante a fé, da mesma mesa (cf. Lv 3,1-17; Lv 7,12-21; 1Sm 20,8;). Sob este aspecto, os sacrifícios de comunhão eram prefiguração do banquete eucarístico, no qual, num sentido mais verdadeiro, o cristão é admitido à mesa do Senhor. ver 'Holocaustos', ver 'Oblação', ver 'Expiação' (cf. Lv 1; Lv 2; Lv 3; Lv 4; Lv 5; Lv 6; Lv 7;).

Revisão Sobre: Pastor/Profetas Na Bíblia Bíblia Online > Profetas

Voltou a dar à luz, desta vez a Abel, irmão dele. Abel tornou-se pastor de ovelhas, e Caim, agricultor. Gênesis 4:2.

E abençoou a José, dizendo: "Que o Deus, a quem serviram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor em toda a minha vida até o dia de hoje". Gênesis 48:15.

Mas o seu arco permaneceu firme; os seus braços continuaram fortes, ágeis para atirar, pela mão do Poderoso de Jacó, pelo nome do Pastor, a Rocha de Israel, Gênesis 49:24.

O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor. Levítico- 27:32.

"Para conduzi-los em suas batalhas, para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor". Números-27:17.

Levantando-se de madrugada, Davi deixou o rebanho com outro pastor, pegou a carga e partiu, conforme Jessé lhe havia ordenado. Chegou ao acampamento na hora em que, com o grito de batalha, o exército estava saindo para suas posições de combate. 1 Samuel-17:20 .

E em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor, e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu. 1 Samuel-17:40.

Então Micaías respondeu: "Vi todo o Israel espalhado pelas colinas, como ovelhas sem pastor, e ouvi o Senhor dizer: 'Estes não têm dono. Cada um volte para casa em paz". 1 Reis 22:17.

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Salmos 23:1

Salva o teu povo e abençoa a tua herança! Cuida deles como o seu pastor e conduze-os para sempre. Salmos 28:9

E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, Efésios 4:11

Como ovelhas, estão destinados à sepultura, e a morte lhes servirá de pastor. Pela manhã os justos triunfarão sobre eles! A aparência deles se desfará na sepultura, longe das suas gloriosas mansões. Salmos 49:14

Do pastoreio de ovelhas, para ser o pastor de Jacó, seu povo, de Israel, sua herança. Salmos 78:71

Escuta-nos, Pastor de Israel, tu, que conduzes José como um rebanho; tu, que tens o teu trono sobre os querubins, manifesta o teu esplendor .Salmos 80:1.

As palavras dos sábios são como aguilhões, a coleção dos seus ditos como pregos bem fixa¬dos, provenientes do único Pastor. Eclesiastes 12:11

Nunca mais será repovoada nem habitada, de geração em geração; o árabe não armará ali a sua tenda e o pastor não fará descansar ali o seu rebanho. Isaías 13:20

A minha casa foi derrubada e tirada de mim, como se fosse uma tenda de pastor. A minha vida foi enovelada, como faz o tecelão, e ele me cortou como um pedaço de tecido; dia e noite foi acabando comigo. Isaías 38:12

Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias. Isaías 40:11

Que diz acerca de Ciro: Ele é meu pastor, e realizará tudo o que me agrada; ele dirá acerca de Jerusalém: Seja reconstruída' e do templo: 'Sejam lançados os seus alicerces. Isaías 44:28.

Então o seu povo recordou o passado, o tempo de Moisés e a sua geração: Onde está aquele que os fez passar através do mar, com o pastor do seu rebanho? Onde está aquele que entre eles pôs o seu Espírito Santo, Isaías 63:11

"Ouçam a palavra do Senhor, ó nações, e proclamem nas ilhas distantes: 'Aquele que e, como pastor, vigiará o seu rebanho'. dispersou Israel o reunirá Jeremias 31:10

Ele incendiará os tem¬plos dos deuses do Egito; queimará seus templos e levará embora cativos os seus deuses. Como um pastor tira os piolhos do seu manto, assim ele tirará os piolhos do Egito, e sairá em paz. Jeremias 43:12

"Como um leão que sobe da mata do Jordão em direção aos pastos verdejantes subitamente eu caçarei Edom pondo-o fora de sua terra. Quem é o escolhido que designarei para isso? Quem é como eu que possa me desafiar?

E que pastor pode me resistir?" Jeremias 49:19

Com você despedaço pastor e rebanho, com você despedaço lavrador e bois, com você despedaço governadores e oficiais. Jeremias 51:23

Por isso elas estão dispersas, porque não há pastor algum e, quando foram dispersas, elas se tornaram comida de todos os animais selvagens. Ezequiel 34:5

Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor: Visto que o meu rebanho ficou sem pastor, foi saqueado e se tornou comida de todos os animais selvagens, e uma vez que os meus pastores não se preocuparam com o meu rebanho, mas cuidaram de si mesmos em vez de cuidarem do rebanho, Ezequiel 34:8

Assim como o pastor busca as ovelhas dispersas quando está cuidando do rebanho, também tomarei conta de minhas ovelhas. Eu as resgatarei de todos os lugares para onde foram dispersas num dia de nuvens e de trevas. Ezequiel 34:12

Porei sobre elas um pastor, o meu servo Davi, e ele cuidará delas; cuidará delas e será o seu pastor. Ezequiel 34:23

"O meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um só pastor. Seguirão as minhas leis e terão o cuidado de obedecer aos meus decretos. Ezequiel 37:24

Animais citados na Biblia

A colunista Vininha F. Carvalho publicou trabalho sobre: A marcante presença dos animais na Bíblia.

Abelha - Dt 1:44; Jz 14:8; Sl 188:12, Is 7:18

Andorinha

Sl 84:3, Pv 26:2, Is 38:14, Jr 8:7

Asno

Gn 22:3; Nm 22:28, Dt 22:10, Jz 5:10; 10:4; I Sm 9:3 Mt 21:2

Baleia

Jó 7:12; Ez 32:2, Mt 12:40

Boi

Êx 21:28; 22:1; 23:4; Lv 17:3; Dt 5:14; 22:1; 25:4; Lc 13:15; 1Co 9:9; 1Tm 5:18

Cabra

Gn 15:9; Lv 3:12, 4:28, 7:23, 17:3; 22:27, Nm 15:27, 18:17, Dt 14:4,5; 1Sm 19:13,16

Camelo

Gn 24:64, 31:34, Lv 11:4; Dt 14:7; Mt 3:4, 19:24, 23:24, Mc 1:6; 10:25; Lc 18:25;

Cão

Êx 11:7; Jz 7:5; 1Sm 17:43, 24:14, 2 Sm 3:8, 9:8; 16:9; 2Rs 8:13, Sl 22:20, Pv 26:11,17; Ec 9:4, Is 66:3; 2Pe 2:22

Cavalo

Dt 17:16; 2Rs 23:11, Jó 39:19, Sl 32:9, 33:17, Is 31:1

Cegonha

Lv 11:19, Dt 14:18, Sl 104:17, Jr 8:7; Zc 5:9

Chacal

Is 34:13, Jr 9:11, 51:37; Mq 1:8, Ml 1:3;

Coelho

Lv 11:5; Sl 104:18, Pv 30:26

Cordeiro

Êx 29:39, Lv 3:7, 4:32, 5:6; Nm 6:12

Coruja

Lv 11:17, Dt 14:16, Is 34:11,15

Corvo

Gn 8:7; Lv 11:15,17; Dt 14:14,17; Ct 5:11; Is 34:11

Dromedário

Is 60:6; 66:20

Escorpião

Lc 11:12, Ap 9:5

Formiga

Pv 6:6

Gafanhto

Êx 10:19, Lv 11:22; Dt28: 38; Jó 39:20, Sl 119:23: Ec 12:5; Jl. 1:4; 2:25

Galo

Mt 26:34,74,75; Mc 13:35; 14:30,68,72; Lc 22:34,60,61; Jo 13:38, 18:27

Gavião

Lv 11:16, Dt 14:15, Jo 39:26

Javali

Sl 80:13

Lagarto

Lv 11:30

Leopardo

Is 11:6; Jr 5:6; 13:23; DN7: 6; Os 13:7; Ap 13:2

Leão

Jz 14:5; I Sm 17:34, I Rs 13:24, Dn 6:19, Ap 5:5

Lobo

Gn 49:27, Is 11:6; 65:25, Jr 5:6; Jo 10:12

Mosquito

Êx 8:21, Mt 23:24

Ovelhas

Êx 22:1,4,10 Lv 1:2, Nm 18:17, Dt 14:4; 22:1; 1Sm 14:34; 17:34; Sm 119:176; Is 13:14; 53:7; Ez 34:20, Mt 12:11-12, Lc 15:6; At 8:32

Pardal

Sl 84:3; 102:7

Peixe

Dt 4:18; 2Cr 33:14; Ne 3:3; 12:39, 13:16, Ez 29:5; 47:9,10; Jo 1:17; 2:1,10; Sf 1:10; Mt 7:10, 17:27, Mc 6:43, Lc 5:9, 11:11, 24:42, Jo 21:9,13

Piolho

Êx 8:16,17,18; Sl 105:31

Pomba

Is 5:14; 10:12

Porco

Lv 11:7; Dt 14:8; Is 65:4; 66:3,17

Pulga

1Sm 24:14; 26:20

Êx 8:2-13; Sl 78:45, 105:13; Ap 16:13

Raposa

Ne 4:3; Lc 13:32

Rato

Lv 11:29, Is 66:17

Sanguessuga

Pv 30:15

Tartaruga

Lv 11:29

Touro

Dt 33:17, Jo 21:10

Urso

1Sm 17:34,36,37; Pv 28:15; Lm 3:10, Dn 7:5; Am 5:19; Ap 13:2

Vaca

Nm 18:17, Jo 21:10, Is 11:17

Vibora (serpente venenosa)

Gn 49:17, Jó 20:16, Sl 58:4, Is 30:6; 59:5; At 28:3

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Referências bibliográficas consultadas

Bíblia Sagrada Ave Maria- online.

Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, VIII edição, 1980

Bíblia Sagrada, Editora Ave Maria, 64ª edição, 1989

Catecismo da Igreja Católica.

Magistério da Igreja Católica.

Referência- "Religião: uma visão da Bíblia sobre os animais".

Referência-farejadorbichos/religiões.

Vininha F. Carvalho- Animais na Biblia- Internete.

Wikipédia, Ichtys